Boletim Letras 360º #635



LANÇAMENTOS
 
Centenário de Dalton Trevisan é marcado, na Todavia, pelo início de publicação da obra completa do escritor. A casa editorial publica em junho os seis primeiros títulos.
 
1. Publicado originalmente em 1965, O vampiro de Curitiba consolidou Dalton Trevisan como um dos principais nomes da literatura brasileira, ao lado de escritores como Machado de Assis e Graciliano Ramos. Deliciosamente subversivo, narra as aventuras do anti-herói Nelsinho, que perambula por Curitiba em busca de aventuras sexuais. Na construção de seus contos, Dalton se vale de obras e autores de diferentes origens para então subvertê-los, encaixando-os na concisão do cotidiano. Você pode comprar o livro aqui.
 
2. Se, até os anos 1980, Dalton apostava na forma tradicional do conto ― e de certa forma a reinventava, foi com este Ah, é? que ele revolucionou não apenas sua obra como a própria literatura brasileira. Em brevíssimas histórias repletas de humor e violência, sexo e filosofia, ele faz da síntese a força universal de sua escrita. Talvez a melhor porta de entrada para a obra de Dalton Trevisan. Você pode comprar o livro aqui.
 
3. Dividida em duas partes, Desgracida é uma deliciosa coleção que traz uma faceta do escritor menos conhecida de seus leitores. Se na primeira encontramos as ministórias, na segunda, um conjunto de cartas revelando um leitor crítico, mordaz e divertido. Seja no diálogo com seu amigo Otto Lara Resende ou nas cartas para a prefeitura reclamando do barulho em sua rua, aqui o leitor encontrará um Dalton irreverente e afiadíssimo. Você pode comprar o livro aqui.
 
4. Chorinho brejeiro é um volume de contos repleto de Joãos e Marias, personagens que vão aparecer nos livros seguintes de Dalton; ele parte de temas comuns à sua obra para, com ironia e uma prosa cada vez mais depurada, explorar os recônditos do cotidiano e da intimidade, em retratos reveladores e sagazes da vida na cidade — como quem espia através de uma fechadura. Conforme se acumulam, as histórias aos poucos revelam um olhar amplo, que enxerga o que há de alto e baixo dessas vidas e o que há de comum no desejo, no amor e na morte. Você pode comprar o livro aqui.
 
5. Nascidas nas páginas policiais, nos apartamentos empoeirados e nos becos perdidos de Curitiba, as histórias de Pão e sangue são marcadas pela violência. É desse universo soturno de facadas e traições que Dalton irá extrair algumas de suas histórias mais poéticas — algumas fragmentárias e reorganizadas em haicais —, onde os cantos escuros da alma humana podem revelar também alguma medida de graça e redenção. Você pode comprar o livro aqui.
 
6. Último livro publicado por Dalton em vida, Beijo na nuca mostra um autor inquieto com sua obra até o fim. A coletânea reúne crônicas de viagens e contos das décadas de 1940 e 50 publicados em livro pela primeira vez. Se a prosa segue a um só tempo arrebatadora e lírica, os temas acompanham de perto as mudanças sociais e culturais do país. Atento às novas gírias e comportamentos, dialogando com autores que vão de Katherine Mansfield a Noel Rosa, Dalton tece nestas 48 histórias um panorama ora amargo, ora tocante da vida moderna. Você pode comprar o livro aqui.
 
A mesma casa que cuida agora da obra completa de Dalton Trevisan prepara o mês do centenário do escritor uma antologia organizada por Caetano Galindo e Felipe Hirsch.
 
O maior contista brasileiro de todos os tempos. Um escritor do tamanho de Machado, Clarice e Bandeira. O mestre da síntese, ao lado de Tchekhov e Salinger. O recluso, o que não dava entrevistas, o autor de dezenas de livros. O quase centenário. O homem de Curitiba, o andarilho, o misterioso. Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, em seu mítico casarão na rua Ubaldino do Amaral, Dalton foi muitos. Diante deste cenário, por onde começar? O que faz o leitor que está chegando agora a esse mundo, ou aquele que deseja voltar? Por que livro dar início a uma das mais alucinantes viagens literárias que se tem notícia na literatura brasileira? Foi respondendo a essas perguntas que os organizadores da antologia Educação sentimental do Vampiro se embrenharam na aventura de ler toda a obra de Dalton. Cada livro, cada conto, cada frase. Da estreia, em Novelas nada exemplares até os últimos textos que produziu. O resultado é um passeio pela obra de Dalton, por seus temas e obsessões, e um vislumbre das mudanças de estilo e ponto de vista do autor ao longo dos anos. Estão aqui a cidade, o sexo, a violência, a graça e o absurdo da vida. Os amantes desesperados e os crimes de sangue. Todavia, engana-se quem imagina encontrar uma escrita única, uniforme — pelo contrário, a cada conto podemos enxergar um autor inquieto, sempre em busca de algo novo. Esta é a porta de entrada perfeita para quem quer conhecer — ou reencontrar — seus livros. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma nova tradução brasileira da Odisseia, obra essencial na formação da literatura ocidental tal como conhecemos.
 
No final do Capítulo XIII da sua Poética, Aristóteles critica as tragédias que terminam bem para os personagens bons e mal para os personagens maus, em vez de seguirem o formato que ele considera superior: quando a ação acaba mal para um personagem que é bom, e isso ocorre por causa de um erro seu. Na breve discussão que faz do esquema que reputa pior — e chama de “construção dupla” —, o filósofo reconhece que arcos dramáticos assim eram populares e que o gosto do público costumava ser atendido pelos poetas na hora de comporem suas obras (Poética, 1453a30-35). O mais interessante, porém, é que nesse ponto do tratado ele não dá como exemplo uma peça, e sim a Odisseia de Homero. A Odisseia é dotada de uma estrutura que poderíamos chamar de bipartida: narra uma história com final feliz para Odisseu e sua família, mas com desfecho infeliz para os pretendentes que ameaçavam matar seu filho e cobiçavam sua esposa. De um lado, o herói que sofre mas termina tendo sucesso. Do outro, homens que se colocam contra ele e sua família mas acabam destruídos. Dito assim, não há como negar que esse formato duplo, quer o vejamos com bons ou maus olhos, continua a ser imensamente popular entre nós. Se a centralidade do poema de Odisseu já é algo assente no âmbito da literatura erudita recente — basta citar duas obras igualmente monumentais e arrojadas mas muito diferentes entre si, Ulisses (1922), do irlandês James Joyce, e Odisseia: uma sequência moderna (1938), do grego Nikos Kazantzákis —, sua ressonância quando se pensa na criação de histórias ficcionais em geral o coloca como matriz incontornável. A nova tradução sai pela editora Mnēma; o tradutor Leonardo Antunes também acrescenta um texto de introdução. O livro conta com apresentação André Malta. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um romance-escavação sobre os segredos de uma família, os desaparecidos da ditadura militar e o futuro de um país.
 
Num momento de crise pessoal, em meio a um casamento que não vai bem e depois de anos vivendo na Inglaterra, a protagonista desta história retorna a São Paulo. Instalada na velha casa do avô, que sofre de uma grave doença degenerativa, o que era para ser uma breve temporada transforma-se numa jornada imprevisível quando encontra um caderno escrito por uma tia, Eva. Aqui, a trama vai se combinar à dos desaparecidos da ditadura militar brasileira e da vala clandestina de Perus, descoberta em 1990, lugar usado para esconder mais de mil mortos, entre eles presos políticos. Em Caderno de ossos, Julia Codo nos conduz por um drama íntimo e familiar carregado de sensibilidade e força, em que segredos vêm à tona, como antigos esqueletos adormecidos em armários cobertos de pó. Publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
A poesia de Claudia Roquette-Pinto da estreia até quase agora.
 
Ela vem desenhando, desde os anos 1980, um dos percursos mais admiráveis da poesia brasileira. Ao lançar o recente Alma corsária (2022), finalista dos prêmios Jabuti e Oceanos, a poeta saciou os leitores que acompanhavam sua obra e aguardavam ansiosamente (por quase duas décadas) os seus próximos passos, mas também despertou a curiosidade de uma nova geração de interessados pelos volumes de poesia ― já raríssimos ― que ela publicou anteriormente. É esse conjunto ― com os cinco primeiros livros da autora e uma seleta de poemas inéditos, escritos no início de sua produção poética ― que é publicado pelo Círculo de Poemas em A extração dos dias: poesia 1984-2005. O volume reúne, assim, Os dias gagos (1991), Saxífraga (1993), Zona de sombra (1997), Corola (2000), vencedor do prêmio Jabuti, e Margem de manobra (2005), em edição revista pela autora e organizada por Gustavo Silveira Ribeiro, professor de literatura da UFMG, que também assina o posfácio. Esses livros nos colocam diante de uma poeta que absorveu o que há de mais intenso e sofisticado na poesia brasileira do século XX, em suas diversas gerações (destacando os nomes de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Adélia Prado e Ana Cristina Cesar), e soube tecer a si própria no diálogo com as artes plásticas, com um olhar plástico para o mundo ao redor, capaz de desvendar os segredos da vida, do amor, do tempo e da morte nas muitas flores (no “bulbo das suas vogais”) espalhadas por essas páginas. Nos poemas inéditos incluídos ao fim do volume, o olhar da poeta recorta a paisagem para caber em quadros ― e, a partir do detalhe, explodir na cabeça de quem vê/lê. Estamos entre flores, mas a linguagem é atravessada por uma violência que se insinua em tudo, que (nos) transforma e talha. Atenta aos insetos, mas também às raízes e ao “que morre/ por dentro daquilo que brota”, a poesia de Roquette-Pinto é assim: sempre à flor da pele ― e vice-versa. Você pode comprar o livro aqui.
 
Livro põe à mostra o nervo do poder selvagem e indomesticável que reveste uma mulher que precisa proteger sua cria e a si mesma, o poder do amor, o poder da mãe — Micheliny Verunschk.
 
Isadora passa por uma cesariana de emergência e, de repente, vê o filho prematuro ir para a UTI neonatal. Médica-cirurgiã, acostumada a estar no comando dentro do hospital, ela é agora uma mãezinha, uma paciente, compartilhando medos, angústias e vitórias com mulheres na mesma jornada. Nessa luta pela vida, inesperadas relações de afeto se criam em meio a vigílias em ambientes estéreis, compondo um relato sagaz e impactante sobre mulheres tentando não sucumbir. Mãezinha é publicado pela editora Dublinense. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Originalmente publicado em 2008, Raṣīf: mar que arrebenta, do premiado escritor Marcelino Freire, ganha nova edição, revista pelo autor e com um conto inédito, e ilustrada ainda pelas inquietantes gravuras de Manu Maltez.
 
Raros escritores nutrem uma relação tão íntima com a palavra quanto Marcelino Freire. Suas histórias são compostas por delicadas engrenagens em que nenhuma sílaba pode estar fora do lugar. São impecáveis a cadência, o ritmo e a sonoridade de uma prosa que se aproxima da poesia e carrega em si os ecos do teatro, fundamental na formação do escritor nascido em 1967 em Sertânia, no interior de Pernambuco. Raṣīf traz desde seu título alusões ao Recife e a outros dois elementos que marcam os contos deste livro. Um é o aceno ao mundo árabe, que fascina e contrasta com outras poderosas culturas. O segundo é a tensão entre a beleza e a força, a serenidade e a brutalidade, o sensual e o hostil, o rochedo e o mar. Lemos em certo momento, no conto “Da paz”, defendido faz tempo pela atriz Naruna Costa e recentemente interpretado em show pelo Emicida: “A paz é uma desgraça. Uma desgraça.” A ambiguidade é uma das marcas do trabalho de Marcelino. Com a recusa a conformidades e chavões, perambulamos por uma miríade de personagens, cenas e tramas memoráveis. O Papai Noel, amedrontado, talvez não apareça. A travesti se admira com o convite para um café. O pai lamenta o filho artista — não poderia gostar de futebol? O homem-bomba soa encantador aos olhos de um turista que anda de ônibus. A Rainha do Mar, outros orixás e Cristo se misturam entre personagens mais próximos de suas divindades do que de qualquer fé institucionalizada. Raṣīf: mar que arrebenta, publicado após Marcelino vencer o Prêmio Jabuti com Contos negreiros, é um livro que condensa em suas breves histórias as melhores virtudes de Marcelino Freire, nome incontornável na literatura brasileira das últimas décadas. Publicação da Editora Record. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
A primeira novela escrita por João Silvério Trevisan. Era para sair em 1979, quando foi concebida da redação do censurado jornal Lampião da esquina; o autor, junto com Agnaldo Silva e Darcy Penteado se desafiaram à escrita de uma história homoerótica. Os sete estágios da agonia, que ficou inédito até agora, ganha edição pela casa O Sexo da Palavra.

Virginia Woolf 1. A Editora Nós anunciou a publicação de novas traduções para três contos da escritora inglesa: “Uma síntese”, “Ancestrais” e “O homem que amava seus próximos”. Os livros saem no formato já conhecido de outras publicações deste gênero.
 
Virginia Woolf 2. A mesma casa marcará o centenário da primeira edição de Mrs. Dalloway com uma nova tradução do romance. Em todas as frentes, o trabalho é da tradutora Ana Carolina Mesquita.

OBITUÁRIO
 
Morreu Mario Vargas Llosa.
 
Autor de uma obra incontornável que participou na revelação da literatura latino-americana dentro e fora das suas fronteiras, Mario Vargas Llosa nasceu no dia 28 de março de 1936, em Lima, no Peru. Iniciado desde cedo no universo dos livros ao se descobrir desadequado a outra vida quando da experiência como estudante secundarista no rígido Colégio Militar Leoncio Prado para onde foi enviado por seu pai. Ainda nos anos 1950 inicia sua presença na escrita compondo matérias, artigos, entrevistas para os jornais, vivência que se prolonga na sua formação maior — nos tempos de estudante na Universidade Nacional de San Marcos, onde cursou Direito e Literatura — e no resto da vida. A vida acadêmica se prolonga até alcançar um Doutorado em Filosofia e Letras na Universidade Complutense de Madri com tese acerca da obra do amigo Gabriel García Márquez mais tarde publicada como História de um deicídio (1971). É importante mencionar que a vida acadêmica contribuiu para uma rica parte de sua obra: aquela dedicada à reflexão, crítica e ao ensaio — é o caso dos livros A orgia perpétua (1975), A verdade das mentiras (1990), A tentação do impossível (2004), e A civilização do espetáculo (2012), para referir alguns dos já traduzidos entre nós. Se esses títulos revelam o exímio ensaísta, o romance coloca Vargas Llosa entre os mais importantes nomes da literatura universal; neste gênero destacam-se A cidade e os cachorros (1963), A casa verde (1966), Conversa no Catedral (1969), A guerra do fim do mundo (1981), A festa do bode (2000), Travessuras da menina má (2006) ou Tempos ásperos (2019). Também publicou livro de contos, literatura infantil, memória, teatro e poesia. Desde 2012, vinha organizando e publicando os textos que escreveu em jornais — seis volumes até 2025, todos ainda inéditos em português. Ao longo da carreira, Vargas Llosa acumulou os mais importantes prêmios do meio literário, como o Prêmio Nobel de Literatura (2010), o Prêmio Cervantes (1994) e o Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras (1986). Em 2021, repetiu um feito inusitado: alcançou uma cadeira na Academia Francesa. Mario Vargas Llosa morreu no dia 13 de abril de 2025.
 
DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. Stay True: relato de uma amizade, de Hua Hsu (Trad. Rodrigo Neves, Martins Fontes, 200p.) O que a literatura é capaz de remendar a partir dos volteios de uma memória de uma juventude que quer dizer da experiência do imigrante e da necessidade humana de pertencimento; o que os afetos podem erguer, enquanto o acaso, quase sempre fatal é a navalha de separação. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Ermos e Gerais, de Bernardo Élis (Martins Fontes, 287p.) Foi com este livro que o escritor goiano estreou na literatura: um conjunto de contos com linguagem própria que fabula o cotidiano de um Brasil que desde o advento da modernidade é continuamente corrompido ou apagado pelo centro, pelo urbano e pela técnica. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Noites insones, de Elizabeth Hardwick (Trad. Gisele Eberspacher, Instante, 144p.) Entre a memória e a invenção, a já reconhecida ensaísta modula um romance crepuscular em que convivem livremente personagens históricas e temas que remontam uma era perdida da intelligentsia literária nova-iorquina. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
A voz de Monteiro Lobato. A menina do Narizinho arrebitado porque foi o livro que me deu mais dinheiro”, responde Monteiro Lobato, de maneira muito objetiva, à pergunta acerca de qual obra destacaria como marco da sua literatura. Também se reserva a não responder questões políticas ainda receoso da prisão sofrida pela ditadura de Getúlio Vargas em 1941, diz que seu erro foi escrever para gente adulta e entende que a paz mundial só seria alcançada se todos os países possuíssem a bomba atômica. Estas e outras falas estão nesta entrevista para a Rádio Record que foi ao ar dois dias antes da sua morte, em julho de 1948.
 
A voz de Manuel Bandeira (e de Eucanaã Ferraz). Entramos, neste 19 de abril, na véspera do 140º aniversário de Manuel Bandeira. Relembramos a passagem do belíssimo (e agora documento) O poeta do Castelo (1959), de Joaquim Pedro de Andrade, em que o poeta recita “Vou-me embora pra Pasárgada”. O filme completo pode ser visto aqui. E aqui, o caminho para um vídeo em que o também poeta Eucanaã Ferraz lê um poema de Bandeira — “Satélite” — de Estrela da tarde (1960); é um excerto de uma aula realizada para o Instituto Moreira Salles (IMS).
 
BAÚ DE LETRAS
 
Vargas Llosa no Letras 1. É verdade que nem começamos a entrar no extenso universo forjado pela literatura de Mario Vargas Llosa. Mas, vários dos livros aparecem resenhados por aqui — como os romances A guerra do fim do mundo, A cidade e os cachorros, Conversa no Catedral, A festa do bode, Travessuras da menina má, Tia Julia e o escrevinhador,  O herói discreto, Cinco esquinas, Dedico a você o meu silêncio ou os seus ensaios A tentação do impossível, Duas solidões: um diálogos obre o romance na América Latina, Meio século com Borges, Cartas a um jovem escritor e O olhar imóvel.
 
Vargas Llosa no Letras 2. Aparecem ainda a tradução de alguns dos seus ricos ensaios voltados para o exame de importantes obras da literatura, como o dedicado à obra-prima de Joseph Conrad O coração das trevas ou Afirma Pereira, de Antonio Tabucchi; e seus luminosos depoimentos sobre José Donoso, Charles Dickens, Molière, Amós Oz, Mario Benedetti, ou sobre sua experiência com o teatro.
 
Vargas Llosa no Letras 3. Ou o exame de parte significativa da sua biografia, encontrada nas duas partes de “Mario Vargas Llosa: vida e liberdade” publicadas aqui e aqui, respectivamente; algo de quando se refugiou em Paris, onde pode cultivar seu amor pela literatura de Flaubert, Victor Hugo e sua própria escrita; o Prêmio Nobel de Literatura que veio em 2010, quando pudemos ouvir um rico discurso de celebração do amor ao literário; seus diálogos com os colegas do Boom; sua passagem pela escrita de livros voltados para a infância e um livro escrito e publicado em inglêsA Writer’s Reality; e uma lista com onze dos romances recomendados por Llosa.
 
DUAS PALAVRINHAS
 
As melhores coisas da vida guardam sempre um grão de loucura e de mistério.

— Lygia Fagundes Telles, em entrevista para o Estadão

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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas.

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