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Mostrando postagens de dezembro 26, 2024

Oito do sete, de Cris Judar

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Por Renildo Rene Cris Judar. Foto: Tania Judar   Quando imagina que nós viveríamos o fim de toda a água do mundo como as personagens de José Saramago enfrentam a cegueira, penso que Magda, uma das personagens deste romance, acredita em uma anulação de forças sexuais: as relações heterossexuais cairiam de seu pedestal — porque a necessidade do líquido se encontraria em qualquer corpo — e as relações homossexuais descobririam outros sentidos para navegar no nosso “mundo de crenças” — porque boa parte de sua existência esteve apoiada na contraposição ao normativo. E no caso de seu relacionamento com Glória, esse colapso significaria também um rompimento do encaixe das duas enquanto um casal, devolvendo a elas a aridez da solidão, que não sabemos se é desejada, destinada e/ ou temida.   Em Oito do sete , parece ser confuso encontrar maneiras de acompanhar esse relacionamento por um sentido mais cronológico: como começou, o que aconteceu e como elas se mantêm juntas (ou se realment...