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Mostrando postagens de dezembro 14, 2023

Saul Bellow em Jerusalém

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Por Enrique Krauze Saul Bellow. Foto: Eddie Adams Se Saul Bellow tivesse escrito Jerusalém, ida e volta antes de 1967, o livro teria pertencido ao antigo e ultrapassado gênero de livros de viagem e gravuras. O que um escritor judeu, intimamente comprometido com a causa de Israel e influente nos Estados Unidos, devia descrever entre 1948 e 1967, não estava nas ideias e atitudes políticas dos israelitas, mas na obra material e social que estes construíram com velocidade e sucesso incomuns. Era preciso ver os kibutzim , as novas técnicas agrícolas e de irrigação, a educação dada aos imigrantes, os achados arqueológicos, o florescimento coloquial e literário da língua hebraica e até das danças. Assim eram os livros pedagógicos que Israel à Diáspora, repletos de imagens quase elegíacas: a colheita num kibutz , o sorriso de uma sabra e a marcialidade de um exército formado também por mulheres, mas que não parecia estar educado unicamente para a guerra. Israel era uma fotografia.   Se Bell