MANIAC, de Benjamín Labatut
Por Pedro Fernandes Benjamín Labatut. Foto: Fernanda Requena A obra de Benjamín Labatut chegou ao Brasil no auge do reconhecimento alcançado entre a crítica num universo, segundo o próprio escritor, um tanto saturado. Na sua primeira passagem pelo país, destacou-se menos pelos livros até então publicados — Quando deixamos de entender o mundo e A pedra da loucura — e mais por sua queixa de que um problema atual da literatura é o excesso de escritores e livros, uma dessas constatações verdadeiras e igualmente questionáveis. Mas, na Era Viral, quando um recorte malfeito de uma opinião é suficiente para legislar favorável ou contra quem a proferiu o que no universo artístico soma-se às dificuldades de separar autor e obra, é importante não reduzir o escritor chileno (e qualquer outro). Benjamín Labatut não é mais um na invencível lista de ficcionistas e MANIAC é um bom exemplo disso. É verdade que o romance regressa a um modelo que se tornou Best-Seller com Jostein Gaarder e O mund