O rei das duas Sicílias, de Andrzej Kuśniewicz
Por Jordi Corominas i Julián Andrzej Kuśniewicz. Foto: Czesław Czapliński No dia 28 de junho de 1914, o arquiduque Franz Ferdinand morreu e levou para o túmulo o longo século XIX, aquele nascido com as luzes da tomada da Bastilha. O atentado em Sarajevo foi a centelha para o pavio ideal acender as fogueiras da Primeira Guerra Mundial, conflito que assombrou o Velho Mundo até materializar sua face, suicida, cadavérica e inauguradora de metamorfoses brutais. Citaremos Cesare Pavese, a morte virá e terá seus olhos, podemos citar mil emblemas, mas a consciência do fim expressa na bomba de Gavrilo Princip enterrou um brilhante mal-estar que deu à Europa joias banhadas em ouro austro-húngaro, águia bicéfala que desde a sua decadência ofereceu esplendores sem precedentes, legados revolucionários engendrados em salões, cafés e numa Viena que naquelas horas pressentiu o desfecho trágico de uma utopia de nações, babeis e glórias culturais jamais reeditadas. Ainda ficou a memória e as criaçõe