Sloterdijk e os aspectos da modernidade
Por Herasmo Braga Peter Sloterdijk. Foto: Daniel Biskup Peter Sloterdijk na trilogia Esferas , para muitos considerada sua magnum opus , o homem sempre teve a necessidade de viver amparado em algo estável, consolidado, duradouro, e por conta disso elaborou ao longo da sua existência diversas camadas protetoras, constituidoras de imunidades para si, para que nada estivesse fora do controle ou da sua compreensão. Desse modo, elaborou, desenvolveu diversas cosmologias para que tudo em torno de si tivesse algum sentido e desse a necessária comodidade terrena. E assim, ao longo do tempo se firmou este imaginário que nada o inquietava, mesmo com o surgimento de novas ideias, novas rupturas que provocassem qualquer declínio deste ser estável, realizavam-se, então, substituições que, mesmo diante de novos paradigmas, o homem não perderia a sua segurança. Todavia, inauditos contextos vão se constituindo e coadunando em um momento histórico ainda não experimentado pela humanidade: a moderni