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Mostrando postagens de janeiro 18, 2024

A desesperança e os malditos dias revolucionários de Ivan Búnin

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Por Marcelo Jungle   Entre os estereótipos que lhe foram atribuídos, o escritor russo Ivan Búnin (1870-1953) ganhou fama como o autor da Rússia esquecida. No entanto, ele é muito mais do que um simples tipógrafo do passado. Búnin é também o registrador da alma e do amor. Seus contos falam geralmente sobre desespero e mal-entendidos em relacionamentos, cujo cenário é a inevitável decepção ou separação forçada, seja pela morte, seja por um marido traído ou uma mãe ciumenta, pelo suicídio ou abandono. Uma superfície que esconde aspectos profundos da vida e dos destinos das pessoas, afetadas por decisões com consequências duradouras. Não há expectativa de encontrar felicidade para quem lê seus contos. Mas aprenderá muito sobre a vida interior.   Dias Malditos , seu diário relativo aos anos de 1918 e 1919, chega ao Brasil 87 anos após sua publicação. Traduzido pela pesquisadora Márcia Vinha (que também assina o excelente posfácio) e lançado pela Editora Carambaia, o leitor brasileiro terá a