Cinco poemas de Delmore Schwartz
Por Pedro Belo Clara (Seleção e versões) Delmore Schwartz. Foto: Jane Lougee NESTE MOMENTO As pessoas incertas compelem-me. Elas temem O Às de Espadas. Elas temem O amor espontâneo, voltam costas à cornija, Encantadoramente decididas. E não confiam No fogo-de-artifício junto ao lago, primeiro o aparato, Depois as luzes coloridas, subindo no céu. Cautelosas, hesitantes, cheias de dúvida, cobiçosas Consomem o César à proa, no seu regresso, Preso à pedra do seu acto e da sua função. Enquanto a charanga rebenta cintilante sobre a água, Elas permanecem na multidão, delineando a margem, Cientes da água a Seus pés. Elas sabem. Os seus olhos São assombrados pela água. Elas perturbam-me, compelem-me. Não é verdade Que “nenhum homem é feliz”, mas não é esse O sentido que te guia. Se somos Inacabados (e somos, a não ser que a esperança seja um sonho mau), Tu és preciso. Puxas a minha manga Antes de eu falar, com uma amizade de sombra, E lembro-me que nós, os que se movem, Somos mov