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Bambino a Roma, de Chico Buarque

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Por Pedro Fernandes   O romance de Chico Buarque publicado no ano de celebração do seu octogésimo aniversário é um retorno ao tipo memorialístico iniciado com O irmão alemão , livro no qual recontou os bastidores de descoberta e procura de Sergio Günther, o filho nascido do enlace amoroso de Sérgio Buarque de Holanda com Anne Ernst. Em Bambino a Roma é outra a busca do escritor, por um certo menino que existiu durante os dois anos em que o pai se mudou com a família para ser professor de Estudos Brasileiros na Universidade de Roma.   O interesse por uma pequena fração da infância é uma peculiaridade dessas memórias ficcionalizadas, afinal, o mais comum entre os escritores que se propuseram cumprir esse itinerário é o desenvolvimento do amplo painel da primeira fase da nossa existência, atendendo o desejo, sempre idílico, que se forma em certa passagem da vida. E essa escolha de Chico Buarque é, como qualquer uma, motivo para algumas questões. Perguntamo-nos por que, especificamente,