Amigos e estranhos é promessa de um talentoso diretor australiano
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Por Alonso Díaz de la Vega É possível que com a morte de Jean-Luc Godard, que nos ensinou a dialogar não apenas com os personagens e enredos dos filmes, mas com as imagens e os significados produzidos por suas combinações, a busca por um cinema do futuro tenha se acentuado. Em termos bem literais, há e continuará a haver pessoas interpretando outras pessoas, sejam elas inventadas ou não, e alguém que vai dirigir essas cenas e fotografá-las; também haverá aqueles que juntarão as cenas resultantes para moldar narrativas. Porém, o que as grandes indústrias prometem, com suas exceções cada vez mais raras, é continuar esse processo repetindo os mesmos planos, a mesma musicalização que nos diz o que sentir e quando, as mesmas tramas onde os heróis vencem as sombras com algumas dificuldades, quase sempre as mesmas. Se este é o cinema do futuro, o que Godard e seus colegas, tanto conhecidos quanto ainda não descobertos — principalmente descobertos —, representa algumas possibilidades alé...