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Mostrando postagens de agosto 21, 2023

Eureka, Poe!

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Por Christopher Domínguez Michael Em seu incompleto elogio a Edgar Allan Poe, a segunda peça de Los raros (na edição ampliada de 1905), Rubén Darío já adivinhava a influência “profunda e transcendente” que, mais de meio século depois de sua morte, difundiu aquele gênio. Mas Darío, como tantos de seus contemporâneos, ainda não podia conhecer a influência de Poe no novo século. Ninguém como o autor de Os assassinatos da Rua Morgue (1841) seria tão importante para aquele velho ramo da literatura que é a poética, graças a Baudelaire, Mallarmé e Paul Valéry, quanto para a cultura popular. Ao lado do poeta perturbado em sua imemorial torre de marfim pelos mistérios da pura poesia, Poe também inspira o mais modesto e consagrado dos roteiristas cinematográficos. Não há nenhuma série televisiva ou filme associado ao terror, ao crime ou à investigação policial, que os moderníssimos tenham feito operar como competência da metafísica, alheias ao toque de Poe.   Pouco se sabe, no entanto, apesar