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Mostrando postagens de setembro 21, 2023

As visitas que hoje estamos, de Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira

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Por Pedro Fernandes O romance é um repositório de vozes. Essa qualidade permite que essa forma narrativa possa assumir infinitas feições, algumas delas, assimiladas a partir de linguagens ou de práticas linguageiras distintas da literatura, outras, a partir do exímio tratamento estético burilado na forja do romancista. No primeiro caso, encontramos os romances que se alimentam do tecido social e, no segundo, os que se alimentam da imaginação criativa e por vezes antecipam determinada experiência do mundo exterior. Nos dois casos, entretanto, a forma ao mesmo tempo que se renova constitui lentamente uma história que é parte indissociável na cultura, na formação do pensamento, no curso das ideologias e na milenar arte de narrar.   Costumamos distinguir Ulysses , de James Joyce, como o ponto mais radical ou a virada na história da forma romanesca. É verdade que os modelos mais tradicionais do romance nunca deixaram de existir e existirão enquanto encontrar um leitor neles interessado. Mas