Saltburn, de Emerald Fennell
Por Pedro Fernandes A presença de Emerald Fennell no rol da fama como diretora de cinema aparece com Promising Young Woman , filme que ela escreveu, produziu, dirigiu e fez com que se tornasse a primeira mulher britânica indicada ao Oscar de Melhor Diretor. O feito não é apenas inédito ou grandioso. Ele é produto de uma obra que a altura fomentou expectativas muito positivas em relação aos próximos trabalhos de Fennell e eis que, dois anos adiante, somos apresentados a Saltburn , um filme que repete o interesse da crítica e das premiações especializadas com a atenção fora da curva do público. É possível que essa nova obra cumpra um passo a mais na carreira recente da diretora. O filme é bem executado, se organiza utilizando as estratégias que deram reconhecimento a outras produções reconhecidas ao longo da história do cinema e dos clichês que atendem bem ao gosto popular. O reuso das narrativas de vida universitária e de romance gay são bons exemplos. Embora o filme não seja nem um