Boletim Letras 360º #603
Armando Freitas Filho LANÇAMENTOS O último livro deixado por Armando Freitas Filho . Com maestria e absoluta sensibilidade, o autor revisita os temas que lhe são caros — o ofício da poesia, o Rio de Janeiro, a passagem do tempo, o amor, o desejo e a finitude. Ver, escrever, ler, reler. À máquina, à mão, ou a lápis, no computador. De pé, com pressa, no tumulto do dia, com caneta emprestada. Ou então sentado, à noite, no silêncio da casa. Poema fresco, novíssimo, rasurado, que se escreve enquanto o pensamento caminha. Poema impresso, na folha amarelada, guardado na estante, lembrado de cor, ou quem sabe esquecido, sem nenhum resquício do que o motivou. O poema, como se percebe neste livro, serve para ver melhor. Para reconhecer a própria casa, seus ruídos, sua mobília e seus moradores. Para decodificar a paisagem, enxergar o mar batendo na pedra e também para observar a precariedade e a beleza dos dias, o envelhecimento, o esquecimento, a suspensão e a linha do horizonte. Com Resp