Fragmentação e convergência: Guerra — I, de Beatriz Bracher
Por Leonardo Thomaz Profundas são as águas do passado. Não deveríamos chamá-las de insondáveis? [ Tief ist der Brunnen der Vergangenheit. Sollte man ihn nicht unergründlich nennen? Sollte man ihn nicht unergründlich nennen? ] — Thomas Mann, “José e seus irmãos: as histórias de Jacó” Beatriz Bracher. Foto: Keiny Andrade “Faz pena encontrar já ruínas nesta terra da América”; “Sabe-se que no recrutamento as pessoas são presas na calada da noite, algemadas como bandidas”; “Não é possível descrever a desgraça de um povo correndo espavorido de seus lares ao estrondo do canhão”; “Se Vª. Exª. mostram-se tão zelosos por dar a liberdade ao povo paraguaio, segundo suas próprias expressões, por que razão não principiaram por dar a liberdade aos infelizes negros do Brazil.”. A forma do mais recente romance de Beatriz Bracher convida ao exercício de colagem do parágrafo anterior. O leitor nota que há certo fio entre as frases, muito embora tenham sido co...