Boletim Letras 360º #600

DO EDITOR
 
Caro leitor, esta a vez seiscentas que se publica uma edição deste Boletim. Criada depois que as redes sociais passaram à regulação dos algoritmos, modelo como se sabe, que limita a visibilidade dos conteúdos postados, de repositório, esta entrada semanal passou a agregar outras seções que, espero, tenham ajudado com informação e com boas leituras.
 
E, por falar das redes sociais, a suspensão do Twitter pela justiça brasileira obrigou aos nômades virtuais encontrarem outra rede e nesses dias duas possibilidades se abriram com a Threads e a Bluesky. Apesar de chegar a essas duas regiões da web, o Letras ainda engatinha, mas, se o leitor acompanhava este blog na social bloqueada (ou não), eis o convite para os novos vínculos — você será sempre muito bem-vindo.
 
Obrigado pela companhia e a audiência que faz esta postagem ser a primeira em acessos no blog! E, claro, não deixe de ler, sempre que possível, nossas entradas diárias.



 
LANÇAMENTOS
 
Pela primeira vez no Brasil, a poesia completa, até agora, da poeta portuguesa Adília Lopes.
 
Dobra reúne todos os livros de poesia de uma das mais celebradas poetas contemporâneas de Portugal, tanto pelos leitores como pela crítica literária. A edição ampliada que chega aos leitores brasileiros pela Assírio & Alvim Brasil inclui os livros que apareceram até 2023 e o mais recente trabalho da autora, ainda inédito em Portugal, Choupos, finalista do Prêmio Oceanos. Você pode comprar o livro aqui.
 
Já é possível ler em português o romance de estreia de Mihail Sebastian.
 
Mulheres (1933) é sua segunda obra publicada, após a novela curta Fragmentos de um diário encontrado (1932). A história acontece em quatro partes, sutilmente articuladas pelas memórias que flutuam entre elas. O livro acompanha a vida de Ștefan Valeriu, desde a juventude em um resort nos Alpes até a vida adulta já estabelecida entre Paris e Bucareste. Na contramão do ideal romântico e burguês do amor, Mulheres explora temas como o vazio, as contradições e os desencontros que caracterizam o sentimento amoroso e, mais amplamente, as relações humanas. Renée, Marthe, Odette, Emilie, Maria e Arabela não são apenas os nomes das mulheres com quem o protagonista se relaciona: elas também simbolizam retratos da Europa entre guerras. E, em última análise, “fazem e definem” Valeriu, na medida em que ele, talvez, não tenha contornos próprios definidos. Ou, ao menos, eles não nos são revelados. Mulheres é, enfim, um hino ao amor em todas as suas formas — muitas vezes imprudentes, outras gloriosas e sobretudo efêmeras. O livro sai pela editora Hedra com tradução de Fernando Klabin. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma antologia reúne boa seleção de um dos poetas mais importantes dos Estados Unidos.
 
Hart Crane foi até o momento publicado apenas de forma esparsa no Brasil, mas acaba de ganhar uma edição inteiramente dedicada a textos de sua autoria. Transmembramento da canção: poemas e ensaios escolhidos, uma antologia de traduções feitas por Anderson Lucarezi, sai pelo Selo Cobalto, que, criado e dirigido por Vanderley Mendonça, já publicou outros escritores emblemáticos da poesia estadunidense, como Walt Whitman e Ezra Pound. Nascido no estado de Ohio no ano de 1899, Crane lançou dois livros em vida — White Buildings (1926), e The Bridge (1930) — e deixou um projeto inconcluso ao morrer saltando, em 1932, de um navio no Golfo do México. Sua poética baseia-se no trabalho meticuloso com as imagens, frequentemente densas, que permeiam seus poemas. Entre os temas explorados em sua obra encontra-se um que vem ganhando destaque nas produções artísticas das últimas décadas: o da homossexualidade. Seus textos motivaram estudos críticos e produções artísticas de nomes como Harold Bloom, Allen Ginsberg, Jasper Johns, Robert Creeley, James Franco, entre muitos outros.
 
A chegada aos leitores brasileiros da obra do escritor argentino Saúl Sosnowski.
 
Como pensar o pertencimento, isto é, nosso modo de estar no mundo, quando uma história familiar de migração perturba a relação com o lugar em que nascemos? Que passado nos pertence quando a cartografia das origens se dispersa? Que língua nos expressa quando as vozes do entorno se diversificam? Que cultura nos identifica quando as tradições se tornam plurais e persistem alheias ao território? Sem pretender respostas definitivas, em O país que agora chamavam de seu, o escritor argentino Saúl Sosnowski indaga sobre a singularidade dessa experiência. Com uma escrita aprazível, de ritmo pausado e emoção contida, o romance — que deixa transparecer um viés autobiográfico — acompanha o processo pelo qual o personagem principal tenta reconstruir uma memória familiar disgregada pelas escolhas individuais de migração, mas também e sobretudo pelas guerras e os conflitos políticos que, no século XX, desviaram os destinos dos sujeitos e dos povos. Adensada pela diáspora ancestral do povo judeu, essa memória familiar um tanto esquiva só pode vislumbrar-se de forma fragmentária nos discretos relatos dos que migraram da Europa para América Latina ou algum outro destino, na peculiar economia que marca o uso quotidiano de mais de uma língua (idish, hebraico, espanhol ou polonês), na persistência de rituais domésticos e comunitários que singularizam uma cultura ou, ainda, na sobrevida de alguns poucos objetos que resistiram aos deslocamentos e as perdas. Trata-se, portanto, de uma memória familiar dispersa que, embora não impeça a continuidade da vida no novo território, persiste como resto nas sucessivas gerações e insiste em marcar, como diz Jean-Luc Nancy, que o estrangeiro é aquele que não cessa de chegar. Sabemos que o deslocamento, sob qualquer uma de suas figuras (viagem, exílio, diáspora, nomadismo etc.), alimentou o imaginário da literatura ao longo dos tempos, no entanto, é possível afirmar que a experiência histórica do século XX, marcada pela violência das guerras e as intolerâncias de diferente ordem, demandou das escrituras ligadas ao trânsito uma indagação ética sobre a relação com o outro que trabalhasse em favor da coexistência plural das culturas. A essa linhagem literária filia-se esse último romance de Sosnowski que, embora no seu gesto memorialístico permita suspeitar dos vínculos com a vida do autor, não deixa de se abrir à especulação ficcional acerca de um mundo que, não necessariamente sem tensões, coloque em valor as experiências fundadas no contraponto cultural. (Ana Cecilia Olmos) Com tradução de Maria Paula Gurgel Ribeiro, o livro é publicado pela editora Iluminuras. Você pode comprar o livro aqui.
 
As crônicas de José Luís Peixoto ganham edição, pela primeira vez, no Brasil.
 
Em Abraço, o escritor português apresenta 162 crônicas que revisitam seu passado, explorando suas experiências da infância e juventude, seus primeiros amores, suas amizades e paixões literárias. Através dessas memórias, o autor, vencedor dos prêmios José Saramago (2001) e Oceanos (2016), revela os elementos essenciais que moldaram sua trajetória e que o firmaram como uma das vozes mais originais da literatura contemporânea em língua portuguesa. Publicado originalmente em 2011, Abraço é um mergulho profundo de José Luís Peixoto em suas paixões, seus afetos e em uma infinidade de sensações que remetem ao seu passado em Portugal. A obra se comporta como um “armazém de memórias e emoções”, em que o autor escreve de forma comovente sobre, por exemplo, a experiência de ser filho e pai, mas também resgata os primeiros amores, amizades e personagens de sua infância. Ao ler esses textos embebidos de lirismo, somos convidados a acompanhar o menino do Alentejo enquanto ele descobre o mundo, a literatura, o ativismo, a anarquia, o punk rock, o sexo, mas também a maldade humana, o preconceito e a injustiça. Na última parte do livro, Peixoto esgarça os limites entre ficção e realidade ao escrever sobre seus interesses pela literatura e por autores como James Joyce, Clarice Lispector e o conterrâneo José Saramago. Publicação da editora Record. Você pode comprar o livro aqui.
 
O retorno de Natalia Borges Polesso aos contos, gênero que a consagrou no meio literário com Amora, investiga, com destreza e sensibilidade, indivíduos que buscam viver para além das próprias particularidades.
 
As narrativas curtas reunidas em Condições ideais de navegação para iniciantes exploram personagens que estão descobrindo como existir em um mundo intrigante, mas muitas vezes hostil. Tratando das experiências formadoras de um indivíduo na infância, o cotidiano de pessoas neurodivergentes ou das vivências LGBTQIAPN+ no Brasil contemporâneo, Natalia Borges Polesso tensiona os limites da linguagem para construir tramas que ressoam aos leitores mais fiéis de sua obra, ao mesmo tempo que se arrisca por novos territórios. No conto “Uma boa pessoa”, por exemplo, diante dos vários lapsos da namorada, a personagem Marcela enfrenta a própria imagem de “pessoa boa demais”, definida a ponto de fazê-la ser vista como alguém que não precisa ter seus desejos e limites respeitados. Para isso, ela encara a necessidade de aprender a dizer não e de se impor, mesmo que isso signifique afastar pessoas que sempre estiveram presentes em sua vida. Já ao longo de “Eu não sei o que é o this do que os sweet dreams são feitos”, a autora usa a linguagem neutra para compor uma personagem não-binária em uma delicada investigação sobre sonhos e desejos. Em “A Velha Asna e as lésbicas de motocicleta”, Polesso desconstrói clichês ao explorar a relação entre um grupo de mulheres motociclistas, que demarcaram seu domínio em sua cidade e se aceitam na forma que escolheram viver. O elemento unificador dos textos é a fugidia água — seja em uma geleira, no mar, na tempestade ou até mesmo no chuveiro, criando pequenos universos que envolvem o leitor na prosa única de umas das vozes mais surpreendentes da sua geração. Publicação da Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Sigrid Nunez volta seu olhar para o mais terrível e recente trauma coletivo e elabora, com o humor e a sensibilidade costumeiros, situações e personagens que refletem sobre a vulnerabilidade humana.
 
Os vulneráveis é uma história ambientada em Nova York nos primeiros dias do confinamento em razão da pandemia de covid. A narradora, escritora com idade suficiente para se qualificar como “vulnerável”, concorda em passar o início da quarentena no apartamento da amiga de uma amiga (presa pelo mesmo motivo em outro estado), para cuidar do papagaio Eureca, desamparado desde o sumiço repentino de outro hóspede, um universitário da Geração Z. O jovem retorna sem avisar, e os dois — ou os três, contando com a ave — tornam-se companheiros de casa, não sem antes atravessar certas tensões. A evolução desses relacionamentos, interpessoais e interespécies, torna-se a base sobre a qual a narrativa se desenrola. Ganhadora do National Book Award em 2018 com o romance O amigo, também autora de O que você está enfrentando e Sempre Susan, Nunez volta seu olhar para o mais terrível e recente trauma coletivo e elabora, com o humor e a sensibilidade costumeiros, situações e personagens que refletem sobre a vulnerabilidade humana; a impermanência; a tênue beleza das conexões afetivas; a natureza da memória — ou seja, a vida em sua mais plena essência. Em meio a essa busca por significado despertada pela tragédia, Nunez nos traz uma faísca de esperança: é na literatura que podemos encontrar algum sentido quando o mundo em que habitamos vira de cabeça para baixo. Publicação da editora Instante; a tradução é de Carla Fortino. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um casal entre o impasse da gravidez.
 
“Estou grávida. Não quero levar essa gravidez adiante”, diz Marta para Dani. Juntos há pouco mais de um ano, eles precisam lidar com o conflito entre a decisão dela e o desejo dele, que quer ser pai. Numa narrativa que investiga o mais íntimo das personagens — opondo perspectivas, preconceitos, instintos e visões de liberdade —, mergulhamos nos dilemas e nas consequências de uma escolha que se aproxima, semana a semana, do ponto em que não poderá ser desfeita. Com tradução de Meritxell Hernando Marsal, Doce introdução ao caos sai pela Dublinense. Você pode comprar o livro aqui.
 
Nossos modernistas, correspondentes de Paris.
 
Em 1923, Paris foi palco de uma notável presença de artistas modernistas brasileiros, muitos dos quais haviam participado da Semana de Arte Moderna de 1922. Vicente do Rego Monteiro, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Victor Brecheret e Villa-Lobos destacaram-se em eventos culturais prestigiados. Entre 1923 e 1924, Oswald de Andrade, Sérgio Milliet e Emiliano Di Cavalcanti enviaram crônicas ao Brasil, agora reunidas neste volume, que inclui textos inéditos. Além disso, especialistas de diversas áreas oferecem uma visão abrangente da influência brasileira em Paris, explorando a interação com vanguardistas europeus e a consolidação do modernismo. Organizado por Gênese Andrade, 1923: os modernistas brasileiros sai pela Editora Unesp. Você pode comprar o livro aqui.
 
Homero Portátil pretende ser um guia acessível para quem quer ter seu primeiro contato com as duas famosas epopeias da Grécia Antiga.
 
Organizado e traduzido por André Malta a partir do original grego, o livro reúne quatro cantos da Ilíada e oito da Odisseia, textos que totalizam mais de 27 mil versos e remontam ao século VIII a.C. As doze passagens ilustram as qualidades da poética de Homero. O trabalho de seleção e tradução é complementado pelos ensaios “A Moralidade e os Sentidos da Ilíada e da Odisseia”, que analisa de forma aprofundada o comportamento de deuses e heróis, e o “Dossiê H”, uma bibliografia comentada dividida em sete categorias. A obra conta ainda com um alentado glossário com os principais nomes citados, o resumo detalhado de todas as passagens de cada épico, e a bibliografia comentada. Publicação da Edusp. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Nova edição do livro do escritor Prêmio Nobel de Literatura Hermann Hesse que reúne uma série de textos curtos, poemas e pensamentos sobre o afeto entre parceiros, por si e pela vida.
 
A máxima defendida por Hesse — e que dá título a esta obra e a um dos textos desta coletânea — é o que melhor expressa a compreensão do autor do que é amor. Esse sentimento é uma busca existencial contínua que desemboca no caminho da construção e do aprimoramento da própria identidade, é um estado de inspiração e tem um significado especial, porém nunca de posse. Tudo o que Hesse escreveu sobre o amor está reunido nesta breve antologia: prosa, poesia, pequenos contos, ensaios, aforismos e citações de sua rica correspondência. Esses escritos abordam três variações do tema: o amor adolescente, a experiência do amor maduro e o amor pela humanidade. Ao longo da vida, o autor escreveu textos curtos, poemas e pensamentos sobre o afeto entre parceiros, por si próprio e pela vida, além de dissertar sobre a descoberta do amor e a delicadeza que uma mulher inspira no universo masculino. A espera do primeiro beijo, o encontro às escondidas, o sentimento não correspondido por uma mulher e a imaginação obstinada de um homem doente que se aprisiona a uma paixão à primeira vista são algumas das situações narradas por Hesse. E é com elas que ele cria a composição de amor e felicidade. Em Quem pode amar é feliz, Hesse defende a existência do amor correspondido e do inacessível e mostra que a felicidade depende de quem ama. Tradução de Luiz Montez; publicação da editora Record. Você pode comprar o livro aqui

O sétimo volume da Tragédia Burguesa, de Octavio de Faria. 

Você está numa encruzilhada e tem de escolher. Livre, desassombradamente, tem de escolher. Por mais difícil, por mais penoso que seja, tem de decidir o seu destino, se não quiser chegar de novo àquele impasse sinistro de meses atrás, quando o caminho normal era a morte e a única voz que seus ouvidos ouviam era a do grande Desesperado — que, por desgraça nossa, também é o Senhor do Mundo… A situação não comporta mais paliativos, moderação, bom senso prudente e temeroso. O velho e insaciável inimigo está à espreita. A Padre Luís cabe zelar pela salvação das almas de seu rebanho, mesmo que, como no caso de Reni, haja apenas um fio extinto de esperança. Por mais alto que fosse o preço exigido, tem ele de travar a batalha contra o Senhor do Mundo e arrancar-lhe a presa tão cobiçada, o vaso de eleição do mal, a inequívoca fonte de danação. Como o conseguir, porém? Como libertá-la? No meio da árdua batalha, entretanto, tomado pela cegueira e confusão, cada um deverá reconhecer: a quem está servindo, realmente — a Deus ou ao Senhor do Mundo?!… O senhor do mundo ganha reedição pela editora Sétimo Selo. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
Graciliano Ramos de bolso 1. Depois de Vidas secas, o grupo editorial Record coloca à disposição dois novos títulos do escritor alagoano no formato de bolso. Saem agora outros dois romances, Angústia e S. Bernardo.
 
Graciliano Ramos de bolso 2. As novas edições trazem o selo do Instituto Graciliano Ramos, instituição criada a partir do ano em que a obra do Velho Graça passou ao domínio público. A estratégia visa combater as publicações descuidadas e parte dos recursos obtidos com as vendas dos livros é revertida para a ONG Innocence Project Brasil, organização volta para enfrentar a condenação de inocentes no país.
 
Carambaia para pequenos leitores. A editora inicia uma linha voltada para a literatura infantil. Os dois primeiros títulos anunciados foram Lobo Mau com dor de dente, de Daniel Kondo e Anna Hibiscus, da nigeriana Atinuke, com tradução de Carolina Cândido.
 
DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. Marta, de Medeiros e Albuquerque (Com-Arte, 192p.) Situado na encruzilhada das estéticas literárias do início do século XX, este romance é formado por uma trama de segredos e enganos situada numa sociedade conservadora e preconceituosa e envolvendo Leopoldo Braga depois que descobre ser o pai de uma filha bastarda. Você pode comprar o livro aqui
 
2. A menina do sobrado, de Cyro dos Anjos (Globo, 608p.) Livro integrado à tradição memorialística da literatura brasileira, são dois os trânsitos temporais redivivos pelo narrador: o da infância e adolescência num ainda bucólico interior mineiro; e a juventude na capital ao sabor dos ventos modernistas. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Lord Lyllian: missas negras, de Jacques Fersen (Trad. de Régis Mikail, Ercolano, 296p.) Um jovem dotado de perturbador e estranho charme vê-se envolvido com um polêmico escritor que o arrasta para convívio de aprendizagem e abusos. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
Na semana de estabilizações no Threads foram as vezes de recordar alguns vídeos guardados nos arquivos de preciosidades fisgadas da web: aqui, João Guimarães Rosa discorre sobre o seu Grande sertão: veredas; aqui, as imagens e o depoimento raros de Clarice Lispector para a TVE em 1976; aqui, Carlos Drummond de Andrade diz seu poema “José”, excerto do curta de Fernando Sabino, O fazendeiro do ar

BAÚ DE LETRAS
 
A semana em que se anuncia a chegada do livro com as crônicas de José Luís Peixoto foi também a do aniversário de 50 anos do escritor, celebrados no dia 4 de setembro. Autobiografia, Nenhum olhar, Em teu ventre, Galveias e Morreste-me são alguns dos seus livros já resenhados no Letras. Você encontra esses textos aqui.

DUAS PALAVRINHAS
 
Tal como em relação às pessoas, vivemos com fragmentos delas e não com elas todas. Tal como em relação à nossa própria vida — temos muitos quartos, vivemos em dois ou três quartos e de modo nenhum abrimos as portas dos restantes.  

— António Lobo Antunes, entrevista


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