Oito poemas de “Os Cinquenta Poemas do Ladrão de Amor” (Caurapankasika)
Por Pedro Belo Clara Mesmo agora que tudo se desmoronou Recordo a minha amada luminosa Como uma grinalda de douradas flores A pelugem negra que desaguava no seu umbigo O corpo fremente de desejo ao acordar Mesmo agora se a visse de novo A essa rapariga de olhos de lótus O corpo soçobrando devido ao peso dos seios Estreitá-la-ia entre os meus braços E beberia da sua boca como um louco Como uma abelha insaciável sugando uma flor Mesmo agora recordo a minha amada Na dança selvagem do amor Curvada devido ao peso dos seios O corpo esguio consumido pelo desejo O rosto transparente como a lua cheia Submersa pelos seus longos cabelos Mesmo agora recordo a minha amada Cavalgando por cima de mim O seu esforço de vaivém constelava A sua pele de cachos de pérolas Gotas claras e espessas de suor Recordo o pendente de ouro Roçando as suas maçãs do rosto Mesmo agora recordo os seus olhos Suplicando que a possuísse os membros Trémulos da intensid