Boletim Letras 360º #569

 
 
DO EDITOR
 
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- basta enviar através do e-mail blogletras@yahoo.com.br até o dia 16 de fevereiro de 2024, um resumo biográfico e três textos inéditos;
 
- para saber como organizar os seus textos e mesmo conhecer um pouco da linha editorial do Letras, é importante acessar e ler as informações disponíveis aqui;
 
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Sua inscrição é muito bem-vinda!   

Ray Bradbury. Foto: Yousuf Karsh.


 
LANÇAMENTOS
 
Ray Bradbury expõe o lado sombrio da indústria do cinema.
 
Lançado pela primeira vez em 1990, Cemitério de lunáticos é o segundo volume da Trilogia de Hollywood de Ray Bradbury, que teve início com A morte é um negócio solitário. Considerado um de seus trabalhos mais emblemáticos e com fortes traços autobiográficos, a obra ― repleta de mistério e terror ― mistura de forma magistral ficção e realidade, denunciando o lado mais sombrio do cinema norte-americano. Noite de Halloween, 1954. Um roteirista obcecado por seu trabalho consegue o emprego dos sonhos em um dos maiores estúdios de Los Angeles: a poderosa Maximus Filmes. No entanto, logo ele percebe que há algo de muito errado por lá. Decidido a descobrir os mistérios por trás da empresa, ele se depara com algo inusitado: nos limites dos estúdios, separado apenas por um muro, há um cemitério com um ar ainda mais tenebroso do que se poderia esperar de um lugar como esse. A partir de então, o protagonista sem nome se envolve em um turbilhão de intrigas e mistérios que o fará mergulhar de cabeça no glamour vertiginoso da época de ouro de Hollywood ― e em seu poder que ameaça todos aqueles que ousam revirar seus segredos. A tradução de Érico Assis sai pela Biblioteca Azul. Você pode comprar o livro aqui.
 
Resgate de um livro do mítico B. Traven ainda inédito entre os leitores brasileiros.
 
O navio da morte trata-se do relato ao mesmo tempo duro e irônico de um marinheiro que, privado de seu passaporte, por circunstâncias alheias a sua vontade, também perde a cidadania nacional. E os direitos humanos mais básicos. As suas aventuras sempre perigosas, no limite da sobrevivência, se constituem como uma extraordinária epopeia dos proletários do mar — em oposição às mais conhecidas até então, que tratavam apenas dos capitães, aristocratas e proprietários das embarcações. Assim, tendo um trabalhador como herói, o livro confronta as verdadeiras necessidades humanas com as exigências arbitrárias da burocracia e da política nacional e internacional, no período posterior à Primeira Guerra Mundial. O resultado é uma das maiores obras-primas internacionais do século XX. A primeira edição de do livro em língua alemã foi feita em Berlim, em 1926. É essa primeira edição que serviu de base para a presente tradução, diferentemente do que foi feito muitas vezes, em vários países, ao tomar equivocadamente a tradução estadunidense, muito posterior, como sendo o original do livro. A tradução é de Érica Gonçalves Ignacio de Castro. O livro sai pelo selo Quimera, da editora 7Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
A editora Ercolano publica em dois volumes a antologia Fantásticas; os livros reúnem contos e novelas com desdobramentos de corte simbólico e psicanalítico em traduções inéditas.
 
1. O primeiro volume reúne “Arria Marcella”, de Théophile Gautier; “Os mortos são insaciáveis”, de Leopold von Sacher-Masoch e “Estátua de neve”, de Maria Bormann. A intriga do primeiro conto se passa durante o frisson sobre os escavamentos na região de Pompéia. O protagonista Octavien, romântico e sonhador por natureza, se desvia de seus colegas e, numa espécie de delírio, a paisagem começa a mudar e ele se encontra na Pompéia às vésperas da erupção do Vesúvio.  No conto seguinte, “Os mortos são insaciáveis”, o corpo de pedra de uma mulher leva um simpático rapaz à perdição. Em uma reunião familiar, ele fica intrigado com a história de certa estátua que costuma ganhar vida em um castelo da região, e decide procurá-la. Já em “Estátua de neve”, da autora precursora da literatura feminina brasileira, trata-se da história de Carmem, mulher que, como a personagem que dá nome à novela de Prosper Mérimée, goza de relativa autonomia sobre o amor no Brasil do fim do século XIX.  As traduções dos textos deste primeiro volume feitas diretamente dos idiomas originais são de Régis Mikail e Karina Jannini. O livro traz um prefácio de Luciana Saddi, em que se discute os desdobramentos psicanalíticos e a importância das narrativas selecionadas para a psicanálise. Você pode comprar o livro aqui.
 
2. O segundo volume traz duas novelas que compõem o livro: “Gradiva”, de Wilhelm Jensen e “A Vênus de Ille”, de Prosper Mérimée. Na narrativa da primeira novela, o jovem arqueólogo Dr. Norbert Hanold admira um baixo-relevo representando uma mulher em seu caminhar (um dos possíveis significados de “Gradiva”, em latim, é “aquela que caminha”). O estilo espirituoso de "Gradiva", tão delirante quanto o conto “Arria Marcella” de Gautier, muito interessou Freud, que escreveu o marcante ensaio “Sonho e delírio na Gradiva de Jensen”, em 1903. A novela “A Vênus de Ille” tem como ponto de partida algo próximo ao da história anterior: um professor de arqueologia descobre uma estátua de Vênus em bronze no Sul da França. Segundo a crendice popular, a estátua é má e seus olhos reluzem diabolicamente de vermelho, o que se confirma conforme as pessoas vão morrendo misteriosamente. As traduções aqui são de Andréia Manfrin e Matheus Guménin. O livro é composto ainda por um prefácio de Raya Zonana, que aborda o delírio e a posição social da mulher como ente desejado e desejante em suas representações poéticas e psicanalíticas. Você pode comprar o livro aqui.
 
Um novo título na reedição da obra de Augusto Abelaira.
 
Único livro de contos do escritor, Quatro paredes nuas (1972) ilustra de forma exemplar a reiterada afirmação de Abelaira segundo a qual um autor escreve sempre o mesmo romance. As sete narrativas aqui reunidas, à partida excluídas desta afirmação por não se incluírem no gênero romance, fazem, no entanto, eco dos seus livros anteriores não só pela repetição do nome de personagens (Ana Isa ou Maria dos Remédios, por exemplo) e de alguns motivos (o barco Maria Brenda ou o diário), como por terem com eles uma clara afinidade temática e de estilo de escrita. A questão do gênero do livro é, aliás, lançada pelo autor na “Advertência final”, espécie de posfácio ficcional: são contos o que acabamos de ler ou há uma efetiva ligação entre eles e o que lemos são capítulos de um romance? A disjunção dos textos parece, de fato, mais aparente e formal, sendo possível reconhecer-lhes uma unidade, mostrada, desde logo, pela sua estrutura de diálogo, em que a natureza das relações amorosas, o papel do sujeito no mundo, a memória, o efeito do tempo e do acaso ou a indefinição entre real e imaginado são sucessivamente interrogados. Publicação do selo Minotauro. Você pode comprar o livro aqui.
 
Outro título da coleção de obras raras da literatura conduzida pela Editora da Unesp.
 
Desta feita, dois exemplares da grandiosidade de Alphonse Daudet: em “A arlesiana”, bela e delicada peça que abre este volume, acompanham-se os conflitos do jovem Frédéri, atormentado por seu amor não correspondido por uma mulher misteriosa de Arles, enquanto “La Doulou” traz o registro lírico da luta do autor contra a dor física. As traduções são de Jorge Coli. Você pode comprar o livro aqui.
 
Das coletâneas essenciais: livro reúne mitos, lendas e contos populares que marcam a formação do imaginário primitivo da América.
 
Pensamento mágico em estado pulsante. Mitos de origem de existências livres, exuberantes e generosas. Poesia do modo de viver, organizada pela sensibilidade do poeta surrealista Benjamin Péret (1899-1959), com trajetória marcada pelo anticolonialismo. Antologia de mitos, lendas e contos populares da América, obra póstuma à qual o autor dedicou dezessete anos de sua vida. “É inseparável da íntima convicção que Péret e os surrealistas tinham da superioridade das culturas ditas ‘primitivas’ ou ‘arcaicas’ em relação à civilização Ocidental, corrupta, mercantil e miserável. [...] O sonho do revolucionário surrealista é a sociedade futura, livre de opressão, na qual a poesia voltará a ser tão natural ao ser humano quanto o olhar.”, afirma Michael Löwy, na apresentação do livro. Para Karla Segura Pantoja e Gérard Roche, que assinam o prefácio da edição, os mitos, lendas e contos selecionados por Péret, nos mostram, de maneira evidente, o gênio inventivo dos povos que os criaram, e que a religião e o racionalismo das sociedades modernas não conseguiram extinguir. “Muito pelo contrário, o anseio da humanidade pelo irracional, pela poesia e pelo maravilhoso permanecem presentes. Neste mundo desiludido, hostil à poesia, que é o nosso hoje, a leitura desta antologia nos ensina que nada está perdido e nos dá um motivo de esperança”, escrevem. Esta edição é selada com uma detalhada cronologia da trajetória de Benjamin Péret e sua intensa atividade no núcleo do cometa surrealista, assinada por Alex Januário. Com tradução de Alexandre Barbosa de Souza, o livro sai pela editora 100/cabeças. Você pode comprar o livro aqui.
 
Das reapropriações do rebaixamento para outra posição. Antologia reúne releituras do vocabulário utilizado para oprimir as mulheres.
 
Dragão. Diaba. Megera. Bruaca. Rapariga. Enxerida. Sirena. Cospe-fogo. Vituperadora. Ao longo dos séculos, em todos os lugares do mundo, muitas palavras foram usadas para definir e condenar as mulheres. Essas palavras hoje as alimentam, as impulsionam, as incendeiam. Essas palavras contam histórias. Num caldeirão fervilhante, quinze autoras premiadas e best-sellers reivindicam essas palavras, criando uma irresistível e deliciosa coletânea de contos feministas para o século XXI. Fúrias. Histórias de mulheres perversas, selvagens e indomáveis tem tradução de Thais Britto, introdução de Sandi Toksvig e textos de Margaret Atwood, Susie Boyt, Eleanor Crewes, Emma Donoghue, Stella Duffy, Linda Grant, Claire Kohda, CN Lester, Kirsty Logan, Caroline O'Donoghue, Chibundu Onuzo, Helen Oyeyemi, Rachel Seiffert e Kamila Shamsie. Publicação da editora Rocco. Você pode comprar o livro aqui.
 
Primeiro romance de Caetano W. Galindo costura fragmentos de uma existência numa prosa inovadora, revelando com maestria a matéria de que é feita uma vida.
 
Romances podem ser como filmes. Este é um álbum de retratos. Como fotos, os capítulos devem ser vistos por si sós. Como álbum, o livro pode ser lido em qualquer ordem: o que lhe dá sentido (nos dois sentidos) é a vida que registra. É assim que vamos conhecer Lia, personagem-título do livro. Alguém que acompanhamos por toda uma vida feita à nossa frente em fragmentos, lascas e relances. Não é assim, afinal, que conhecemos todas as pessoas da nossa vida? O  livro é publicado pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
A coleção Reserva literária resgata o romance Vida e Aventura de Pedro Malasarte, de José Vieira.
 
O livro narra as peripécias de Pedro Malasarte, jovem de origem humilde que, depois de ser acusado injustamente por um malefício, vê-se obrigado a deixar a vila de Santa Cruz. A partir de então, Pedro é abandonado à própria sorte e passa a enfrentar inúmeros obstáculos. Com bom humor e soluções inusitadas para os problemas que lhe aparecem, o malandro Pedro Malasarte percorre diversos povoados do Nordeste brasileiro. Assim, um rico cenário do século XVIII é composto, retratando a sociedade da época. O personagem Pedro Malasarte tem origem na tradição ibérica medieval e na escrita de José Vieira tornou-se perfeitamente aclimatado, recebendo avaliações positivas de críticos e escritores de sua época, a exemplo de José Lins do Rego e Oswald de Andrade, entre vários outros. Este é o nono volume da coleção Reserva Literária publicada em parceria da editora-laboratório Com-Arte e a Edusp. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Duas reedições marcam o regresso da obra de Norberto Morais para os leitores brasileiros, agora, pela editora Tordesilhas.
 
1. Com A balada do medo, Norberto Morais nos conduz a uma viagem aos lugares mais remotos das emoções humanas com uma alegoria ácida sobre os dias ansiosos do presente. Cornélio Santos Dias de Pentecostes é confrontado com o anúncio da sua morte. Dez dias é quanto lhe resta de uma vida até aí bem-aventurada e feliz, mas que não voltará a ser. Durante uma semana e meia, o caixeiro-viajante de Santa Cruz dos Mártires mergulhará numa espiral de desespero, percorrendo os caminhos mais sinuosos de si e do seu passado à procura de motivos e salvação. Para Miguel Real, este romance inventa um país que tudo indica pertencer à América Latina; inventa uma sucessão de presidentes, cuja passagem pelo poder gerou uma guerra civil que, por sua vez, gerou uma guerrilha clandestina; inventa um rio que atravessa o país, ladeado de vegetação exuberante e cidades portuárias, inventa uma moeda, uma cidade principal; descreve espaços urbanos, situações sociais e políticas e profissões próprias do século XIX. Tudo descrito com fidelíssimo rigor histórico, como se o país, a cidade, a moeda, o rio existissem deveras e não sofressem apenas um estatuto metaficcional. […] E é justamente esta mimetização rigorosa de situações históricas semelhantes que garantem um verossímil efeito de realidade.” (Miguel Real) Você pode comprar o livro aqui.
 
2. Com O pecado de Porto Negro, Norberto Morais ficou entre os finalistas do Prêmio LeYa e do Prêmio Oceanos. Conhecida entre os marinheiros do mundo como a Cidade do Amor Vadio, Porto Negro é um lugar remoto, plantado no coração dos trópicos, onde, durante o dia, dizem, cheira a suor da vida dos homens e, à noite, a perfume das mulheres da vida. Em Porto Negro vive Santiago Cardamomo, um jovem estivador que divide o tempo livre que tem entre os bares do porto e a cama das mulheres que nunca lhe faltam. Em Porto Negro vive Ducélia Trajero, a filha donzela do açougueiro da terra em quem o pai deposita todas as esperanças e que sonha com Santiago desde o primeiro dia em que o viu. Em Porto Negro vive também Rolindo Face, o mesquinho empregado do açougue, que jurou a si mesmo que a filha do patrão haveria de ser sua, custasse o que custasse. Este é um mosaico de histórias que vão se encadeando para construir um romance sobre o caráter circular do tempo e aquilo que há de mais primitivo, profundo e humano em nós. Você pode comprar o livro aqui.
 
As trocas de cartas entre Mário de Andrade e Murilo Rubião em edição com novos materiais do espólio em comum dos dois escritores.
 
O primeiro encontro entre Mário de Andrade e Murilo Rubião se deu em 1939. Na ocasião, Murilo era redator da Folha de Minas e entrevistou o escritor mais velho, já consagrado; o posterior envio do artigo a Mário marcou o início da correspondência entre ambos, que se estende até 1945, e está presente neste novo volume da Coleção Correspondência de Mário de Andrade. Esta edição acrescenta material inédito ao volume anterior de 1995, com cartas inéditas de Murilo, e traz novas informações sobre o diálogo de Mário com várias gerações de escritores brasileiros, além de contribuir para revelar o retrato do grupo de intelectuais mineiros que despontava em Belo Horizonte nos anos de 1940. Além da reprodução das cartas, o volume conta com uma apresentação de Eneida Maria de Souza, um caderno de imagens, o dossiê Murilo Rubião, dois poemas e alguns contos do interlocutor de Mário, e entrevistas e depoimentos que contextualizam o ambiente dos escritores mineiros. Publicação da Edusp. Você pode comprar o livro aqui.
 
No final do século XVIII, a vida de três jovens aristocratas cubanos sofre uma reviravolta com a chegada de um misterioso personagem que tenta disseminar as ideias da Revolução Francesa em todo o Caribe. Eis a nova edição de um dos livros-chave da obra de Alejo Carpentier.
 
Na Havana barroca e tórrida do final do século XVIII, os irmãos Carlos e Sofia vivem a seu bel-prazer no palacete que herdaram com a morte do pai. Livres de obrigações familiares, partilham com o primo Esteban uma sensibilidade vagamente libertária, que não os levaria muito longe não fosse a chegada inesperada de uma figura misteriosa: Victor Hugues, entusiasta de Robespierre e emissário da Revolução Francesa para todo o Caribe. Personagem real, Hugues leva a revolta a todas as ilhas e mesmo à terra firme, não hesitando sequer em mover guerra à jovem república norte-americana, que vê com desconfiança profética. Cada vez mais radical e mais solitário, Hugues recorre à guilhotina para manter o poder e levar a cabo a missão que julga suprema. Com a chegada do comerciante francês, os três jovens heróis terão que pôr à prova seus ideais e seu caráter, num rito de passagem em que se entrelaçam a biografia de cada um e os rumos da história mundial. O século das luzes é uma das mais profundas indagações literárias sobre os destinos do continente. O escritor cubano Alejo Carpentier começou a escrever o romance em 1956, na Venezuela, e o publicou em 1962, já de volta à Cuba de Fidel Castro e Che Guevara. Com esse livro, que chamava de “sinfonia caribenha”, o autor levou ao virtuosismo as suas ideias sobre o “real maravilhoso” latino-americano e lançou as bases para o boom de autores como Mario Vargas Llosa e Gabriel García Márquez. A tradução de Sérgio Molina ganha nova edição pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
Murilo Mendes por inteiro. Depois da exposição “Murilo Mendes, poeta crítico: o infinito íntimo”, outra excelente notícia em torno do poeta. A Companhia das Letras prepara uma edição com a poesia completa de Mendes. O projeto envolve Augusto Massi, Júlio Castañon Guimarães e Murilo Marcondes de Moura.
 
Valter Hugo Mãe, de novo. O escritor português está em turnê pelo seu país para a promoção do seu romance Deus na escuridão. Nesta semana, o jornal O Globo adiantou que a Biblioteca Azul publicará o livro no Brasil no próximo mês com prefácio de Rodrigo Amarante, dos Los Hermanos.

APCA nas categorias da Literatura. O prêmio da Associação Paulista de Críticos distinguiu o romance Onde pastam os minotauros, de Joca Reiners Terron, o livro de poemas Veludo rouco, de Bruna Beber e o livro de contos Ninho, de Bethânia Pires Amaro como os melhores de 2023. 

Mais reedições de Carlos Drummond de Andrade. A editora Record coloca a partir de março mais três títulos da obra do poeta mineiro nas livrarias: Conto de aprendiz sai com posfácio de Lauro Moreira; Amar se aprende amando, com posfácio de Bruno Gambarotto; e Moça deitada na grama, Tom Farias.

DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. Ioga, de Emmanuel Carrère (Trad. Mariana Delfini, Alfaguara, 272 p.) O que seria, a denotar pelo título, um tratado sobre ioga e meditação, desenvolve-se como um registro bem-humorado das intenções do homem contemporâneo e a luta para viver em harmonia consigo e o mundo, a mais grave das nossas doenças. Você pode comprar o livro aqui
 
2. Um bárbaro no jardim, de Zbigniew Herbert (Trad. Henryk Siewierski, Âyiné, 367 p.) O poeta se experimenta no ensaio e o resultado é um rico itinerário pela arte e a cultura das antigas inscrições rupestres aos dias vigentes. Você pode comprar o livro aqui
 
3. Tudo em vão, de Walter Kempowski (Trad. Tito Lívio Cruz Romão, DBA, 416 p.) Situada no poente da Segunda Guerra Mundial, a narrativa se desenvolve em torno da apolítica família von Globin ante a chegada do exército russo. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
Aproveitando a deixa da reintrodução da obra de Norberto Morais entre nós, deixamos aqui uma entrevista com o escritor realizada há sete anos, na altura em que O pecado de Porto Negro ganhava projeção em Portugal. 
 
BAÚ DE LETRAS
 
O Google Doodles se antecipa às celebrações pelo centenário de James Baldwin e colocou em destaque no dia 1.º de fevereiro de 2024 o escritor estadunidense. Ele é autor, dentre outros livros, O quarto de Giovanni, Se a rua Beale falasse e Terra estranha. Leia sobre James Baldwin no Letras.
 
No passado 1.º de fevereiro, agora sim, foi celebrado o 150.º aniversário de Hugo von Hofmannsthal. Recordamos um texto Rafael Narbona traduzido para este espaço em abril de 2022.

E, hoje, 3 de fevereiro passam-se os 150 anos do nascimento de Gertrude Stein, a estadunidense que se mudou para Paris e se tornou uma das mecenas da arte moderna, além de uma das escritoras mais importantes de sua geração. Aqui é possível acessar um breve perfil de Stein e os caminhos para várias outras publicações registradas no Letras.
 
DUAS PALAVRINHAS
 
O homem só reconhece no mundo aquilo que já existe em si mesmo, mas precisa do mundo para reconhecer o que nele existe; porém, para tanto, são necessários a ação e o sofrimento.
 
— Hugo von Hofmannsthal, O livro dos amigos

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