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Mostrando postagens de janeiro 11, 2024

Museu do romance da eterna, de Macedonio Fernández

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Por Nestor García Canclini Capa da 1ª edição de  Museu do romance da eterna  (Centro Editora de América Latina, 1967) O espaço de Macedonio Fernández foi criado por expansão. Nada demonstra melhor isso que este romance publicado vários anos depois da sua morte, organizado definitivamente por seu filho, Adolfo de Obieta, mas que já no seu rascunho dedicava a primeira metade das páginas aos prólogos: cinquenta e seis tentativas de diferir o início da obra. Neles se narram as dúvidas, as hesitações, as desculpas do autor; elabora-se uma teoria estética; elegem-se as personagens que serão incluídas e se descreve a “personagem que não figura, cuja existência no romance a torna fantástica em relação ao próprio romance”; discute-se com Juan Pasamontes, que “queria ser empregado, não personagem do romance: o deixava nervoso que estivessam lendo-o; também com Nicolasa, a “personagem cozinheira”, que ao renunciar a obra a converte num “romance de jejuadores”, ameaça a sobrevivência dos demais,