Boletim Letras 360º #628
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José Donoso. Foto: Ulf Andersen |
LANÇAMENTOS
El Olivo, cidadezinha do interior chileno que perdeu seu ramal ferroviário e ainda espera a chegada da luz elétrica, é um testemunho do abandono e do poder de Alejo Cruz, senador e proprietário das terras e parreirais da região. A decadência se reflete no bordel local, que vive da lembrança de farras passadas e é gerido por Manuela e sua filha Japonesita. As únicas coisas vívidas do lugar são a autoridade de don Alejo e os desejos inconfessáveis. Donoso condensa, nas poucas horas em que acompanhamos a ansiedade de Manuela pelos próximos passos de Pancho Vega, um histórico das relações de afetos e poder na América Latina. Tradução de Marina Waquil. Você pode comprar o livro aqui.
A editora Tinta-da-China Brasil publica uma edição das Cartas de amor escritas por Fernando Pessoa.
Trata-se de um álbum visual
recheado de manuscritos das missivas que Pessoa mandou, não só para Ofélia
Queiroz, mas também para uma inglesa loira. O livro até agora inédito no Brasil
é uma edição revista, ampliada e com atualização ortográfica em relação à
edição portuguesa conduzida por Jerónimo Pizarro. Você pode comprar o livro aqui.
O segundo percurso de um itinerário
pelo teatro brasileiro do século XIX.
No século XIX, a preocupação com a
criação de um imaginário distintamente brasileiro encontrou no teatro uma via
para dar corpo a esse projeto. Os dramas que compõem esta antologia representam
uma dramaturgia voltada à estetização e à problematização de questões ligadas à
realidade social, da posição da mulher na sociedade à escravidão. Neste segundo
volume da Antologia do teatro brasileiro, estão reunidas obras de
diferentes vertentes, mostrando as muitas facetas de um século fundador da
literatura. Temos o histórico Antonio José, de Gonçalves de Magalhães;
uma obra lírica, Leonor de Mendonça, de Gonçalves Dias; e um mergulho no
fantástico com Macário, de Álvares de Azevedo, complementado por Noite
na taverna, do mesmo autor. Segue-se Mãe, ponto de inflexão na
carreira de José de Alencar, e Cancros sociais, texto de denúncia moral
de Maria Angélica Ribeiro. Juntas, essas peças montam a complexa cartografia de
um país em formação e de um teatro plural, vibrante, com diferentes linhas de
força estilística e anseios sociais que ressoam até os dias de hoje. Publicação
da Penguin/ Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
A antologia apresenta mais de
130 poemas de nomes da poesia homoerótica brasileira publicados nos últimos 25
anos.
Com organização de Ricardo
Domeneck — vencedor do Prêmio Jabuti de Poesia e do Prêmio Alphonsus de
Guimaraens da Biblioteca Nacional em 2024 —, Homem com homem convida 21
poetas nascidos entre 1968 a 2000 a publicar sua lírica. São eles: Renato Negrão (MG), Eleazar Carrias
(PA), Ricardo Domeneck (SP), Rafael Mantovani (SP), Marcio Junqueira (BA),
Régis Mikail (SP), Moisés Alves (BA), Ismar Tirelli Neto (RJ), Maykson Cardoso
(MG), Otávio Campos (MG), Rafael Amorim (RJ), Matheus Guménin Barreto (MT),
Thiago Gallego (RJ), Francisco Mallmann (PR), Marcos Samuel Costa (PA), Victor
Squella (RJ), Leonam Cunha (RN), Eduardo Valmobida (SP), Caetano Romão (SP),
Alan Cardoso da Silva (RJ) e Wallace Prado (PR). Os poemas, diversos em linguagem
e estilo, exploram a homoafetividade masculina e conferem voz ao desejo em seus
múltiplos matizes. Os textos são acompanhados por retratos, polaroides,
ilustrações e assemblages dos fotógrafos Paul Mecky (Alemanha), Eugen
Braeunig (Alemanha), Lucas Bihler (França), Nino Cais (Brasil) e Marcelo Amorim
(Brasil), que, em uma narrativa paralela, ilustram a sensualidade desse
universo de beleza, perigo, encantamento e transgressão. Mais três textos
complementam a antologia: uma apresentação do organizador, um prefácio afetivo
do escritor José Silvério Trevisan e um posfácio do pesquisador Guilherme de
Assis, que destaca o homoerotismo como uma experiência e uma vivência que
atravessa o corpo de forma visceral. Publicação da editora Ercolano. Você pode comprar o livro aqui.
Uma jornada de amor, coragem e
destino em meio a uma das guerras mais devastadoras da África.
Kunle é um jovem universitário
nigeriano tímido e introspectivo. Ele tenta se refugiar nos livros enquanto o
seu país mergulha numa violenta guerra civil após uma tentativa fracassada de
golpe de Estado. Mas quando seu irmão mais novo desaparece em meio ao conflito,
Kunle decide abandonar a segurança de sua rotina acadêmica e parte em uma busca
desesperada pelo caçula da família. Guiado por uma antiga profecia feita por um
oráculo ― que o marca como um abami eda, alguém destinado a morrer e
voltar à vida ― ele se alista na Cruz Vermelha e logo depois se vê obrigado a
lutar ao lado do exército de Biafra, o que coloca à prova o destino que o
assombra. Movido tanto pelos desígnios dos homens quanto dos deuses, Kunle
embarca em uma odisseia de amor, culpa e coragem que marcará não só a sua vida,
mas o futuro de todo um país. Do premiado autor nigeriano Chigozie Obioma, A
estrada para o país é um retrato poderoso da Nigéria dos anos 1960,
devastada pela guerra civil. Uma narrativa densa e sensível ― em que mito e
realidade se entrelaçam ― sobre resiliência, fraternidade, perda e redenção.
Com tradução de Maria Cristina Cupertino; publicação da Globo Livros. Você pode comprar o livro aqui.
Obra de Marguerite Duras gira
em torno de um pequeno grupo de personagens reunidos em um hotel isolado, perto
de uma floresta, onde suas interações são carregadas de tensão, desejo e
destruição simbólica.
A narrativa de Destruir, diz
ela acompanha Élisabeth Alione, uma mulher emocionalmente perturbada que se
envolve em uma dinâmica intensa e enigmática com Max Thor, um professor de
história, sua companheira, Alissa, e Stein, um judeu misterioso. A estadia de
Élisabeth e suas interações com os outros desencadeiam um jogo psicológico em
que os diálogos fragmentados e a atmosfera opressiva exploram a alienação, o
desejo e a ideia de destruição — não apenas física, mas também das estruturas
sociais, do pensamento e das identidades fixas. Como em outras obras de Duras,
há uma recusa em oferecer uma narrativa tradicional com progressão linear,
privilegiando em vez disso a experiência sensorial e emocional dos personagens.
O romance transita por temas recorrentes na obra da autora, como o feminino, a
loucura e a dissolução da linguagem. O livro foi adaptado para o cinema pela
própria Duras em 1969. Publicação da Relicário Edições; tradução de Adriana
Lisboa. Você pode comprar o livro aqui.
Novo livro da autora que se
destacou com o romance A trança aborda a força da sororidade e da
educação em meio à pobreza e às injustiças na sociedade indiana.
Abalada por uma tragédia, Léna se
autoexila no limite do Golfo de Bengala, no oceano Índico, movida pela
esperança de se recuperar naquele lugar cujo caos das ruas e a calmaria do mar
abafariam o eco de suas dores. Assombrada pelos fantasmas do passado, que a
visitam toda noite, Léna encontra alento no ritual de tomar banho de mar pelas
manhãs, quando só os pescadores estão de pé. De vez em quando, vê uma pipa no
céu, tão pequena quanto a criança que a solta ao longe. Certo dia, por um
descuido proposital ou mero infortúnio, a correnteza a puxa para o fundo e ela
acaba se afogando. Mas, como numa cena orquestrada pelo destino, quem salva sua
vida é a criança que costuma ver na praia. A menina pede ajuda à jovem chefe da
Brigada Vermelha ― um grupo de mulheres que praticam autodefesa e treinavam ali
perto no momento ―, que, junto da tropa, consegue socorrer Léna milagrosamente
a tempo. A princípio, Léna não sabe como agradecer, mas, ao conhecê-las, tem
uma ideia: usar a experiência de seus vinte anos como professora para ensinar a
mulher e a criança ― que, curiosamente, vive em um silêncio absoluto ― a ler e
escrever. O que não planejou nem pôde prever é que, com o tempo, vai criar
raízes cada vez mais fortes no lugar. Contra todas as probabilidades, em um vilarejo
marcado pela miséria e pelas injustiças de anos de tradições profundamente
arraigadas, Léna se vê ancorada pelo segredo por trás do silêncio daquela
menina, pela determinação explosiva da chefe do grupo de autodefesa feminino e
pela própria convicção de que a educação é a única ferramenta capaz de libertar
mulheres e crianças do destino atrelado a elas desde o nascimento. A menina
e a pipa é o terceiro romance de Laetitia Colombani publicado no Brasil pela
editora Intrínseca; tradução de Sofia Soter. Você pode comprar o livro aqui.
Romance de formação que
percorre a história recente do Brasil, Dakota Blues recupera canções,
artistas e filmes que marcaram uma geração e exalta os principais momentos da
juventude através de sua narradora Alice, uma jovem ao mesmo tempo ensimesmada
e em fuga de si.
Alice é ainda uma criança quando o
pai morre num acidente de carro. Foi ele quem a ensinou a gostar de música,
cinema, arte, tudo o que viria a formar sua identidade. Mas a vida segue — a
mãe tentando lidar com a viuvez e as contas que se acumulavam, a irmã focada no
novo namorado, o irmão exilado no auge da ditadura militar. É a década de 1970,
e o Brasil está em ebulição. Mais velha, Alice decide estudar jornalismo, e na
faculdade conhece Nando, seu primeiro amigo abertamente gay. A relação de
cumplicidade que se estabelece entre eles é maior do que a de qualquer amor que
Alice desejasse, mesmo que o procurasse em outras pessoas. É o final dos anos
1980, e a epidemia de aids toma proporções inauditas. Para escapar dos lutos e
frustrações que parecem persegui-la, Alice viaja para Nova York, onde encontra
uma nova paixão, novos amigos, uma nova Alice. A última década do milênio
promete transformações. É quando surge Antônio, quem dá tom e letra ao
melancólico blues de Alice. Com uma prosa despojada que amadurece com a
protagonista ao longo das páginas, Simone AZ elabora o retrato de uma geração
que atravessou décadas de conturbada trajetória política, enquanto constrói —
com o humor e os dramas de uma jovem em constante transformação — um
sofisticado quebra-cabeça, cujas peças só se encaixarão por completo ao final. Publicação
da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
A trajetória de uma família
marcada por um casamento arranjado incomum entre a herdeira de uma fazenda de
café e o filho de uma escrava com um homem branco.
Ambientado no começo do século XX,
Cantagalo narra a partir dessa união a história de suas descendentes,
empregadas e moradoras dos arredores. Vencedor do Prêmio Revelação Literária
UCCLA, o romance costura a vida das mulheres que vivem no cafezal à realidade
de um lugar e um momento histórico bem delimitados ― a Minas Gerais do
pós-abolição. O livro de Fernanda Teixeira Ribeiro é publicado pela editora
Todavia. Você pode comprar o livro aqui.
REEDIÇÕES
Nova edição de Graciliano:
retrato fragmentado – uma biografia, uma visão única e emocionante de um dos
maiores nomes da literatura brasileira através do olhar pessoal de Ricardo
Ramos, seu filho e também escritor.
Não bastasse a obra monumental que
escreveu, Graciliano Ramos teve também uma trajetória repleta de lances
surpreendentes. Em Graciliano: retrato fragmentado – uma biografia,
agora reeditado pela Record, temos uma narrativa ao mesmo tempo íntima e intimista,
em que o filho Ricardo Ramos monta um caleidoscópio da agitada vida do maior
expoente da geração de 1930. Aos poucos, o “retrato fragmentado” do título vai
ganhando forma em múltiplas personas: o político, o comerciante, o diretor da
Imprensa Oficial, o funcionário público, o jornalista e o comunista. Nesta
biografia pouco convencional, o autor não se furta em dar a versão do próprio
personagem, muitas vezes em diálogos, sobre fatos importantes de sua vida: da
amorosa relação com o pai Sebastião ao atentado a tiros que sofreu em Alagoas;
passando ainda pela prisão política entre os anos 1936 e 1937. Espirituoso e
com uma escrita repleta de humor e autoironia, Ricardo Ramos apresenta um texto
à altura da obra e da figura do pai. Este livro veio a público no mesmo ano da
morte de Ricardo, em 1992, e ele, ao falecer, era já um escritor consagrado,
três vezes vencedor do Prêmio Jabuti e com uma obra dedicada ao conto, à
literatura infantojuvenil e ao romance, com especial destaque para Os
caminhantes de Santa Luzia (1959), sua celebrada estreia na narrativa
longa. Já a obra do pai é apresentada aqui sob a perspectiva privilegiada do
filho. São histórias saborosas de bastidores sobre a criação de obras-primas
como Vidas secas e Angústia. Se, por um lado, Graciliano é
revelado de modo prosaico, a vida literária era engrandecida por uma
constelação de estrelas do modernismo brasileiro que orbitava a casa da
família: Otto Maria Carpeaux, Antonio Callado, Aurélio Buarque de Holanda,
Rachel de Queiroz e, principalmente, José Lins do Rego, o Zélins, “o maior de
todos nós”, segundo Graciliano. Em uma narrativa que ultrapassa e borra as
fronteiras dos gêneros literários, mas com as marcas da concisão e objetividade
presentes na escrita dos Ramos, somos apresentados a um novo Graciliano,
autêntico, que só engrandece a obra que tanto admiramos. Você pode comprar o livro aqui.
Nesta antologia mais do que pessoal, Manuel Bandeira reuniu seus poemas
mais representativos, oferecendo aos leitores uma visão íntima de como ele
próprio via sua produção.
O livro é uma “sinfonia envolvente”, composta por obras criadas em
diferentes momentos de sua carreira, todas marcadas por uma musicalidade única
e uma simplicidade sublime que se tornou marca registrada do poeta
pernambucano. Ao longo de sua trajetória, Bandeira dedicou-se a organizar
antologias de poemas de autores centrais da literatura em língua portuguesa que
são até hoje mencionadas por pesquisadores e leitores em geral. Em 1955, quando
já era um autor renomado, o escritor se lançou ao desafiador exercício de
selecionar um segmento de sua própria obra poética. Reuniu, assim, este
conjunto impactante de versos publicados até aquela data. A nova edição de 50
poemas escolhidos pelo autor não só celebra a maestria de Bandeira em
versos livres e líricos, mas também sua habilidade em transformar cenas
cotidianas em poesia imortal. Para os leitores, especialmente os que ainda não
conhecem a obra completa do “habitante de Pasárgada”, este livro é uma
oportunidade única de explorar as criações de um poeta que soube captar, com
profundidade e sensibilidade, a essência da experiência humana. Você pode comprar o livro aqui.
A editora Tinta-da-China Brasil publica uma edição das Cartas de amor escritas por Fernando Pessoa.
MEMÓRIA
Descobertos em Pompeia vários afrescos
dedicados ao culto de Dionísio.
O deus grego do vinho e das festas reapareceu numa enorme sala de banquetes no conjunto de novas escavações realizadas no sítio arqueológico de Pompeia. Os desenhos ocupam as três paredes do espaço e representam cenas dos conhecidos “Mistérios Dionisíacos”, práticas e rituais de culto a Dionísio para iniciados. Estão preservados pouquíssimos registros dessa natureza e os mais conhecidos são as do complexo batizado por Vila dos Mistérios, também em Pompeia, descobertos há um século. As descobertas recentes detalhadas na última semana pertencem ao chamado segundo estilo pompeiano e datam do século I a. C, de entre os anos 40 e 30 a.C. Isso significa que na erupção do Vesúvio, em 79 d.C., os afrescos contavam já um século de existência. Em excelente estágio de conservação as imagens mostram uma procissão em que as bacantes aparecem ora como bailarinas ora como ferozes caçadoras carregando um cabrito sacrificado sobre os ombros. Também se vê jovens sátiros que tocam flauta e realizam sacrifícios derramando vinho em honra ao também conhecido Baco. Os pesquisadores batizaram a domus que guarda essas pinturas como a Casa de Tiaso, em referência à comitiva da mitologia grega que em estado de êxtase venera Dionísio.
RAPIDINHAS
De outra portuguesa quase esquecida. A próxima edição da revista 7faces trará um dossiê dedicado à Judith Teixeira, expoente da literatura modernista em Portugal. O número especial é organizado por Fabio Mário da Silva, um dos pesquisadores que cuidou da reedição da obra completa da poeta, e de Jonas Leite.
O deus grego do vinho e das festas reapareceu numa enorme sala de banquetes no conjunto de novas escavações realizadas no sítio arqueológico de Pompeia. Os desenhos ocupam as três paredes do espaço e representam cenas dos conhecidos “Mistérios Dionisíacos”, práticas e rituais de culto a Dionísio para iniciados. Estão preservados pouquíssimos registros dessa natureza e os mais conhecidos são as do complexo batizado por Vila dos Mistérios, também em Pompeia, descobertos há um século. As descobertas recentes detalhadas na última semana pertencem ao chamado segundo estilo pompeiano e datam do século I a. C, de entre os anos 40 e 30 a.C. Isso significa que na erupção do Vesúvio, em 79 d.C., os afrescos contavam já um século de existência. Em excelente estágio de conservação as imagens mostram uma procissão em que as bacantes aparecem ora como bailarinas ora como ferozes caçadoras carregando um cabrito sacrificado sobre os ombros. Também se vê jovens sátiros que tocam flauta e realizam sacrifícios derramando vinho em honra ao também conhecido Baco. Os pesquisadores batizaram a domus que guarda essas pinturas como a Casa de Tiaso, em referência à comitiva da mitologia grega que em estado de êxtase venera Dionísio.
Primeira biografia de Dalton Trevisan. O jornalista, tradutor e ensaísta Christian Scwartz prevê entregar para publicação pela Todavia uma biografia do escritor a sair no segundo semestre deste ano de celebrações pelo centenário de Dalton. Notícia adianta nesta semana pela Folha de São Paulo.
Textos singulares. É o
título de uma nova coleção editada pela Autêntica que reúne novas traduções
de textos ensaísticos singulares porque marcantes na história do pensamento e
sempre com conteúdo de acompanhamento como apresentação e posfácio.
Textos singulares. A
primeira leva da coleção reúne textos de Freud (O mal-estar na cultura; Caso
Dora: fragmente de uma análise de um caso de histeria; e Três ensaios
sobre o amor) e ainda Antropologia do ciborgue, de Donna Haraway e O
pintor da vida moderna, de Charles Baudelaire.
DICAS DE LEITURA
Na aquisição de qualquer um dos
livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a
manter o Letras.
1. Os suaves anos do castigo,
de Fleur Jaeggy (Trad. Prisca Agustoni, Âyiné, 120p.) A chegada de uma
de novata em um internato encravado no cantão suíço Appenzell é o motivo para
uma reviravolta terrível na vida de uma das internas. Você pode comprar o livro aqui.
2. A casa da alegria, de Edith
Wharton (Trad. Julia Romeu, Editora José Olympio, 406p.) As artimanhas
utilizadas pelos homens, baseados na sua posição de poder, no enfraquecimento
social das mulheres. Você pode comprar o livro aqui.
3. Passeios com Robert Walser,
de Carl Seelig (Trad. Douglas Pompeu, Papéis Selvagens, 156p.) Ele fotografou
Walser; também dialogou durante a longa e última temporada no hospício de
Herisau, quando abandonou em definitivo a escrita. O que a memória alcança dos
vinte anos de convívio serviu a este livro. Você pode comprar o livro aqui.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
No passado 25 de fevereiro
chegamos aos 80 anos da morte do principal nome da literatura modernista
brasileira, Mário de Andrade. Recordamos este vídeo com um raro registro do escritor. É o recorte de uma gravação de 1928 que assinalava a abertura em São Paulo da Casa Modernista da Rua Santa Cruz na Vila Mariana projetada pelo arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik.
O ano de 2025 começou para a longeva Cult com uma edição que reúne os textos principais de alguns dos também principais dossiês da revista dedicados a importantes nomes da poesia brasileira. Os ensaios cobrem as quase duas décadas de publicações e discutem obras de nomes como Cruz e Souza, Cecília Meireles, João Cabral de Melo Neto, Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Hilda Hilst, Orides Fontela e Paulo Leminski. Assinantes Amazon Prime têm acesso gratuito com assinatura Kindle Unlimeted. Você pode comprar a revista aqui.
BAÚ DE LETRAS
Ainda, Mário de Andrade. No nosso
arquivo é possível encontrar várias entradas dedicadas ao autor e sua obra. Recordamos
três delas: 1. Um breve perfil biográfico de Mário está disponível aqui; 2. Na
sequência de publicações intitulada “A arte de ilustrar”, uma matéria acerca dos
desenhos concebidos por Carybé para Macunaíma; 3. E, por falar, no seu
principal livro, aqui um texto de Pedro Fernandes.
DUAS PALAVRINHAS
Mas na verdade ninguém se faz
escritor. Tenho a certeza de que fui escritor desde que concebido. Ou
antes...
— Mário de Andrade, entrevista para Homero Senna
— Mário de Andrade, entrevista para Homero Senna
...
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