Tennessee Williams, também maldito, afinal
Por Javier Memba Tennessee Williams. Foto: Yousuf Karsh Sempre que escrevo sobre algo ou alguém relacionado ao teatro, antes de entrar no assunto, tenho que explicar novamente a origem da minha animosidade em relação a tudo que diz respeito à cena. Teimosia, de fato. Obstinação até a medula dos meus ossos. Agora, não é gratuita, como, de fato, são tantas das minhas grandes fobias. Odeio o teatro e tudo que diz respeito a ele. Dos cenários que simbolizam grandeza à afetação dos atores, que em entrevistas falam da capacidade da farsa para esclarecer os ignorantes. Sim senhor, eu odeio teatro com toda a minha alma porque sou um cinéfilo. Cheio, então, de amor pela tela, repito mais uma vez, mas com o prazer de sempre: se o cinema, em sua aurora, não tivesse sabido livrar-se da influência fatal do palco, jamais teria concebido sua própria linguagem: a articulação da narração em planos. Voltemos a esses alvores, quando para praticamente toda a nossa Geração de 98 o cinema não passava de