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O plebeu era o aristocrata

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Por Aida Míguez Barciela Modeste Mignon. Ilustração de Pierre Vidal (1849-1929).    Modeste Mignon exala juventude, é um broto febril. Não pode assumir a realidade da vida comum; ainda não aprendeu a suportar a miséria do mundo cotidiano em que temos de viver. Protesta. Diz em alto e bom som que não quer ter um tolo como seu amo e senhor ou suportar sine die sua estupidez; quer um homem de gênio que saiba escalar as montanhas mais altas e íngremes. Como Madame Bovary, Modeste aspira escapar da prisão medíocre e provinciana em que vive, e que parece uma prisão porque (como Emma) leu muita literatura, mas (é preciso dizer) não leu bem; os livros encheram sua cabeça de pássaros e sonhos ingênuos. Porque a vida parece prosaica comparada à literatura, com os sonhos que valem a pena sonhar, com fantasias reais, com amores genuínos e com os voos sempre improváveis ​​ao alcance de poucos.   Então ela quer escapar. Escapar-se como puder. Apaixonar-se por um poeta inatingível: Paris, as festas