Boletim Letras 360º #623

Ben Lerner. Foto: Beowulf Sheehan



LANÇAMENTOS
 
Duas apostas na reintrodução da obra de Ben Lerner entre os leitores brasileiros.
 
1. Nos poemas de As luzes, os leitores logo reconhecerão a inteligência e a criatividade que consagraram Ben Lerner como um dos principais nomes da literatura estadunidense recente. Seus versos nos ensinam que escrever poesia pode ser uma excelente forma de conversar: fazer com que as vozes troquem de lugar e, assim, teçam experiências vivas: “a meta é estar dos dois lados do poema,/ transitando entre mim e você”. Com os pés no chão, os olhos ligados no cotidiano e os ouvidos muito atentos à trama infinita das falas que se projetam ao redor — do avô que inventava provérbios ao poeta compondo “canções tradicionais” para as filhas, do poema mais antigo da língua inglesa aos papos com amigos e familiares, dos áudios pessoais aos pronunciamentos de autoridades e especialistas no noticiário —, a imaginação de Lerner se alimenta de uma atenção detalhista para a vida, capaz de encontrar poesia em tudo de que os dias são feitos. Traduzido por Maria Cecilia Brandi. O livro sai primeiro no âmbito do clube Círculo de Poemas.
 
2. “Muito mais gente concorda que odeia poesia do que é capaz de concordar sobre o que é poesia”, afirma Ben Lerner neste ensaio clássico sobre os motivos legítimos do ódio pela forma poética e o que esse revela sobre a natureza dela. Uma das principais vozes da literatura norte-americana contemporânea, Lerner constrói uma reflexão divertida e esclarecedora sobre como a derrota é própria do fazer poético. “A poesia surge do desejo de ir além do finito e histórico […] para alcançar o transcendente ou divino. […] Mas, tão logo passa do impulso para o poema real, a canção do infinito é comprometida pela finitude dos termos. […] O poeta é, assim, uma figura trágica. O poema é sempre o registro de um fracasso.” Daí a propagada repulsa pela poesia, inclusive por parte daqueles que a praticam. Afinal, “que tipo de arte assume a aversão de seu público e que tipo de artista se alinha a essa aversão, até mesmo estimulando-a?”. Repleto do humor irônico e da inteligência comuns à obra de Lerner, este livro, traduzido pelo também poeta Leonardo Fróes, não traz respostas, mas acende o debate acerca do papel dos escritores e leitores na difusão do ódio, observando os diferentes aspectos dessa relação. “Saber se poesia é trabalho ou lazer (ou de algum modo ambas as coisas ou nenhuma das duas) é uma questão que está por toda parte nas denúncias e defesas dessa arte.”  Da advertência de Platão para os perigos que a arte poética oferece à sociedade, passando por uma análise minuciosa do que considera o pior poema do mundo, Lerner faz uma ode às avessas à poesia, já que não fala da beleza, da evocação ao amor, ou de como esse gênero pode ser leve e reconfortante. Ainda assim, ele mostra que a poesia está presente em todas as esferas de sua própria vida, ajudando a explicá-las: na relação com as filhas, na política, nos vínculos sociais.  Ao terminar a leitura, cada um de nós sai com a sensação de que entrar nos mares profundos dos versos é tarefa urgente, mesmo que as águas sejam turvas e o ódio garantido. Ódio pela poesia e As luzes saem pela editora Fósforo. Você pode comprar o livro aqui.
 
A vigorosa estreia da mexicana Dahlia de la Cerda alcança os leitores brasileiros.
 
As protagonistas das treze histórias de Cadelas de aluguel são mulheres marcadas pela violência — mas a forma passiva não é a mais justa para descrevê-las. Em uma estreia tão destemida quanto original, a mexicana Dahlia de la Cerda mune cada uma de suas heroínas de um desejo irrefreável por vingança. Yuliana é influencer e herdeira do narcotráfico. Regina é uma jovem disposta a tudo para ascender socialmente. Karla, La China, é mãe e assassina de aluguel. A essas somam-se outras: prostitutas, beatas, bruxas, trabalhadoras, universitárias, todas dispostas a dar o troco na mesma moeda, guiadas por uma ética particular. Com histórias que se interpenetram ou se tocam ― muitas das personagens aparecem em mais de um dos relatos ―, Cadelas de aluguel é narrado inteiramente em primeira pessoa. Não se trata de uma escolha apenas literária nem inocente: a autora sabe que a arma fundamental, carregada com ironia e marcada pela oralidade, é a voz de cada uma de suas narradoras. O livro é publicado pela Editora DBA; tradução de Marina Waquil. Você pode comprar o livro aqui.
 
A estreia de José Roberto de Castro Neves no romance.
 
E se as tragédias gregas ocorressem no interior do Brasil? Em Ozymandias, forças ancestrais, cruéis e implacáveis selam a sorte dos habitantes da pequena e esquecida Ateninhas. À medida que a intrincada trama do romance vai se descortinando, somos apresentados a dezenas de personagens – uma jovem mulher que tenta fugir de sua realidade miserável e acaba, sem saber, indo ao encontro de uma verdade trágica; uma imigrante italiana dividida entre o marido e o amante; uma parteira, refém de um segredo, que vive para se vingar; uma família poderosa que há gerações manda e desmanda na população. Em sua estreia na ficção, o advogado e professor José Roberto de Castro Neves, autor e organizador de diversas obras sobre direito, história e literatura, apresenta um caleidoscópio fascinante, entrelaçando referências literárias, mitologias grega e iorubá, mitos brasileiros e momentos centrais da construção do país, como a colonização, a escravidão e a imigração. Em todas as tramas, o leitor é sempre confrontado pela mesma questão: afinal, quem está no comando? Nós ou o destino? Publicação da editora Intrínseca. Você pode comprar o livro aqui.
 
O novo livro do ensaísta e poeta Cesar Kiraly.
 
“Há algo mais quente que o frio?” E se o frio fosse a verdadeira essência da crueldade? Em Alma e frio: ensaios sobre a crueldade, Cesar Kiraly conduz o leitor por uma reflexão densa e provocativa sobre as múltiplas formas da crueldade na experiência humana e nas estruturas sociais. Através de ensaios filosóficos que dialogam com Hume, Montaigne e Maquiavel, o autor tece uma narrativa que explora a política, a moralidade e o ceticismo como elementos inseparáveis da condição contemporânea. Com uma linguagem ao mesmo tempo poética e analítica, Kiraly nos desafia a enxergar a crueldade não apenas como uma manifestação do mal, mas como um componente histórico, político e emocional que nos obriga a confrontar nossas crenças, medos e desejos. Cada página revela um olhar sensível e crítico sobre os paradoxos humanos: o calor e o frio, a paixão e a razão, a justiça e o abismo ético. Alma e frio é um convite para repensar o mundo, a política e a própria ideia de humanidade, ampliando os limites do ensaio filosófico e da prosa reflexiva. Publicação da Editora Moinhos. Você pode comprar o livro aqui.

Uma dupla investiga o desaparecimento de um jornalista, busca que culminará em um massacre numa paisagem bucólica.
 
Uma dupla de jornalistas, Emílio e Sara, viaja a uma comunidade isolada de floricultores atrás de informações sobre um colega misteriosamente desaparecido. Enquanto os dois são forçados a permanecer na região após um acidente, conhecemos também a história da Terra Luminos, que se entrelaça à vida de João Salvador — filho do capataz do homem mais poderoso daquelas terras. É nesse espaço bucólico que a família Salvador ascende e, ao mesmo tempo que chega ao poder após décadas de subserviência, tenta preservar no lugar uma espécie de pureza, afastada da degeneração das grandes cidades. Em Animais tropicais, Javier A. Contreras passeia por diferentes gêneros, como o thriller e o folk horror, reafirmando sua versatilidade e costumaz reflexão crítica, sempre em constante diálogo com os descaminhos sociais e políticos da América Latina e suas adesões ao autoritarismo. Publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Livro que deu o Prêmio Goncourt de 1993 a Amin Maalouf ganha nova tradução e edição brasileiras.
 
Este é um romance fascinante que entrelaça história e lenda no cenário montanhoso do Líbano do século XIX. Em um tempo turbulento, marcado pelas disputas entre o Império Otomano, o Egito e as potências europeias, acompanhamos Tânios, um jovem aldeão cuja ascendência é envolta em rumores. O assassinato de um líder religioso desencadeia uma sequência de eventos que levam Tânios ao exílio, lançando-o numa jornada pelo Mediterrâneo, onde se torna intermediário entre poderes rivais e figura central de uma lenda. Amin Maalouf, com sua prosa envolvente, conduz o leitor por um mundo onde o amor, a vingança e o destino moldam o curso de vidas e nações. Tânios, o jovem de cabelos precocemente brancos, é o símbolo de uma fatalidade que “passa e repassa por nós como a agulha do sapateiro através do couro”. Ao lado de personagens inesquecíveis — um xeique ambicioso, um monge cronista, uma prostituta georgiana e um patriarca à espera da morte —, o romance reflete sobre as origens das lendas e a fragilidade da experiência humana. Uma narrativa rica em mistério e emoção que, ao acompanhar a trajetória de Tânios, desvenda um Oriente em conflito, onde lendas nascem das cinzas de vidas despedaçadas e o destino se impõe como uma força inevitável. O livro é publicado pelo selo Vestígio/ Autêntica com tradução de Júlia da Rosa Simões. Você pode comprar o livro aqui.
 
Christine de Pizan: mais da sua obra entre nós.
 
Seis baladas da dama é uma seleção de baladas das Cent ballades d’amant et de dame [Cem baladas do amante e da dama], de Christine de Pizan, cuja frequência de tradução foi encontra no próprio imaginário da música brasileira. Trata-se dos primeiros resultados de um ensaio tradutório da voz posta em prática por Pizan, a saber, uma dama que reluta em aceitar as galanterias de um amante. A obra, cuja finalidade pedagógica era alertar as mulheres mais jovens, dispõe de um rigor que não passou desapercebido no tempo da autora. Seis baladas da dama é um título inseparável do gesto de traduzir para o português brasileiro o engenho poético de uma autora que merece ser mais conhecida no país. Publicação da Cobalto e tradução de Eduardo Jorge de Oliveira. Você pode comprar o livro aqui.
 
Paulo Scott reúne os seus poemas para marcar 25 anos de sua incursão entre as musas.
 
A antologia Sanduíche de anzóis reúne a produção poética de Paul Scott, mas não apenas isso: ao revisitar seus textos, ele reescreve, corta, repensa, reorganiza, criando uma nova obra, totalmente reinventada, e independente de seus livros anteriores. Sua linguagem, trabalhada ao longo de décadas, é combativa, desafia o esperado. Girando em torno do amor, da revolta e da loucura — há também um breve e potente manifesto contra o novo fascismo —, esta inédita coleção marca sua sólida trajetória como um dos poetas mais singulares da atualidade. O livro é publicado pela Alfaguara Brasil. Você pode comprar o livro aqui.
 
A história da longeva e firme estadia de Baudelaire nos trópicos e sua presença num dos nossos maiores escritores de sempre.
 
A assimilação brasileira dos poemas em prosa de Charles Baudelaire começou cedo, pouco tempo depois de sua publicação na França. Compilada e historiada neste livro, ela forma um capítulo até então desconhecido de nossa história literária. As primeiras traduções e imitações de O spleen de Paris foram obra de estudantes desejosos de romper com o romantismo e a sociedade convencional. Interessante notar que o circunspecto Machado de Assis, embora um pouco mais velho e com discernimento crítico diferenciado, fez parte dessa linha de frente. Mais interessante ainda — e esta é a contribuição forte de Natasha Belfort Palmeira — é que ele incorporou a ideia e a técnica dos petits poèmes en prose ao tecido de suas grandes obras, em que, depois da leitura de Natasha, devemos reconhecer uma tonalidade baudelairiana. Assim, a famosa forma livre da ficção machadiana passa a ligar-se não apenas aos modelos literários antigos, do século XVIII ou anteriores, mas também à ponta de lança da superação do realismo, aos modernos “sobressaltos da consciência” (expressão de Baudelaire). Em suma, o livro que o leitor tem nas mãos é uma verdadeira novidade. (Roberto Schwarz) A forma livre: Baudelaire e Machado de Assis, de Natasha Belfort Palmeira, é publicado pela Editora 34. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Uma nova edição do premiado romance em que Elisa Lispector rompe com os estereótipos de mulher ao discutir de forma original temas como divórcio, maternidade e relações familiares.
 
Publicado em 1963, O muro de pedras rapidamente angariou críticas elogiosas de alguns dos grandes intelectuais de seu tempo e conquistou prêmios relevantes como o Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras. Neste grande monólogo, conhecemos Marta, uma mulher em conflito que se tornou refém de seu casamento tedioso e de sua complexa relação com a mãe. Para se ver livre de sua rotina aprisionante, ela pede o divórcio, sem contar, porém, que tamanha liberdade a levaria à paralisia. Frustrada, Marta traça então um novo plano: se isolar no sítio da família e se tornar mãe. Elisa Lispector apresenta com originalidade e maestria a angústia de uma mulher que, desejando encontrar sua autonomia, caminha em direção ao próprio isolamento. A partir dos ciclos de recomeços de Marta, esta poderosa narrativa aborda temas considerados difíceis, como o desamparo, a solidão e a liberdade, mas que constituem o cerne dos sentimentos humanos. A presente edição conta com apresentação inédita de Nádia Battella Gotlib — escritora e biógrafa da irmã Lispector mais nova, Clarice —, além de prefácio de Jeferson Alves Masson — especialista na obra de Elisa Lispector. Temos aqui o romance mais emblemático da escritora. Publicação da José Olympio. Você pode comprar o livro aqui.

OBITUÁRIO
 
Morreu Cacá Diegues.
 
Nascido em Maceió em 19 de maio de 1940, Cacá Diegues iniciou cedo a sua paixão pelo cinema: ainda na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), como estudante de Direito e então presidente do Diretório Estudantil, fundou um cineclube e iniciou suas atividades de cineasta amador com David Neves e Arnaldo Jabor, entre outros. Na mesma época dirige o jornal O metropolitano, órgão oficial da União Metropolitana de Estudantes e em torno do qual se constitui no final da década de 1950 um dos núcleos de fundação do Cinema Novo, do qual Diegues é um dos líderes juntamente com Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade. Em 1961, em colaboração com David Neves e Affonso Beato, realiza o curta-metragem Domingo, um dos filmes pioneiros do movimento. Os seus primeiros títulos, como Ganga Zumba (1964), A grande cidade (1966) e Os herdeiros (1969) seguem a estética — são filmes inspirados em utopias para o cinema, para o Brasil e para a própria humanidade. Como muitos da sua geração, na ditadura, precisou deixar o Brasil; viveu na Itália e depois na França, com sua mulher, a cantora Nara Leão. De volta ao país natal, realiza Quando o Carnaval chegar (1972) e Joanna Francesa (1973). Em 1976, dirige Xica da Silva, seu maior sucesso popular. A partir daqui, vieram vários outros trabalhos reconhecidos, premiados e que marcaram a cinematografia brasileira. Chuvas de verão (1978), Bye bye Brasil (1979), Tieta do Agreste (1996), Orfeu (1999) e Deus é brasileiro (2003) são alguns desses seus maiores sucessos. O último trabalho da carreira foi O grande circo (2018). Cacá Diegues integrou a Academia Brasileira de Letras. O cineasta morreu no dia 14 de fevereiro no Rio de Janeiro.
 
Morreu Fernando Monteiro.
 
Fernando Monteiro nasceu no Recife, em 20 de maio de 1949. Depois de se formar em Ciências Sociais, fui estudar Cinema em Roma, na Itália. Na sétima arte, dirigiu documentários e filmes culturais, mais de 15 ao longo da carreira. Visão apocalíptica do radinho de pilha (1972) representou o Brasil no Festival de Guadalajara, México; Brennand: sumário da oficina pelo artista (1976) passou pelo Festival de Brasília; Saideira (1980), no Festival de Varsóvia. Ainda neste meio, destaque para os filmes conduzidos para o Curso de Alfabetização de Adultos segundo o Método Paulo Freire projeto conduzido pela OEA e Universidade Federal de Pernambuco na década de 1970. Na literatura, Monteiro se destacou como poeta — Memória do mar sublevado (1973), Ecométrica (1983), A interrogação dos dias (1984), Vi uma foto de Anna Akhmátova (2009), Museu da noite (2018), entre outros; como romancista, com livros como Aspades, Ets, Etc (1997), A cabeça no fundo do entulho (1999), O grau Graumann (2002), As confissões de Lúcio (2006) e O livro de Corintha (2013); como contista, Armada América (2003); escreveu para o teatro O rei póstumo (1974); e ensaios como T. E. Lawrence: o triunfar da náusea (1987) e Brennand (1987). Fernando Monteiro morreu no dia 12 de fevereiro de 2025.
 
DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. Deslumbramento, de Richard Powers (Trad. Santiago Nazarian, Todavia, 336p.) Pai e filho em busca de refúgio em um mundo nos seus últimos instantes. Você pode comprar o livro aqui
 
2. O colibri, de Sandro Veronesi (Trad. Karina Jannini, Autêntica/ Contemporânea, 336p.) Entre Florença e outras cidades do interior da Itália, a saga familiar dos Carrera pelo inusual ponto de vista de um dos seus membros, Marco. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Engenheiro fantasma, de Fabrício Corsaletti (Companhia das Letras, 128p.) Em 59 sonetos um fantasmagórico Bob Dylan corre as ruas de Buenos Aires e narra sua temporada de exílio no lado de baixo da América. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
A obra de Jorge Amado sempre manteve relação muito estreita com outras expressões artísticas, como o cinema. Tieta do Agreste, por exemplo, virou uma comédia dirigida por Cacá Diegues em 1996. No excerto aqui reapresentado, o próprio escritor lê a abertura do romance na abertura do filme.
 
Em 2023, ano quando anunciou um retorno ao mercado editorial, Charles Cosac foi entrevistado para a revista Piauí. Entre cigarros, Coca-Cola e peças da arte sacra barroca, o editor falou da sua vida, da história da editora que fundou e conduziu por vinte anos e revolucionou o frágil mercado editorial brasileiro e dos planos à frente de outra Cosac, agora, interessada em discutir o Brasil, nos três primeiros séculos da sua formação. Veja aqui.
 
BAÚ DE LETRAS
 
Apesar de irregular entre nós, a aposta na obra de Ben Lerner é uma constante no meio literário brasileiro. Um dos seus livros mais recentes publicados por aqui é o romance 10:04 que foi resenhado para o Letrasleia aqui.
 
DUAS PALAVRINHAS
 
Um livro é escrito, inclusive, para os que o leem indevidamente, para os que o estranham, os que o detestam e até para os que não haverão de o ler. Natural existirem pessoas que, não o lendo, venham a ser afetadas pelas suas páginas, quando outras, lendo-as, permanecerão imunes, insensíveis a todos os seus possíveis estímulos.

— Osman Lins, Guerra sem testemunhas.

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