O romance que perdi
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Por Alejandro Zambra Jamais pensei que Bonsai fosse um livro “filmável”. A primeira proposta me surpreendeu, não sabia o que responder, então disse que não. Também disse que não para Cristián Jiménez uns meses mais tarde, mas também lhe pedi que me deixasse ver seu trabalho. E sucedeu que Ilusiones ópticas [Ilusões de ótica], seu primeiro filme, me deixou comovido como há muito não ficava. Fui cativado por seu olhar, por sua busca, que me pareceu diversa da minha, mas também, em outro plano, muito próxima, muito familiar. Confiei instintivamente em Cristián e decidi que, não importa o que acontecesse, em caso algum eu seria o típico escritor ressentido com a adaptação do seu romance. Pelo mesmo motivo, pensei que se não gostasse do filme ficaria em silêncio. Tinha, porém, um bom pressentimento. Pensava, sobretudo, na cena final de Ilusiones ópticas , com a maravilhosa Paola Lattus e Iván Álvarez de Araya frente a frente. Não o contarei aqui, mas para mim é um dos finais mais arris...