A sombra do gigante
Por Jordi Canal Mario Vargas Llosa. Foto: Oscar del Pozo. A Académie Française elegeu Mario Vargas Llosa como novo integrante da instituição em novembro de 2021. O Prêmio Nobel de Literatura de 2010 ocuparia o assento número dezoito. Já imortalizado — nome dado aos eleitos a partir da reservada cerimônia de posse —, no dia 9 de fevereiro de 2023, teve lugar o ato de recepção, com a notável presença do antigo rei da Espanha Juan Carlos I, sob a cúpula da sede parisiense da Academia. Vargas Llosa apareceu com o obrigatório uniforme verde — na verdade, azul escuro ou preto, com bordados de ramos de oliveira verdes e dourados — e a espada simbólica, que no seu caso era obra do mestre espadachim de Toledo Antonio Arellano. O escritor hispano-peruano proferiu um notável discurso no qual, além de fazer os elogios obrigatórios ao seu antecessor na décima oitava cadeira, o filósofo Michel Serres, abordou a sua relação com a França, a literatura francesa — em primeiro lugar, obviamente, de Gusta