O urso e o poder terapêutico da arte
Por Rafael Kafka Tenho repetido há algumas semanas em posts em meu Instagram que O urso tem perturbado minha mente. Acho que como todo leitor mais apaixonado, gosto da ideia de me encontrar no texto lido, seja ele escrito ou audiovisual. Mas a série de Ayo Edebiri me pegou de um jeito que não sei descrever. Eu me enxergo demais em Carmy Berzatto, o protagonista, que possui um talento sem igual na cozinha e fortes crises de ansiedade que muitas vezes beiram o pânico. Há outro detalhe que compartilhamos: o fato de termos perdido alguém próximo a nós e não termos processado plenamente esse luto. Uma vez aprendi ouvindo um podcast sobre psicanálise que há muitas formas de alguém cometer suicídio. Quando digo isso não falo dos métodos em si de dar conta do ato, mas das diferentes maneiras em que a morte é atingida. Ainda não ficou claro como e o porquê, mas Michael se mata pouco antes do começo da sequência cronológica de O urso . Mesmo morto ele é um personagem constantemente mencionad