Os nomoi sagaranos da minha gente
Por Eduardo Galeno Maureen Bisilliat. Do livro A João Guimarães Rosa (1974). Sagarana está inflada de lugares da terra, Guimarães Rosa é um conjurador e organizador desses lugares. Modos, movimentos, plantas, falhas: tudo isso formalizado nesse estilo elementar que faz e refaz as histórias do livro. Sagarana nos conduz até o ponto de descuidado da leitura, à injúria que nos coloca fora-do-tempo (para usar um termo psicanalítico aqui), ou seja, maneja nossas afecções ao nascimento de um novo espaço, de modo que gozamos de uma forma de prazer textual atualizada. Sagarana — e menos ou mais toda a obra de Rosa — qualifica outro tipo de execução no plano do que seja um tropo . Ele consegue obsidiar a historicidade literária e reunir diversas linhas; aliás, perfazendo o bolsão das práticas exteriores à literatura. Comum que, de certo modo, o principal no interior do bojo da literatura rosiana seja o regionalismo. Os caracteres do elemento que está em histórias como A hora e a ve