Olhando para o passado sem IRA
Por Philipp Engel Cillian Murphy e Pádraic Delaney en Ventos da liberdade (2006). Ao contrário da literatura, o cinema é uma arte eminentemente coletiva, tanto na sua produção, um trabalho de equipe, como na sua recepção pelos espectadores, reunidos na sala escura (a televisão à la carte é ainda um complemento mais ou menos útil). E se esta natureza coletiva pode dificultar a rápida rotulagem da denominação de origem de um filme, que corresponde por defeito à(s) nacionalidade(s) da(s) empresa(s) que o produziu — o cinema é antes de tudo uma indústria, um negócio e um custo, para o qual é necessário levantar forças —, tudo é muito complicado no caso irlandês, devido, claro, à turbulenta história de um país dividido, às suas relações conflituosas com a Coroa britânica e aos sucessivos fluxos migratórios, tanto para América, e especificamente para aquele caldeirão de imigrantes chamado Hollywood, e para a vizinha Grã-Bretanha, polos a partir dos quais a diáspora continuou a exercer a s