LANÇAMENTOS
Em romance ambicioso, com ecos
de Tolstói, o escritor Prêmio Nobel de Literatura Orhan Pamuk utiliza ampla
pesquisa histórica para dar vivacidade de detalhes ao universo da ilha fictícia
de Mingheira, que enfrenta uma pandemia avassaladora no começo do século XX.
Uma nova doença começa a fazer
vítimas em uma ilha do Império Otomano, no começo do século XX. O Químico Real
do Sultão é enviado de Istambul para controlar a situação, mas é assassinado. A
princesa Pakize e seu marido epidemiologista logo são despachados para o local
para investigar, e assim se inicia uma saga sem igual na literatura
contemporânea. Enquanto os cadáveres se empilham devido a esta enfermidade
avassaladora, as questões culturais, como antagonismos religiosos e suas
consequências políticas, interferem diretamente na maneira como os moradores
lidam com a ameaça de saúde pública. Partindo dessa premissa tempestuosa, Orhan
Pamuk esboça os principais traços de seu romance de grande escopo: uma mescla
de ficção histórica, com muitos paralelos com a nossa realidade recente, e uma
trama eletrizante, com acontecimentos inesperados, movidos por um assassinato
misterioso, como num bom policial.
Noites de peste tem tradução de
Débora Landsberg e é publicado pela Companhia das Letras.
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O premiado primeiro romance do escritor
boliviano Gabriel Mamani Magne ganha edição no Brasil.
Final da Copa América de 1997,
Brasil contra Bolívia. É nesse dia, em São Paulo, durante a partida, que nasce
Tayson Pacsi, filho de bolivianos que emigraram para a capital paulista para
trabalhar em uma das tantas oficinas de costura e tentar melhorar de vida. A
infância de Tayson, segundo seu primo, o afiado narrador deste romance, foi
“uma batalha constante entre a língua dos seus pais e a língua do seu
passaporte”. Dezessete anos mais tarde, porém, a família de Tayson volta mais
rica para El Alto, na Bolívia, e os dois primos frequentam o serviço
pré-militar, obrigatório para todos os adolescentes. E é entre um ônibus lotado
e outro, e enquanto vendem pipoca pelas ruas da cidade, que emergem as
descobertas tão típicas e absolutamente únicas para cada um de nós: o álcool, o
sexo e as paixões. A imigração é uma das marcas da família Pacsi: além dos pais
de Tayson, o tio Casimiro vive no Chile e ganha a vida como contrabandista. Já
os pais do narrador são “covardes” e continuaram pobres porque, para ele, não
tiveram a mesma coragem dos outros. E assim, perdido entre ficar na Bolívia,
país cuja identidade tenta entender, e partir para um Brasil idealizado, o
narrador amadurece ao tentar descobrir quem é e quais são seus desejos para o
futuro. Entre El Alto, La Paz, São Paulo e uma ideia de Seul, acompanhamos o
olhar juvenil — mas nunca ingênuo — para temas como imigração, racismo,
pobreza, relações de trabalho e alteridade.
Seul, São Paulo tem tradução
de Bruno Cobalchini Mattos. O livro é publicado pela editora Todavia.
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Paolo Giordano adentra os
territórios mais interessantes do romance europeu do século XX para aterrissar
feliz e levemente em um lugar próprio.
Há momentos em que tudo muda.
Acontece alguma coisa e o rio no qual sempre estivemos imersos começa a fluir
em outra direção. Chamamos isso de crise. O protagonista desse romance é um
jovem atento e vibrante, que achava que a ciência lhe daria todas as respostas,
mas se vê diante de um muro de perguntas. Com ele estão Lorenza, que sabe
esperar, Novelli, que estuda a forma das nuvens, Karol, que encontrou Deus onde
não o estava procurando, Curzia, que anseia, Giulio, que não sabe como falar
com seu filho. A crise de que trata esse romance não é apenas a de um casal,
talvez seja a de uma geração, certamente a crise do mundo que conhecemos — e de
nosso planeta. A magia de Tasmânia, a força com que ela nos atrai em cada
página, é a refração natural entre o que está acontecendo fora e dentro de nós.
Assim, até mesmo o fantasma da bomba atômica, que o protagonista estuda e
reconstrói, torna-se um exorcismo: o apocalipse está nessa nossa luta e nos
movimentos incontroláveis do coração. Pegando o bastão dos grandes escritores
cientistas do século XX italiano, Paolo Giordano adentra os territórios mais
interessantes do romance europeu desses anos, para aterrissar feliz e levemente
em um lugar próprio, onde ele pode jogar com as dissimulações e a revelação de
si, encarando seus próprios demônios e atravessando o medo. Com tradução de
Wander de Mello Miranda,
Tasmânia é publicado pela Âyiné.
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Uma antologia bilíngue do
revolucionário poeta Guillaume Apollinaire, cuidadosamente selecionada,
traduzida e apresentada por Rodrigo Garcia Lopes.
Em
Zona e outros poemas
podemos contemplar as diferentes fases da carreira do artista e a criatividade
de seus caligramas, poemas de “escrita-imagem” que viriam a inspirar os
concretistas brasileiros. Nome central dos movimentos vanguardistas que
sacudiram o século XX, o francês de origem polonesa Guillaume Apollinaire
inovou a poesia, libertando o verso e arriscando diálogos com as artes
plásticas. Viveu em Paris no auge da efervescência intelectual da cidade,
quando colaborou com Pablo Picasso, Jean Cocteau e Marcel Duchamp, e
experimentou com o surrealismo e o cubismo. Esta antologia, que reúne poemas
dos livros
Álcoois e
Caligramas, apresenta o amplo universo de
Apollinaire, com suas analogias insólitas e textos híbridos e fragmentários que
fogem de qualquer classificação. Publicação da Penguin/ Companhia das Letras.
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O novo livro da poeta Mariana
Basílio.
A imagem do mundo com um só grande
continente, antes da sua separação geológica, é o ponto de partida de
Pangeia,
construção literária de uma “geologia humana” — ou, como chama a autora, a
“etimologia do ser”. Poesia simplesmente, ou ainda um ensaio sobre a
integridade da natureza humana, o livro foi vencedor do Prêmio Biblioteca
Digital do Estado do Paraná em 2020, que substituiu o Prêmio Paraná de
Literatura durante a pandemia de covid-19, permanecendo inédito em livro
impresso. Desenvolvido e ampliado, ganha agora sua primeira edição pela Assírio
& Alvim Brasil, com introdução de Prisca Agustoni, vencedora do prêmio
Oceanos de 2023. Entre os materiais incluídos na edição impressa estão poemas em
homenagem aos poetas e aos mortos da Faixa de Gaza, na guerra deflagrada em
2023; o título “Nós não somos números” (no original “We are not numbers”) era
projeto do poeta Refaat Alareer (1979 – 2023), morto em 6 de dezembro.
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Um mergulho na ambivalência
entre o conforto do pertencimento e o desejo de fuga.
Boulder é uma rocha em alto-mar. O
trabalho na cozinha de um navio mercante é ideal para ela, afeita à solidão,
vagando de porto em porto. Quando conhece Samsa, porém, é arrebatada por uma
paixão que a faz retornar à terra firme e se entregar a uma vida conjugal que
não estava nos planos. Até que surge na companheira a vontade de ser mãe, o que
a transforma numa mulher bem diferente da que tinha conhecido. Boulder, na sua
frieza, mergulha em sentimentos novos e na ambivalência entre o conforto do
pertencimento e o desejo de fuga. Com tradução de be rgb e Meritxell Hernando
Marsal,
Boulder, de Eva Baltasar, sai pela editora Dublinense.
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Chega aos leitores brasileiros
o romance premiado com Goncourt em 2023.
No grande jogo do destino, Mimo
recebeu as cartas erradas. Nascido na pobreza, é colocado cedo como aprendiz de
um escultor bruto e sem talento. Ele, no entanto, possui um gênio nas mãos.
Quase todos os anjos abençoaram Viola Orsini. Herdeira de uma família
prestigiosa, sua infância transcorreu à sombra de um palácio em Gênova. Dotada
de rara inteligência, ela se recusa a aceitar passivamente o papel social que
lhe foi reservado. Os caminhos de ambos nunca deveriam ter se cruzado. À
primeira vista, reconhecem-se como gêmeos cósmicos e juram nunca se separar.
Embora incapazes de coexistir, Viola e Mimo também não suportam longos períodos
e distâncias entre si. Ligados por um vínculo indissolúvel, eles enfrentam anos
turbulentos enquanto a Itália sucumbe ao fascismo. Mimo obtém sua revanche
contra o destino, mas que valor terá a glória, se isso significar perder Viola?
Velar por ela, de Jean-Baptiste Andrea, é publicado pelo selo Vestígio,
do grupo Autêntica, com tradução de Julia da Rosa Simões.
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Esta edição organizada por
Guilherme da Silva Braga apresenta ao público brasileiro uma seleção de contos
do finlandês Zacharias Topelius.
Ao lado de Hans Christian Andersen
(autor de contos como “A pequena Sereia”, “O Patinho Feio” e outros textos),
Zacharias Topelius é considerado um dos grandes fabulistas do norte da Europa.
Originalmente reunidos sob o título
Läsning för barn (“Leituras para
crianças”),
Contos de Natal e neve é composto de três histórias: “Sampo
Lappelill”, “O Natal dos trolls” e “O tomte do castelo de Åbo”. Para o
organizador e tradutor, “um traço comum às narrativas aqui reunidas é a mistura
entre figuras pertencentes ao folclore e à mitologia nórdica e ideias ligadas
ao cristianismo e à figura de Jesus”. Além disso, cada conto “põe o leitor a
imaginar um universo bem mais vasto”. Publicação da editora Aboio.
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A poeta e dramaturga colombiana
Piedad Bonnett narra com uma honestidade contundente o suicídio de seu filho.
Diagnosticado com esquizofrenia,
Daniel batalhou por anos contra a depressão e a paranoia, consequências da
doença e da dificuldade de nomeá-la. O relato autobiográfico tem início no
apartamento de Daniel em Nova York — cidade onde cursava o mestrado —, poucas
horas depois de sua morte. Com linguagem sóbria e delicada, a autora relata as
batalhas do filho, o estupor do luto, as formalidades ligadas à perda e, acima
de tudo, a luta desigual de um jovem contra a loucura. Com tradução de Elisa
Menezes,
O que não tem nome é publicado pela editora DBA.
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Em ensaio autobiográfico, a
atriz e escritora argentina Camila Sosa Villada resgata memórias primordiais de
sua infância em Córdoba para refletir sobre literatura, escrita, família,
pobreza e a relação entre elas.
Num exercício de autoinvestigação
franco e poético, em que sensibilidade e consciência social se combinam, a
escritora reconhece na criação literária um gesto de resistência e
autopreservação. “Eu digo: primeiro a escrita, depois a tristeza. E é uma vitória
sobre esse desígnio da minha família que nunca aceitou sua pobreza: primeiro eu
soube escrever e depois aprendi a ficar triste.” Ao retraçar as origens da
própria literatura, Sosa Villada descobre nela a presença incontornável de seus
pais, que lhe presentearam com os saberes das letras, muito antes de seus
caminhos se afastarem: “Meu pai me ensinou a escrever, e minha mãe, a ler. Eles
me levaram para a borda de uma floresta e me deixaram ali sozinha, esperando
que eu entrasse e me perdesse para sempre.” Pródiga em frases antológicas e definições
inesquecíveis sobre literatura (entre elas, “um animal muito difícil de ser
caçado”, e “a travesti é a irmã da escrita nessa viagem de renúncia”), a
escritora também dialoga com todos aqueles para quem a leitura é um ato
essencial, ainda que terrível; aqueles que, à sua semelhança, conhecem o “poder
do prazer da solidão” proporcionado pelos livros, seu primeiro refúgio contra a
pobreza de sua infância, a tristeza da mãe, a violência do pai. Guiada pelas
leituras de Marguerite Duras, Wisława Szymborska e Carson McCullers, cujas
palavras reverberaram e permanecem nela para sempre, Sosa Villada encontra as
próprias, “tão alcoólatras” quanto seu pai, “tão desamparadas e insaciáveis”
quanto sua mãe, fazendo da escrita um ato necessário e urgente, inato e fatal,
na medida que pode dar vazão às histórias que anseiam por ser contadas. Com
tradução de Silvia Massimini Felix,
A viagem inútil sai pela editora Fósforo.
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REEDIÇÕES
O coronel e o lobisomem
,
principal livro de José Cândido de Carvalho e obra-prima do realismo mágico
brasileiro regressa pela mão da José Olympio.
O romance narra a história de
ascensão e queda de Ponciano de Azeredo Furtado, herdeiro das terras e do
título de seu avô, um coronel da Guarda Nacional. Nesta obra-prima povoada de
animais e seres fantásticos, José Cândido de Carvalho apresenta um narrador-protagonista
com raízes interioranas, que tem a sanidade testada ao entrar em contato com a
vida na cidade. Sem se valer de erudição elitista, o autor cria um romance
regionalista original, a partir de um trabalho de invenção linguística que
articula contos da cultura popular, incluindo fábulas encharcadas pelo realismo
fantástico. Obtém, assim, um enredo que flutua entre os modos de vida do
interior do Brasil e o imaginário latino-americano, ambos férteis para os
mistérios da encantaria e os acontecimentos extraordinários. Como apontou
Rachel de Queiroz, “no léxico de Zé Cândido não aparece uma palavra que não
seja possível; se ela não havia até aqui, estava fazendo falta”. Lançado em
1964,
O coronel e o lobisomem é considerado um dos principais livros da
literatura brasileira. Foi também publicado em Portugal, na França, na
Argentina e na Alemanha, e recebeu os prêmios Jabuti, Coelho Neto (Academia
Brasileira de Letras) e Luísa Cláudio de Sousa (PEN Clube do Brasil). No
cinema, inspirou dois filmes homônimos: o de 1978, com roteiro e direção de
Alcino Diniz, que representou o Brasil no Festival de Cannes, e o de 2005,
dirigido por Maurício Farias, roteirizado por Jorge Furtado e Guel Arraes, com
Diogo Vilela, Selton Mello e Andrea Beltrão no elenco.
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O primeiro livro de Selva Amada
publicado no Brasil ganha reedição.
Obra de estreia saudada desde seu
aparecimento como um marco da nova literatura latino-americana,
O vento que
arrasa já traz as maiores qualidades de Selva Almada, que seriam
reconhecidas por meio de livros como
Garotas mortas e
Não é um rio:
a prosa límpida, cortante e poética, junto com um olhar filosófico sobre a vida
das pessoas comuns e a sabedoria rara de perceber que mesmo o silêncio carrega
uma miríade de significados. Uma obra triunfal. A tradução de Samuel Titan Jr.
volta a circular em nova edição — pela Todavia.
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RAPIDINHAS
Mais uma fornada de Valêncio
Xavier. Há muito esgotado,
O mez da grippe voltou aos leitores em
meio da pandemia de covid-19. Mas a primeira tiragem da edição artesanal da
Arte & Letra esgotou rapidamente. A editora, agora, repôs novo estoque. O
romance é considerado um marco da literatura brasileira de expressão inventiva.
Auta de Souza 1. A poeta foi
homenageada com uma exposição no salão nobre da Assembleia Legislativa do Rio do
Grande do Norte e na ocasião, a casa publicou uma edição fac-similar do único
livro deixado por ela:
Horto.
Auta de Souza 2. Publicado
em junho de 1900,
Horto, por intermédio de Henrique Castriciano, irmão da
poeta e figura da elite potiguar, mereceu atenção de poetas como Olavo Bilac,
baluarte da poesia na época.
Mais Alejo Carpentier. A editora Zain prepara para o final deste semestre e o próximo a reedição de dois livros do escritor cubano:
Os passados perdidos sairá com prefácio de Leonardo Padura; e
A sagração da primavera. Ainda este ano, a mesma casa planeja publicar o inédito
A música em Cuba.
DICAS DE LEITURA
Na aquisição de qualquer um dos
livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a
manter o Letras.
1.
Antologia fantástica da
literatura antiga, de Marcelo Castel Cid (org.) (Ateliê Editorial, 280 p.) O
livro que alcança a segunda edição agora em 2024 reúne três centenas de textos situados
num intervalo de tempo que remonta do século VIII a. C. ao século VI d. C. provenientes
da Antiguidade greco-latina; são narrativas que expandem parte da nossa vigente
compreensão do gênero fantástico.
Você pode comprar o livro aqui.
2.
Blumfeld, um solteirão de
mais idade e outras histórias, de Franz Kafka (Trad. Marcelo Backes, Civilização
Brasileira, 336 p.) A antologia reúne além de textos já antes acessíveis
ao leitor brasileiro a partir de outras traduções, inéditos vertidos diretamente
do alemão como “O guarda da cripta”, o único drama escrito por Kafka.
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3.
Jogo da forca, de Christian
Morgenstern (Trads. Augusto de Campos, Haroldo de Campos, Felipe Fortuna,
Montez Magno, Paulo Mendes Campos, Rubens Rodrigues Torres Filho, Roberto Schwarz
e Sebastião Uchoa Leite, Editora 34, 168 p.) Pela lista generosa de tradutores é possível
perceber que este livro é uma reunião com aquilo do poeta alemão que já se
traduziu entre nós; um trabalho de Samuel Titan Jr. Morgenstern foi um dos nomes
principais do modernismo alemão, numa época, como se sabe, em que o nosso
modernismo sequer engatinhava.
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BAÚ DE LETRAS
No passado 18 de abril celebramos no Brasil o Dia Nacional do Livro Infantil, uma data instituída no
calendário cultural do país em 2002 em honra do escritor Monteiro
Lobato, nome incontornável na literatura e na formação de leitores. Leia algumas das publicações neste blog em torno do escritor e sua
obra. Em 2010, Pedro Fernandes escreveu um
breve perfil de Lobato; um ano mais
tarde, Antonella Lima escreveu
acerca da correspondência trocada entre o autor
do
Sítio do Pica-pau Amarelo e Lima Barreto;
em 2015, no auge da polêmica acerca do racismo
na obra de Monteiro Lobato, Cesar Kiraly escreveu
um artigo sobre a questão.
Quando trabalhava no
desenvolvimento de
Noites de peste, traduzimos
este texto de Orhan Pamuk acerca
do seu convívio com a farta literatura estabelecida a partir do tema principal
do seu romance: “O que nos ensinam os grandes romances sobre a peste”.
O ponto de vista ficcional tomado
a partir do histórico referido em
Noites de peste reacendeu a ira da Turquia
contra Orhan Pamuk. Há dois anos, traduzimos
este texto com a polêmica recepção
do romance na terra natal do escritor.
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