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Mario Vargas Llosa. Foto: Gianfranco Tripodo. |
LANÇAMENTOS
O último romance do Prêmio
Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa chega aos leitores brasileiros.
A jornada de um homem que sonhou
com um país unido pela música e enlouqueceu na tentativa de escrever o livro
perfeito. O último romance do Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa.
Toño Azpilcueta vive pela música tradicional
peruana, e é, sem sombra de dúvida, a maior autoridade sobre o assunto no país.
No entanto, em vez de desfrutar da merecida notoriedade entre a
intelectualidade de Lima, ele utiliza seu vasto conhecimento escrevendo para
revistas de pouca expressão. Uma noite, é convidado a uma soirée para conhecer
um guitarrista de quem nunca ouvira falar. Seu nome é Lalo Molfino, e, assim
que os primeiros acordes ressoam, o estudioso percebe que está diante de um
talento impressionante. Ele prevê uma carreira de sucesso para o jovem músico,
mas não muito tempo depois descobre que Lalo morreu na pobreza, em completo
anonimato. Como poderia o maior guitarrista na história do Peru ter um fim tão
desolador? Quem era, afinal, Lalo Molfino, e por que ninguém parece se lembrar
de seu nome ou de sua música? Toño embarca então em uma jornada ao coração do
país, determinado a escrever um livro sobre Molfino. Arrebatado pela tese de
que a música que surgiu nas ruas mais pobres de Lima realizou o milagre de
unir, pela primeira vez, todos os peruanos sob o mesmo céu, mergulha numa obra
que aos poucos ganha dimensões épicas ― e talvez delirantes. Ao intercalar os
escritos fervorosos de Toño sobre Molfino à sua trajetória inquieta, Vargas
Llosa constrói uma narrativa cômica e cativante, profundamente humana, sobre um
sonhador confrontado com seus moinhos de vento.
Dedico a você meu silêncio
é publicado pela Alfaguara; tradução de Paulina Wacht e Ari Roitman.
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Mais um romance de Flannery O’Connor
ganha nova tradução e edição no Brasil.
Francis Marion Tarwater foi criado
desde pequeno por seu tio-avô Mason, um fanático religioso que vive isolado na
região rural de Powderhead. Convencido de ser um profeta, Mason sequestrou
Francis de seu sobrinho Rayber, um professor primário que vive segundo a razão
e a ciência. Aos quatorze anos, após a morte de Mason, Francis renega seus
ensinamentos e tenta escapar do destino profético que lhe foi imposto. Retorna
à casa de Rayber com uma missão: batizar a qualquer custo Bishop, filho do
professor, que, segundo Mason, nasceu “tapado” por graça divina.
Os
violentos o arrebatam, segundo e último romance de Flannery O’Connor, é
considerado sua obra-prima e a síntese de suas visões literárias, teológicas e
psicológicas. Recorre a autora à violência e ao grotesco para mostrar a
distância entre a misericórdia divina e a maneira com que a modernidade a
encara, pois a vontade de Deus prevalece de maneiras inesperadas e muitas vezes
desconcertantes, e seus instrumentos podem ser precisamente aqueles pelos quais
nada daríamos. Este é o terceiro livro da escritora estadunidense publicado
pela editora Sétimo Selo; tradução de Priscila Catão.
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Edição revista e ampliada com
as entrevistas feitas por Clarice Lispector.
Múltipla e sempre surpreendente,
Clarice Lispector desenvolveu intensa atividade como jornalista, em paralelo à
sua produção literária de romances, contos, crônicas e livros infantis.
Polifônica e versátil, Clarice soube fazer com que algumas das mais importantes
personalidades do cenário nacional — e algumas estrangeiras — abrissem seus
corações e mentes em entrevistas reveladoras. Escritores, músicos, dramaturgos,
artistas de teatro, do cinema e da TV, cientistas, professores, políticos,
atletas, sambistas, jogadores de futebol e até mesmo duas primeiras-damas estão
retratados nesta coletânea que apresenta 83 conversas francas com Clarice, 35
delas inéditas em livro. Organizado pela renomada especialista na obra de
Clarice Lispector, a professora Claire Williams, da Universidade de Oxford,
Clarice Lispector entrevista oferece uma nova e reveladora perspectiva sobre
figuras emblemáticas do Brasil moderno, enquanto traz à tona nuances da própria
Clarice que permaneciam pouco exploradas em seus escritos. Publicação da
editora Rocco.
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O primeiro volume da Trilogia O
Litoral do Mundo da escritora portuguesa Maria Gabriela Llansol.
Causa amante narra um
encontro para o impossível entre Ana de Peñalosa e San Juan de La Cruz. Escrito
em 1980 e publicado pela primeira vez em 1984, o livro projeta a ideia do
nascimento de Ana e o convívio com uma literatura coberta de neve, nem diário
nem natureza vã, mas uma transparência política para a composição severa de uma
comunidade inoperosa. Maria Gabriela Llansol, como imaginava fazer em cada um
de seus livros, escreve a impossibilidade de escrever ou, sobremaneira, mais
radicalmente, a impossibilidade da escritura: Ana nasce entre a música e a
caminhada que vem, a geografia imaterial da cidade de Lisboa e a condição
feminina em meio ao poder sempre legado ao ser masculino, imperativo, adoecido
e dedicado à vilania. A conversa de Ana de Peñalosa com San Juan gira em torno
também das violências da Inquisição e da condição das mulheres na história.
Causa
amante engendra as circunstâncias dessas mulheres de força que tanto
interessaram a Llansol, como as beguinas, béguinages, com uma oscilação
emprenhada à vida do que nomeia como mulheres-seres: “Há pessoas, sobretudo
mulheres, que passam, de mão em mão, A Proclamação de Lisboa, escrita num papel
que foi liso, mas está agora engelhado, ou dobrado. Quando saio vejo o rio, e
não Alisubbo que procurava; quase me esqueci do que vim realmente fazer, e
disponho-me a dizer-vos sem hipocrisia que às vezes me esqueço de que ides ser
condenado, que vos puseram a ferros, e que a complexidade da justiça, e da
injustiça, ultrapassa o poder de manter vigilante minha consciência, que já
está dispersa.” A literatura de Llansol é, o tempo todo, uma imensa abertura
aos excluídos pelo poder, logo, pela história. Recuperar o sentido dos e das
fora-da-lei que existiram e morreram sem abjurar, condenadas e condenados por
quem continuamente domina. Causa amante se desenha entre passos e movimentos,
uma caminhada silenciosa e diferida do texto, porém revolta, para tocar “as
vítimas tão correntes”, “as vítimas têm correntes”. (Manoel Ricardo de Lima) Publicação
da editora 7Letras.
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Um mundo medieval em franca
decadência, anunciando o frescor de uma nova era. Traduzida pela primeira vez
no Brasil, a parte final da saga dos mosqueteiros Aramis, D'Artagnan, Porthos e
Athos apresenta um novo companheiro de aventuras.
Trinta anos se passaram na vida de
D'Artagnan, Aramis, Porthos e Athos, o quarteto mais famoso da literatura
ocidental, desde os eventos ocorridos em
Os três mosqueteiros. Com os
protagonistas mais maduros e, ao mesmo tempo, cada vez mais melancólicos e
nostálgicos numa sociedade em que os valores medievais estão em declínio com a
ascensão da lógica burguesa, o primeiro volume de
O visconde de Bragelonne
traz um ar novo com a entrada do jovem Raoul, filho bastardo de Athos. Na
despedida de uma das sagas mais longevas e memoráveis de todos os tempos, novos
conflitos, reviravoltas, anseios e disputas entram em cena. Como o envolvimento
do visconde com Louise de La Vallière, sobretudo numa época em que o destino
das nações está em jogo, mas cujos rumos são tantas vezes decididos a partir de
intrigas, fofocas, rixas e conchavos, ironizados por Alexandre Dumas. Com
tradução, apresentação e notas de Jorge Bastos, este é o fim de uma saga que
nunca verdadeiramente acabou, cujo lema “Um por todos, todos por um” permanece
vivo na cultura ocidental. Publicação da Zahar.
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Ainda de Portugal. Chega ao
Brasil um novo livro de Joana Bértholo.
Em Lisboa, uma escritora se
reencontra com o homem com quem teve um romance em Buenos Aires, após dez anos
idealizando este momento. Nesses dias que passam juntos, ela tenta reescrever
suas lembranças com ele numa espécie de topografia íntima, revisitando Berlim,
Marselha, Beirute. O resultado é um livro sobre amor, complexidade da memória e
todas as histórias que nunca nasceram.
A história de Roma, livro com o
qual Joana Bértholo recebeu o Prêmio Eça de Queiroz, ganha edição pela
Dublinense.
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A Martins Fontes inicia uma coleção com livros interessados em pensar a atividade da escrita. Os dois primeiros títulos já estão disponíveis.
1. Entre o plágio e a criação, a expropriação e a reescrita de textos existentes, a escrita do século XXI deixou de ser o espaço da introspecção autoral para se converter numa experiência comunitária.
Os mortos indóceis, de Cristina Rivera Garza, é uma provocativa reflexão a favor da literatura como atividade solidária a partir de uma experimentação que não exclui os meios da atualidade, como oficinas,
slams e a internet. Tradução de Joca Reiners Terron.
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2. Dedicado, entre outros problemas, à linguagem, à construção de personagens, aos segredos do conto, à crônica, ao monólogo interior ou ao humor, o livro de Liliana Villanueva investiga o mistério da literatura ao seguir o ditado de uma voz, que é a voz da professora, e os passos da autora e ex-aluna. As aulas de Hebe Uhart é um livro pleno, feliz, que ajudará quem se proponha a escrever ficção, mas que além disso mostra, generoso, o mundo criativo e reflexivo de Hebe Uhart, uma das mestras mais admiradas da literatura argentina. As aulas de Hebe Uhart sai com tradução de Diogo Cardoso. Você pode comprar o livro aqui.
Paloma Vidal e as experiências literárias
de descoberta do mundo pelas crianças.
Estes
Lugares onde eu não estou
trazem uma experiência literária plural: misto de crônica e diário, poesia e
prosa, formam uma espécie de relato de viagem, com textos escritos na distração
do instante, postados originalmente em blog no meio dos afazeres cotidianos. As
quatro primeiras partes foram publicadas originalmente em livros separados —
Durante
e
Dois em 2015;
Wyoming e
Menini em 2018 — e estão reunidas
agora como seções junto a
Dublês e
Arranjos, num recorte de tempo
que vai desde 2010 até 2017. A descoberta do mundo pelas crianças, as dúvidas e
sonhos, o vivido e o imaginado, o visto e ouvido, tudo ganha um outro olhar
nesses relatos ora profundos, ora singelos, que revelam uma inquietante familiaridade.
É assim, quase sem querer, que Paloma Vidal segue, com talento e invenção, o
fio de uma obra mais ampla — que não se fecha aqui, ao contrário: abre caminhos
e espaços para novas descobertas, mais que literárias. Publicação da editora
7Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
O novo livro de Miguel Sanches
Neto.
O jovem busca o pai em uma velha
máquina de escrever, igual a que o pai usava para datilografar o fabuloso livro
nunca escrito, após um mítico elogio de Gabriel García Márquez. A mulher que
criou os filhos sozinha, depois do marido deixá-la para tentar sua felicidade,
faz uma viagem à sua cidade natal, Peabiru, e outra a Madrid, buscando-se de
dentro e de fora. As inquietações sexuais de um casal já sem a exuberância da
juventude, tendo a juventude como uma sombra mal resolvida. Não há passado sem
erros, nem futuro com remissões. De onde vem a insônia é composto de seis
contos longos, ou pequenas novelas, a depender da classificação que se queira
fazer. Se insônias são muitas e tantas, assim como há noites escuras e claras,
elas têm em comum a negação à paz do sono e um estado de permanente vigília.
Uma vigília forçada, pena imposta por certa turbulência na alma. É pela alma
humana que todo grande escritor se interessa, tentando decupá-la, decifrar o
indecifrável, entender o que não se explica. O premiado escritor Miguel Sanches
Neto maneja com maestria cada história narrada, bem como as histórias não
narradas que se entremeiam compondo por vezes visões sólidas, por vezes
miragens. E nas camadas cada vez mais profundas dos contos está a tal da alma
humana, fugidia, insone, irrequieta, na esperança de que haja, enfim, uma boa
noite de sono.
De onde vem a insônia é publicado pela editora Grua.
Você pode comprar o livro aqui.
A editora Moinhos amplia a
presença da obra de Dolores Reyes entre os leitores brasileiros.
Em
Miséria, a nova novela
de Dolores Reyes, a protagonista, conhecida da obra anterior,
Cometerra,
abandona seu velho bairro decidida a não usar mais o dom de localizar
desaparecidos, um poder que se revelou doloroso demais após testemunhar a
brutalidade do mundo ao seu redor. Agora, vivendo com seu irmão Walter e a
namorada dele, Miséria, que está grávida, a jovem enfrenta uma nova realidade
em meio a uma cidade marcada pela violência e pela ausência. À medida que os
cartazes de desaparecidos se multiplicam, duas vozes se entrelaçam para narrar
essa história: a de
Cometerra, sombria e desesperançada, e a de
Miséria,
que traz uma leveza inocente. Esta dualidade oferece uma perspectiva profunda
sobre as violências que afligem as mulheres, abordando temas como o medo da
maternidade e a solidariedade entre elas. Com um estilo direto e capítulos
curtos, Reyes constrói uma narrativa que não apressa, mas envolve.
Miséria
revela a força da sororidade e a união entre mulheres que se apoiam em busca de
seus entes queridos, desafiando a ideia de rivalidade. Assim, a autora
transforma a dor em esperança, mostrando que, mesmo em tempos sombrios, a luz
da coletividade pode prevalecer. Uma obra essencial que ressoa com a realidade
contemporânea. Publicação da editora Moinhos; tradução de Silvia Massimini
Felix.
Você pode comprar o livro aqui.
Uma obra que nos lembra dos
medos, encantos e sonhos que moldaram quem somos. Provocativo e delicado, o
livro convida o leitor a revisitar suas próprias memórias.
Com seu olhar lúdico e inventivo,
toda criança é como um cientista do imponderável que olha para um globo
terrestre e não vê uma representação, mas o próprio mundo e, eis a maior
surpresa, uma bola de futebol. Joana está nesse espaço da exploração — revira o
jardim da casa da avó, transforma-se em palhaço, estranha criatura, desmonta
caixas de música para salvar bailarinas, teme o vapor dourado da capelinha,
perde-se à deriva no mar, imagina o terror de transmigrar de corpo, escreve
para uma amiga imaginária do século passado e divide-se internamente em várias
Joanas. Mariana Ianelli constrói em
A infância de Joana retratos e cenas
da infância dessa menina que vive, com todo o corpo, os movimentos intensos
dessa fase da vida, que combina imaginação e coragem, inocência e audácia, medo
e força. Publicado pela editora Maralto.
Você pode comprar o livro aqui.
REEDIÇÕES
Nova edição de uma das
principais obras de Ismail Kadaré e que serviu de argumento para o aclamado
filme de Walter Salles.
É o mês de abril de algum ano da
década de 1930. O cenário são os montes Malditos do norte da Albânia. Ali o
século XX se manifesta apenas pela passagem esporádica de um avião. Sob os
cumes nevados há um reino de bruma, um universo medieval que deita raízes em
tempos homéricos. O que rege a vida dos moradores é o Kanun, um conjunto de
leis não escritas cujo valor supremo é a honra. Em nome dela, famílias inteiras
passam gerações a se matar — a “recuperar o sangue” em rituais infindáveis de
vingança. O código é implacável: determina quem matará e quem será morto e em
quais condições. Em Abril despedaçado, à sombra dessa verdadeira “Constituição
da morte”, Ismail Kadaré recorta a silhueta trágica de suas personagens e as
acompanha até a fronteira da loucura. Publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
RAPIDINHAS
Han Kang por vir 1. Raramente
acontece e esta foi uma vez: a presença considerável de obras em nosso idioma
de um ganhador do Prêmio Nobel de Literatura. A Todavia, casa que publicou três
livros da escritora sul-coreana galardoada em 2024 prepara para o ano seguinte
a publicação de
Não se despede (título provisório).
Han Kang por vir 2. O romance
conta a história de uma jovem que recebe de uma amiga hospitalizada a
incumbência de socorrer seu pássaro de estima e ao chegar à casa, descobre
arquivos de um dos maiores massacres ocorridos na Coreia, quando cerca de 30
mil civis foram mortos no final da década de 1940.
Han Kang por vir 3. Outro título
que deve sair por aqui é
Aula de grego; o livro foi traduzido direto do
coreano no doutorado de Ji Yun Kim, professora do curso de língua coreana da
Universidade de São Paulo, mas ainda não encontrou casa editorial. Quem sabe se
a Todavia não aproveita a vez?
João do Rio na Argentina. A
editora Papéis Selvagens, por ocasião do marco celebratório da obra do
jornalista carioca na Festa Literária Internacional de Paraty, publicou
Viagem
a Buenos Aires. Dez crônicas inéditas. Organizada pela pesquisadora
argentina Lucía González, a edição reúne textos resultados da primeira e única
viagem do autor ao país vizinho.
PRÊMIO LITERÁRIO
Han Kang, Prêmio Nobel de
Literatura 2024.
Han Kang nasceu no dia 27 de
novembro de 1970, em Gwangju. Quando ainda criança, a família se mudou para
Seul, onde Kang repetiu os passos do pai, o também escritor Han Seung-wong.
Estudou literatura coreana na Universidade Yonsei e passou a trabalhar para
jornais e revistas, desde então. É da mesma época a publicação de seus
primeiros trabalhos literários, basicamente poemas e contos, que saíram em
periódicos sul-coreanos. Um marco na sua obra foi a publicação, em 2007, de
A
vegetariana, romance com o qual recebeu o Man Booker Prize. Além deste
romance, publicou os títulos, já disponíveis no Brasil:
O livro branco e
Atos humanos. A Academia Sueca atribuiu o Prêmio Nobel por sua “intensa
prosa poética que enfrenta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida
humana”.
DICAS DE LEITURA
Na aquisição de qualquer um dos
livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a
manter o Letras.
1.
As mulheres de Tijucopapo,
de Marilene Felinto (Ubu, 240p.) Situado entre a ficção e o relato pessoal e valendo-se
do discurso poético este romance é uma investigação em dois tempos acerca da
descoberta de si e sua relação com o coletivo através da materialidade da
história.
Você pode comprar o livro aqui.
2.
125 contos de Guy de
Maupassant (Trad. Amilcar Bettega, Companhia das Letras, 824p.) Dos livros
necessários para saborear conto a conto entre uma leitura e outra, esta coletânea
reúne a amostra da narrativa curta desenvolvida por um dos mestres da arte de
contar. A prosa fina e autêntica perscruta circunstâncias da aristocracia à
baixa burguesia, passando pelo proletariado francês.
Você pode comprar o livro aqui.
3.
Declínio de um homem, de
Osamu Dazai (Trad. Ricardo Machado, Estação Liberdade, 152p.) Estruturado em
três cadernos, o romance acompanha Yozo, um jovem estudante do interior às
voltas para sobreviver em Tóquio.
Você pode comprar o livro aqui.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
Na edição passada do Boletim
Letras 360º apontamos a publicação de uma edição especial para um dos principais
romances de João Ubaldo Ribeiro.
Neste recorte acrescentado ao arquivo do
Letras
no Instagram, o escritor baiano explica algo a respeito de
Viva o povo
brasileiro, o livro em questão. É uma passagem do programa
Vox Populi,
da TV Cultura, gravado em 1985, alguns meses depois da primeira edição da célebre obra que alcança agora 40 anos da sua primeira edição. Caso se interesse pela
entrevista completa, está
disponível no YouTube.
BAÚ DE LETRAS
Em novembro de 2023, traduzimos
este texto que comenta o último romance de Mario Vargas Llosa que chega agora
aos leitores brasileiros.
Os leitores brasileiros têm à
disposição três livros de Han Kang, agraciada com o Nobel de Literatura em
2024. Um deles — e também o mais conhecido — foi comentado por Sergio Linard
neste texto que agora recordamos.
DUAS PALAVRINHAS
Uma pessoa pode carregar muitos
livros. É como carregar pessoas consigo, é como estar junto dos autores. Minha
experiência me levou a fluir pelo mundo junto com os livros.
— Han Kang
...
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