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Doze poemas aforísticos de “Pássaros Vagabundos” (1916), de Rabindranath Tagore

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Por Pedro Belo Clara (Seleção e versões)* I.   Pássaros vagabundos do verão vêm à minha janela cantar e para longe voar. Folhas de outono amarelecidas, que não conhecem canção, agitam-se e tombam com um suspiro.        II.   Oh, trupe de pequenos vadios do mundo, deixai em minhas palavras as vossas pegadas.        III.   São as lágrimas da terra que mantêm em flor os sorrisos da terra.     IV.   Se derramares lágrimas por sentires falta do sol, perderás o brilho das estrelas.     V.   Aquilo que és não poderás ver, o que vês é a tua sombra.   VI.   Lançam as suas sombras adiante, aqueles que carregam a lamparina em suas costas.     VII.   O Homem é uma criança que nasceu, o seu poder é o poder do crescimento.     VIII.   A luz que brinca, como uma criança nua, no meio das folhas verdes, alegre desconhece que o homem pode mentir.        IX. ...