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John Updike, o profeta da infidelidade resolvida

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Por Rodrigo Fresán John Updike. Foto: Yousuf Karsh   Com a morte de Jonh Updike em 2009 se iniciou a mais omnipresente e estranha das ausências. O escritor publicava pelo menos um livro por ano (ficção ou poesia ou uma coletânea de ensaios sobre tudo o que lhe interessava, que era nada mais e nada menos que tudo), aumentando assim uma obra que o colocava, outubro após outubro, dentro da prestigiosa e estigmatizante lista dos apostadores com aqueles que deveriam (mas não poderiam) ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. Como no caso do seu colega de profissão com quem parecia travar o mais elegante, mas não menos forte duelo literário — Philip Roth —, a justiça se fez para nenhum dos dois. Mas o que foi dito acima não privou Updike de se dar ou nos dar o luxo de fazer muito e de várias maneiras.   Só para citar alguns marcos: os contos autobiográficas com um alter ego e uma região própria (David Kern pelas ruas de Olinger ou Tarbox), o ciclo de romances com um personagem que refl...