DO EDITOR
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encontra o presente para você e seus amigos neste final de ano, enfim, todo
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Ariano Suassuna. Foto: Leonardo Colosso |
LANÇAMENTOS
A poesia completa de Ariano Suassuna aparece em livro. Material reúne
mais de duas centenas de inéditos.
Durante décadas, Ariano Suassuna acalentou o sonho de publicar a sua
poesia reunida sob o título
O pasto incendiado. Em 1999, a editora da
Universidade Federal de Pernambuco chegou a lançar um volume, com parte da obra
poética do autor, organizado por Carlos Newton Júnior e intitulado
Poemas.
Àquela época, contavam-se nos dedos os poemas de Ariano que haviam saído em
livro. Portanto, foi só a partir daquela reunião que eles começaram a figurar
de modo mais constante em antologias e a ganhar estudos críticos. Após longos
anos de pesquisa e garimpo, o próprio professor Carlos Newton Júnior organizou
a poesia completa do autor, reunindo neste alentado e caprichado volume, que a
Nova Fronteira lança agora, toda a produção poética de Suassuna, com muito
material inédito, a fim de consolidar, “de uma vez por todas, e agora não mais
entre críticos e estudiosos, mas entre os leitores de poesia, de um modo geral,
o nome de Ariano Suassuna como poeta ― e um dos melhores de toda a nossa
literatura”. O pesquisador também foi responsável por fixar o texto dos poemas,
acrescentar notas ao volume e escrever a elucidativa e minuciosa apresentação.
A obra, toda ilustrada pelo artista plástico Manuel Dantas Suassuna, vem
acondicionada numa bela luva criada pelo designer Ricardo Gouveia de Melo.
Você pode comprar o livro aqui.
A chegada ao Brasil do escritor
ucraniano Yuri Andrukhóvytch.
Com um pano de fundo radicalmente contemporâneo, em que se conjugam
reviravoltas políticas do Leste Europeu e as constantes ameaças em prol de
ditaduras sanguinárias,
Rádio noite, o mais recente livro do escritor
ucraniano Yuri Andrukhóvytch, já foi classificado como um romance acústico,
uma saga revolucionária, um suspense de espionagem e uma paródia biográfica.
O livro traz elementos desses gêneros
narrativos — e vários outros — para contar a história de seu protagonista,
Jossyp Rotsky, um músico de rock de identidade obscura e herói
revolucionário. Entusiasta dos mais diversos tipos de música — do progressivo
ao punk; do jazz ao clássico; e outras dezenas de gêneros —, Rotsky viajou
por anos como tecladista de uma banda de rock antes de retornar ao seu país
natal e perceber uma revolta se formando contra o “penúltimo ditador da
Europa”. Ao participar da revolução, Jossyp Rotsky se vê obrigado a emigrar,
dando início a uma série de fugas cinematográficas que colocarão o pianista
de barricadas em situações que oscilam do sério e real ao cômico e absurdo,
ao lado de personagens não menos surreais — entre eles, seu fiel escudeiro, um
corvo de nome Edgar. Escrito
antes da invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022,
Rádio Noite parece prever muito do que viria a acontecer, onde a incrível atualidade
política funciona como ponto de partida de uma virtuosa ficção — hilária,
fantástica, surrealista, absurda, real e séria ao mesmo tempo —, e não de
uma reconstrução do curso dos acontecimentos dos últimos anos. Como em um thriller, em que se quer sempre
avançar na história e desvendá-la, o livro prende o leitor do início ao
final, intercalando a história, contada em terceira pessoa, com capítulos
narrados pelo próprio Jossyp Rotsky, em uma transmissão de rádio que
atravessa o romance: “Se Deus é nosso pai, o diabo é nosso amigo
inseparável. Você está ouvindo a Rádio Noite, e quem fala é Jossyp Rotsky,
vulgo Jos. Acaba de dar meia-noite, e eu fico por aqui até de manhã”. Em uma
“ilha que não tem nome”, ostracizado numa espécie de purgatório, Rotsky
transmite música e conta sua saga juntando poesia ao relato melancólico dos
acontecimentos que testemunhou. Publicação
da editora Zain; tradução de Lucas Simone.
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Livro de contos amplia a presença
do russo Nikolai Leskov entre os leitores brasileiros.
“Embora desconhecido no Ocidente,
Leskov foi um grande mestre da narrativa, tal como Dostoiévski”, asseverou
ninguém menos que Thomas Mann. Escritor independente num tempo de divisões
políticas e estéticas claras, Nikolai Leskov (1831-1895) foi incompreendido
pela crítica de seu tempo, já que o alto grau de experimentação de suas obras
não permitia encaixá-lo na tradição da prosa realista do século XIX. Verdadeiro
artífice das palavras, criou uma linguagem literária rica e pitoresca,
misturando expressões da língua arcaica e da fala popular que ouviu dos mais
diversos tipos humanos, com os quais tivera contato em inúmeras viagens pelo
vasto território russo em seus anos de trabalho como agente comercial, ainda
antes de se tornar escritor. Somente nos anos 1920 (muito antes portanto do
famoso ensaio de Walter Benjamin, “O narrador”), importantes teóricos do
formalismo russo como Boris Eikhenbaum e Viktor Chklóvski seriam capazes de
compreender o “estranhamento” linguístico e a sofisticação dos procedimentos de
composição de Leskov. Tudo isso pode ser plenamente verificado em
Um pequeno
engano e outras histórias, nova coletânea de contos do autor, organizada,
traduzida e comentada por Noé Oliveira Policarpo Polli, que assina também um
alentado ensaio sobre a onomástica leskoviana — isto é, sobre os nomes dados
pelo escritor a suas obras e personagens —, o qual se revela também uma análise
profunda e minuciosa das histórias aqui reunidas. Publicação da Editora 34.
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Cinco músicas de jazz nomeiam
os cinco contos de Keith Jarrett no Blue Note
. A estadia no estrangeiro,
o sentimento amoroso e erótico e a dúvida existencial marcam a tonalidade
variada das histórias reunidas neste livro de Silviano Santiago.
As folhas secas na calçada que
ninguém se lembrou de recolher, a revista pornográfica, a comunicação
interrompida, a angústia da voz do outro lado do telefone, a pessoa amada que
morreu — notas de alguns contos deste livro, em que a vida no estrangeiro pulsa
no desencontro, no desejo e na incerteza. Numa atmosfera intimista, as paixões
homoafetivas de personagens envolvidos com as lembranças de experiências
passadas desenham-se sutilmente. Neste livro, a solidão e os vínculos afetivos
são submetidos ao arranjo jazzístico de Silviano Santiago para compor uma
coletânea que mescla a quietude ao som em tempos variados. Publicação da
Companhia das Letras.
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Uma nova antologia de contos de
Vinícius Portella.
Em
A Grande Porção de Lixo do
Pacífico e outros contos, Vinícius Portella, autor das histórias de
O
inconsciente corporativo e outros contos, especula sobre o futuro enquanto
dobra a aposta no “absurdo galopante e progressivo” destes tempos. Diante do
agravamento da crise climática e seus efeitos sentidos na pele, e da
inteligência artificial tomando espaços impensados e rumos perigosos, Portella
lança mão de um inusitado e delicioso arsenal de filosofia, memes e teorias da
conspiração para “emburacar” seus anti-heróis em narrativas espirais. Spoiler:
não há saída. Mas há, sim, algum alívio. Se sobre robôs ainda não se sabe tudo,
o homem, demasiadamente humano, é bem mais conhecido — e, aqui, bem mais
risível. Publicação da DBA Editora.
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Um romance sobre a transição,
não sobre o final; sobre o caminho, não o objetivo; onde a beleza se aloja
naquilo que não tem ponto final, seja uma obra de arte ou um corpo que transita.
Tem fim em algum momento a
experiência de transitar de um gênero a outro? Essa é uma das muitas questões
que Ariel Florencia Richards se coloca enquanto relata a viagem que Juana, uma
mulher trans de 37 anos, faz ao lado da mãe na tentativa de lidar com a solidão
e a tristeza de uma identidade silenciada. Ao que parece, existem tempos e
escolhas que não se encerram em conclusões, como nas obras de arte inacabadas
pelas quais a protagonista, pesquisadora de Artes Visuais, tem especial
interesse. É também a partir dessas obras que a narração costura reflexões
surpreendentes sobre os caminhos de ambas as mulheres. Com tradução de Maria
Cecilia Brandi,
Inacabada sai pelo selo Poente/ Martins Fontes.
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Trânsitos e itinerários pela
Transilvânia.
Não é de se estranhar que Patrick
Leigh Fermor tenha dito que tinha
Ao longo do caminho encantado “muito
perto de seu coração”. No início da década de 1930, Leigh Fermor havia de fato
viajado pela Transilvânia a caminho de Constantinopla, extraindo de lá talvez o
melhor material para seu grande livro de viagens,
Between the Woods and the
Water. Para William Blacker, no entanto, essa mesma região da atual Romênia
parece não ser o destino de uma viagem, mas sim um estado da mente ou dos
olhos. Blacker a visita quase por acaso, logo após a queda do Muro de Berlim e,
encantado com tudo o que vê, decide se estabelecer em seu distrito mais remoto,
Maramureş, adaptando-se a um estilo de vida que permanece inalterado há
séculos. Mas o demônio da inquietação logo o atrai mais para o sul, onde as
montanhas se inclinam para as colinas da Terra dos Saxões. Lá, Blacker encontra
um mundo completamente diferente e muito mais agitado. Os saxões limpos e
impecáveis emigraram em grande parte para a Alemanha, e em suas casas se
estabeleceram os ciganos, cuja capacidade de inventar histórias e depois se
fazer passar por elas é pelo menos tão impressionante quanto sua incapacidade
de se livrar delas. A partir daí — ou seja, a partir do momento em que Natalia
e Marishka, duas irmãs muito diferentes e igualmente inesquecíveis, entram na
vida de Blacker — o que começou como uma elegia serena a uma Europa
desaparecida se transforma em uma rapsódia cigana: às vezes lânguida, às vezes
selvagem, mas, de qualquer forma, impossível não se render a ela. O resultado é
um livro que é instintivamente descrito como “extraordinário, diferente de
qualquer outro, uma história em si”. Foi assim que Tom Maschler, anos atrás,
definiu o manuscrito de outro herdeiro direto de Leigh Fermor, um rapaz inglês
desconhecido que, ao final de uma longa jornada, decidiu se reinventar em uma
terra quase inexplorada: a Patagônia.
Ao longo do caminho encantado: viagens
na Transilvânia, de William Blacker sai pela Âyiné; tradução de Erika
Nogueira Vieira.
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Um belo e comovente retrato de
uma das ativistas mais brilhantes do século XX, que inspirou gerações de
mulheres negras a trilhar o caminho da liberdade e da militância.
Cada vez mais lida, pesquisada e
homenageada, Lélia Gonzalez tem se consolidado como uma referência fundamental
no pensamento social brasileiro e na tradição radical negra. Diante da
grandiosidade de seus feitos, é difícil não se perguntar, considerando as
tantas Lélias que ficaram pelo caminho num país que lhes reservou, como dizia,
a lata de lixo da sociedade brasileira: como ela conseguiu? Em
Lélia
Gonzalez: um retrato, Sueli Carneiro traça um perfil biográfico que parece
contar a história de muitas mulheres negras no Brasil. Filha da classe
trabalhadora em Belo Horizonte, com apoio de uma família italiana que subsidiou
seu estudo na infância e um irmão que fez sucesso como jogador no Flamengo,
viabilizando sua mudança para o Rio de Janeiro, a trajetória de Lélia revela
como na vida de pessoas negras pobres não basta o esforço, pois há sempre algo
de extraordinário que precisa acontecer num país tão brutalmente desigual. Não
à toa, o engajamento de Lélia no movimento negro e feminista traduz um anseio
por transformação social pautada na garantia de direitos à população negra,
conferindo contornos coletivos e políticos a sua experiência ao contá-la em
público. Assim, esta obra é um convite para conhecer uma Lélia que, como canta
Milton, é uma força que nos alerta e não tinha dúvidas de que merecia viver e
amar como qualquer outra pessoa no planeta. A edição inclui uma carta inédita
de Lélia Gonzalez escrita aos 18 anos e um epílogo sobre a atualidade de seu
pensamento. Publicação da Zahar.
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Uma biografia reveladora do
escritor e ativista que inspira até hoje a luta por justiça social e racial.
A vida de Frantz Fanon se lê como
um verdadeiro thriller da descolonização. É também o testemunho essencial das
convulsões políticas e intelectuais do século XX, cujas consequências chegam
até nós. Após combater na Europa e no Norte da África durante a Segunda Guerra,
e tendo estudado medicina na França, Fanon, um jovem psiquiatra carismático e
talentoso vindo da Martinica, publica Pele negra, máscaras brancas com apenas
vinte e sete anos: uma obra profética que com o tempo se tornará um clássico
incontornável do pensamento antirracista. Num texto que preza pela clareza e
erudição exemplares, A clínica rebelde é a melhor e mais profunda apresentação
da vida e obra de Frantz Fanon. Traçando com minúcia o extraordinário destino
de seu personagem, o autor mostra por que o revolucionário negro é cada vez
mais importante nos dias de hoje. Fanon teve uma vida dedicada ao pensamento e
à ação. Contraditória, como mostra Adam Shatz, mas cada vez mais essencial.
A
clínica rebelde: uma biografia de Frantz Fanon sai pela editora Todavia;
tradução de Érika Nogueira Vieira.
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Inédito em português, Mitologia
dos índios Chulupi
é fruto de um trabalho de campo realizado por Pierre
Clastres no Chaco paraguaio em 1966, durante o qual recolheu um precioso
conjunto de 73 mitos.
Quando faleceu precocemente, em 1977, o autor já havia dado uma das mais
relevantes contribuições à antropologia, deixando artigos a serem reunidos e
investigações por desenvolver. Este livro, que permaneceu inacabado, ganhou
forma graças a Hélène Clastres e Michel Cartry, que buscaram organizar essa
mitologia de forma peculiar, “deixando a elaboração nascer da própria matéria”,
como o próprio Clastres o teria feito. Além dos mitos, a obra reúne uma
descrição geográfica do Gran Chaco, de inegável valor documental e literário,
documentos etnográficos produzidos em campo, narrativas de guerra dos Chulupi e
uma belíssima homenagem a Alfred Métraux, pioneiro da moderna antropologia
ameríndia. O volume inclui ainda um posfácio de Beatriz Perrone-Moisés, escrito
especialmente para esta edição. Os Chulupi — ou Nivaclé (os humanos), como se
denominam —, formam hoje uma população com cerca de 14 mil pessoas, vivendo
entre o Paraguai e a Argentina na mesma geografia de rudes contrastes
climáticos em que Clastres a encontrou, onde a sobrevivência depende de uma
profunda interação com o mundo natural. Essa sociedade marcada por um ethos
guerreiro é aqui retratada numa profusão de histórias, por vezes bem-humoradas
e quase sempre protagonizadas por animais, revelando a um só tempo seu modo de
se relacionar com o cosmos e de se imaginar dentro dele. Tradução de Ian
Packer; publicação da Editora 34.
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Divisor de águas e controverso
desde sua publicação original, em 1859, A origem das espécies
questionou
pressupostos religiosos e propôs uma nova visão da história da humanidade.
Poucos livros tiveram tanto
impacto quanto
A origem das espécies, do naturalista Charles Darwin.
Ainda que se trate de um complexo tratado científico sobre como espécies
evoluem para diferentes formas a partir de uma ascendência comum, o cientista
tinha o público geral em mente quando publicou este trabalho seminal, o que se
percebe pelo texto de tom literário, com influência da estética vitoriana. A
obra segue despertando paixões e reações violentas, prova da força da teoria
que é fruto de observações minuciosas e revela um profundo maravilhamento com o
mundo natural. Esta edição optou por usar o texto da primeira publicação com
dois acréscimos. O primeiro é um glossário de termos científicos preparado por
William Dallas, que Darwin incluiu na sexta edição para ajudar os leitores
leigos. O segundo é um esboço histórico, escrito por Darwin, das ideias sobre a
origem das espécies, desde Aristóteles até o século XIX. O texto mostra que
outros antes dele e de Wallace tinham prenunciado a seleção natural. Com
tradução de Rogério W. Galindo, a publicação é da Penguin/ Companhia das
Letras.
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RAPIDINHAS
Livros por vir. Os leitores
brasileiros já podem colocar nas suas listas de leitura para o próximo ano
Morramos
ao menos no porto. Este é o título
que recebeu o Prêmio José Saramago
e como tem sido nos últimos reconhecimentos, a obra é publicada neste lado do
Atlântico pela Biblioteca Azul, selo do grupo Globo Livros.
Resgate. A Martelo Casa Editorial
entrega no próximo mês de dezembro uma caixa reunindo três livros com a poesia
completa de Maria do Carmo Ferreira.
Poesia reunida é organizada por Fabrício
Marques e Silvana Guimarães e traz 231 poemas da poeta mineira.
PRÊMIO LITERÁRIO
Prêmio José Saramago 2024.
Como antecipado na seção anterior,
o português nascido em Coimbra Francisco Mota Saraiva foi o galardoado deste
ano com o prêmio criado em 1999 para homenagear o escritor Prêmio Nobel de
Literatura e reconhecer romancistas em início de carreira; desde há alguns
anos, o reconhecimento tem se intercalado entre portugueses e brasileiros. No
biênio anterior, por exemplo, o premiado foi
Dor fantasma, do brasileiro
Rafael Gallo.
Prêmio Jabuti 2024.
O júri decidiu premiar na
categoria Romance outra vez Itamar Vieira Júnior — por
Salvar o fogo
(Todavia); na
Poesia, Ricardo Domeneck com
Cabeça de galinha no chão
de cimento (Editora 34). Mais o grande reconhecimento foi para Rosa Freire
d’Aguiar com
Sempre Paris: crônica de uma cidade, seus escritores e artistas
(Companhia das Letras).
DICAS DE LEITURA
Na aquisição de qualquer um dos
livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a
manter o Letras.
1.
Livro de erros, de Maria
Lúcia Dal Farra (Iluminuras, 148p.) Entre as vozes que constituem a tessitura
de uma voz singular para a poesia brasileira — Lezama Lima, Eugénio de Andrade,
Herberto Helder, Florbela Espanca, Fernando Pessoa entre outros — a poeta desenvolve-se
entre a razão e a emoção percorrendo remissões diversas e observando o mundo
entre pontos os mais variados.
Você pode comprar o livro aqui.
2.
Impunidade, de H. G.
Cancela
(Editora Circuito, 190p.) Entre Dostoiévski e Thomas Bernhard, o
mundo desenvolvido neste romance é turvo e nele um homem tateia entre sua própria
natureza, os instintos e suas ações.
Você pode comprar o livro aqui.
3. Olive Kitteridge, de Elizabeth Strout (Trad. Sara
Grünhagen, Companhia das Letras, 336p.) A passagem da maturidade à velhice de
uma professora de matemática aposentada desprovida de qualquer sentimentalismo
na busca pelo justo entendimento de si e dos outros.
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VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
Nesta publicação em nossa página
no Tumblr, você encontrará quatro iluminuras com quatro poemas de Ariano Suassuna.
BAÚ DE LETRAS
Ainda na sequência das notícias da
publicação da poesia reunida de importante nomes da poesia brasileira,
recordamos Maria Lúcia Alvim. Não uma resenha da sua
Poesia reunida, mas
um
breve perfil da poeta mineira.
DUAS PALAVRINHAS
Nossas vidas nunca são obscuras ou
tão de nossa exclusiva propriedade quanto desejaríamos. E é um erro julgar que
ninguém se ocupa de nós pelo simples fato de nos contentarmos em viver nossa
vida, deixando em paz a dos outros.
— Em A história do amor de Fernando e
Isaura, de Ariano Suassuna.
...
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