Boletim Letras 360º #597

Domenico Starnone. Foto: Laurent Denimal



LANÇAMENTOS
 
O exame delicado de como a descoberta do amor e a tomada de consciência da morte parecem confluir, marcando o fim da infância e anunciando a vida adulta, com suas luzes e sombras.
 
Nápoles, anos do pós-guerra. Um menino passa horas na janela do apartamento fantasiando ser poeta. No prédio da frente, uma menina linda de vasta cabeleira negra se arrisca dançando no parapeito da sacada. Por um amor assim, um menino destemido pode se lançar a proezas extremas, como falar italiano (e não mais napolitano, a língua da família e da intimidade). Papel fundamental na sua vida tem a avó, a velar sobre suas bravatas, sentada no cantinho da cozinha, contando histórias do passado e explicando nossa relação com os mortos. Ela não é hábil com as palavras, mas o que lhe falta de domínio do idioma sobra em imaginação, calor e afeto. Há também um amigo, o arrojado Lello, igualmente fascinado pela menina. Línguas conta a história desses três personagens com destinos que ficam inextricavelmente unidos para sempre. Os dois garotos, apaixonados à primeira vista pela “milanesa” ― como se referem à misteriosa garota ―, embarcam em uma intensa rivalidade para atrair sua atenção. Até que, um dia, durante as férias, ela desaparece. E assim também parece evanescer parte de suas infâncias. Anos mais tarde, já na universidade e distantes do mundo das brincadeiras, os caminhos dos dois antigos companheiros se cruzam, e o protagonista, agora adulto, precisa se lançar em busca da verdadeira identidade daquela por quem foi apaixonado durante toda a vida. O livro de Domenico Starnone sai pela editora Todavia; tradução de Maurício Santana Dias. Você pode comprar o livro aqui.
 
O último romance de Max Blecher, publicado postumamente.
 
A matéria fundamental de A toca iluminada (1971), obra autobiográfica, é a experiência do autor em internações durante os anos 1930. À debilidade do corpo, à falta de mobilidade, ao desconforto e à dor corresponde uma vida interior agitada, nos vários sentidos da palavra, que Blecher registra febrilmente em primeira pessoa. Mesmo fora das instituições hospitalares, o narrador vive nas fronteiras do isolamento, de cujas bordas tenta aproximar-se. Para ele, “mundo real” e sanatório são sobreposições de lugares estranhos, nos quais a rotina e as tentativas de levar uma vida normal não fazem sentido em meio à atmosfera impregnada de morte ― dado que muitos dos pacientes, incluindo ele próprio, são terminais. O livro é publicado pela editora Hedra; tradução de Fernando Klabin. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma dezena de crônicas de Marguerite Duras publicadas na década de 1980.
 
Em 1980, Marguerite Duras aceitou a oferta de Serge July, diretor editorial do jornal Libération, para publicar uma série semanal de verão na forma de crônicas sobre a atualidade. Considerado pela crítica um de seus livros mais representativos, O verão de 80 reúne, portanto, as dez crônicas da autora publicadas no jornal, escritas a partir da sua janela em Roches Noires com vista para a praia de Trouville. Sob o seu amplo olhar estão os impressionantes estaleiros de construção de Gdansk, a fome em Uganda, os Jogos Olímpicos de Moscou, o funeral do Xá do Irã, os tanques russos em Cabul… Mas também a criança de olhos cinzentos, o tubarão chamado Rakéboumboum, o monitor da colônia de férias e os pássaros no céu. São textos críticos sobre o contexto da França e do mundo dos anos 1980 — mas ao mesmo tempo atualíssimos — fundidos às suas memórias pessoais e questões universais, convidando-nos a uma profunda reflexão sobre a vida, o tempo, o amor, a política e a condição humana. Com tradução de Adriana Lisboa e prefácio de Anne Brancsy, o livro sai pela Relicário Edições. Você pode comprar o livro aqui.
 
Marco Severo e os meandros da investigação memorialística.
 
Pode a narrativa dar conta de uma vida? Em A única paz possível desde o útero é no cemitério, Marco Severo não busca uma resposta. Este romance, sua obra mais pessoal até aqui, é, sobretudo, uma investigação dessa possibilidade. O que faz com que nós nos tornemos quem nos tornamos? Quais eventos de uma vida acabamos por arrastar durante toda uma existência? Daquilo que nos acontece, quais são os fatos transformadores, os que são sustentáculos ou os responsáveis por um eventual desmoronamento? Marco Severo volta o seu olhar para um acontecimento perturbador, numa reconstrução ficcional da memória através da qual o narrador procura, se não dar algum sentido ao que lhe aconteceu, trazer alguma lucidez para os caminhos escuros que percorreu involuntariamente e, assim, compreender não apenas o próprio percurso, mas apaziguá-lo dentro de si, evocando a máxima de Jean-Paul Sartre de que “não importa o que a vida fez de você, mas o que você faz com o que a vida fez de você”. Num fluxo emocionante, o autor ultrapassa a autoficção e cria um romance multifacetado, uma espécie de quebra-cabeças em que o leitor vai colocando as peças, compondo o todo, tijolo por tijolo. Esta é a história daquilo que faz de nós quem somos e, assim, é também a história de nossas próprias vidas. Publicação da Editora Moinhos. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um romance que procura mexer com os mecanismos e limites do ficcional.
 
O protagonista deste romance nasceu em 1960 em Porto Alegre, mudou-se para o Rio de Janeiro e depois para Nova York, onde iniciou a carreira artística. Teve contato com ícones da pop art, como Andy Warhol, e esbaldou-se na cena noturna da badalada Big Apple. Como tantos outros de sua geração, viu paixões se transformarem pelo medo do HIV. Contemporâneo de Basquiat, realizou performances, colagens, instalações e pinturas, vivendo tendências como grafitti e body art. Apesar de ser agora comparado a grandes nomes como Leonilson, Banksy, Cildo Meireles e Marina Abramović, João Pedro Bennetti Bier foi ignorado pela crítica e pelo circuito de galerias do país natal, o que torna o registro de sua exposição retrospectiva um ato de reparação. Por meio da paródia, recurso literário que Reginaldo Pujol renova a cada novo livro, temos em Nosso corpo estranho acesso aos textos de parede da mostra, e é como se caminhássemos por entre as obras. Mas quais delas? Sem imagens que lhes dê materialidade, somos convidados a exercitar a imaginação, deixar-nos levar pelas palavras de Reginaldo Pujol Filho que, ao assumir a curadoria, transforma-se em personagem de sua invenção. O curador-escritor se apropria da gramática da crítica de arte, distinguindo três fases de João Pedro, ou “nosso JayPee” — visceral, crítica e trágica. Com humor, sarcasmo e muito domínio da linguagem, Pujol Filho descreve o arco da inocência à desilusão, a descoberta e a intoxicação com as engrenagens do meio artístico pelo qual passou o artista. E, como leitores, passamos pelo mesmo processo ao recebermos as pistas de que tudo não passa de engodo. Para além da relação com o mundo da arte, esta narrativa também trágica nos leva a pensar nos limites da ficção e em seus mecanismos. Do que é capaz a linguagem? O que é apenas verossímil e, mais profundo, o que é a realidade? Você pode comprar o livro aqui.
 
Ao narrar o julgamento dos atentados terroristas de Paris de 2015, Carrère nos oferece uma experiência imersiva: um livro sobre o bem, o mal e suas imprecisas fronteiras; uma jornada filosófica pela complexidade humana.
 
Em 2015, extremistas do Estado Islâmico realizaram uma série de atos terroristas quase simultâneos em vários locais de Paris: a casa de shows Bataclan, os arredores do Stade de France e as esplanadas da região leste. Mais de 130 pessoas morreram, outras centenas ficaram feridas. V13 é como magistrados, advogados e jornalistas passaram a chamar essa inesquecível sexta-feira (vendredi) 13 de novembro. Sete anos depois, a França e o mundo reviveram essa dor com o início dos julgamentos. Durante meses, quase todos os dias, Emmanuel Carrère sentou-se em uma sala de audiência sem janelas para testemunhar o que aconteceria com os responsáveis pelos atentados. V13. O julgamento dos atentados de Paris é um relato contundente e verdadeiro de tudo que Carrère viu e ouviu, com um virtuosismo nunca ostensivo, tomando o cuidado de registrar as variadas facetas desta tragédia coletiva e a batalha legal que a sucedeu. Publicação da Alfaguara Brasil; tradução de Mariana Delfini. Você pode comprar o livro aqui.
 
Teju Cole reflete sobre o que significa estar vivo numa sociedade brutalmente desigual.
 
Um fim de semana comprando antiguidades é obscurecido pelas atrocidades do período colonial. Uma caminhada ao anoitecer é interrompida por um ato de racismo. Um casamento amoroso é afligido por tensões. E uma cascata de vozes retrata uma metrópole pulsante. Em Tremor, Tunde é um leitor curioso e um viajante atento: atrai-se por contos históricos e épicos; relatos de amigos, familiares e estranhos; enredos de livros e filmes. Cresceu na Nigéria e constrói sua carreira nos Estados Unidos, onde trabalha como professor de fotografia em uma renomada universidade na Nova Inglaterra. Uma rotina de aparente tranquilidade que esconde uma mente sobressaltada. Tremor é como uma colagem pessoal de obras de arte, de ensaios fotográficos de Lagos e de reflexões sobre racismo, território, descolonização e restituição. Os séculos de referências culturais que compõem este livro são um convite à subversão da hierarquia das artes plásticas populares, da centralidade dos valores estéticos ocidentais e da representação problemática de uma única verdade histórica. Tal como fez em Cidade aberta, seu magnífico romance de estreia, Cole oferece uma narrativa que põe todos os nossos sentidos em alerta. O livro sai pela Companhia das Letras com tradução é de Paulo Henriques Britto. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma das obras mais importantes para entender a formação e as influências de Franz Kafka em nova tradução e edição.
 
Escrita em 1919, Carta ao pai é uma missiva que nunca foi entregue a seu destinatário. Em uma franca e dolorosa análise de suas relações familiares, o autor Franz Kafka se propõe a explicar por que alegava sempre ter sentido medo do pai. Trata-se de um ousado relato autobiográfico, o testemunho unilateral de uma criação autoritária e de seus múltiplos desdobramentos na vida do filho. Ao se tornar narrador de sua própria história, Kafka traz ao leitor sua perspectiva não somente sobre sua narrativa familiar, mas também sobre a vida em si. Ao mesmo tempo em que admite seus possíveis pontos cegos, o escritor nos apresenta um texto valoroso não apenas para a compreensão de sua biografia, mas para reflexão sobre toda sua magnífica obra. Em 2024, a convite da Antofágica, o multiartista Lourenço Mutarelli reescreveu essa carta à mão, na tradução de Petê Rissatti, transformando as palavras em formas abstratas que ilustram o livro. A nova edição tem apresentação da escritora Cristina Rioto, posfácios de Gabriel Abreu, Tomaz Amorim e Bárbara Guatimosim. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um mergulho na beleza da imperfeição, explorando os limites do indizível. Espirituosa e comovente, a escrita de Sheila Heti reflete sobre o que constitui as relações contemporâneas.
 
Pura cor é a história de Mira, que se divide entre o amor que sente por Annie, que lhe parece um peixe desatento, e o amor pelo pai, que lhe parece um urso acolhedor. Todos vivem no primeiro rascunho da Criação, sob as pinceladas errantes de Deus. O pai de Mira presenteou a filha com uma raridade: a cor pura. Em disquinhos circulares e duros, o objeto trazia uma coloração sólida envolta pelo brilho de uma joia polida. Uma cor estante, que está para o lado de dentro, introvertida feito um animalzinho tímido. O presente torna-se uma espécie de relicário, prova física do amor e da presença paterna. Acompanhamos, por meio de Mira, as transformações, os sentimentos e as sensações que um corpo humano atravessa ao longo da vida — do primeiro amor à orfandade, no ambiente escolar e no seio familiar, das amizades aos relacionamentos amorosos - ao passo que questionamos as escolhas artísticas do Criador. O livro é publicado pela Companhia das Letras com tradução de Bruna Beber. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Nova edição do brilhante ensaio literário-biográfico sobre o poeta Manuel Bandeira.
 
As fecundas análises textuais vão pouco a pouco revelando o que se oculta por trás de uma poesia que possui o raro dom de saber extrair o sublime do prosaico. Este é, muito provavelmente, o estudo definitivo sobre Manuel Bandeira, o grande poeta pernambucano, introdutor das formas da poesia moderna no Brasil. O arsenal de conhecimento que Davi Arrigucci Jr. mobiliza é impressionante sem jamais ser pedante, e as cuidadosas análises textuais vão pouco a pouco revelando o que se oculta por trás de uma poesia que possui o raro dom de saber extrair o sublime do prosaico. As relações que essa poesia entretém com outras artes como a pintura ou a música, as inovações técnicas e temáticas pelas quais foi responsável, assim como o meio sociocultural que a gerou são alguns dos aspectos analisados neste livro, o primeiro a fazer inteiramente jus à delicada grandeza poética de Bandeira. Humildade, paixão e morte. A poesia de Manuel Bandeira é reeditado pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
André Breton e os manifestos. A editora 100 Cabeças, especializada em literatura surrealista, prepara a publicação de Manifestos do surrealismo, um livro em que Breton descreve os objetivos, significado e posição política do movimento do qual se tornou um dos pilares.
 
 
OBITUÁRIO
 
Morreu Márcio Souza.
 
Márcio Souza nasceu em Manaus a 4 de março de 1946. Ainda jovem começou a trabalhar como crítico de cinema para o jornal O trabalhista; a vida na mídia impressa continua com a coordenação, na década de 1960, das edições oficiais do estado do Amazonas. O cargo é logo deixado para estudar Ciências Sociais, primeiro, em Brasília, e depois, em São Paulo. Os estudos também foram interrompidos pelo início de uma vida prolífica com a escrita e direção para o teatro e o cinema. É dessa época os roteiros de O país do futebol, de Hector Babenco, e Luar do sertão, de Oswaldo de Oliveira. Censurado e preso por trabalhos como A idade do ouro e Zona Franca, meu amor durante a ditadura militar, Souza regressou à sua cidade natal em 1972, onde passou a atuar em várias frentes ligadas à dramaturgia. É desse período o seu filme A selva, adaptação do romance do escritor português Ferreira de Castro e da escrita de Galvez: imperador do Acre, um dos seus maiores sucessos e marco na carreira literária. A vida literária é sempre acompanhada pelas várias frentes de atuação no serviço público: nos anos 1990, por exemplo, exerceu o cargo de diretor do Departamento Nacional do Livro, presidente da Fundação Nacional das Artes e, mais tarde, do Conselho Municipal de Política Cultural da cidade de Manaus. Escreveu vasta obra, entre o teatro, a biografia, o romance, a crônica e o ensaio, destacando-se por A resistível ascensão do Boto Tucuxi e Mad Maria, que juntamente com Galvez..., receberam adaptações de sucesso para a televisão. Entre outros livros estão: O fim do terceiro mundo (romance); História da Amazônia: do período pré-colombiano aos desafios do século XXI e Amazônia indígena (ensaios); Lealdade, Revolta e Desordem, partes de uma tetralogia acerca da formação do Grão-Pará. Márcio Souza morreu no dia 12 de agosto de 2024.
 
DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. A lenda do santo beberrão, de Joseph Roth (Trad. Mário Fungillo, Editora Estação Liberdade, 80p.) Vivendo às margens do Rio Sena, um beberrão recebe, certo dia, uma vultuosa quantia em dinheiro e promete, tão logo possa, devolver o valor recebido a uma santa. A narrativa procura escrutinar as idas e vindas da consciência desse homem ante o acordo assumido como gesto de inquebrantável idoneidade. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Impressões de leitura e outros textos críticos, de Lima Barreto (Penguin/ Companhia das Letras, 360p.) Um livro que reúne os textos coletados por Francisco de Assis Barbosa, Antônio Houaiss e Manuel Cavalcante mais uma coletânea organizada por Beatriz Rezende cobre de 1906 a 1921 a atividade do autor de Triste fim de Policarpo Quaresma como leitor. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Abraço apertado, de Romain Gary (Trad. de Rosa Freire D’Aguiar, Todavia, 224p.) Uma fábula humorística que trata da relação entre um funcionário de escritório e uma cobra píton, seu animal de estima. Você pode comprar o livro aqui
 
BAÚ DE LETRAS
 
Os leitores brasileiros recebem em setembro um novo romance de Domenico Starnone e enquanto isso podem encontrar aqui no Letras resenha para todos os livros do escritor italiano já publicados entre nós: Pedro Fernandes escreveu sobre Laços aqui; depois, aqui, sobre Assombrações; e mais adiante sobre Segredos. Há dois anos, Sérgio Linard resenhou aqui Dentes.

No passado 14 de agosto de 2024, alcançamos as duas décadas da morte do poeta polonês Czesław Miłosz. Sublinhamos a efeméride recordando dois textos do nosso arquivo: o comentário acerca do livro de memórias Mente cativa; e um breve perfil de Miłosz — na publicação, o leitor encontra uma pequena seleta de poemas.

Foi no dia 17 de agosto de 1930 que Ted Hughes nasceu em West Yorkshire. Em janeiro deste ano, nosso colunista e poeta Pedro Belo Clara publicou cinco poemas do livro O falcão à chuva (The Hawk in the Rain, 1957) no âmbito do projeto De Versos. Leia aqui.
 
DUAS PALAVRINHAS
 
Minhas palavras são também um protesto. Recuso à doutrina o direito de justificar os crimes cometidos em seu nome. Recuso ao homem moderno, que esquece como é miserável em comparação com o que o ser humano pode ser, o direito de medir o passado e o futuro com sua própria medida.
 
— Czesław Miłosz, Mente cativa

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