Boletim Letras 360º #560
José Saramago em registro de percurso promocional do seu livro Viagem a Portugal, abril de 1981. Foto: Arquivo da revista Blimunda. |
LANÇAMENTOS
Edição inédita de Viagem a Portugal, com material fotográfico de autoria de José Saramago, mapas com itinerários sugeridos pelo escritor e texto de 1999 nunca antes publicado no Brasil.
Ao longo dos anos, Viagem a Portugal já ganhou diferentes edições. Esta, porém, é a primeira composta apenas de fotografias tiradas pelo próprio José Saramago. As imagens, assim como o texto, são as memórias de sua jornada pelo país em que nasceu. A convite do Círculo de Leitores, clube do livro que comemorava o décimo aniversário de sua criação em Portugal, Saramago viajou pelas terras lusitanas por quase seis meses. O relato é transposto nesta obra com o distanciamento do narrador em terceira pessoa, que descreve os deslocamentos de um “viajante” no tempo e no espaço, a conhecer pessoas, paisagens e construções desde Trás-os-Montes ao Algarve e desde Lisboa ao Alentejo. Para o autor, este livro foi o mais ambicioso dos projetos a que poderia se atrever a escrever à época, pois Viagem a Portugal não podia ser confundido com nenhum outro e devia ser capaz de inaugurar um novo modo de enxergar o país onde vivia. Com este volume, leitores brasileiros também têm acesso ao olhar que José Saramago imprimiu sobre a identidade nacional portuguesa, como quem de repente descobre pequenos detalhes e surpresas na casa onde sempre morou. Você pode comprar o livro aqui.
Os dois primeiros livros do Poente, um novo selo editorial da Martins Fontes interessado em literatura contemporânea.
1. “Partindo do onirismo e
caminhando pela imaginação histórico-literária, Tallón ensaia uma biografia
anedótica dos momentos finais — não em dias ou anos, mas e instantes sem data —
de quatro poetas: Alejandra Pizarnik, Anne Sexton, Gabriel Ferrater e Cesare
Pavese. [...] O que passou na cabeça de cada um antes de pôr termo à própria
vida? O que vestiam, o que ouviam, em que cidade do mundo estavam; o sofrimento
mental, o álcool, os remédios, o desamparo, a solidão, as frustrações e as
inúmeras tentativas. Enfim, o desejo abertamente declarado de morrer e os
caminhos que percorreram para viabilizarem sua retirada do mundo. O esforço de
coletar tantas dores e reuni-las aqui, de maneira intercalada, pode soar
mórbida. Ao contrário, Juan Tallón, a partir de uma pesquisa acurada não só
sobre a vida e a obra dos poetas, mas do contexto factual das cenas
derradeiras, baliza, com curiosidade, delicadeza e reverência, uma espécie de
biografia das horas da morte. Daí a importância de uma obra como esta, para que
a conversa sobre o suicídio, em geral mascarada de tabu, viabilize-se por
outros ânimos.” — escreve Bruna Beber na apresentação de Fim de poema,
livro de Juan Tallón que sai com tradução de Sergio Molina e Rubia Goldoni. Você pode comprar o livro aqui.
2. No texto de apresentação de O
coração do dano, de María Negroni, Joca Reiners Terron, retoma o que a
escritora argentina escreve numa carta à mãe: “A literatura é uma forma
elegante de rancor. (Que frase escandalosa). Mas escandalosa por que ou para
quem? Talvez para si mesma, que afinal pode devolver o troco (uma vingança?)
tão longamente tramado. Diferentemente da célebre carta não enviada por Kafka,
porém, este livro de Negroni atende ao efetivo desejo de registrar uma relação
estranhada e entranhada com uma mãe narcisista e por vezes incompreensível, sem
dúvida cruel em sua desatenção, ao mesmo tempo que relata a constituição da
jovem María enquanto leitora, a leitora que enfim culminaria na escritora.” María Negroni nasceu em 1951 na
cidade de Rosário, Argentina. É autora de A arte do erro, publicado no
Brasil pela editora 100/cabeças em 2022, além de diversos outros livros de
ensaio, poesia e ficção, e de alguns “livros-objetos” inclassificáveis, como Objeto
Satie (2018). Seu novo livro no Brasil sai pela Ponte Editora com tradução
de Paloma Vidal. Você pode comprar o livro aqui.
Nova tradução e edição de Hollywood,
de Charles Bukowski.
Após tantos anos de insucesso na
carreira como escritor, passando por múltiplos subempregos e enfrentando a
miséria e o alcoolismo, Henry Chinaski finalmente está recebendo o
reconhecimento por sua escrita — mas não do jeito que esperava. Ao ser convidado
pelo diretor de cinema Jon Pinchot para criar um roteiro, ele, recusa, mas a
insistência de Pinchot o leva a aceitar o ingresso para o lado brilhante,
extravagante e vívido de Los Angeles: Hollywood. Agora, em um meio no qual a
arte é pouco valorizada pelo conteúdo e mais por seu potencial de venda, o
escritor mergulha em um cenário no qual tudo é feito em nome do dinheiro,
enquanto ele é fiel somente a uma coisa... à escrita. Nascido da experiência de
Charles Bukowski durante o trabalho como roteirista do longa semibiográfico Barfly
– Condenados pelo vício, este é o adeus de Chinaski em uma narrativa
satírica, honesta e cômica que retrata a Hollywood vibrante e excêntrica dos
anos 1980. O livro sai pela HarperCollins Brasil com tradução de Érika Nogueira
Vieira e posfácios de Ana Carolina de Moura Delfim Maciel e Haroldo Mourão. Você pode comprar o livro aqui.
Um novo romance de Jamaica
Kincaid ganha tradução no Brasil.
Publicado em 1985, Annie John
é um romance intimista e poderoso sobre relações familiares, autodescoberta e
identidade. Ao narrar a trajetória da jovem Annie para a vida adulta em
Antígua, Jamaica Kincaid — um dos maiores nomes da literatura caribenha — usa
sua prosa lírica e marcante para tratar de temas universais, de feminismo e de
colonialismo. Filha única, Annie John vive uma infância feliz e repleta de
brincadeiras em uma casa construída pelo pai, com jantares em família, patos e
galinhas d'angola no quintal. A mãe, uma presença poderosa, é o centro da
existência da menina, e as duas são inseparáveis neste pequeno paraíso. Tudo
muda radicalmente quando Annie completa doze anos e passa a questionar os
pressupostos culturais de seu mundo, contestar os papéis sociais e confrontar a
autoridade. Mas o maior choque vem na relação com a mãe. Antes harmoniosa e
cheia de cumplicidade, a convivência das duas é tomada por estranhamentos,
pequenos conflitos e ressentimentos. Ainda que ambas queiram retomar a dinâmica
pacífica de antes, uma nova ordem, desconhecida e incômoda, se instaura entre
elas. Escrita pouco depois do Caribe se tornar independente do Reino Unido, a
obra lança um olhar aguçado e perspicaz sobre temáticas turbulentas — tanto na
esfera social, ao expor a relação opressora entre colonizadores e colonizados,
quanto nos aspectos mais particulares de seus personagens, como o
amadurecimento e o vínculo entre mãe e filha. Em uma prosa imersiva, que muitas
vezes soa atemporal, Kincaid mergulha fundo nos pensamentos, angústias e
anseios da protagonista, evocando memórias de relações familiares e de Antígua —
onde nasceu e viveu até os dezessete anos — para construir uma narrativa
intimista e poderosa. A tradução de Carolina Cândido sai pela Alfaguara Brasil. Você pode comprar o livro aqui.
O novo livro do poeta Ricardo
Domeneck.
Com uma dezena de livros
publicados no Brasil nos últimos vinte anos, antologias na Holanda, Alemanha e
outras a caminho, Ricardo Domeneck, nascido no interior paulista e radicado em
Berlim, é uma das vozes mais autênticas da poesia brasileira contemporânea e
uma referência na lírica amorosa homoerótica. Cabeça de galinha no chão de
cimento aprofunda outra senda de sua produção: a do retorno às origens, aos
ancestrais, às memórias da infância e adolescência no interior, fortemente
contrastadas pelo tempo e pela experiência de vida no exterior, numa tentativa
de compreensão de seu lugar e de seu estar no mundo. Nesse exercício
psicanalítico e antropológico, vêm à tona anseios, conflitos e traumas, bem
como elos e intuições poderosas, que aqui se desdobram numa lírica dos afetos e
da alteridade — seja em relação aos antepassados, a poetas de sua geração ou a
outras espécies animais —, sempre atravessada pelo erotismo, que, como já
apontou o crítico Gustavo Silveira Ribeiro, atua em sua poética como “um campo
de força a partir do qual pensar não só os seus próprios gozos e lástimas, mas
também algumas das contradições mais agudas do seu tempo”. O livro sai pela
Editora 34. Você pode comprar o livro aqui.
A continuação do périplo do
detetive Mario Conde.
O detetive Mario Conde está de
volta, e 2016 em Cuba é o pano de fundo para o novo romance do premiado
escritor Leonardo Padura. A visita histórica de Barack Obama, um show da banda
Rolling Stones e um desfile da marca francesa Chanel foram alguns dos acontecimentos
daquele ano e que são transportados para a literatura pelas mãos do consagrado
autor de “O homem que amava os cachorros”. Manuel Palacios procura Mario Conde,
antigo companheiro de farda, quando um importante político da ilha, Reynaldo
Quevedo, é assassinado durante a visita do ex-presidente dos Estados Unidos.
Quevedo tinha muitos inimigos, pois no passado havia atuado como censor para
garantir que artistas do país não se desviassem dos slogans da revolução.
Déspota e cruel, acabou com a carreira de quem não queria se curvar a suas
extorsões. Quando, alguns dias depois de se reverem, um segundo cadáver é
encontrado, Conde precisa descobrir se as duas mortes estão relacionadas e o
que está por trás dos assassinatos. No desenrolar do mistério, o detetive
pesquisa e escreve sobre a vida do cafetão Alberto Yarini, personagem inspirado
em um caso real do início do século XX, quando Havana era completamente
diferente. Um caso de assassinato de duas mulheres revela a luta aberta entre o
poderoso Yarini e seu rival Lotot, francês que disputa os espaços de
prostituição na capital. O desenvolvimento de tais eventos históricos será
conectado ao presente de uma forma que nem mesmo o próprio Mario Conde
suspeita. Conhecido e celebrado por mesclar acontecimentos históricos à
literatura, Padura entrelaça magistralmente os enredos, esmiuçando as
características mais peculiares dos personagens, de Havana e de Cuba, em uma
leitura instigante que prende o leitor do início ao fim. Pessoas decentes
sai pela editora Boitempo. A trilha é de Mônica Stahel. Você pode comprar o livro aqui.
Uma nova tradução das odes de
Horácio.
Tudo indica que as Odes de
Horácio foram um acontecimento radical que exigia muito esforço do leitor
romano e estava longe de poder ser lido como um pretenso “clássico” de sua
própria época. Por isso, o tradutor Guilherme Gontijo Flores quis demonstrar
que, ao contrário do que o senso comum repete com frequência, a poesia de
Horácio, longe de ser um modelo de classicismo estanque e conservador, é talvez
um dos grandes momentos de experimentalismo entre as letras romanas. Monumento
não de uma ordem fechada, mas do próprio movimento complexo da vida, dos
impérios, dos colapsos. Neste livro o leitor vai encontrar — no original em
latim e na tradução em português - todas as 103 odes publicadas nos quatro
livros de “Carmina” (que também poderíamos traduzir apenas por “Cantos”), que
Horácio publicou ao longo de vários anos, seguidas do Canto secular, uma ode
feita sob encomenda para ser performada por um coral nos Jogos Seculares
promovidos por Augusto. Além de recriar os metros e tentar fazer essa poesia
cantar de novo, o tradutor traz aqui, ao leitor contemporâneo, um bom bocado de
notas e comentários, entre uma reflexão introdutória aos livros e poemas, além
de notas pontuais para esclarecer questões literárias, históricas e culturais.
Como acompanhamento, é possível conferir o ensaio em e-book Uma poesia de
mosaicos nas Odes de Horácio e as gravações musicais Outro findável
verão, também assinados por Guilherme Gontijo Flores, que dão os
desdobramentos teórico e prático deste experimento tradutório. O livro sai pela
Autêntica. Você pode comprar o livro aqui.
Nathalie Léger apresenta a
história de Virginia Oldoïni, a condessa de Castiglione.
“Não podemos fotografar uma
lembrança, mas podemos fotografar uma ruína.” Em A exposição, a
arquivista e escritora francesa Nathalie Léger apresenta a história de Virginia
Oldoïni, a condessa de Castiglione. De origem italiana, foi considerada a
mulher mais bela da Europa no final do século XIX e posou para centenas de
retratos numa época em que a fotografia dava os primeiros passos. Em uma
investigação sobre a beleza, a vaidade e a obsessão pela própria imagem, a
narradora traça um perfil compassivo da condessa a partir dos registros que se
tem dela até seu fim lamentável, isolada no apartamento em Paris. Com tradução de Leticia Mei, o
livro sai pela DBA editora. Você pode comprar o livro aqui.
Dois anos depois, o segundo
volume da obra em que François Dosse narra de forma sistemática a aventura
histórica e criativa dos intelectuais franceses do último século.
Seu recorte é um grande painel
panorâmico, que vai da Libertação e do fim da Segunda Guerra Mundial ao
bicentenário da Revolução Francesa e à defenestração do muro de Berlim. No
segundo volume, 1968-1989, vai das utopias esquerdistas e do combate contra o
totalitarismo ao advento de uma consciência libertadora e ecológica e à
desorientação da década de 1980. Dosse aborda em profundidade os movimentos
sociais em seu contexto histórico, como o Maio de 68 francês (“Em maio último,
tomou-se a palavra como se tomou a Bastilha em 1789”, na famosa frase de Michel
de Certeau), os dissidentes e a revolta antitotalitária no Leste europeu, o
apanágio maoísta e seu declínio, o feminismo e a luta pelo aborto, o
enraizamento do ambientalismo, a emancipação sexual… Enfim, movimentos mais
epidérmicos à cidadania do que as panaceias revolucionárias e messiânicas do
período anterior. Com tradução de Leila de Aguiar Costa, o segundo volume Saga
dos intelectuais franceses sai pela editora Estação Liberdade. Você pode comprar o livro aqui.
REEDIÇÕES
Uma edição especial reúne agora os cinco volumes do Livro das mil e uma noites.
Os livros contam com a consagrada e premiada tradução de Mamede Mustafa
Jarouche que, além de captar o ritmo e a melodia do original, traz notas
esclarecedoras sobre a língua árabe e a cultura oriental. A coleção inclui
tanto o ramo egípcio quanto o sírio e traz desde os contos menos conhecidos do
grande público até os clássicos estrelados por Aladim e Ali Babá, além da saga
do sultão Umar Annuman e as fábulas de Sherazade. A primeira menção ao Livro das mil e uma
noites data do século IX, mas o manuscrito principal foi escrito na segunda
metade do século XIII, após a invasão e devastação de Bagdá pelos mongóis. No
século XVIII, quando surgiu a famosa tradução francesa de Antoine Galland,
outras histórias foram incorporadas. Desde então, o Livro das mil e uma
noites tornou-se uma obra universal e um dos textos mais lidos, citados e
comentados do mundo. A caixa
sai pela Biblioteca Azul. Você pode comprar o livro aqui.
Nova edição de Dos
escombros de Pagu: um recorte biográfico de Patrícia Galvão.
Algumas pessoas passam pelo mundo
como um cometa: têm um brilho intenso, porém fugaz. É o caso de Patrícia
Galvão. Pagu, que viveu apenas 52 anos, alguns dos quais de forma vigorosa. Foi
uma pessoa apaixonada, extremamente coerente, que não teve medo de viver de
acordo com seus ideais. Ler sobre ela nos faz questionar o quanto das coisas em
que dizemos acreditar aplicamos em nossa vida, o quanto há de consistência em
nossas convicções. Como seria bom se nós, personagens do século XXI,
conseguíssemos ampliar a nossa visão para além da “sociedade do espetáculo” e
do consumo e perceber que, sem o bem-estar do outro, o nosso também está
ameaçado. O livro de Tereza Freire é reeditado pelas Edições SESC-SP e Editora
Senac-SP. Você pode comprar o livro aqui.
OBITUÁRIO
Morreu Alberto da Costa e Silva.
Alberto da Costa e Silva nasceu em São Paulo, em 12 de maio de 1931.
Ainda na infância muda-se com a família para Fortaleza, onde inicia seus
primeiros estudos; depois, no Rio de Janeiro, termina sua formação e torna-se
diplomata, carreira que o levará a várias funções em países como Portugal,
Bolívia, Venezuela, Estados Unidos, Espanha, Itália, Paraguai e Nigéria.
Reconhecido historiador da cultura brasileira, africana e das relações
Brasil-África, sua atividade literária inicia com a poesia ao publicar O
parque e outros poemas (1953). Depois deste, vieram, entre outros, O
tecelão (1962), Livro de linhagem (1966), As linhas da mão
(1978), A roupa no estendal, o muro, os pombos (1981) e Ao lado de
Vera (1997). Na atividade de historiador é autor dos indispensáveis A
enxada e lança: a África antes dos portugueses (1992), As relações entre
o Brasil e a África Negra: de 1822 à Primeira Guerra Mundial (1996), A
manilha e o libambo: a África e a escravidão, de 1500 a 1700 (2003) — livro
que mereceu o prêmio da Biblioteca Nacional e o Prêmio Jabuti, no mesmo ano —, Um
rio chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil na África (2003) e Das
mãos do oleiro (2005). Escreveu ainda ensaios sobre a poesia de João
Guimarães Rosa, Cecília Meireles e Castro Alves e as culturas populares
brasileiras e africanas, memórias, livros para crianças e participou como autor
e organizador em e de inúmeras antologias. Entre os muitos reconhecimentos
recebidos, além dos prêmios já referidos, está o Prêmio Camões (2014). Alberto
da Costa e Silva morreu no Rio de Janeiro em 26 de novembro de 2023.
DICAS DE LEITURA
Na aquisição de qualquer um dos
livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a
manter o Letras.
1. O som do vermelho, de Cătălin Partiene
(Trad. Tanize Mocellin Ferreira, DBA, 176 p.) Uma ode sincera, comovente e
bem-humorada à liberdade e ao poder emancipador da rebeldia juvenil — assim a
editora apresenta este que é o primeiro romance do escritor romeno acerca das
agruras da ditadura comunista de Ceauşescu. Você pode comprar o livro aqui.
2. O deserto e sua semente,
de Jorge Baron Biza (Trad. Sérgio Molina, Companhia das Letras, 232 p.). Um
filho perambula de hospital em hospital na busca pela reconstrução física de uma
mãe atacada por ácido pelo marido e enquanto isso uma intrincada e surpreende
narrativa se desenvolve reexaminando o episódio que marcará em definitivo e
para pior a vida dessa família. Do que melhor se traduziu em 2023 no Brasil. Você pode comprar o livro aqui.
3. Noite na taverna, de
Álvares de Azevedo (Carambaia, 176 p.) Há muito domínio público e por isso
mesmo constante reeditado, sempre faltou ao escritor uma edição bem-cuidada da
sua obra. Enquanto isso não acontece, um pequeno gosto da possibilidade. Uma
edição valiosa para os cinco contos que assumem tom de romance e envolve toda a
sorte de mistérios recorrente na palheta ultrarromântica. Você pode comprar o livro aqui.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
É possível entrar em contato com a
poesia de Alberto da Costa e Silva através deste recorte com quatro poemas
feito pelo blog da revista 7faces.
BAÚ DE LETRAS
Quando foi distinguido com o
Prêmio Camões em 2014, editamos para o Letras este breve perfil de Alberto da Costa e Silva.
DUAS PALAVRINHAS
OBITUÁRIO
Todo mundo tem, numa certa medida, os mesmos sonhos, mas eles são completamente individuais. Parece que associamos isto ao fato de que ler é intensamente íntimo e escrever é intensamente íntimo, no entanto o leitor partilha da história com o escritor e com os personagens também. Cada leitura é um ato diferente de partilha.
— A. S. Byatt
...
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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas.
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