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Mostrando postagens de agosto 2, 2024

Sr. Baldwin e seus pequenos blues

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Por Renildo Rene James Baldwin. Foto: Ulf Andersen   I get a feeling that I never, never had before. Começo a escutar aquela voz solitária de Etta James como se estivesse ouvindo a faísca de uma agitação. As batidas de todos aqueles instrumentos entram depois em cena e inicia um frenesi impossível de não conquistar. Certamente é uma canção muito energética, porém tem algo escondido ali, profundamente: a sensação estranha, na letra, e a grande rainha do Blues sabe, é precedida por um coração pesado de viver, mesmo quando os pés só dançam . Afinal, é 1962 e não é inocente como imaginamos a canção: é a liberdade bradando algo pesado e preso, enquanto se prepara para ser ferido novamente.   Enquanto “Something’s Got A Hold Me” se tornava esse clássico incontornável, James Baldwin escrevia na época sobre essa capacidade do Jazz e Blues serem ritmos da outra independência norte-americana, com “acidez, ironia, autoritarismo e dubiedade”. Sem quaisquer rodeios, ele afirma serem as grandes