Boletim Letras 360º #630

DO EDITOR
 
Olá, leitores! Aproveito o destaque desta edição para lembrá-los que estamos procurando apoiadores do Letras que queiram concorrer a um exemplar de Morte em pleno verão, outro livro de Yukio Mishima a ganhar tradução inédita direta do japonês recentemente entre nós. O lembrete está aqui, neste comentário, mas está também à esquerda desta página. Saiba todos os detalhes de como participar aqui. Um excelente final de semana para vocês!

Yukio Mishima. Foto: André Bonin


 
LANÇAMENTOS
 
Mais um Yukio Mishima entre nós. Agora, o romance que saiu pela primeira vez na revista literária Gunzō entre os anos de 1978 e 1979 e foi vencedor do prestigiado prêmio Noma.
 
Uma mulher recém-separada do marido aluga um apartamento em Tóquio para morar com a filha pequena. A nova casa tem janelas voltadas para todas as direções: a qualquer hora do dia, uma luz exuberante inunda o lugar. Enquanto isso, em seu íntimo, diante da nova vida que se descortina, ela sente uma crescente e pegajosa escuridão se instalar. Isolada de seu antigo círculo de amizades e decidida a não pedir ajuda à mãe, ela enfrenta a árdua tarefa de reconstruir sua identidade, conviver com a solidão e entender as próprias contradições. A força do romance reside justamente nas lutas internas da narradora, expostas com uma honestidade desprovida de sentimentalismos ou autopiedade. As poderosas imagens evocadas por Tsushima — uma das escritoras japonesas mais importantes de sua geração — permanecem gravadas em nossa mente, numa escrita que impacta tanto por sua crueza quanto por sua incomparável sensibilidade. Numa conversa com a escritora francesa Annie Ernaux, Tsushima declarou que “há algo único na experiência de escrever como mulher. Talvez pelo fato de nossa existência ser quase totalmente excluída da história escrita, as escritoras carregam consigo as vozes do invisível, que são tão ricas. Sinto uma certa felicidade quando penso que, como mulher, há infinitamente mais coisas sobre as quais posso escrever do que um homem”. Tradução de Rita Kohl; Território da luz sai pela Alfaguara. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um segundo livro Maria Stepánova ao alcance dos leitores brasileiros.
 
M., escritora, perto dos 50, dirige-se a um evento literário num país que não é o seu quando uma série de contratempos a tira de sua rota. Na viagem conhece estrangeiros como ela, e aos poucos desliga-se dos diuturnos compromissos de diferentes conexões. O celular emudece. Entrevê a chance de desaparecer numa cidade desconhecida em quartos modestos de hotel, museus de província e estações ferroviárias apinhadas de gente diversa. Entre o presente opressivo e o passado ausente, erra por um itinerário recheado de incidentes e casualidades. Até topar com uma trupe de circo. Com a presença da escritora já diluída, apresenta-se como voluntária e, sem nenhuma habilidade especial, sobra-lhe a hipótese de ser figurante. No picadeiro, aparece e desaparece num passe de mágica. Encontra um pretexto para desaparecer longe de um mundo onde sempre lhe perguntam: de onde você vem? Publicação do selo Poente/ Martins Fontes; tradução de Irineu Franco Perpétuo. Você pode comprar o livro aqui.
 
Quase duas décadas após ter aterrissado com força na literatura brasileira com o surpreendente Hoje está um dia morto, André de Leones apresenta mais uma incisiva e impiedosa radiografia do Centro-Oeste brasileiro em Meu passado nazista.
 
Ambientado entre os anos de 1990 e 2020, este é um romance de trama intensa e dramática que entrelaça a vida de três personagens cujos destinos se chocam de maneira tumultuada. Leandro, o protagonista, é um professor marcado por um trauma familiar devastador: seu pai foi assassinado, e sua mãe, esmagada pela dor, mergulha em uma depressão avassaladora que a impede de viver plenamente. Com a perda de ambos, Leandro passa a viver com o avô (nazista) e com a tia, em uma casa marcada pelo silêncio e por segredos. Cristian, seu melhor amigo, é um advogado de moral dúbia, filho de um poderoso local (simpatizante de Hitler). Em um momento de embriaguez, Eleonora, namorada de Cristian, o trai com um estranho. Esse ato aparentemente trivial desencadeia uma série de eventos que transformam o romance em uma jornada caótica e imprevisível. Por meio dessas três figuras emblemáticas, Leones conecta de forma única a Era Collor ao Terceiro Reich, Richard Wagner a duplas sertanejas melancólicas, e faz um alerta sobre a persistência do espectro nazista, que reaparece nos lugares mais improváveis. Em meio a tantas referências e estilos, a música pop se entrelaça com a política, o cinema conversa com a filosofia, e o picaresco invade a metanarrativa, resultando em uma fabulação alucinante. Este é um romance repleto de histórias entrelaçadas, vozes narrativas múltiplas e interrupções temporais, conduzindo os leitores por uma trama que, com uma avalanche de momentos simultâneos, os absorve por completo, até que se alcance a revelação da “verdade” sobre Konrad Helfferich, o avô de Leandro. Como bem destacou o jornalista e escritor Luiz Rebinski, que assina o texto de orelha desta edição, com Meu passado nazista “André de Leones oferece ao leitor uma viagem única e inesquecível ao ‘intestino grosso’ de um lugar repleto de som, fúria, medo e delírio”. Publicação da editora Record. Você pode comprar o livro aqui.
 
A nova edição dos Manifestos do surrealismo de André Breton marca o centenário do primeiro Manifesto e atesta a vitalidade do movimento surrealista, que conjuga Amor, Poesia e Liberdade.
 
Por entre as páginas deste livro os leitores encontrarão os textos fundamentais que guiaram o pensamento e a vida de André Breton e os surrealistas: “Manifesto do surrealismo”, “Peixe solúvel”, “Segundo manifesto do surrealismo”, “Carta às videntes”, “Posição política do surrealismo”, “Prolegômenos a um terceiro manifesto do surrealismo ou não” e “Do surrealismo em suas obras vivas”. Completam esta edição os manuscritos do primeiro “Manifesto do surrealismo”, uma seção de textos e declarações do movimento surrealista internacional (Grupo surrealista DeCollage, Laurens Vancrevel, Annie Le Brun, Sylwia Chrostowska, Joël Gayraud, Guy Girard, Michael Löwy, José Manuel Rojo, Ron Sakolsky, Georges Sebbag), além de um imprescindível caderno de notas dos tradutores Marcus Rogério Salgado e Diogo Cardoso, ressaltando e analisando aspectos da tradução dos textos, da história e do pensamento do surrealismo e seu movimento. Publicação da editora 100/ Cabeças. Você pode comprar o livro aqui.
 
Quarto livro da Tetralogia da perda, série de livros em que Lilian Sais escreve sobre o luto após a morte do pai.
 
Lilian, a protagonista deste livro, mora sozinha no décimo terceiro andar do Baroneza, edifício situado em uma zona fronteiriça, próximo a uma linha de trem. Dentro de seu apartamento: uma mesa, quatro cadeiras, um sofá, uma TV, poucas plantas, um quadro com o contorno do mapa da América do Sul. Lilian quer preparar um jantar para a família. A partir de um universo a priori restrito, composto por poucos elementos, e por meio de uma linguagem que dispensa floreios, A cabeça boa encadeia situações que se revelam absurdas. A narração em segunda pessoa ― como se a Lilian autora se dirigisse à Lilian personagem ― acentua a sensação de estranhamento e o humor particular: “Você explica ao homem desconhecido que, tecnicamente, seu pai e sua mãe são fantasmas”. A cabeça boa não tenta ordenar, apaziguar ou dar sentido à desconcertante experiência da morte de um familiar, tampouco se fecha nesta ou em outra chave de leitura. Pelo contrário: investe na indefinição. Não é possível determinar se o terreno é de loucura ou sanidade, de realidade ou absurdo, de vida ou morte. Não tente adivinhar os caminhos, apenas aceite um lugar à mesa. Lilian convida para jantar.
Publicação da DBA. Você pode comprar o livro aqui.
 
Em Uma história da velhice no Brasil, a renomada historiadora Mary Del Priore nos convida a uma viagem fascinante pela trajetória dos idosos ao longo dos séculos.
 
Com um texto envolvente e embasada em ampla pesquisa documental, o livro revela como a sociedade brasileira viu, tratou e representou a velhice desde os tempos coloniais até os dias atuais. Das tradições indígenas aos desafios contemporâneos do envelhecimento populacional, passando pelo olhar da Igreja, da Medicina e da Cultura, a obra desconstrói mitos, expõe preconceitos e traz à tona histórias esquecidas de homens e mulheres que desafiaram o tempo. O leitor descobrirá como os idosos já foram símbolos de sabedoria e respeito, mas também de abandono e exclusão, e como essas percepções foram moldadas por valores sociais, políticos e econômicos. Para além de um estudo histórico, este livro provoca reflexões urgentes: como lidamos com nossos velhos hoje? O que a história tem a nos ensinar sobre envelhecer com dignidade? Em tempos de longevidade crescente, Uma história da velhice no Brasil é uma leitura indispensável para quem quer compreender o passado e projetar um futuro mais humano e inclusivo. Publicação da Vestígio. Você pode comprar o livro aqui.
 
Tati Bernardi continua a investigar o interior dos dilemas familiares.
 
Para comemorar seu aniversário de quarenta e três anos, Tati decide organizar uma festa em seu apartamento, na rua Maranhão, em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. Durante a celebração, ela recebe uma mensagem preocupada de uma amiga contando que errou o endereço e foi parar em “um lugar medonho”: o Largo do Maranhão, no Tatuapé, bairro onde Tati cresceu. O pavor da amiga desencadeia em Tati uma crise de pânico, o que a obriga a deixar a sala, os convidados e a certeza momentânea de seu pertencimento de classe. Com o humor habitual já conhecido pelos leitores de Depois a louca sou eu e Você nunca mais vai ficar sozinha, a escritora, roteirista e podcaster Tati Bernardi entrelaça, neste novo romance, questões sociais, políticas, amorosas e familiares, expondo feridas comuns a todos aqueles que ascendem socialmente. Se o tema já foi amplamente abordado por Annie Ernaux, Didier Eribon, Édouard Louis e, aqui no Brasil, por José Bortoluci, entre outros, em A boba da corte Bernardi dá um passo adiante na tradição da autossociobiografia, acrescentando camadas de ironia e humor às narrativas de mudança de classe. Além de um relato autoficcional, o livro é também um retrato ácido da elite progressista brasileira e suscita uma questão inadiável: o que os bem-nascidos e herdeiros deixam de legado para o país? Mordaz e irônica, a protagonista não perdoa a ninguém — nem a si mesma —, e cutuca a ferida, torce o dedo dentro dela e depois o lambe, rindo. Ao se organizar, a raiva explode, grita “o rei está nu!”, vai aos poucos assentando, encontra seu lugar, ora ou outra veste o traje de boba da corte, e nós, leitores, no final, resfolegamos e saímos das páginas com o viço renovado. Como afirma Tatiana Salem Levy na orelha do livro, tudo parece que pode rebentar, mas “é aqui que entra a escrita, a corda que liga os pontos, que mantém firme a narradora e que prende a nós, leitores, numa espécie de fascínio hipnótico por essa mulher”. Publicação da editora Fósforo. Você pode comprar o livro aqui.
 
O segundo volume com escritos de André Rebouças é publicado pela Chão Editora.
 
Os dois volumes de O engenheiro abolicionista acompanham a retomada da escrita do diário regular de André Rebouças, de 1883 até pouco depois da posse do gabinete conservador e antiabolicionista do barão de Cotegipe, em 20 de agosto de 1885. O ano de 1883 e os primeiros meses de 1884 haviam sido tempos de elevadas expectativas para o movimento abolicionista. Tinham como epicentro a baixa do preço dos cativos decorrente do fechamento do tráfico interno e as denúncias de ilegalidade da escravidão de africanos que entraram no país a partir de 1828. Culminaram com a abolição na província do Ceará em 25 de março de 1884. As cartas que Rebouças escreveu a Joaquim Nabuco nesse período abrem o segundo volume de O engenheiro abolicionista. Elas iluminam a intensidade e o entusiasmo que animavam o engenheiro, e são seguidas pela transcrição de seu diário, de junho de 1884 a setembro de 1885. Rebouças acompanha toda a movimentação política, da subida ao poder do Ministério Dantas, aliado dos abolicionistas, até a queda deste e a total inversão dos significados políticos da proposta de lei de libertação dos sexagenários. À medida que a conjuntura vai se tornando negativa, os registros do engenheiro ficam cada vez mais secos. O texto é lacônico, o contexto, dramático. Isolado politicamente, Rebouças é afastado da gerência-geral da Minas Central Railway, e sua produção na imprensa diminui e quase cessa por algum tempo. O engenheiro abolicionista: 2. No Hotel dos Estrangeiros ― Diários, artigos e cartas, 1883-1885 contém também a transcrição de artigos avulsos, a maioria não assinados, que Rebouças fez questão de registrar no diário e que permitem ao leitor vislumbrar como o ativista antiescravista, ao desiludir-se com a ação política formal, passava a apostar na ação direta. Estava convencido de que a derrota abolicionista era temporária e que não poderia haver modernidade ou civilização baseadas na escravização de gente e na destruição da natureza. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
A Nova Fronteira reedita Criação, de Gore Vidal, no âmbito da Coleção Clássicos de Ouro.
 
Ambientado no século V a.C. ― época em que transformações filosóficas, sociais e políticas moldaram o mundo antigo ―, Criação, de Gore Vidal, convida o leitor a uma jornada repleta de questionamentos e revelações. No cerne da narrativa, Ciro, neto do profeta Zoroastro, parte como embaixador além das fronteiras da Pérsia, em busca não só de riquezas, mas sobretudo de respostas para suas inquietações. Movido por uma insaciável sede de conhecimento, ele se aventura por territórios onde grandes ideias nasceram: dos recantos onde Buda se retirou, passando pelos locais que inspiraram Confúcio, até Atenas, onde cruza caminhos com Sócrates. A partir de experiências decisivas para a evolução da humanidade, Vidal compõe um vibrante mural de acontecimentos e pensamentos, revelando as contradições, a grandeza e a miséria que ainda ecoam na história contemporânea ― especialmente no árduo percurso que Justiça e Liberdade têm trilhado em sua busca por realização. A nova edição com a tradução de Newton Goldman traz prefácio de Mario Sergio Cortella e prólogo de Carlos Heitor Cony. Você pode comprar o livro aqui.
 
Nova edição de A estrada, uma narrativa apocalíptica e uma história comovente sobre amadurecimento, esperança e as relações profundas entre pai e filho.
 
Num futuro não muito distante, o planeta está devastado. As cidades foram transformadas em ruínas e pó; as florestas viraram cinzas, os céus ficaram turvos com a fuligem e os mares se tornaram estéreis; os poucos sobreviventes vagam em bandos. Em meio a essa Terra arrasada, um homem e seu filho caminham por estradas abandonadas, em direção à costa. Empurram um carrinho com seus poucos pertences, estão em farrapos e com os rostos cobertos por panos para se protegerem da fuligem que preenche o ar e recobre a paisagem. Tentam fugir do frio, sem saber, no entanto, o que encontrarão no final da viagem. Mas essa jornada é a única coisa que pode mantê-los unidos, que pode lhes dar um pouco de força para sobreviver. Obra que representa uma mudança surpreendente na ficção de McCarthy, A estrada é muito mais do que um relato pós-apocalíptico. É a história profunda e comovente de um pai e seu filho, “cada um o mundo inteiro do outro”, e a jornada que empreendem num futuro em que não existe mais esperança. Nesse cenário desolador, o amor entre ambos os fará prosseguir em busca da salvação. A tradução de Adriana Lisboa é reeditada pela Alfaguara. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
Mais Alejo Carpentier 1. A editora Pinard arrecadou os fundos que viabilizarão a por aqui anunciada edição de O recurso do método. O livro chega primeiro aos financiadores em maio.
 
Mais Alejo Carpentier 2. Até o fim do ano deve sair mais dois títulos do escritor cubano: A música em Cuba e A sagração da primavera. Mas esses pela editora Zain, que publicou recentemente O recurso do método.
 
O próximo livro de Andrea del Fuego. A escritora anunciou nas suas redes que prepara Nego tudo, um livro que reúne minicontos, microfricções e ficções súbitas. O livro sairá pela Companhia das Letras.
 
Poetas estrangeiros a primeira vez em português 1. A 7Letras publicará uma antologia reunindo uma amostra do poeta polonês Eugeniusz Tkaczyszyn-Dycki. O livro é organizado e traduzido por Henryk Siewierski.
 
Poetas estrangeiros a primeira vez em português 2. Outro poeta a sair pela primeira vez no nosso idioma é o palestino Ghayath Almadhoun. A antologia a ser publicada pela Ars et Vita tem tradução direta do árabe por Alexandre Chareti.
 
DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. A parede, de Marlen Haushofer (Trad. Sofia Mariutti, Todavia, 256p.) Uma mulher se descobre presa numa redoma nos Alpes austríacos e precisa, acompanhada apenas por cão e uma vaca, encontrar outra maneira de (sobre)viver. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Homens ao sol, de Ghassan Kanafani (Trad. Safa Jubran, Tabla, 104p.) Outra vez recomendamos aqui a novela Umm Saad e agora esta, a primeira do escritor palestino. Três palestinos afetados pela Nakba de 1948 — uma daquelas investidas contra vida desse povo — são obrigados a saírem à cata de uma vida melhor longe da sua terra. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Pessach: a travessia, de Carlos Heitor Cony (Nova Fronteira, 336p.) Situado em plena ditadura militar, a narrativa acompanha o escritor Paulo Simões, meio ermitão que rejeita tomar qualquer posição política até ser confrontado a entrar para a luta armada. Você pode comprar o livro aqui

BAÚ DE LETRAS
 
E, por mencionar o centenário do surrealismo, celebrado no passado ano de 2024, apontamos aqui a sequência de sete textos acerca desse movimento que revolucionou as artes em diverso âmbito acrescentada ao nosso arquivo.

O recomendado Homens ao sol, de Ghassan Kanafani, foi resenhado por Wesley Sousa. Ele enviou o texto ao Letras e publicamos aqui. Também Pessach: a travessia, de Carlos Heitor Cony, foi resenhado por Rafael Kafka — em julho de 2015. É possível ler o texto aqui.

DUAS PALAVRINHAS
 
Eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos.

— Carolina Maria de Jesus, em Quarto de despejo.

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