LANÇAMENTOS
Nova edição e tradução de Kallocaína
,
uma distopia sobre a importância da conexão genuína entre seres humanos e tão
importante quanto 1984
de George Orwell, Admirável mundo novo
de
Aldous Huxley e Nós
de Ievguêni Zamiátin.
Leitura obrigatória para quem
gosta de distopias, este clássico consagrou a autora sueca Karin Boye como um
dos grandes nomes da ficção científica. Nesta atmosfera asfixiante,
acompanhamos um cientista partidário de um Estado totalitário, que desenvolve
uma droga que força quem a toma a revelar pensamentos e até vontades
inconscientes. O Estado mundial criado por Boye é familiar à sociedade
permanentemente tensionada que George Orwell descreveu em
1984. Há
muitas semelhanças entre as duas histórias: a vigilância contínua dos cidadãos
pelo Estado; a ausência de arte; a constância dos duplos; uma fraternidade,
clandestina e paralela ao regime estabelecido; a existência de um mundo
selvagem, não organizado, e por isso mesmo desejável; a desconfiança entre os
homens como fundamento do Estado. Obra distópica original e complexa, escrita
por uma mulher que viveu a Segunda Guerra Mundial na Alemanha e na União
Soviética, este romance é um alerta sobre o totalitarismo e a importância de
resistir. Responsável por acender um acalorado debate na Europa, este clássico
é parte indispensável de qualquer biblioteca. A nova edição sai pela editora
Aleph com tradução de Janer Cristaldo e em dois formatos: em capa dura e capa
comum.
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Inédito no Brasil. Publica-se o testemunho do amor, do respeito e do
carinho nutridos entre o aluno Albert Camus e seu professor de Argel.
Assim que recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, Albert Camus escreveu a
seu antigo professor em Argel, sem o qual, segundo o próprio Camus, nada disso
teria lhe acontecido. Neste livro, são reunidas pela primeira vez cartas que
Albert Camus e Louis Germain trocaram ao longo dos anos, repletas de carinho e
admiração mútuos. Além disso, contém o texto “A escola”, de
O primeiro homem,
romance inacabado de Camus no qual Germain é a inspiração para o personagem
Bernard, um professor severo, rigoroso, mas, acima de tudo, extremamente
afetuoso e apaixonado pelo magistério.
Caro professor Germain é uma
homenagem à relação de gratidão e carinho entre um aluno e seu professor e um
testemunho inspirador do poder de mudança da educação. A tradução é de Ivone
Benedetti. A publicação, da editora Record.
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O quarto volume do teatro
completo de Eurípides na tradução de Jaa Torrano.
A fumaça de Troia mal sobe aos
céus e já suas esposas, mães e filhas são partilhadas entre o exército grego,
destinadas a servir a este ou aquele guerreiro. Poucas obras da literatura
ocidental têm a carga reflexiva e emocional de
As Troianas, de
Eurípides, encenada em 415 a.C., e reescrita e reencenada desde então numa
prova de sua inexaurível atualidade. Jean-Paul Sartre viu nela uma denúncia
veemente de todo poder colonizador; outros a tomam como a peça que dá voz aos
oprimidos, encarnados nas magistrais figuras femininas de Hécuba, Andrômaca e
Cassandra.
Ifigênia em Táurida e
Íon, as duas peças que também
integram este volume de traduções e ensaios de Jaa Torrano, põem em relevo o
caráter ambíguo das relações familiares, quando sobre elas incide a ação dos
Deuses. Na primeira, Ifigênia, jovem sacerdotisa de Ártemis, deve sacrificar
todos os estrangeiros que aportam em Táurida, sem saber que um deles é
precisamente seu irmão Orestes. Em
Íon, a contradição está instalada no
personagem de mesmo nome, que serve com devoção no templo de Apolo, em Delfos,
ignorando que este é seu pai e o gerou num ato de violência. Este quarto volume
do Teatro completo de Eurípides reafirma a incrível capacidade do dramaturgo
grego de trazer à luz, com sutileza e precisão, os múltiplos movimentos da alma
humana. Publicação da Editora 34.
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A DBA acrescenta um segundo
título do escritor argentino Pablo Katchadjian no seu catálogo.
O narrador de
Uma oportunidade
tem certeza de que está enfeitiçado e de que isso o impede de tomar certas
decisões contundentes e resolutivas — como, por exemplo, ligar para uma bruxa
que poderia solucionar seu problema. Entre taças de vinho, viagens,
interrogatórios, tulpas e egrégoras, o protagonista faz de tudo — inclusive
escrever um livro — para desfazer o feitiço que paira sobre ele. Tradução de
Bruno Cobalchini Mattos.
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Um retorno da obra da escritora húngara Ágota Kristóf aos leitores
brasileiros.
A analfabeta é o
relato da sua travessia pessoal em busca de uma pátria e de uma língua que
jamais fossem confiscadas. Queria uma língua na qual pudesse, enfim, encontrar
as palavras que lhe pertencessem. Numa série de curtos depoimentos, Kristóf
escreve sobre a fantasmagórica infância pobre de quem começa a viver em meio a
um conflito mundial e sobre a obrigatoriedade de aprender o idioma russo, que
tentou rasurar a sua língua natal. Lembra, ainda, a estranheza do luto imposto
pela morte de Stálin e da sua fuga para a Suíça no final dos anos 1950. Uma das
mais importantes autoras europeias do século XX, Kristóf oferece aqui um
romance da sua vida junto às palavras, e sentencia: “É preciso continuar
escrevendo. Inclusive quando não interessa a ninguém”. Com tradução de Prisca
Agustoni, o livro sai pela Editora Nós.
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Livro que se tornou um
fenômeno na literatura queer na década passada ganha tradução e publicação no
Brasil.
Maria Griffiths tem quase trinta
anos, vive no Brooklyn, trabalha num sebo no sul de Manhattan, usa uma
bicicleta para se locomover e faz o que pode para não se afastar de suas raízes
e crenças punk. Ela leva uma vida meticulosamente arquitetada para não precisar
pensar ou sentir: evita conversas difíceis, engole pílulas aleatórias que
carrega em um saquinho, tem uma rotina matinal orquestrada minuto a minuto,
bebe demais e está sempre traçando rotas de fuga. Além disso, protege-se
debaixo de camadas de roupa e maquiagem, na esperança de escapar de diálogos
forçadamente simpáticos ou abertamente hostis sobre o fato de ser uma mulher
trans. A bolha em que vive estoura com o término do namoro com Steph, e a
situação se agrava quando, no dia seguinte, Maria retorna de uma de suas muitas
saídas não autorizadas do trabalho e é demitida. Esses dois acontecimentos a
levam a uma crise existencial que culmina no roubo do carro de Steph e em uma
viagem rumo à Califórnia, onde ela acaba conhecendo uma pessoa que a faz examinar
a própria vida e existência trans. Publicado originalmente em 2013,
Nevada
logo tornou-se um fenômeno na literatura queer. Imogen Binnie utiliza
referências das culturas pop e punk para ilustrar uma época, porém, os dilemas
da personagem, seus medos e suas preocupações, reverberam mais de uma década
depois. Com tradução de Fernanda Abreu, o livro sai pela editora Todavia.
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Obra organizada por Nádia Battella Gotlib reúne quatro décadas de depoimentos
de 65 personalidades acerca de Clarice Lispector.
Livro de recordações? De percepções? Registros de conversas? De
situações ora embaraçosas, ora envolvidas por um encanto inexplicável?
Encontros que em certo momento atravessaram o destino de uma vida e se
perpetuaram pela escrita?
Clarice na memória de outros, fruto de quatro
décadas de pesquisa de Nádia Battella Gotlib, registra tais experiências
mediante uma coleção de 65 vozes que se pronunciam em torno de Clarice
Lispector. São cartas, fragmentos, entrevistas, anotações, artigos em recortes
de jornais, poemas e crônicas de pessoas que tiveram diferentes modos de
relacionamento com a escritora: familiares, amigos, colegas, admiradores,
jornalistas, editores, pesquisadores, artistas plásticos, músicos, diplomatas,
atores, escritores, críticos. Em sua maioria textos inéditos, aqui convivem,
lado a lado, diferentes vertentes do gênero biográfico: do mais canônico, numa
perspectiva documental de teor mais objetivo, ao ficcional, em que o factual se
rende às instâncias criativas do autor. A meticulosa pesquisa de Nádia Battella
Gotlib, uma das maiores especialistas em Clarice Lispector, contribui para a
construção de um vibrante mosaico de recordações, um caleidoscópio de
perspectivas que revela a mulher complexa e multifacetada por trás da escritora
genial. O livro reúne textos de
nomes como Ana Maria Machado, Antonio Callado, Autran Dourado, Benedito Nunes,
Caetano Veloso | Caio Fernando Abreu, Chico Buarque, Hélio Pellegrino, Humberto
Werneck, Ignácio de Loyola Brandão, José Castello, Lêdo Ivo, Lúcio Cardoso,
Lygia Fagundes Telles, Luis Fernando Verissimo, Marina Colasanti, Marly de
Oliveira, Nélida Piñon, Olga Borelli, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos,
Raimundo Carrero, Rubem Braga, Vilma Arêas, entre outros. Publicação da editora
Autêntica.
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A adaptação de Morte e vida
severina
, o poema mais conhecido de João Cabral de Melo Neto, para HQ já
está nas livrarias.
Atual e necessária, esta adaptação
descortina dramas cruciais da humanidade — de ontem e de hoje. De modo
realista, texto e imagens se combinam para recriar a universalidade da árdua
caminhada de tantos e tantos severinos. O auto de Natal, desde sua primeira
publicação, em 1956, ganhou mais de cem edições, sem contar as inúmeras
adaptações para a televisão, o cinema, o teatro, entre outros. Extremamente
popular, a obra-prima de João Cabral de Melo Neto alia a força de sua poesia ao
engajamento social, explorando com surpreendente harmonia a tensão entre o
erudito e popular. Para o poeta Armando Freitas Filho, “violência e ternura
nunca foram tão bem trançadas como neste poema”. Esta combinação ganha agora
forma e cor no traço de Odyr. Ilustrada, a jornada de Severino transcende e
ressignifica a obra de Melo Neto. O livro sai pelo Selo Quadrinhos na Cia.
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O primeiro volume dos diários de maturidade de André Rebouças.
Ele foi um dos principais intelectuais negros brasileiros, pioneiro na
introdução e no ensino da engenharia civil no Brasil. Rebouças manteve um diário íntimo desde seus
primeiros trabalhos como engenheiro militar, logo após retornar de seus estudos
na Europa, em 1863. No entanto, em meados da década de 1870 seu mundo viraria
de ponta-cabeça em meio à crise na gestão de uma de suas principais obras e à
morte de seu irmão, em 1874, e de seu pai, em 1880. Como desdobramento dessa crise, entre 1877 e
1882 Rebouças parou de escrever diários ou destruiu, posteriormente, seu
conteúdo. Quando os retomou, em 1883, está em Londres, em contato com o
movimento abolicionista internacional e com diversos engenheiros e
capitalistas, planejando portos e estradas de ferro. Desde então, escreveu
diariamente em pequenas agendas. Suas
anotações começavam sempre com uma observação sobre o tempo e a posição dos
astros no céu, seguidas da informação da temperatura do dia. Levantava-se
geralmente às cinco da manhã e frequentemente associava a suas notas recortes
de jornais, comentados no posfácio de
O engenheiro abolicionista: entre o
Atlântico e a Mantiqueira ― Diários, 1883-1884. Apesar do estilo sucinto da agenda, o texto
fascina e surpreende. Permite que o leitor acompanhe as atividades de Rebouças
primeiro em Londres, onde ele se encontra com Joaquim Nabuco, já então o mais
conhecido dos abolicionistas brasileiros. Em seguida, mostra-nos sua viagem de
trabalho à Holanda e, pouco depois, o retorno ao Brasil, onde acompanhamos as
atividades do engenheiro em Minas Gerais e sua atuação na imprensa da Corte em
prol da propaganda abolicionista ― até a abolição da escravidão no Ceará em 25
de março de 1884 e o reencontro com Joaquim Nabuco no Rio de Janeiro, em maio
desse ano. Organizado por Hebe
Mattos, o livro é publicado pela Chão Editora.
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REEDIÇÕES
Nova edição de um dos principais romances de Jonathan Safran Foer.
Com uma velha fotografia nas mãos, um rapaz americano viaja até a
Ucrânia para encontrar a mulher que pode ter salvado seu avô dos nazistas.
Acompanhado por Alex, um jovem que tenta servir de tradutor e acaba
demonstrando uma incrível sensibilidade e uma total incompetência na língua
inglesa, um velho assombrado pelas lembranças da guerra e uma cadela vira-lata
chamada Sammy Davis, Junior, Junior, o rapaz é levado em uma excursão
quixotesca por um país devastado, encontrando um passado tão impressionante quanto
fantástico. Durante sua peregrinação pelos confins de uma Europa esquecida, o
rapaz reencena em sua mente a história da aldeia onde seus antepassados viveram
durante séculos, tecendo uma tapeçaria vívida que une gerações ao longo do
tempo. Iluminados por sentimentos como paixão, medo, sensualidade e culpa, os
personagens de
Tudo se ilumina exploram os buracos negros da história
numa mistura empolgante do cômico, do trágico e do extraordinário. À medida que a história recua no tempo, um
fantástico quadro vai sendo pintado ante o leitor, até que a realidade
finalmente colide com a ficção num desfecho surpreendente. Este é um romance
sobre busca: por pessoas e lugares que não existem mais, pelas verdades ocultas
que assombram qualquer família e pelas narrativas delicadas, tão necessárias em
nossos dias, que unem o passado e o futuro, o exuberante e o sábio, o
histericamente engraçado e o profundamente comovente. A tradução revista de
Paulo Reis e Sergio Moraes Rego é publicada pela editora Rocco.
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Um dos principais livros da
ensaística de Umberto Eco em nova edição e nova casa editorial.
O que é o texto de ficção? Em que
medida ele difere da verdade histórica? E o que ocorre quando o leitor mistura
os papéis e considera como reais personagens fictícias ou vice-versa? Estas e
outras questões cruciais da arte narrativa são discutidas, de forma acessível e
bem-humorada, por Umberto Eco, nestas seis conferências que realizou em 1993 na
Universidade Harvard. De Esopo a Ian Fleming, de Edgar Allan Poe e Nerval aos
modernos experimentos de Georges Perec, passando ainda pela Paris de Alexandre
Dumas, o noticiário da Guerra das Malvinas, os filmes pornográficos e seus
próprios romances, Eco investiga os diversos aspectos da leitura, expandindo
nossa percepção não apenas do mundo ficcional, mas também da própria realidade.
A tradução de Hildegard Feist para
Seis passeios pelos bosques da ficção
sai pela Companhia das Letras.
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A Edusp reimprime livro do
filósofo italiano Luigi Pareyeson acerca da obra do escritor russo Dostoiévski.
Resultado das reflexões do
filósofo italiano Luigi Pareyson (1919-1991) acerca da obra de Fiódor
Dostoievski, este livro originou-se de um curso universitário de 1967 sobre o
pensamento ético do romancista, mergulhando na reflexão acerca do bem e do mal,
da liberdade e de Deus. Editado postumamente por dois discípulos de Pareyson a
partir de anotações deixadas pelo autor,
Dostoiévski: filosofia, romance e experiência
religiosa tem prefácio de Giuseppe Riconda e
de Gianni Vattimo, no qual explicam detalhadamente as condições de sua
publicação. Para Maria Helena Nery Garcez, tradutora do volume agora publicado
pela Edusp, a leitura dos livros de Dostoiévski e a análise de suas personagens
são ricamente apresentadas ao leitor e a reflexão pareysoniana encontra neles a
interpretação da experiência religiosa em seus aspectos universais, capaz de
falar a todos os homens.
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DICAS DE LEITURA
Na aquisição de qualquer um dos
livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a
manter o Letras.
1.
A narrativa de Arthur Gordon
Pym, de Edgar Allan Poe (Trad. José Marcos Mariani de Macedo, Carambaia, 312
p.) A aventura de um jovem que embarca clandestinamente no baleeiro Grampus que
parte da costa dos Estados Unidos em direção aos mares do Sul. Este é o único
romance do autor de
O corvo.
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2.
Todos juntos (1976-2023),
de Vilma Arêas (Fósforo, 560 p.) Samuel Titan Jr. reúne toda produção ficcional
de Arêas, restabelecendo alguns dos livros há muito esgotados. O leitor
encontra nesta pequena biblioteca o inédito
Tigrão e outros seis títulos
da escritora.
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3.
Água por todos os lados,
de Leonardo Padura (Trad. Monica Stahel, Boitempo, 292 p.) Para aqueles leitores
amam quando os escritores derivam para o território do ensaio e para os que
precisam descobrir esse interesse. Aqui o escritor revela suas grandes e
paixões e como a literatura, talvez a maior delas, serve de respiro.
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VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
Les Lieux de Marguerite Duras (Os
lugares de Marguerite Duras). É possível acompanhar com legendas em português este
filme de 1976 conduzido por Michelle Porte no YouTube:
aqui, a primeira parte;
e
aqui, a segunda. No dia 3 de março de 2024 passam-se 27 anos sobre a morte da
escritora francesa.
BAÚ DE LETRAS
Pode-se dizer que é ainda a superfície
do baú. No começo de fevereiro de 2024, traduzimos
este texto acerca do romance
de Karin Boye em destaque neste Boletim.
No passado 27 de fevereiro foi data
de
aniversário de John Steinbeck. Aproveitamos a efeméride para
recordar
este texto em modo de perfil do escritor autor de tantas obras
valiosas, como
As vinhas da ira e
A leste do Éden.
DUAS PALAVRINHAS
Para mim, a literatura é um espaço
fraturado, onde circulam diferentes vozes, que são sociais. A literatura não
está posta em nenhum lugar como uma essência; ela é um efeito. O que torna um
texto literário? Questão complexa, à qual, paradoxalmente, o escritor é quem
menos pode responder. Num certo sentido, um escritor escreve para saber o que é
a literatura.
— Ricardo Piglia
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