Nota sobre Sontag: O que ela queria para mulheres*
Por Merve Emre Susan Sontag. Foto: Diane Arbus Uma certa preocupaçã o cerca a crítica que pediu para introduzir um volume de escritos anteriores de Susan Sontag sobre mulheres, temendo encontrar neles ideias expressas de um passado distante, e menos iluminado. Mas os ensaios e as entrevistas em On Women , 1 uma nova coleção de trabalhos de Sontag, são incapazes de envelhecerem mal. Embora os excertos tenham cerca de 50 anos, o efeito de ler eles hoje é admirar a atemporalidade de sua genialidade. Eles não contêm ideias prontas, nem retóricas emprestadas — nada que se arrisque em solidificar-se em um dogma ou clichê. Eles oferecem a nós o espetáculo de uma intelectualidade feroz que se dedica para a tarefa que têm em mãos: articular a política e a estética de ser uma mulher nos Estado Unidos, na América, e no mundo. O glamour singular de Susan lhe causou alguma injustiça, particularmente onde questões de sexo e gênero estão envolvidas. Desconfiados de sua fama, e convencidos de que