Zila Mamede, toda poesia
Por Pedro Fernandes Zila Mamede. Arquivo particular. Zila Mamede está entre os principais nomes da poesia brasileira pós-45 e esta não é a primeira vez que se escreve esta constatação. A lista é generosa. Manuel Bandeira, Câmara Cascudo, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Nei Leandro de Castro, José Mindlin, cada um sublinhou à sua maneira o valor e a importância da obra da poeta nascida na Paraíba e fixada no Rio Grande do Norte desde os seis anos de idade. Os nomes e a atitude reiterativa nem são necessários porque a melhor prova encontra-se, evidentemente, nos seis livros de poesia que escreveu: Rosa de pedra (1953); Salinas (1958); O arado (1959); Exercício da palavra (1975); Corpo a corpo (1978) e A herança (1984). Com “Corpo a corpo”, Zila Mamede fez o primeiro e único balanço de sua literatura — dada sua morte abrupta sete anos adiante. Chamou de Navegos . Uma pequena biblioteca construída com a unidade fruto do trabalho sério e o cioso esmero com a