Boletim Letras 360º #611

DO EDITOR
 
Olá, leitores! Este foi o primeiro ano desde quando iniciamos nossas apostas em vocês para a manutenção do domínio e hospedagem online do Letras que conseguimos custear essas despesas sem a realização de sorteios pagos e apenas com o que levantamos de receita nas vendas através do nosso link na Amazon. 

O registro da informação é para acrescentar duas coisinhas: a primeira delas é agradecer a cada um que alguma vez considerou nos ajudar ao realizar sua compra utilizando o  nosso link. E a segunda é se for aproveitar ainda qualquer oferta nessa semana de Black Friday, pense em nós. O nosso link é este

Em nossa conta no Twitter organizamos um fio com dicas de ofertas em livros — passem por lá. Uma curtida, uma partilha ou quem sabe ainda encontra o presente para você e seus amigos neste final de ano, enfim, todo gesto, pequeno que seja, é ajuda ao nosso trabalho.


Ariano Suassuna. Foto: Leonardo Colosso

   
 
LANÇAMENTOS
 
A poesia completa de Ariano Suassuna aparece em livro. Material reúne mais de duas centenas de inéditos.
 
Durante décadas, Ariano Suassuna acalentou o sonho de publicar a sua poesia reunida sob o título O pasto incendiado. Em 1999, a editora da Universidade Federal de Pernambuco chegou a lançar um volume, com parte da obra poética do autor, organizado por Carlos Newton Júnior e intitulado Poemas. Àquela época, contavam-se nos dedos os poemas de Ariano que haviam saído em livro. Portanto, foi só a partir daquela reunião que eles começaram a figurar de modo mais constante em antologias e a ganhar estudos críticos. Após longos anos de pesquisa e garimpo, o próprio professor Carlos Newton Júnior organizou a poesia completa do autor, reunindo neste alentado e caprichado volume, que a Nova Fronteira lança agora, toda a produção poética de Suassuna, com muito material inédito, a fim de consolidar, “de uma vez por todas, e agora não mais entre críticos e estudiosos, mas entre os leitores de poesia, de um modo geral, o nome de Ariano Suassuna como poeta ― e um dos melhores de toda a nossa literatura”. O pesquisador também foi responsável por fixar o texto dos poemas, acrescentar notas ao volume e escrever a elucidativa e minuciosa apresentação. A obra, toda ilustrada pelo artista plástico Manuel Dantas Suassuna, vem acondicionada numa bela luva criada pelo designer Ricardo Gouveia de Melo. Você pode comprar o livro aqui.
 
A chegada ao Brasil do escritor ucraniano Yuri Andrukhóvytch.
 
Com um pano de fundo radicalmente contemporâneo, em que se conjugam reviravoltas políticas do Leste Europeu e as constantes ameaças em prol de ditaduras sanguinárias, Rádio noite, o mais recente livro do escritor ucraniano Yuri Andrukhóvytch, já foi classificado como um romance acústico, uma saga revolucionária, um suspense de espionagem e uma paródia biográfica. O livro traz elementos desses gêneros narrativos — e vários outros — para contar a história de seu protagonista, Jossyp Rotsky, um músico de rock de identidade obscura e herói revolucionário. Entusiasta dos mais diversos tipos de música — do progressivo ao punk; do jazz ao clássico; e outras dezenas de gêneros —, Rotsky viajou por anos como tecladista de uma banda de rock antes de retornar ao seu país natal e perceber uma revolta se formando contra o “penúltimo ditador da Europa”. Ao participar da revolução, Jossyp Rotsky se vê obrigado a emigrar, dando início a uma série de fugas cinematográficas que colocarão o pianista de barricadas em situações que oscilam do sério e real ao cômico e absurdo, ao lado de personagens não menos surreais — entre eles, seu fiel escudeiro, um corvo de nome Edgar. Escrito antes da invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, Rádio Noite parece prever muito do que viria a acontecer, onde a incrível atualidade política funciona como ponto de partida de uma virtuosa ficção — hilária, fantástica, surrealista, absurda, real e séria ao mesmo tempo —, e não de uma reconstrução do curso dos acontecimentos dos últimos anos. Como em um thriller, em que se quer sempre avançar na história e desvendá-la, o livro prende o leitor do início ao final, intercalando a história, contada em terceira pessoa, com capítulos narrados pelo próprio Jossyp Rotsky, em uma transmissão de rádio que atravessa o romance: “Se Deus é nosso pai, o diabo é nosso amigo inseparável. Você está ouvindo a Rádio Noite, e quem fala é Jossyp Rotsky, vulgo Jos. Acaba de dar meia-noite, e eu fico por aqui até de manhã”. Em uma “ilha que não tem nome”, ostracizado numa espécie de purgatório, Rotsky transmite música e conta sua saga juntando poesia ao relato melancólico dos acontecimentos que testemunhou. Publicação da editora Zain; tradução de Lucas Simone. Você pode comprar o livro aqui.
 
Livro de contos amplia a presença do russo Nikolai Leskov entre os leitores brasileiros.
 
“Embora desconhecido no Ocidente, Leskov foi um grande mestre da narrativa, tal como Dostoiévski”, asseverou ninguém menos que Thomas Mann. Escritor independente num tempo de divisões políticas e estéticas claras, Nikolai Leskov (1831-1895) foi incompreendido pela crítica de seu tempo, já que o alto grau de experimentação de suas obras não permitia encaixá-lo na tradição da prosa realista do século XIX. Verdadeiro artífice das palavras, criou uma linguagem literária rica e pitoresca, misturando expressões da língua arcaica e da fala popular que ouviu dos mais diversos tipos humanos, com os quais tivera contato em inúmeras viagens pelo vasto território russo em seus anos de trabalho como agente comercial, ainda antes de se tornar escritor. Somente nos anos 1920 (muito antes portanto do famoso ensaio de Walter Benjamin, “O narrador”), importantes teóricos do formalismo russo como Boris Eikhenbaum e Viktor Chklóvski seriam capazes de compreender o “estranhamento” linguístico e a sofisticação dos procedimentos de composição de Leskov. Tudo isso pode ser plenamente verificado em Um pequeno engano e outras histórias, nova coletânea de contos do autor, organizada, traduzida e comentada por Noé Oliveira Policarpo Polli, que assina também um alentado ensaio sobre a onomástica leskoviana — isto é, sobre os nomes dados pelo escritor a suas obras e personagens —, o qual se revela também uma análise profunda e minuciosa das histórias aqui reunidas. Publicação da Editora 34. Você pode comprar o livro aqui
 
Cinco músicas de jazz nomeiam os cinco contos de Keith Jarrett no Blue Note. A estadia no estrangeiro, o sentimento amoroso e erótico e a dúvida existencial marcam a tonalidade variada das histórias reunidas neste livro de Silviano Santiago.
 
As folhas secas na calçada que ninguém se lembrou de recolher, a revista pornográfica, a comunicação interrompida, a angústia da voz do outro lado do telefone, a pessoa amada que morreu — notas de alguns contos deste livro, em que a vida no estrangeiro pulsa no desencontro, no desejo e na incerteza. Numa atmosfera intimista, as paixões homoafetivas de personagens envolvidos com as lembranças de experiências passadas desenham-se sutilmente. Neste livro, a solidão e os vínculos afetivos são submetidos ao arranjo jazzístico de Silviano Santiago para compor uma coletânea que mescla a quietude ao som em tempos variados. Publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma nova antologia de contos de Vinícius Portella.
 
Em A Grande Porção de Lixo do Pacífico e outros contos, Vinícius Portella, autor das histórias de O inconsciente corporativo e outros contos, especula sobre o futuro enquanto dobra a aposta no “absurdo galopante e progressivo” destes tempos. Diante do agravamento da crise climática e seus efeitos sentidos na pele, e da inteligência artificial tomando espaços impensados e rumos perigosos, Portella lança mão de um inusitado e delicioso arsenal de filosofia, memes e teorias da conspiração para “emburacar” seus anti-heróis em narrativas espirais. Spoiler: não há saída. Mas há, sim, algum alívio. Se sobre robôs ainda não se sabe tudo, o homem, demasiadamente humano, é bem mais conhecido — e, aqui, bem mais risível. Publicação da DBA Editora. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um romance sobre a transição, não sobre o final; sobre o caminho, não o objetivo; onde a beleza se aloja naquilo que não tem ponto final, seja uma obra de arte ou um corpo que transita.
 
Tem fim em algum momento a experiência de transitar de um gênero a outro? Essa é uma das muitas questões que Ariel Florencia Richards se coloca enquanto relata a viagem que Juana, uma mulher trans de 37 anos, faz ao lado da mãe na tentativa de lidar com a solidão e a tristeza de uma identidade silenciada. Ao que parece, existem tempos e escolhas que não se encerram em conclusões, como nas obras de arte inacabadas pelas quais a protagonista, pesquisadora de Artes Visuais, tem especial interesse. É também a partir dessas obras que a narração costura reflexões surpreendentes sobre os caminhos de ambas as mulheres. Com tradução de Maria Cecilia Brandi, Inacabada sai pelo selo Poente/ Martins Fontes. Você pode comprar o livro aqui.
 
Trânsitos e itinerários pela Transilvânia.
 
Não é de se estranhar que Patrick Leigh Fermor tenha dito que tinha Ao longo do caminho encantado “muito perto de seu coração”. No início da década de 1930, Leigh Fermor havia de fato viajado pela Transilvânia a caminho de Constantinopla, extraindo de lá talvez o melhor material para seu grande livro de viagens, Between the Woods and the Water. Para William Blacker, no entanto, essa mesma região da atual Romênia parece não ser o destino de uma viagem, mas sim um estado da mente ou dos olhos. Blacker a visita quase por acaso, logo após a queda do Muro de Berlim e, encantado com tudo o que vê, decide se estabelecer em seu distrito mais remoto, Maramureş, adaptando-se a um estilo de vida que permanece inalterado há séculos. Mas o demônio da inquietação logo o atrai mais para o sul, onde as montanhas se inclinam para as colinas da Terra dos Saxões. Lá, Blacker encontra um mundo completamente diferente e muito mais agitado. Os saxões limpos e impecáveis emigraram em grande parte para a Alemanha, e em suas casas se estabeleceram os ciganos, cuja capacidade de inventar histórias e depois se fazer passar por elas é pelo menos tão impressionante quanto sua incapacidade de se livrar delas. A partir daí — ou seja, a partir do momento em que Natalia e Marishka, duas irmãs muito diferentes e igualmente inesquecíveis, entram na vida de Blacker — o que começou como uma elegia serena a uma Europa desaparecida se transforma em uma rapsódia cigana: às vezes lânguida, às vezes selvagem, mas, de qualquer forma, impossível não se render a ela. O resultado é um livro que é instintivamente descrito como “extraordinário, diferente de qualquer outro, uma história em si”. Foi assim que Tom Maschler, anos atrás, definiu o manuscrito de outro herdeiro direto de Leigh Fermor, um rapaz inglês desconhecido que, ao final de uma longa jornada, decidiu se reinventar em uma terra quase inexplorada: a Patagônia. Ao longo do caminho encantado: viagens na Transilvânia, de William Blacker sai pela Âyiné; tradução de Erika Nogueira Vieira. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um belo e comovente retrato de uma das ativistas mais brilhantes do século XX, que inspirou gerações de mulheres negras a trilhar o caminho da liberdade e da militância.
 
Cada vez mais lida, pesquisada e homenageada, Lélia Gonzalez tem se consolidado como uma referência fundamental no pensamento social brasileiro e na tradição radical negra. Diante da grandiosidade de seus feitos, é difícil não se perguntar, considerando as tantas Lélias que ficaram pelo caminho num país que lhes reservou, como dizia, a lata de lixo da sociedade brasileira: como ela conseguiu? Em Lélia Gonzalez: um retrato, Sueli Carneiro traça um perfil biográfico que parece contar a história de muitas mulheres negras no Brasil. Filha da classe trabalhadora em Belo Horizonte, com apoio de uma família italiana que subsidiou seu estudo na infância e um irmão que fez sucesso como jogador no Flamengo, viabilizando sua mudança para o Rio de Janeiro, a trajetória de Lélia revela como na vida de pessoas negras pobres não basta o esforço, pois há sempre algo de extraordinário que precisa acontecer num país tão brutalmente desigual. Não à toa, o engajamento de Lélia no movimento negro e feminista traduz um anseio por transformação social pautada na garantia de direitos à população negra, conferindo contornos coletivos e políticos a sua experiência ao contá-la em público. Assim, esta obra é um convite para conhecer uma Lélia que, como canta Milton, é uma força que nos alerta e não tinha dúvidas de que merecia viver e amar como qualquer outra pessoa no planeta. A edição inclui uma carta inédita de Lélia Gonzalez escrita aos 18 anos e um epílogo sobre a atualidade de seu pensamento. Publicação da Zahar. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma biografia reveladora do escritor e ativista que inspira até hoje a luta por justiça social e racial.
 
A vida de Frantz Fanon se lê como um verdadeiro thriller da descolonização. É também o testemunho essencial das convulsões políticas e intelectuais do século XX, cujas consequências chegam até nós. Após combater na Europa e no Norte da África durante a Segunda Guerra, e tendo estudado medicina na França, Fanon, um jovem psiquiatra carismático e talentoso vindo da Martinica, publica Pele negra, máscaras brancas com apenas vinte e sete anos: uma obra profética que com o tempo se tornará um clássico incontornável do pensamento antirracista. Num texto que preza pela clareza e erudição exemplares, A clínica rebelde é a melhor e mais profunda apresentação da vida e obra de Frantz Fanon. Traçando com minúcia o extraordinário destino de seu personagem, o autor mostra por que o revolucionário negro é cada vez mais importante nos dias de hoje. Fanon teve uma vida dedicada ao pensamento e à ação. Contraditória, como mostra Adam Shatz, mas cada vez mais essencial. A clínica rebelde: uma biografia de Frantz Fanon sai pela editora Todavia; tradução de Érika Nogueira Vieira. Você pode comprar o livro aqui.
 
Inédito em português, Mitologia dos índios Chulupi é fruto de um trabalho de campo realizado por Pierre Clastres no Chaco paraguaio em 1966, durante o qual recolheu um precioso conjunto de 73 mitos.
 
Quando faleceu precocemente, em 1977, o autor já havia dado uma das mais relevantes contribuições à antropologia, deixando artigos a serem reunidos e investigações por desenvolver. Este livro, que permaneceu inacabado, ganhou forma graças a Hélène Clastres e Michel Cartry, que buscaram organizar essa mitologia de forma peculiar, “deixando a elaboração nascer da própria matéria”, como o próprio Clastres o teria feito. Além dos mitos, a obra reúne uma descrição geográfica do Gran Chaco, de inegável valor documental e literário, documentos etnográficos produzidos em campo, narrativas de guerra dos Chulupi e uma belíssima homenagem a Alfred Métraux, pioneiro da moderna antropologia ameríndia. O volume inclui ainda um posfácio de Beatriz Perrone-Moisés, escrito especialmente para esta edição. Os Chulupi — ou Nivaclé (os humanos), como se denominam —, formam hoje uma população com cerca de 14 mil pessoas, vivendo entre o Paraguai e a Argentina na mesma geografia de rudes contrastes climáticos em que Clastres a encontrou, onde a sobrevivência depende de uma profunda interação com o mundo natural. Essa sociedade marcada por um ethos guerreiro é aqui retratada numa profusão de histórias, por vezes bem-humoradas e quase sempre protagonizadas por animais, revelando a um só tempo seu modo de se relacionar com o cosmos e de se imaginar dentro dele. Tradução de Ian Packer; publicação da Editora 34. Você pode comprar o livro aqui
 
Divisor de águas e controverso desde sua publicação original, em 1859, A origem das espécies questionou pressupostos religiosos e propôs uma nova visão da história da humanidade.
 
Poucos livros tiveram tanto impacto quanto A origem das espécies, do naturalista Charles Darwin. Ainda que se trate de um complexo tratado científico sobre como espécies evoluem para diferentes formas a partir de uma ascendência comum, o cientista tinha o público geral em mente quando publicou este trabalho seminal, o que se percebe pelo texto de tom literário, com influência da estética vitoriana. A obra segue despertando paixões e reações violentas, prova da força da teoria que é fruto de observações minuciosas e revela um profundo maravilhamento com o mundo natural. Esta edição optou por usar o texto da primeira publicação com dois acréscimos. O primeiro é um glossário de termos científicos preparado por William Dallas, que Darwin incluiu na sexta edição para ajudar os leitores leigos. O segundo é um esboço histórico, escrito por Darwin, das ideias sobre a origem das espécies, desde Aristóteles até o século XIX. O texto mostra que outros antes dele e de Wallace tinham prenunciado a seleção natural. Com tradução de Rogério W. Galindo, a publicação é da Penguin/ Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.

 
RAPIDINHAS
 
Livros por vir. Os leitores brasileiros já podem colocar nas suas listas de leitura para o próximo ano Morramos ao menos no porto. Este é o título que recebeu o Prêmio José Saramago e como tem sido nos últimos reconhecimentos, a obra é publicada neste lado do Atlântico pela Biblioteca Azul, selo do grupo Globo Livros.
 
Resgate. A Martelo Casa Editorial entrega no próximo mês de dezembro uma caixa reunindo três livros com a poesia completa de Maria do Carmo Ferreira. Poesia reunida é organizada por Fabrício Marques e Silvana Guimarães e traz 231 poemas da poeta mineira.
 
PRÊMIO LITERÁRIO
 
Prêmio José Saramago 2024.
 
Como antecipado na seção anterior, o português nascido em Coimbra Francisco Mota Saraiva foi o galardoado deste ano com o prêmio criado em 1999 para homenagear o escritor Prêmio Nobel de Literatura e reconhecer romancistas em início de carreira; desde há alguns anos, o reconhecimento tem se intercalado entre portugueses e brasileiros. No biênio anterior, por exemplo, o premiado foi Dor fantasma, do brasileiro Rafael Gallo.
 
Prêmio Jabuti 2024.
 
O júri decidiu premiar na categoria Romance outra vez Itamar Vieira Júnior — por Salvar o fogo (Todavia); na Poesia, Ricardo Domeneck com Cabeça de galinha no chão de cimento (Editora 34). Mais o grande reconhecimento foi para Rosa Freire d’Aguiar com Sempre Paris: crônica de uma cidade, seus escritores e artistas (Companhia das Letras).
 
DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. Livro de erros, de Maria Lúcia Dal Farra (Iluminuras, 148p.) Entre as vozes que constituem a tessitura de uma voz singular para a poesia brasileira — Lezama Lima, Eugénio de Andrade, Herberto Helder, Florbela Espanca, Fernando Pessoa entre outros — a poeta desenvolve-se entre a razão e a emoção percorrendo remissões diversas e observando o mundo entre pontos os mais variados. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Impunidade, de H. G. Cancela (Editora Circuito, 190p.) Entre Dostoiévski e Thomas Bernhard, o mundo desenvolvido neste romance é turvo e nele um homem tateia entre sua própria natureza, os instintos e suas ações. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Olive Kitteridge, de Elizabeth Strout (Trad. Sara Grünhagen, Companhia das Letras, 336p.) A passagem da maturidade à velhice de uma professora de matemática aposentada desprovida de qualquer sentimentalismo na busca pelo justo entendimento de si e dos outros. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
Nesta publicação em nossa página no Tumblr, você encontrará quatro iluminuras com quatro poemas de Ariano Suassuna.
 
BAÚ DE LETRAS
 
Ainda na sequência das notícias da publicação da poesia reunida de importante nomes da poesia brasileira, recordamos Maria Lúcia Alvim. Não uma resenha da sua Poesia reunida, mas um breve perfil da poeta mineira.  
 
DUAS PALAVRINHAS
 
Nossas vidas nunca são obscuras ou tão de nossa exclusiva propriedade quanto desejaríamos. E é um erro julgar que ninguém se ocupa de nós pelo simples fato de nos contentarmos em viver nossa vida, deixando em paz a dos outros.

— Em A história do amor de Fernando e Isaura, de Ariano Suassuna.

...
CLIQUE AQUI E SAIBA COMO COLABORAR COM A MANUTENÇÃO DESTE ESPAÇO
Siga o Letras no FacebookTwitterTumblrInstagramFlipboard
Quer receber nossas publicações diárias em primeira mão? Vem para o nosso grupo no Telegram

* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas.
 
 

Comentários

AS MAIS LIDAS DA SEMANA

A poesia de Antonio Cicero

Boletim Letras 360º #610

Boletim Letras 360º #601

Seis poemas de Rabindranath Tagore

Mortes de intelectual

16 + 2 romances de formação que devemos ler