Por Renildo Rene
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Paulina Chiziane. Foto: Nuno Ferreira Santos |
Há de se esperar que a arte do romance africano, desenvolvida
vertiginosamente durante a segunda metade do século XXI, toque em alguns
pontos-chaves do colonialismo. Se tratando de Moçambique, o país é outro que
sofreu dos agouros dessa experiência e dos desastres marcados do avanço da guerra
civil. Começamos a entender, pois, toda a complexidade e ambivalência
residentes nas relações desse passado sendo abraçados por narrativas mais
elásticas na sua escrita (com uma forma linguística apegada às tradições), e um
modo de afirmação nacional obstinado a depurar todo trauma e destruição
causados naquela terra. Não tomemos isso como regra de identificação, mas
talvez seja um ponto de interseção muito interessante para se aventurar nessa
literatura.
Ora, sabemos que tanto a escrita como a leitura de livros —
elemento indispensável na formação de bons escritores — se estabeleceu em
muitos desses países sempre por mediação exterior, e isso será determinante
para entender porque tanto o romance se desenvolve mais tardiamente como as
suas diferentes espécies de feitura se interligam pela amálgama de estilos
ficcionais muito íntimos das culturais locais.
Paulina Chiziane está, então, entre esses/as escritores/as
que aparecem para os mais interessados nessa literatura e sua estética
romanesca. Em
Ventos do Apocalipse (publicado originalmente em 1999) o
foco está sobre os sobreviventes da guerra civil, com dilemas políticos,
morais, familiares e tradicionais recaindo nos refugiados da tribo de Mananga
marchando em busca da Aldeia do Monte. Antes dessa odisseia existencial e
fúnebre, conhecemos proximamente a família de Minosse, a última mulher restante
do ex-chefe político e espiritual Sianga, representante daquelas que levam “uma
carreira brilhante na área do sofrimento”.
A relação temporal é muito significante para nos abrirmos à
leitura deste romance: enquanto recria um presente muito próximo de sua
geração, a autora aproxima a obstinação em retratar várias figurações do
passado (o conflito de gerações, os papeis de gênero, as barreiras de
preservação de heranças culturais) nas personagens. E aqui, isso será
fundamental para os desfechos do futuro coletivo ao final da jornada de
peregrinação. Ana Mafalda Leite, importante estudiosa das poéticas africanas,
já se debruçava em demonstrar essa inclinação de Chiziane, na ocasião de
observar seus romances no lugar da performatividade de gênero a partir de
narradores que incorporam o legado da tradição griótica de contar histórias;
seria o espaço de “revalorização simbólica” da oralidade como estratégia
ficcional.
Nessa presença da instância narrativa, sempre angulada em
torno do povo sem rumo e das lágrimas das mulheres moçambicanas, não há como
fugir da habilidade literária de Paulina Chiziane enquanto escritora que mantém
viva a relação com o conhecimento proverbial para recriar um romance bastante
espirituoso: sua qualidade, diria, reside muito mais no balance muito fortuito
de como ela aproxima e compõe uma ficção com personagens e temas que nos
estimulam a habitar novos lugares, do que em uma mera mescla de linguagens ou
formas narrativas — traço este constantemente percorrido na literatura, todavia
elevado nessa obra. É preciso então retornar ao próprio texto, pensar sobre
ele, para que se dê conta que estamos diante de um “prazeroso exercício de
labor”, como diria Leda Maria Martins.
Por isso, a presença do “karingana wa karingana” remete ao
próprio ciclo de contação de estórias recriado no discurso romanesco. Para quem
não é tão familiarizado, a expressão aludida em dois momentos do livro (um
deles no início, ao fim do prólogo, e princípio da trama, e outro que será
comentado mais adiante) é proferida como carro-chefe para evocar o indivíduo a
ouvir tais estórias, tal qual se fazem nos próprios movimentos consagrados dos
rituais. Não é segredo que a narração está comprometida em resgatar o passado
das condições e dos trabalhos das moçambicanas em meio à guerra¹, porém
pretendo aqui fazer um comentário mais restritivo sobre o perfil de três homens
que estão no texto, e que nos oferecem outras margens de leitura.
Começo pelo primeiro deles: Sianga. Após o período de
devastação do seu país, o velho está retraído na decadência de sua posição
social: não só deixou de ocupar o posto de Régulo, como foi abandonado por oito
esposas que pararam de reconciliar seus desejos. Minosse, a mais nova a se
casar, se tornou a única a acompanhá-lo; e da relação dos dois reside o
conflito da primeira parte. Acordando madrugada a fora e tentando se afastar
dos pesadelos conturbantes ao seu ser, Sianga aparece dentro de um retrato
moral do indivíduo masculino que, desabilitado como líder e marido, enfrenta o
orgulho incapaz de respeitar o legado. Então, ele se encaminha para
reconquistar esse poder local usando da manipulação da cerimônia do Mbelele,
ofertório para atrair chuvas às comunidades abrasadas pela seca.
De sua tentativa falida — visto o fracasso do ritual por não
passar de uma “farsa suja e vergonhosa” — as ações do velho régulo justificam
uma verdadeira obstinação ao poder decorrido de um atestado de amor à
violência. Tudo dele respinga nas mulheres. Primeiro, essa falsificação da
tradição em busca da fertilidade nada mais é que desrespeito que negligencia as
mulheres: “Mbelele é uma grande cerimônia, em que as mulheres desempenham o
papel mais importante”. E segundo, essa sua falta de sabedoria já estava sendo
anunciada aos poucos, nas diversas ocasiões do romance nos aproximando da
solidão de Minosse ao ser recusada de qualquer respeito ou prazer. Seu marido
age por ignorância de sua presença e de denegada violência contra ela. Não
contente com tudo que perdera, ele desconta sua fúria na jovem esposa ao
capricho de culpá-la internamente pela fome e os maldizeres que o cotidiano
africano deixava na família.
“Perdeu todos os poderes de atrair a atenção, e a ausência é
uma forma de marcar a presença porque todos se perguntarão da razão dessa mesma
ausência. Para ele todos os dias são feriados, sempre o foram, pudera, ele é de
sangue nobre e não nasceu para as canseiras da vida. É um grande senhor que
nada faz e tudo tem. É um homem inútil. A doença da preguiça paralisou-o na
infância e parece mesmo que nasceu com ela. É uma doença crónica, não tem
remédio possível.”
A falta de pulsão de Sianga para equilibrar um povo na
miséria e sem nenhuma resposta táctil de como enfrentá-la contrapõe a própria
atuação da narração, que desvela também seu sardonismo — quando centraliza toda
uma cadeia de sentimentos femininos diante a sedimentação do poder masculino —
de engordar às custas do sangue de quem lambe a própria sarna.
A tribo de Mananga sente novamente a tragédia porque as
sucessivas atitudes dele apenas degradam substancialmente a vivência seca dali.
Todos estavam apegados à ideia de um Mbelele que restauraria certa paz, porém
são apenas cambaleados. Em seguida, só resta a punição de morte. O ex-régulo e
seus cúmplices são condenados à morte pois a desonestidade deles de conferir um
golpe seria mais um motivo para tamanhas desgraças, acreditam.
E até na própria morte Sianga representa a figura do homem a
eternizar pancadarias. Quando sai do plano físico e os filhos são
posteriormente dizimados, apenas Minosse resta angustiado pelos traumas
deixados. Fica claro nesse momento como a família foi/é usada como verdadeiro
exercício de autoridade. Ausentado de seu lugar, o régulo perde somente a
instituição social e nada mais (porque sua existência depende apenas disso: poder).
Na Minosse, contudo, é o afeto familiar relegado que a acompanhará no traço de
uma estrutura mal compreendida. Ele é só um defunto e ela é só mais um
resultado de um lobolação (do léxico “lobolo”, expressão utilizada para
quantificar o valor de uma mulher no ato do casamento) para “satisfazer todos
os seus desejos”.
Esses acontecimentos colocam uma força centrífuga na
narrativa. Mananga se transforma no grupo de refugiados em direção ao “lugar de
paz e sossego onde a história da guerra é apenas um murmúrio desagradável”. Em
razão da segunda parte do livro, nos deparamos com outra figura muito bem
pensada que, entre os viajantes feridos, oferece outro ponto de articulação
sobre esse desastre tão comum, porque se repete de tempos em tempos, e tão
particular, porque representa muitos valores ancestrais de Moçambique.
Pego de surpresa, Sixpence é eleito o comandante para
guiá-los e o seu questionamento da posição recém-ocupada dimensiona um
exercício político galgado pela coragem, paciência e por que não dizer, da
hesitação. Somos apresentados a esse “homem jovem a quem as turbulências da
vida envelheceram” como um contraponto da personagem de Sianga já na construção
de suas ações de comando escapando do simples autoritarismo — e indo abraçar
uma projeção comunitária.
Não são raros os momentos que, durante os 21 dias sob sua
liderança, aparecem no romance questionamentos de Sixpence com vários dos
fugidos da guerra e até mesmo reações de reprovação mediante atitudes
precipitadas. As suas asseverações são percorridas na tentativa de mostrar como
é possível dialogar para o aldeão comum o entendimento do período complicado.
“Sixpence está furioso mas sorri. Dá-lhe prazer saber que tem já nas mãos a
matéria com que irá ensinar o que é a disciplina para que todos saibam como se
cumpre uma ordem.”
A sua sentinela é por vezes mesmo enervada: faz parte desse “perfil
do dirigente desejado” apaziguar uma humanidade perdida nem que para isso ele
concentre certo nível de dureza, afastando o pânico violento do grupo —
sentimento corriqueiro na Parte I do livro. Delicadamente, a autora vai
gravando certos estímulos e atitudes da masculinidade mais otimistas de
Sixpence entre os sobreviventes.
Os principais reflexos do seu papel de líder penetram na
sobrevivência de Mananga, que de coletiva e humana passa a ser histórica. O
enredo dedicado à marcha e as turbulências da experiência da tragédia torna a
relação com o passado menos superficial e mais aberta a conceber novamente a
transmissão dos saberes dos antepassados viva e em respeito. Reconhecer o
passado mesmo diante a morte esperada equilibra a situação.
E é naquele grupo onde estão as mulheres preocupadas com os
espólios causados pelo deslocamento que o romance reforça a primazia feminina
frente ao homem. Sixpence se mostra vencido por não aguentar os augúrios da
caminhada e se resguarda no silêncio: “O raio da emoção fulmina fundo atacando
mais forte do que qualquer lança. O homem que parecia de ferro verga como um
ramo de pessegueiro perante a vitória conquistada. Sixpence fica inerte como um
cadáver”. A recuperação do líder, no entanto, é realizada pelas próprias
personagens que desde o início são as vertentes menosprezadas na compreensão da
guerra. Mara, por exemplo, é a responsável por cuidar dos seus ferimentos pois
sabe que estaria remendado o próprio passado africano no seu ato de cuidado;
ela faz dele seu “boneco de trapo”.
Assim, a narrativa de Chiziane alça um simbolismo encantador
em torno delas, como se fossem um novo tipo para a velha história de Penélope
durante a Guerra de Tróia. “As mulheres gostam de heróis e amam-nos”, diz a
narradora de Chiziane. Só que em Ventos do Apocalipse as nossas
Penélopes não esperam pelos heróis; acompanham eles na própria saída da guerra.
E o lembrar e o esquecer são tecidos diretamente sob as mãos e a tradição das
lágrimas dessas moçambicanas, dia e noite, sob o sol e tempestade.
Nas páginas finais a chegada à Aldeia do Monte já é concreta
e “a vontade de sobreviver aumenta”. Os sobreviventes são recepcionados de bom
grado e conseguem repouso diante de uma população prestadora de tamanha
generosidade para a recuperação coletiva. As próprias paisagens do romance
passam a ser descritas pelo prazer da beleza reencontrado naquele território e
na articulação de novo movimento de espírito aos refugiados.
Nessa toada, Minosse, nossa velha anfitriã, retorna ao
núcleo da história quando decide adotar um órfão. Esse menino, rejeitado e
hostilizado por suas origens familiares, regressa à figuração do moçambicano
fraturado que está à espera da mulher para ser abrigado. Daquele trabalho
familiar que apenas o papel feminino pode ocupar — e que se torna irônico aqui
pela contraposição dos fatores: aquele que precisa do abrigo para curar as
fraturas do tempo versus aquela que foi esquecida nas próprias fraturas
do tempo.
O virtuosismo da romancista edifica também metáforas
circulares. Os mesmos pesadelos sentidos por Sianga no início são sentidos
gradativamente por sua última mulher, mas essa tem garra o suficiente para
ultrapassar o silêncio da derrota quando vocifera sua dor e entende a
necessidade do trabalho do cuidado para renovar laços antes negados. E nesse
sentido, a aparição do menino e, no capítulo adiante, a também adoção de sua
irmã Sara, é o elemento ficcional que contribui como escada para renascimento
de Minosse:
“Minosse lança-lhe um olhar terno. Os raios do Sol incidem
sobre o rostinho negro do seu menino dando-lhe tonalidades azuladas. Reina
felicidade e luz nos olhos ressuscitados daquela criatura. [...] Aproxima-se da
sua protectora. Os olhos velhos sorriem para os olhos novos. As mãos novas
acariciam o rosto velho na segurança de um amor correspondido. Uma nuvem negra
desce do monte e ensombra a alegria do órfão. [...] Abraça a velha com toda a
sua força porque teme que a morte a leve. No dia que ela morrer morrerei com
ela, quero acompanhá-la até ao fim do mundo.”
Da maneira que o sofrimento não aplaca totalmente, o garoto
(que não recebe nome) representa ainda a evidência de um ambiente suscetível às
mesmas instabilidades já conhecidas. “O menino tem espírito maligno, tem uma
sombra má, dizem. E toda a comunidade tem medo de coisas más”. Desse medo se
revela sistematicamente outra comunidade sofrendo a impotência de dias ruins e
a perseguição do “espectro da morte”. O enfrentamento do sentimento de pavor
pela comunidade do Monte, então, se dá pela desorganização violenta do poder
político da comunidade. E isso abre portas para, outra vez, as amarguras
físicas. Tal qual o apocalipse anunciado, a destruição se alastra para encerrar
essa história, só restando a urgência do socorro internacional. E o apego à
tradição na presença da decadência da vida.
Religiosamente, e por uma última vez, observamos o
“karingana wa karingana” ser despertado pela narradora quando a personagem
Emelina — essa considerada a louca catalisadora dos eventos finais (“Foi ela
quem conduziu a fogueira que incinerou a vida”) — aparece e conta a sua vida à
enfermeira Danila². Envolvida dentro dessa narração, a participação da
estrangeira que cuida dos feridos confere um aspecto de simulacro. Ela se
atordoa na narração macabra da louca tentando estabelecer uma relação íntima de
comunhão. Mas Emelina parece fingir essa abertura apenas porque sendo os
estrangeiros aqueles que “podem contar-se todos os segredos porque não ficam
remorsos”, a tradição oral é amedrontada pois é exercida em um limiar de quase
esquecimento. E esta é a ponte que intercede essa ficção tão irônica e amarga.
Estaríamos nós, como leitores-ouvintes, dispostos a interpretar essa ocupação
que fazemos das histórias ancestrais dos outros, dos massacrados do fim do
mundo?
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Malangatana Valente Ngwenya. Juízo Final, 1961, óleo sobre unitex, 121,5 x 149 cm (coleção do artista). |
O caminho da resposta fica a critério de quem terá coragem
de se permitir. De muito bom grado e cabalisticamente, o romance já dimensiona
essa possibilidade pelo seu estilo narrativo que legitima a voz memorial dos
griots (contadores de histórias africanos) e a poética oral. Mérito total de
Paulina Chiziane que consegue andar por tantas violências e tantos personagens
sem perder a singularidade da recriação e recuperação da sua cultura no tom
ficcional, porque ainda é uma criação imaginativa. Ela pausa e retorna, quase
em um vai-e-vem, desses indivíduos para especificar um ângulo coletivo e
confirmar as proporções da catástrofe ocorrendo simultaneamente e
continuamente.
Minosse, ao fim, não sonha mais, porém pensa. Recordando a
sua própria trajetória até aquele fim, ainda soa que “para ela, as atitudes dos
homens, os sonhos dos homens, o destino dos homens, os caminhos dos homens, são
mistérios”. Entre esses papéis femininos e masculinos, suas relações com a
tradição e a modernidade, a narração beira um esboço quase perfeito de como
contrapor as emoções de gênero dentro de uma tribo. E só não é perfeito porque
sendo uma representação literária, não alcança a oralidade
per se. Digo
mais: desconfio que a narradora possa ser homem justamente por essa aproximação
angular da fatia da tradição que chora; daquela que, não podendo ser esses
amargurados ávidos por poder e aprisionados no medo de suas finitudes, é a
única reconhecedora da imortalidade se fazendo na transmissão da história que
questiona a si mesmo.
Sianga, Sixpence e o Órfão adotado quando aprisionados nos
seus próprios sonhos atingem em graus distintos toda uma população porque não
foram capazes de acessar o afeto. São exemplos claros das figuras tornadas reis
e heróis apenas porque antes estiveram “no ventre das mães”, e rejeitando
reescreverem o destino da liberdade quando elas questionam. E Paulina Chiziane
esboça excelentemente essa contraposição de emoções ao dobrar o antigo relato
do fim do mundo no batismo de fogo que versa
Ventos do Apocalipse.
Afinal, os dias de guerra sempre são iguais, e os homens também serão.
______
Ventos do ApocalipsePaulina Chiziane
Companhia das Letras, 2023
272 p.
Você pode comprar o livro aqui
Notas:
1 Falo da belíssima e completa resenha publicada por Maria
Nazareth Fonseca, que esmiúça os papéis simbólicos e materiais da tradição
diante das guerras civis fortuitas.
2 Em artigo publicado, Rosilda Bezerra e Francisca Zuleide
Souza apresentam discussões bem mais abrangente sobre esse desfecho,
principalmente na aparição da personagem Emelina, nas páginas finais, para
traçar a relação entre a “decadência do corpo feminino” e o pessimismo presente
no último capítulo, quando a Aldeia do Monte é destruída. As autoras ainda
tratam diretamente sobre a questão da ajuda humanitária nesse cenário e a
formatação de uma narrativa que dialoga diretamente com a Bíblia nas visões dos
Quatro Cavaleiros do Apocalipse (que aparecem de maneira simbólica,
prenunciando o fim).
Referências
Bezerra, Rosilda Alves; De Souza, Francisca Zuleide Duarte.
A mulher moçambicana e sua relação com a guerra em Ventos do Apocalipse, de
Paulina Chiziane.
Revista Mulemba, v. 6, n. 10, 2014.
Fonseca, Maria Nazareth Soares. Campos de guerra com mulher
ao fundo no romance Ventos do apocalipse.
Scripta, v. 7, n. 13, p.
302-313, 2003. Disponível
aqui.
Leite, Ana Mafalda. Em torno de modelos no romance
moçambicano.
Portuguese
Literary and Cultural Studies, p. 185-200, 2003.
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