Oito poemas de James Wright em “O ramo não se irá quebrar” (1963)
Por Pedro Belo Clara (Seleção e versões) COMEÇA O OUTONO EM MARTINS FERRY, OHIO No estádio de futebol do Liceu Shreve, Penso nos polacos tratando das suas grandes cervejas em Tiltonsville, E nos rostos cinzentos dos negros no alto-forno de Benwood, E no guarda-nocturno rebentado de Wheeling Steel, Sonhando com heróis. Todos os pais orgulhosos têm vergonha de ir para casa. As suas mulheres cacarejam como frangos esfomeados, Morrendo por amor. Por isso, Os seus filhos crescem suicidamente belos Nos começos de Outubro, E terrivelmente galopam contra os corpos uns dos outros. DEITADO NUMA CAMA DE REDE NA QUINTA DE WILLIAM DUFFY EM PINE ISLAND, MINNESOTA Por cima da minha cabeça, vejo a borboleta de bronze Dormindo no tronco negro, Agitando-se como uma folha na sombra verde. Lá em baixo, na ravina, detrás da casa vazia, Os sinos das vacas seguem-se uns aos outros Até aos longes da tarde. À minha direita, Num campo de luz, entre dois pinheiros, Os excrementos de cavalo do an