A Barbie de gente grande, a Barbie de Greta Gerwin
Por Wagner Silva Gomes Se a tão repetida referência de intertexto com 2001: uma odisseia no espaço , de Stanley Kubrick, não tivesse sido usada com tanto impacto, o filme já perderia nessa cena inicial. O resgate materialista-histórico de que as meninas por muitos séculos foram mães quando ainda eram meninas e que brincavam de boneca com seres humanos, até que chegou a Barbie, gigante, empoderada, e as meninas não quiseram mais as bonecas, isto é, não quiseram mais ser mães na adolescência, traz mais pertinência para as questões da vida humana e as relações coletivas do que um chocolate no lugar da placa preta (como o intertexto de A fantástica fábrica de chocolate , de Tim Burton). E digo mais, um osso jogado para o alto não é nada perto de uma menina adolescente jogando para o alto uma boneca que a faria ser mãe antes da vida adulta, já que a boneca é uma metáfora literal. A estética do brincar tem o seu lado de homenagem ao primeiro cinema, dos irmãos Lumière, com seus objetos g