Boletim Letras 360º #634

Christopher Isherwood. Foto: George Platt Lynes 


 
LANÇAMENTOS
 
Romance mais conhecido de Christopher Isherwood ganha nova tradução e edição no Brasil pela Companhia das Letras.
 
Em 1929, o escritor britânico Christopher Isherwood viajou por dez dias a Berlim, onde esperava encontrar a liberdade sexual ausente em sua terra natal. O curto período que passou na Alemanha foi tão impactante que decidiu se mudar de vez para lá em novembro do mesmo ano. Sua vivência na época da República de Weimar inspirou Adeus a Berlim, obra semiautobiográfica que pincela diferentes personagens da cidade efervescente enquanto a ameaça nazifascista crescia a olhos vistos. As diferentes criaturas que cruzam o caminho do protagonista — uma dona de pensão fofoqueira, uma família de judeus endinheirada, sob o risco crescente do antissemitismo, e, por fim, um homem enciumado com a atenção que o namorado recebe nas noites da cidade — ajudam a compor um panorama no qual a melancolia é escondida por uma frágil fachada de coquetéis e cabarés. A nova tradução é de Débora Landsberg. Você pode comprar o livro aqui.
 
O novo romance do autor de O colibri. A história de um verão que muda tudo.
 
Sandro Veronesi narra o amadurecimento de um garoto de doze anos, Gigio Bellandi, durante um verão na Versilia, em 1972: a descoberta da música, da leitura, da inquietação, do desejo, do amor — e, depois, a interrupção impensável e fulminante de tudo isso. O autor reconstrói as imagens, os cheiros, as cores e os sons que animavam aquela vida perdida e, com certa nebulosidade, porque vivido sem muitas explicações, reconstrói também o evento irreversível que a devastou. Ambientado entre as praias da Toscana e as memórias de uma infância feliz, Setembro negro narra a perda da inocência e o impacto das primeiras grandes dores. É uma história sobre amadurecer cedo demais e sobre o poder evocativo das palavras. Tradução de Karina Jannini. Publicação da Autêntica Contemporânea. Você pode comprar o livro aqui.
 
O único romance da escritora austríaca Ingeborg Bachmann ganha tradução e edição brasileiras.
 
Considerada uma das figuras mais importantes e complexas da literatura de língua alemã do pós-guerra, Bachmann foi uma escritora visionária que explorou com intensidade temas como a identidade feminina, a linguagem, a violência e o amor. Parte do Grupo 47, Bachmann tem sua escrita fortemente marcada pela mistura de melancolia e fragmentos do passado. Ingeborg Bachmann escreveu Malina, seu único romance, para que fosse o primeiro volume de uma trilogia nunca finalizada. De modo poético, e com atmosfera enevoada, é narrado por uma mulher que, através de memórias e sonhos, traz à luz muito do que se esconde nas sombras: a subjetividade e trauma femininos, a violência masculina, um peculiar triângulo amoroso. Bachmann, de vida tão trágica, opera um salto mortal neste romance que virou as letras austríacas de ponta-cabeça. A tradução da obra ficou a cargo de Carla Bessa. Além de Ingeborg Bachmann, traduziu outros autores de língua alemã como Max Frisch e Thomas Mann. Também é autora de ficção, com destaque para o livro de contos Urubus, que foi traduzido para diversas línguas, ganhou o prêmio Jabuti e ficou em segundo lugar no Prêmio Clarice Lispector, promovido pela Biblioteca Nacional. A publicação de Malina oferece uma excelente oportunidade para revisitar e redescobrir a genialidade de Ingeborg Bachmann. O livro sai pela Estação Liberdade. Você pode comprar o livro aqui.
 
A estreia de Caetano Romão no romance.
 
Em uma cidade na zona rural, de terra vermelha e com uma figueira num descampado, dois irmãos agora órfãos enterram a mãe. Simão, o mais velho, é dado às marras e confusões e protege o caçula, mais sensível, das hostilidades alheias. O menor é gago e, embora não consiga pronunciar trava-línguas, narra o romance em capítulos curtos com seu pensamento “sem rebarba” e uma linguagem única, que situa Caetano Romão entre os grandes prosadores de sua geração. Um dos irmãos tem como amuleto o nome gravado no arroz, o outro não desgruda de seu baralho. Os dois têm casa, caminhonete, gato e um ao outro, pois, como afirma Andrea del Fuego na orelha do livro, “o afeto é um jeito de esquecer a terra que aguarda seus corpos”. Eles estão unidos pelo ritmo do cotidiano e coreografam seus gestos, sombras e mistérios até que começam a escutar vozes vindas do ventre da terra, ininteligíveis e inexplicáveis, e a lógica da proteção se inverte. Simão começa a padecer de certo mal invisível, enquanto o caçula-protagonista se encarrega de curá-lo. Minucioso na limpeza e arrumação, o narrador é o responsável pelos cuidados da casa, por manter a ordem, a compreensão, a sagacidade diária. O que era fragilidade pouco viril torna-se triunfo. Mas o mundo dos sentidos explícitos não é o deste Escrevo seu nome no arroz. Romance de estreia de Caetano Romão, este livro é muito mais uma ode às linguagens, ou, como chamou Edimilson de Almeida Pereira, uma “alquimia ficcional”. Por sua prosa poética e bem-humorada, somos levados para a oralidade dos recantos do país, engolfados em um solo fértil de sabedoria popular, superstições, encantos e horrores que pairam nos quintais. Seja pelas traquinagens dos gatos, pelas curas com banhos, xaropes, unguentos e fés não ditas, seja pelos personagens que pegam carona no alumbramento da paisagem, o livro nos povoa de feitiços: os da língua e os sobrenaturais. Publicação da editora Fósforo. Você pode comprar o livro aqui.
 
Obra passa em revista a tradição do poema em prosa na literatura brasileira.
 
Antologia do poema em prosa no Brasil reúne uma centena de poetas e mais de duzentos poemas, abrangendo quase um século e meio de história literária. O mais importante, porém, é que se volta para um modelo comum na modernidade, mas pouco comentado pela crítica: o poema em prosa. Criado por Charles Baudelaire, em meados do século XIX, tornou-se uma forma de escrita em que a poesia se exime de formalismos prévios e aventura-se na expressão livre. Fernando Paixão se lançou ao desafio de traçar as linhas de força desse tipo de escrita na poesia brasileira, do século XIX à atualidade. O resultado surpreende, pois revela um panorama diferente da conhecida tradição. Modelo exaltado pelos poetas simbolistas, foi pouco praticado pelos modernistas e ganhou evidência com os autores da poesia marginal dos anos 1970, quando passou a frequentar sem protocolos os livros de poesia. No século XXI, entrega-se à autoironia e à fragmentação. Antologia do poema em prosa no Brasil mapeia um capítulo especial da literatura no país. E oferece ao leitor a oportunidade de descobrir um território original e insuspeito. Sem receio de mesclar prosa com poesia. O livro tem ilustrações de Sergio Fingermann e sai pela Ateliê Editorial e a Editora Unicamp. Você pode comprar o livro aqui.
 
Livro reúne toda a obra poética de Mario Chamie e mostra uma obra poética tão ligada à hoje vanguarda poética pós-modernista quanto única, inovadora e indispensável, dando-lhe lugar reservado entre os grandes poetas brasileiros contemporâneos e de todos os tempos.
 
Publicado originalmente em 1977, a antologia contém os nove livros de poesia publicados por Chamie, com alterações significativas, feitos pelo próprio autor, em revisão. É, assim, a versão definitiva da obra poética do autor. Destaca-se Lavra Lavra, vencedor do Prêmio Jabuti em 1962, aclamado por público e crítica. Objeto selvagem traz ainda dois títulos que permaneceram inéditos e foram somente publicados dentro desta poesia completa: Configurações (1956) e Conquista de terreno (1968).  A editora Assírio & Alvim Brasil traz ainda nesta edição um ensaio analítico do professor de literatura brasileira Pedro Marques que serve também como um roteiro ou apoio de leitura. Divergindo do movimento concretista, ao qual se associava no princípio, Chamie fez uma poesia menos visual (ao gosto dos “concretos”) e mais poética, no estrito senso da poesia, cujo pilar é a palavra, ainda que também planejada para ocupar visualmente o espaço em branco, como uma instalação. O neologismo, característico do concretismo, está lá. Com a palavra, tijolo após tijolo, Chamie descreve e reconfigura a realidade, tal como a concebe, numa visão cosmogônica. A tarefa de ressignificação das palavras e a construção poética, que ele chamou de “práxis”, permite rever todos os elementos da vida e dos fazeres humanos: a cidade, o campo, a indústria, os ofícios, a política. Com isso, Chamie tornou-se um poeta visionário do capitalismo brasileiro em sua época — e de todas as épocas, ao transparecer a essência não apenas do Brasil, como do ser humano, que toma corpo em sua obra como o verdadeiro homo faber. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma viagem mística ao coração primitivo da música e da dança; uma jornada lisérgica e emocional que é, ao mesmo tempo, a busca por um pai e por um sentido de pertencimento em um mundo que só conhece a perda e o desamparo.
 
Ano 5540 do calendário andino. Noa decide fugir de Guayaquil, onde nasceu, com sua melhor amiga Nicole, para participar do Ruído Solar, um festival que, todos os anos, reúne, durante oito dias e sete noites, milhares de jovens — entre músicos, dançarinos, poetas e xamãs - aos pés de um dos muitos vulcões dos Andes. Ficam para trás as famílias, a violência das cidades, e se descortina uma paisagem alucinada que treme ao ritmo da música e das erupções vulcânicas sob um céu riscado por meteoritos. Para Noa, essa será a primeira parada antes de reencontrar o pai que a abandonou quando criança e que, há anos, vive nas florestas altas - um território onde também se escondem os desaparecidos, aqueles que um dia subiram ao Ruído e nunca mais voltaram para casa. Sustentado por uma lírica extraordinária, uma estética deslumbrante e muito senso de ritmo, Xamãs elétricos na festa do sol é publicado pela Autêntica Contemporânea; tradução de Silvia Massimini Felix. Você pode comprar o livro aqui.
 
O livro vencedor do Prêmio Booker de Ficção em 2024 chega aos leitores brasileiros.
 
Quatrocentos quilômetros acima da Terra, quatro homens e duas mulheres ― dos Estados Unidos, do Japão, da Inglaterra, da Itália e da Rússia ― compartilham a estação espacial internacional. Em um período de vinte e quatro horas, a uma velocidade de vinte e oito mil quilômetros por hora, eles dão dezesseis voltas ao redor do planeta. Cada órbita é um capítulo breve deste tour de force de beleza contemplativa: da calculada rotina espacial de cada um dos astronautas e cosmonautas ― os exames de sangue diários, os experimentos científicos ―, das implicações emocionais com aqueles que deixaram na Terra ― a morte de um familiar, um casamento sem amor ― e dos diálogos mais ou menos reveladores entre eles, Orbital extrai indagação filosófica e instantes de arrebatamento. Com uma pesquisa profunda e um repertório poético transbordante, Samantha Harvey lança sobre o planeta e a humanidade ― tão poderosos, tão frágeis ― um olhar afetuoso: um astronauta é “um animal que não apenas testemunha as coisas, mas ama o que testemunha. Tradução de Adriano Scandolara e edição da editora DBA. Você pode comprar o livro aqui.
 
Voltar a quando um país se viu no direito de experimentar a extinção da vida humana na terra.
 
Decorridos 80 anos dos ataques a Hiroshima e Nagasaki, este curto e poderoso livro permanece mais atual do que nunca. Em A bomba, dois ensaios são justapostos: “Hiroshima: Quebrando o silêncio” e “O bombardeio de Royan”. Com seu sólido domínio historiográfico, Howard Zinn narra o processo de criação e uso de bombas atômicas e bombardeios indiscriminados de cidades europeias, condensando sua experiência pessoal e os relatos das vítimas na construção de uma crítica feroz aos argumentos centrais do militarismo. Publicação do Selo Manjuba/ Mundaréu; tradução de Bruno Cobalchini Mattos. Você pode comprar o livro aqui.
 
Mais um livro de Annie Ernaux. Agora, o relato da sua primeira experiência sexual aos dezessete anos.
 
Aos dezessete anos, a jovem Annie deixa sua cidade natal para trabalhar como monitora numa colônia de férias na Normandia. É ali que vive sua primeira experiência sexual, em uma noite que deixaria nela uma marca indelével. Em Memória de menina, mais de cinquenta anos depois, Ernaux mergulha no verão de 1958 para tentar acessar aquilo que gostaria de esquecer, mas que sabe estar na origem de quem ela se tornou, e também de seu trabalho como escritora. Com minúcia, ela tenta reconstruir a si mesma e o contexto da época para chegar ao coração da experiência tal como a viveu, e que a assombrará por tanto tempo. “Aquela menina de 58, que passados cinquenta anos é capaz de surgir e provocar um colapso interior, vive, portanto, em mim com sua presença escondida, irredutível. Se o real é aquilo que age, produz efeitos, segundo a definição do dicionário, essa menina não sou eu, mas ela é o real em mim. Uma espécie de presença real.” É assim que Ernaux se dedica a alguns dos temas mais dolorosos de sua obra, decorrências da memória primordial que dá nome ao livro. Depois daquela noite, ela testemunhará no próprio corpo os efeitos do trauma: a interrupção súbita da menstruação e um transtorno alimentar — numa época em que não havia com o que nomeá-lo. A isso se somam outras dificuldades comuns às jovens de seu tempo: uma dolorosa tomada de consciência e internalização do seu lugar na sociedade, expressa no abandono das ambições acadêmicas e em angústias quanto ao futuro profissional. Ao mesmo tempo, a jovem Ernaux descobre O segundo sexo, de Simone de Beauvoir, e a dimensão política de seus problemas pessoais. Lemos o seu despertar para o feminismo, que a ajuda a encarar, mesmo que com limitações, sua condição: “ter recebido as chaves para entender a vergonha não confere o poder de apagá-la”. Atenta à forma como os fatos históricos e as experiências vividas depois do verão de 1958 moldam sua visão sobre a época, Ernaux empreende uma das incursões mais profundas de sua constante reflexão sobre a temporalidade, fazendo de Memória de menina um ponto luminoso de sua obra. Tradução de Mariana Delfini; publicação da editora Fósforo. Você pode comprar o livro aqui.
 
Marília Garcia reúne material farto de reflexões sobre poesia para qualquer um que se interesse pelo ofício. Mais do que crítica literária, estes ensaios se definem por um desejo de transmitir a experiência da escrita poética.
 
“Em muitos de seus poemas instigantes e refinados, Marília Garcia é uma poeta-ensaísta que cerca o seu tema com indagações sem fim. Neste ‘Pensar com as mãos’, reunião de ensaios breves sobre poesia, revela-se uma outra (mesma?) face da autora: a da ensaísta tout court. Perspicaz, bem-informada e guiada por uma curiosidade irresistível, ela se pergunta se ainda é possível usar uma palavra tão gasta como ‘coração’, discute a importância de escrever contra a própria poética, compara traduções de Baudelaire, aproxima a poesia de outros gêneros (não só textuais), analisa procedimentos de autores contemporâneos, interessa-se enfim por uma variedade impressionante de assuntos ligados à arte do verso. ‘A verdadeira condição humana/ é a de pensar com as mãos’, diz o poema de Godard que dá título ao livro. Ler estes textos é ver a poeta-leitora em ação, com a mão na massa.” (Fabrício Corsaletti) Pensar com as mãos sai pela Martins Fontes. Você pode comprar o livro aqui.
 
Hélio Pellegrino visto pelo filho.
 
Médico psiquiatra, psicanalista, escritor, cronista, poeta e militante político, Hélio Pellegrino foi uma das peças fundamentais da vida nacional durante os Anos de Chumbo. Fez parte da Comissão dos Cem Mil, formada na antológica passeata de mesmo nome para levar as reivindicações populares ao marechal Costa e Silva. Foi preso, porém não se acovardou, persistindo na luta contra as injustiças sociais, o que o levou a criar (juntamente com Kattrin Kemper) a Clínica Social de Psicanálise Anna Kattrin Kemper e, mais tarde, a integrar a ala dos intelectuais durante a criação do Partido dos Trabalhadores, bem como a participar da Comissão Teotônio Vilela para as Prisões, do grupo Tortura Nunca Mais. Figura pública exemplar, Hélio Pellegrino foi também um homem de grandes paixões e pai de sete filhos. Esta é a história pessoal evocada em Hélio Pellegrino, meu pai, com humor e ternura, pelo seu caçula, João Pellegrino, que nos revela o lado íntimo deste personagem ímpar que ajudou a moldar o Brasil da segunda metade do século XX. Publicação da editora Rocco. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Uma antologia de histórias curtas de Raquel de Queiroz em nova edição.
 
Nas nove histórias curtas reunidas neste livro, a escritora cearense mostra todas as características que a consagraram no panteão literário nacional. Conhecida pelas narrativas longas, a autora articula, de forma magistral, elementos da experiência universal com traços regionais, em especial do Nordeste brasileiro.O jornalista e escritor José Nêumanne Pinto afirma que “a contista Rachel de Queiroz é contundente como o quê, sutil e cortante qual gume de faca para picar fumo nas feiras livres do interior do Ceará. Ela descreve a vida sem disfarce, sem dourar a pílula, com a impressionante frieza de um assassino profissional. […] A prosa curta da romancista é escorreita e crua, sem subterfúgios nem tergiversações: adjetivos são dispensados sem cerimônia, prevalecendo a força dos substantivos comuns, enfileirados com argúcia e sensibilidade”. Com A casa do Morro Branco, os leitores ficarão fascinados ao encontrar a escrita e o olhar refinados da escritora para o cotidiano. Você pode comprar o livro aqui.

RAPIDINHAS
 
Um novo romance de Thomas Pynchon. O mais recluso dos escritores publicará um novo livro mais de uma década depois do último. Shadow Ticket sai em outubro nos Estados Unidos e em 2026 no Brasil pela Companhia das Letras. 

E, por falar em Sandro Veronesi. O escritor italiano foi confirmado na programação da Festa Literária Internacional de Paraty que neste ano vai de 30 de julho a 5 de agosto. 

Dylan Thomas. A Arte & Letra publicará uma das mais desafiadoras obras do poeta galês — a peça radiofônica encomendada pela BBC Under Milk Wood. Com tradução de Caetano Galindo, o livro se chamará Ao pé do bosque torto. O livro já mereceu também uma adaptação para o cinema (em 1972) e para a televisão (em 2014).
 
Conversa com Alberto Manguel. Sai pelas Edições Sesc uma longa entrevista do escritor com Sieglinde Geisel: a formação do leitor apaixonado, a convívio com Jorge Luis Borges e o amor incomensurável pelos livros estão entre os temas.
 
A poesia de Alejandra Pizarnik 1. Desde o início da publicação da obra da poeta argentina, a Relicário Edições editou Árvore de Diana, Os trabalhos e as noites, Extração da pedra da loucura e O inferno musical.
 
A poesia de Alejandra Pizarnik 2. Os livros em edições bilíngues e traduzidos por Davis Diniz foram reunidos numa caixa e trazem além dos posfácios escritos pelo tradutor, prefácios de Marília Garcia, Ana Martins Marques, Nina Rizzi e Laura Erber, respectivamente.

DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. Pós Poemas, de Augusto de Campos (Perspectiva, 120p.) A poesia concreta respira bem neste livro que fecha uma tetralogia verbivocovisual formada por Despoesia, Não e Outro. Nestas páginas estão o registro do poeta brasileiro nas duas últimas décadas de atividade criativa. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Um pequeno engano, de Nikolai Leskov (Trad. Noé Oliveira Policarpo Polli, Editora 34, 336p.) É tardia a chegada da obra desse escritor que há muito conhecíamos pelo célebre ensaio “O narrador”, de Walter Benjamin, mas essa ausência tem sido rapidamente corrigida nos últimos anos. Aqui está uma seleta de oito histórias comentadas pelo organizador e tradutor. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Jogo de armar, de Edgar Telles Ribeiro (Todavia, 128p.) Uma sinuosa história de amor. Num cenário falsamente claustrofóbico, trânsitos pela vida de um escritor e sua mulher. Você pode comprar o livro aqui
 
BAÚ DE LETRAS
 
No dia 10 de abril de 2025 celebramos os 100 anos da primeira edição de O Grande Gatsby, então publicada pela Charles Scribern’s Sons. Este se tornou o principal romance de F. Scott Fitzgerald e um marco da literatura do século XX nos Estados Unidos. No Letras, o leitor encontra vários materiais em torno do romance. Recordamos algumas:

1. Algo dos bastidores ou da história de publicação de Gatsby aparece neste texto e neste outro, um capítulo referente à concepção da icônica capa da primeira edição desenhada por Francis Cugat.

2. Uma matéria acerca das adaptações do romance de Scott Fitzgerald para o cinema, incluindo a primeira tão logo o romance foi publicado. E, aqui, uma resenha da adaptação de Baz Luhrmann, a mais recente.

3. Cem anos depois é idade para mito? Ainda em matéria de cinema, um exame sobre o romance e suas variações ao longo da história, incluindo suas adequações à era das inadequações. Aqui

Um homem só, o livro de Christopher Isherwood a abrir as recentes reedições de sua obra entre os leitores brasileiros foi comentado duas vezes no Letras: aqui, por Sérgio Linard e aqui, por Pedro Fernandes . 

DUAS PALAVRINHAS

Um fato fundamental da vida é que qualidades como decência e dignidade são distribuídas aos homens com grande desigualdade ao nascerem. O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald.
 
— Em O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald.

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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas.
 

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