Boletim Letras 360º #596

Édouard Louis. Foto:  Joel Saget



LANÇAMENTOS

Livro de Édouard Louis recém-publicado na França chega aos leitores brasileiros em vésperas à vinda do escritor francês ao país
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“Um quarto, um espaço, paredes, chave, dinheiro: cem anos depois, é também do que minha mãe precisava; não para se tornar escritora, mas para se tornar uma mulher mais livre e mais feliz. Woolf já havia entendido, cem anos antes, que a liberdade não é, em princípio, uma questão estética e simbólica, mas uma questão material e prática”. Essa reflexão, que dá corpo à narrativa, parte de um telefonema de Monique, mãe do autor, que, depois de abandonar sua cidade operária do norte da França e seu casamento, vive em Paris com um novo companheiro. Aos 55 anos e mãe de cinco filhos, sem diploma de nível superior ou carteira de motorista, sem saber usar sequer um computador, Monique se envolveu novamente com um homem que acabou por sustentá-la e, logo, foi submetida a todo tipo de degradação. Até que, uma noite, ela liga desesperada para o filho. Escritor reconhecido àquela altura, e fora do país a trabalho, Louis traça à distância um plano de fuga para a mãe, que envolve, mais do que apoio emocional e acolhimento temporário, um aporte financeiro. Mesclando literatura e manifesto político, este texto pode ser lido como uma continuação do aclamado Lutas e metamorfoses de uma mulher. A história de mais uma transformação de Monique é narrada por Édouard Louis, que, graças ao seu trabalho com a autoficção literária — o qual aborda justamente a origem humilde e operária da família e as humilhações decorrentes disso —, se vê capaz de ajudar financeiramente a mãe a conquistar uma nova vida: pela primeira vez vivendo sozinha, sem filhos ou marido para cuidar, Monique está livre, enfim. Monique se liberta sai pela editora Todavia; tradução de Marília Scalzo. Você pode comprar o livro aqui.
 
A editora Iluminuras apresenta a tradução de um novo título da obra de Horácio Quiroga e uma biografia do escritor
 
1. Os desterrados, do contista uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937), publicado inicialmente em 1926, é considerado pela crítica como o auge de sua carreira literária. Todos os contos nele reunidos se passam na selva de Misiones, na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, nos primeiros anos do século XX. Seus personagens são migrantes europeus que fugiram da Primeira Guerra Mundial e que foram terminar seus dias nas então recém-descobertas ruínas das Missões Jesuíticas, próximas ao povoado de San Ignacio, às margens do imponente Rio Paraná. Esses ex-sábios ou ex-homens, como a eles se refere o narrador, presenciam ou interagem com os moradores locais, indígenas guaranis semi-aculturados, peões brasileiros, ambos explorados pelas madeireiras e pelos plantadores de mate da região. Nessa mescla multicultural, numa região fronteiriça e à margem do Estado, onde ninguém está em seu lugar, onde não há lugar para estar, todos se curvam aos excessos: da exploração do trabalho, da natureza selvagem e inóspita, da violência, da embriaguez e do próprio intelecto. A tradução é de Wilson Alves-Bezerra. Você pode comprar o livro aqui.
 
2. O anarquista solitário, é a biografia que faltava acerca de Horacio Quiroga. No instante do dia 5 de março de 1902 em que um tiro de pistola encontrou a cabeça de Federico Ferrando, era seu amigo o poeta e narrador uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937) quem tinha nas mãos a arma assassina. Uma resenha literária farpada provocou trocas de ofensas em páginas de jornais de Montevideo e a rixa entre desafetos desembocaria num duelo, do qual Horacio não teria sido mais do que coadjuvante ― isto é, não fosse a ação do inesperado, com o azar como autor de um disparo enquanto Quiroga conferia a arma de seu apadrinhado. Mas a morte do companheiro foi também mais um entre os muitos desastres de sua vida ― e, dependendo de como for contada, a sucessão de azares letais ganha ares de destino, com tragédias empilhadas por uma moira com um fraco por simetrias improváveis e amores difíceis (por mulheres, pela selva). Combinada ao insólito de sua literatura, a imagem de Horacio Quiroga sai maior do que a vida, mas também simplificada e um tanto folhetinesca. Já em O anarquista solitário, a história de Quiroga é outra ― e para a felicidade de seus leitores, aliás. Sendo autor da primeira biografia do escritor em língua portuguesa, Wilson Alves-Bezerra beneficiou-se aqui das versões da vida de Horacio já contadas em espanhol, mas também delas se distanciou sem cerimônia quando foram necessários alguns acertos de contas. Entre os mais importantes estão sem dúvida sua contribuição à reconsideração da importância da relação com a poeta argentina Alfonsina Storni; seu interesse no modo como os filhos Darío, Eglé e Pitoca foram afetados pelo pai (e pela selva); e a atenção dedicada a María Elena Bravo ― a amiga de escola da filha que veio a se tornar a última esposa do escritor ―, que resulta do acesso ao material deixado pela viúva, e adquirido nas circunstâncias improváveis (como não poderia deixar de ser) relatadas no posfácio. Tudo isso importa, mas por cima da descoberta e da polêmica, o que de fato move as páginas deste livro de Alves-Bezerra é a preocupação constante em ver, através da imagem do herói literário, um escritor de carne e osso, às voltas com preocupações bastante materiais: há aqui todas as surpresas de uma vida intensa e cheia de imprevistos, mas também contas a pagar, plantas a cultivar, altos e baixos do prestígio literário, a distância entre a selva de Misiones e os centros locais de difusão da cultura letrada, parentes entrando no caminho de paixões um tanto impróprias, o corpo que envelhece e força decisões difíceis. De carne e osso o biografado, então ― mas também o biógrafo. Você pode comprar o livro aqui.
 
O regresso de Oscar Nakasato ao romance.
 
Segundo romance do escritor paranaense e vencedor do Jabuti Oscar Nakasato, Ojiichan, que em japonês significa “vovô”, retrata a vida de Satoshi a partir do seu aniversário de setenta anos. A aposentadoria compulsória do colégio onde ele lecionou por décadas é o primeiro dos eventos que o obrigam a confrontar as muitas faces da velhice. Seus colegas preparam uma festa de despedida e os alunos, que carinhosamente o apelidaram de Satossauro, prestam homenagem ao professor. Preocupados em celebrar o merecido descanso após uma vida de trabalho, ninguém ao redor parece enxergar a dor de Satoshi em deixar a rotina e dar início a uma nova fase. Em casa, as coisas não estão muito melhores. A perda de memória de Kimiko, sua esposa, vai se agravando, e os cuidados com ela recaem sobre ele, sobretudo depois que uma tragédia acomete a filha do casal. Com o outro filho vivendo no Japão e o neto ausente, Satoshi experimenta, de modo estoico, os primeiros sinais da solidão, que só pioram quando ele é obrigado a se mudar para um apartamento menor e se despedir de Peri, seu cachorro. No novo prédio onde passa a morar, a solidão de Satoshi dá as mãos à de d. Estela e Altair, seus vizinhos, cuja história de vida o protagonista descobre aos poucos. Com a coragem de representar o desamparo em toda sua crueldade, porém avesso a melodramas, Oscar Nakasato toca em pontos sensíveis da sociedade brasileira e provoca a reflexão ao desafiar o final trágico que parece se anunciar: quando Satoshi contrata Akemi como cuidadora de sua esposa, sua vida particular ganha novos contornos e a configuração do cotidiano e da família se alteram de modo inusitado. Em sua prosa a um só tempo austera e atenta aos detalhes, tão característica da cultura japonesa na qual Nakasato cresceu, Ojiichan mostra que a terceira idade não é a linha de chegada, mas um caminho a ser trilhado, e transborda a beleza e a serenidade necessárias a um mundo ocidental de supervalorização da juventude e da velocidade. Publicação da editora Fósforo. Você pode comprar o livro aqui.
 
Nova edição e tradução do livro de um dos principais livros de contos de Charles Bukowski.
 
Em vida, Charles Bukowski escreveu cinco coletâneas de contos, sendo Ao sul de lugar nenhum uma das mais renomadas, por elevar sua prosa afiada e destacar a singularidade do autor. Tratando de temas como solidão, miséria, amor e sexo, ele ergue a voz dos degenerados e a encapsula em alguns de seus contos mais célebres, incluindo “Amor por dezessete e cinquenta”, em que um homem se apaixona por uma manequim, “O diabo era quente”, que conta com o próprio diabo como personagem, e “Política”, que faz uma crítica mordaz à performatividade política. Nesta coletânea ácida, Bukowski tece narrativas provocativas que o marcam como o último maldito de literatura ― um símbolo da resistência dos exilados e um dos mais importantes autores da contracultura. A nova edição no âmbito das publicações da HarperCollins Brasil é comentada, com tradução de Isadora Prospero e posfácio de Bruno Ribeiro. Você pode comprar o livro aqui.
 
Luto, desejo, amor entre mulheres: o aguardado romance de estreia da premiada poeta Sara Torres é um mapa das rachaduras que nos tornam humanos; um convite para acariciar sem medo as cicatrizes que nos formam.
 
A protagonista desta história, que compartilha com a autora nome e vida, enfrenta há anos o duro diagnóstico de câncer de sua mãe. E, no exato instante em que a mãe morre em uma cidade do norte da Espanha, ela faz amor com uma mulher em um hotel em Barcelona, o que a impede de se despedir. Pouco depois, sua amante desaparece de forma brusca e definitiva. E o que existe, depois desse abalo de estruturas, é a vida com a sua parceira em um pequeno apartamento à beira-mar; a parceira que tenta acolher a angústia de um corpo que chora por uma mãe ao mesmo tempo que chora de desejo por outra mulher. Temos aqui uma voz narrativa sincera, crítica, mas também muito terna, que conta a perda a partir dos afetos e apegos, e não a partir do discurso de ressignificação e superação. É preciso, sim, entender o amor, processar o luto, mas - mérito da construção honesta e sofisticada de Sara Torres — não temos aqui um manual de como refazer a vida após uma grande perda. Em O que existe, encontramos uma narrativa poética que oferece um pulso entre o que é possível dizer e o que desejamos dizer mas ainda não sabemos como articular. Acompanhamos a protagonista em sua investigação a respeito das facetas do abandono e da vontade de tentar entender uma mãe que marcou a vida e os modos de sua filha com sua avassaladora forma de amar. Publicação do selo Contemporânea, da Autêntica; tradução de Silvia Massimini Felix. Você pode comprar o livro aqui.
 
A versão moderna do mito de Atena a partir de uma narrativa que se passa na mente de uma menina de doze anos.
 
Separada de seu pai, que sofre de problemas psiquiátricos, Anna é enviada para uma nova família. Contudo, ela sucumbe à depressão e é internada. O grito de guerra de Anna ressoa pelas páginas de A catástrofe da Hélios, um romance conciso e penetrante como um apelo apaixonado levado ao seu extremo emocional. Este é o terceiro livro de Linda Boström Knausgård pela editora Rua do Sabão; a tradução é de Luciano Dutra. Você pode comprar o livro aqui.
 
Pela primeira vez em tradução completa do japonês, Morte em pleno verão oferece um panorama das obsessões de Yukio Mishima: a degradação do Japão tradicional, a cultura do teatro Nô, o fascismo, o universo das geishas e, por fim, o questionamento de gênero e a transexualidade.
 
Enquanto uma mulher dorme, sua irmã e dois de seus filhos morrem afogados em um acidente trágico em um balneário. A culpa paralisante desta mulher e sua busca por reconstruir a vida são narradas em detalhes precisos, focando sempre nos seus sentimentos contraditórios e complexos. Este conto, que dá título ao livro e que abre Morte em pleno verão, demonstra como Yukio Mishima deve figurar no panteão de melhores escritores da história da literatura: avesso a simplificações maniqueístas, o autor japonês construiu sua obra a partir das zonas cinzentas da consciência humana. Uma coletânea de contos poderosos, nos quais o conflito entre tradição e modernidade ocupa o primeiro plano: de um lado, cenários urbanos e geishas em crise; de outro, o budismo da Terra Pura e o teatro Nô. Suas histórias empregam diferentes estratégias narrativas, mas possuem em comum a dedicação à complexidade psicológica das personagens. Assim, Mishima toma o local e o específico para mergulhar no que há de mais intrigante naquilo que nos torna humanos. A tradução de Andrei Cunha sai pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma afirmação do poder da arte e da beleza, bem como da necessidade que todos temos de, como queria Rimbaud, “reinventar a vida”.
 
Numa formulação certeira, o líder ianomâmi Davi Kopenawa afirmou que “os brancos não sabem sonhar” — e o resultado dessa incapacidade se traduz na destruição das florestas, na poluição dos rios, na morte de muitas espécies, levando o planeta e todos os seres que nele habitam à beira da extinção. Como um antídoto a essa “ausência de sonho”, o que a antropóloga e pesquisadora das práticas de leitura Michèle Petit faz em “Somos animais poéticos: a arte, os livros e a beleza em tempos de crise” é iluminar o modo como a literatura — oral e escrita —, e outras formas de arte a elas associadas, podem nos ajudar a recuperar nossos desejos, e a nos conectar conosco e com o mundo à nossa volta. Longe de qualquer abordagem maniqueísta, Somos animais poéticos desdobra e aprofunda os temas que tornaram sua autora uma referência mundial nos estudos sobre a leitura, a função das bibliotecas e dos mediadores culturais nos mais diferentes contextos. Dando voz tanto a artistas consagrados como a pessoas anônimas, muitas delas sobreviventes de grandes catástrofes — como a recente pandemia da covid-19, também discutida aqui —, este livro é ele próprio uma afirmação do poder da arte e da beleza, bem como da necessidade que todos temos de, como queria Rimbaud, “reinventar a vida”. Com tradução de Raquel Camargo, o livro é publicado pela Editora 34. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Organizado pelo próprio Fernando Sabino, Cartas perto do coração apresenta sua troca de correspondência com a amiga Clarice Lispector entre os anos 1946 e 1969.
 
O livro é republicado pela Editora Record em edição especial com capa dura e novo projeto gráfico, prefácio inédito de Nádia Battella Gotlib, professora da USP e biógrafa de Clarice, mais fac-símiles também inéditos das cartas e das notas de leitura do original de A maçã no escuro (1998). “Em janeiro de 1944, eu mal havia completado vinte anos e recebia em Belo Horizonte, onde ainda morava, o exemplar de um romance chamado Perto do coração selvagem, com uma dedicatória da autora, Clarice Lispector, que eu não sabia quem fosse. Fiquei deslumbrado com o livro. Rubem Braga conheceu Clarice em Nápoles durante a guerra. Quando ela retornou ao Brasil, Rubem nos apresentou um ao outro. Fiquei deslumbrado com ela”, conta Fernando Sabino na Apresentação de Cartas perto do coração, livro que faz jus à longa e profunda amizade que os dois dos mais importantes escritores brasileiros construíram ao longo de décadas. Depois de apresentados por Rubem Braga, Sabino e Lispector começaram uma relação fraternal marcada por horas de conversa em encontros marcados ou na própria casa do escritor, onde Clarice conheceu a esposa dele, Helena, e os amigos de longa data. Com as viagens intensas de ambos, mantiveram o hábito de escrever um para o outro, cultivando o vínculo de amizade e as trocas intelectuais e afetivas. Publicadas pela primeira vez em 2001, as cartas aqui presentes nos permitem descobrir o mundo interno desses dois escritores quando jovens. O diálogo entre ela e Sabino foi, além de pioneiro, um dos mais intensos desde o início de sua carreira literária. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
João do Rio 1. A Civilização Brasileira anunciou que prepara a reedição de João do Rio. Vida, paixão e obra, do jornalista João Carlos Rodrigues.

João do Rio 2. A Chão Editora publica um livro reunindo 31 crônicas inéditas do cronista; trabalho organizado por Juliana Bulgarelli.
 
Alejo Carpentier na 34. A editora apresenta ainda neste mês A cidade das colunas, com tradução de Samuel Titan Jr. e fotografias de Paolo Gasparini.
 
DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. Romances de cordel, de Ferreira Gullar (José Olympio, 104p.) Nos anos 1960, o poeta esteve engajado em várias frentes da militância político-cultural e este livro reúne, dessa época, quatro folhetos de cordel que tematizam as dores a agruras da gente num país assolado pela ditadura. A edição traz ilustrações do xilogravurista Ciro Fernandes. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Do Amazonas a Paris: as lendas indígenas de Vicente do Rego Monteiro (Trad. Regina Salgado Campos, Edusp, 176p.) Um livro indispensável para os amantes de edições especiais e para os leitores da vanguarda. A caixa reúne dois livros fac-similares que Vicente do Rego Monteiro publicou em tiragens limitadas e especiais em Paris em que revisita literária e plasticamente a arte figurativa indígena. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Abraço apertado, de Romain Gary (Trad. de Rosa Freire D’Aguiar, Todavia, 224p.) Uma fábula humorística que trata da relação entre um funcionário de escritório e uma cobra píton, seu animal de estima. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
Preparamos para os leitores um pequeno reel disponível em nosso Instagram com uma listinha batizada de sete pequenos notáveis. Reúne sete pequenos livros (na extensão e no formato) mas grandiosos na qualidade. Veja quais e interaja conosco — se já leu algum deles, se tem curiosidade por algum, se recomenda outros, enfim, o caminho é por aqui.
 
BAÚ DE LETRAS
 
No Brasil, o segundo domingo de agosto é Dia dos Pais. E ainda olhando para as listas de livros, vale recordar esta lista que foi apresentada no blog em 2012: com livros que lidam com a relação pais e filhos.
 
E associado ao destaque desta edição do Boletim, recordamos este texto trazido para o Letras na ocasião do centenário de um dos livros principais do escritor uruguaio Horacio Quiroga — Contos da selva. Leia aqui

De Édouard Louis, Pedro Fernandes resenhou aqui o primeiro livro do escritor francês que chegou aos leitores brasileiros e também um dos trabalhos que o revelou dentro e fora do seu país.
 
DUAS PALAVRINHAS
 
É impossível dar a sensação real de alguma parte da existência de alguém, que é sua verdade, seu significado… de sua essência sutil e profunda. É impossível. Nós vivemos e sonhamos sempre sozinhos...
 
— Em Coração das trevas, de Joseph Conrad

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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas.

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