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Zila Mamede. Arquivo. |
LANÇAMENTOS
A reedição da obra completa de Zila Mamede.
Foi em 2003, pela ocasião dos 50 anos da primeira edição do primeiro
livro de Zila Mamede, Rosa de pedra, que a Edufrn publicou pela última
vez a poesia completa da poeta. A casa editorial trouxe Navegos, na
organização original feita por Zila mais o livro publicado depois, o seu último,
A herança. Vinte anos depois, toda a sua obra volta a ser reeditada, mas
considerando livro a livro: Rosa de pedra, Salinas, O arado,
Exercício da palavra, Corpo a corpo e A herança. O novo
projeto editorial para os seis títulos inclui o trabalho em bordado da artista
Angela Almeida. Os seis livros também ficam disponíveis online gratuitamente no repositório da Biblioteca Zila Mamede, aqui.
Novo romance do vencedor do
Nobel Orhan Pamuk publicado no Brasil é a instigante história de um garoto
abandonado pelo pai e uma investigação sobre os conflitos entre oriente e
ocidente na sua dimensão mais profunda.
Ao se jogar em caminhos
imprevisíveis, ele se aproxima de um cavador de poços e tem sua vida impactada
por um incidente envolvendo uma misteriosa mulher ruiva. Anos depois ele é
capaz de revisitar a cena e desvelar segredos desse passado. Orhan Pamuk nos
põe na pele de Cem, jovem de classe-média abandonado pelo pai que deixa seu
cotidiano ordinário para se tornar aprendiz de um pobre cavador de poços que
busca encontrar água em uma planície desolada. Eles trabalham arduamente sob o
sol escaldante, e pouco a pouco desenvolvem uma relação que transcende a de
mestre e aprendiz, reconstruindo uma complexa e afetuosa conexão de pai e
filho. A rotina de ambos é interrompida pela aparição de uma pessoa enigmática,
a quem Cem se refere como “a mulher ruiva”. O jovem passa a nutrir, então, um
desejo que invade até os seus sonhos. Esta obsessão culminará em um acidente
trágico que mudará sua vida, mas que só poderá ser compreendido quando visto a
partir da distância do tempo. Nesta obra apaixonante do autor de
Neve,
os temas do conflito entre oriente e ocidente são trabalhados também pelo viés
dos mitos. Assim, mesclando uma história cotidiana de formação de um jovem com
as fábulas que fundam nosso pensamento, o escritor nos entrega um romance
avassalador sobre pais e filhos.
A mulher ruiva tem tradução de Luciano
Vieira Machado e é publicado pela Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
Nessa pequena obra-prima de Alejo Carpentier ambientada na Havana do início da década de 1930, os protagonistas conhecem uns
aos outros, mas desconhecem a trama diabólica que os une.
Expoente máximo da prosa erudita e
elegante do cubano Alejo Carpentier, esta novela breve nada tem de singela.
Pelo contrário: seus desdobramentos, implicações e alusões são inúmeros e
escondem significados que somente a melhor literatura é capaz de engendrar.
O cerco — cuja ação, que
dura pouquíssimas horas, se desenrola em uma Havana mergulhada na incerteza
após a queda do ditador Gerardo Machado em 1933 — apresenta dois personagens
que à primeira vista não têm qualquer relação. Um deles, encarregado da
bilheteria de um teatro, é aficionado por música e antagonista dos ricos
incultos que frequentam os concertos. Outro, ex-integrante das fileiras da luta
comunista, é um desgarrado que procura desesperadamente o melhor jeito de
escapar de uma Havana que parece como que sitiada — e o cerco, numa contagem
regressiva que se torna cada vez mais frenética e sufocante, começa a se fechar
sem qualquer piedade contra ele. Nas periferias e sombras por onde se movem
esses personagens misteriosos, o sórdido e o sublime se mesclam numa espécie de
concerto: um crescendo que se desenrola em um tempo bem marcado até chegar ao
seu ápice, a um desfecho tão esperado quanto imprevisível. A tradução de Silvia
Massimini Felix é publicada pela Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
Chega ao Brasil dois romances
da escritora considerada mãe do romance moderno africano.
1. Quarto romance de Flora Nwapa,
publicado originalmente em 1981,
Basta um conta a história da
protagonista Amaka em busca de uma vida independente, financeira e
amorosamente. Amaka é uma mulher que procura viver o amor e sobretudo a
maternidade segundo as suas próprias intenções e desejos. O livro explora uma
temática de envergadura para a escrita de Nwapa: a de contar a mulher africana
considerada não convencional, tendo a oralidade como forte marca textual — é
Amaka quem toma as rédeas de sua narrativa, contando seus desafios e peripécias
aos demais personagens do enredo e a nós. Com tradução de Ana Meira e Lubi
Prates e prefácio de Maria Carolina Casati, o livro é publicado pela editora
Roça Nova.
Você pode comprar o livro aqui.
2. Efuru é o nome da protagonista
que dá título à obra. A história da personagem demonstra os dilemas desta
diante do casamento e da maternidade, pilares do papel social da mulher igbo na
comunidade igbo tradicional de então. Como Efuru negocia este papel e, para
isso, mobiliza a cosmogonia de seu povo, é o que o leitor irá encontrar nas
páginas dessa obra. Essa cosmogonia, ou seja, o modo como se percebe o mundo, a
criação e a relação entre o homem e o universo que o cerca, reserva um lugar de
centralidade ao deus supremo que rege todas as coisas (Chukwu), ao chi (uma
espécie de força criadora ou espírito pessoal de cada indivíduo) e aos
espíritos dos ancestrais. São eles que regem a vida e alicerçam os valores de
cada homem e mulher igbo que são retratados na escrita de Flora. No desafio de
colocar mulheres igbos no centro da narrativa literária e, por meio destas
mulheres, descrever um mundo em transformação, Flora Nwapa torna
Efuru
um clássico, um marco na literatura feminina. (Tathiana Cassiano) Publicação da
editora Moinhos.
Você pode comprar o livro aqui.
Em uma edição inédita no Brasil
e com introdução de Alison Bechdel, as cartas trocadas entre Virginia Woolf e
Vita Sackville-West apresentam toda a poesia de um sublime caso de amor.
“Estou reduzida a uma coisa que
deseja Virginia. Elaborei uma linda carta para você nas horas insones de
pesadelo noturnas, e ela se desvaneceu por completo: apenas sinto sua falta…” Durante um jantar na Inglaterra em
1922, ocorre um breve encontro entre uma envolvente e exuberante aristocrata
com uma tímida e arguta escritora. Uma desbrava o mundo e as nuances de tudo
que ele pode oferecer, a outra explora os limites selvagens de sua própria
imaginação. O início de uma história íntima, intensa e inevitável. Vita
Sackville-West e Virginia Woolf parecem pertencer a realidades diferentes, mas
encantadas pela personalidade e talento uma da outra, abrem espaço em suas
vidas para se conhecer intimamente, inspirar suas produções literárias e
enfrentar, lado a lado, tradições, desilusões, doenças, mudanças e injustiças. Com
vidas que espelharam e subverteram as concepções de feminismo, igualdade,
casamento, linguagem e arte, o legado eterno dessas duas mulheres
extraordinárias reverbera até hoje ― mais de cem anos depois de se apaixonarem.
Com introdução de Alison Bechdel ― quadrinista e criadora do icônico Teste de
Bechdel ―,
Virginia Woolf & Vita Sackville-West: cartas de amor
reúne uma seleção de correspondências e trechos de diários das duas escritoras,
apresentando as intempéries e o florescimento de uma verdadeira história de
amor. O livro é publicado pela editora Morro Branco com tradução de Camila von
Holdefer.
Você pode comprar o livro aqui.
Nova edição de um dos trabalhos
literários do formalista da teoria literária Iuri Tyniánov.
Conhecido como um dos grandes
nomes da corrente formalista da teoria literária, Iuri Tyniánov (1894-1943) foi
também um talentoso escritor, responsável por modernizar o gênero da ficção
histórica na Rússia. Em
O tenente Quetange (1928), sua obra mais
conhecida, Tyniánov lança mão de capítulos breves e uma linguagem sucinta,
quase telegráfica, que remete à prosa modernista e aos cortes rápidos do cinema
— não por acaso, a obra nasceu como um roteiro, outro gênero que o autor
dominava. Nesta novela ambientada no século XVIII, durante o reinado do tsar
Paulo I — numa sátira que miraculosamente escapou à censura de Stálin —,
Tyniánov parte de uma simples anedota para compor uma elaborada crítica da
autocracia russa, na qual o processo de burocratização do cotidiano e
falseamento de dados históricos ganha vida própria e gera situações
verdadeiramente surreais. Junto à celebrada tradução de Aurora Bernardini e à
apresentação de Boris Schnaiderman, este volume traz ainda um posfácio, inédito
em português, de Veniamin Kaviérin, em que o escritor e dramaturgo soviético
relembra em detalhes a fascinante personalidade de Tyniánov. O livro sai pela
Editora 34.
Você pode comprar o livro aqui.
A chegada ao Brasil do romance
de Louis-René des Forêts.
Foi durante a Segunda Guerra
Mundial, e enquanto participava da Resistência francesa decriptando mensagens
enviadas pela BBC, que Louis-René des Forêts (1918-2000) trabalhou em sua obra
mais conhecida e misteriosa.
O tagarela foi publicado em 1946 na França,
pela editora Gallimard. Sem provocar muita repercussão inicialmente, a novela
em forma de monólogo, veio a se tornar mais célebre quando o principal crítico
literário francês da época, Maurice Blanchot, escreveu um ensaio entusiasmado
que acompanhou a reedição do livro em 1963. Nele, o crítico afirma que o leitor
é convidado a “um jogo de atração e repulsa, do qual não escapa ileso”.
O
tagarela ganha agora sua primeira edição no Brasil, acompanhada do já
citado texto de Blanchot, “A palavra vã”. A tradução e o posfácio são de Pablo
Simpson. O narrador é um personagem
anônimo, um homem atormentado por sua incômoda presença no mundo, como já deixa
claro a primeira frase do livro: “Olho-me com frequência no espelho”. Mais
adiante, o fato deflagrador de sua loquacidade é simples. Depois de
experimentar sensações ambíguas durante uma caminhada até uma falésia, o
personagem, sob efeito do álcool numa boate, se vê num súbito triângulo formado
por uma mulher que ele convida para dançar e seu namorado. A situação o leva a
soltar o verbo descontroladamente diante dos dois, sofrendo daquilo que chama
de crise de tagarelice. Sua exasperação se transforma numa espécie muito
particular de suspense, que o acompanha até o dia seguinte, quando outro
encontro provoca novamente uma perturbação. O desafio que o narrador precisa
encarar é antes de tudo o da linguagem, que não pode ser elaborada nem
precária, mas apenas uma expressão da singularidade do autor. Diz ele: “Hoje
resolvi, não sem repugnância, deixar de lado toda pesquisa formal, de modo que
me vejo escrevendo com um estilo que não é o meu; quer dizer, renunciei a todas
as tentativas ridículas de sedução com as quais me vejo por vezes jogando,
sabendo bem o que valem: não passam de uma habilidade ordinária”. Por vezes, o
tagarela volta-se para os leitores: “Nem vocês nem eu merecemos ser levados a
sério, tampouco ao pé da letra”. A enunciação que chega aos limites das
possibilidades da escrita leva Blanchot a comparar o Des Forêts de
O
tagarela ao Dostoiévski de
Memórias do subsolo e ao Camus de
A
queda.
O livro sai pela editora
Carambaia.
Você pode comprar o livro aqui.
O novo romance de João
Anzanello Carrascoza.
Um homem chega aos sessenta anos,
confinado em casa e distante das pessoas que ama. Pai tardio, sente que não
será capaz de acompanhar as conquistas dos filhos, e pela primeira vez encara a
solidão na velhice. O resultado é um livro tocante sobre a experiência do
viver. Com uma prosa que transita entre momentos de leveza e de perda, de amor
e de aflição, Carrascoza retorna aos personagens de Inventário do azul para
tratar da história de distanciamento e solidão de um homem que, ao completar
sessenta anos, se vê diante da possibilidade do fim. Se, no livro anterior, o
narrador acompanhava os filhos crescerem e lidava com o passado, em
O céu
implacável a situação se alterou de forma radical. Confinado em casa por
conta da pandemia, ele encontra os filhos somente pelas conversas online.
Sozinho, ao se deparar com os pequenos objetos que eles abandonaram — um
chinelo, uma escova de dentes, uma toalha com estampa da Cinderela — uma nova
angústia ganha contornos reais: ele está envelhecendo, e o tempo de convivência
com os dois se encurta a cada dia. Lidos separadamente, os livros têm seus
próprios arcos narrativos, acompanhando o amadurecimento de uma família
dispersa, ainda que intimamente unida. Juntos, os romances mimetizam a própria
imprevisibilidade da vida, com suas expectativas que mudam a cada instante. O
livro sai pela Alfaguara.
Você pode comprar o livro aqui.
A chegada da obra de Colombe
Schneck ao Brasil.
Em
Dezessete anos, Colombe
Schneck estabelece um diálogo direto com a escritora Annie Ernaux, Prêmio Nobel
de Literatura. A ideia do livro surge como resposta ao que Schneck descreve
como uma espécie de convocação de sua antecessora: “Senti como se ela se
dirigisse a mim. Eu precisava contar o ocorrido naquela primavera de 1984”. Era
preciso falar sobre a experiência do aborto, um dos atos mais frequentes e,
também, mais secretos na história das mulheres. Assim, tal obra, agora no
Brasil, traz uma importante contribuição a respeito desse tema tabu, sobre o
qual tão pouco se falou na literatura e que envolve interditos ligados ao corpo
da mulher. A jornalista e escritora francesa Colombe Schneck é uma das mais
importantes de sua geração. Possui uma obra com forte teor autobiográfico,
plena de narrativas de filiação, relatos de infância, autoficções e romances
autobiográficos.
Dezessete anos foi lançado na França em 2015 e é o
primeiro livro de Schneck a ser publicado no Brasil. Trata-se de um relato pungente do
aborto vivenciado pela autora-narradora em 1984. Nesse momento, o procedimento
já era legalizado na França, tendo sido realizado em boas condições sanitárias,
bem diferente da experiência relatada por Ernaux e da realidade brasileira, na
qual um número expressivo de mulheres morre todos os anos devido à insegurança
da situação. A experiência do aborto na obra,
mesmo ocorrendo em um espaço-tempo privilegiado, não é “nem banal, nem
conveniente”, como afirma a narradora, que vivia, até então, uma adolescência
tranquila e despreocupada na Rive gauche parisiense, até se deparar com uma
gravidez indesejada. O acontecimento marca a sua entrada abrupta no mundo
adulto e, sobretudo, a sua tomada de consciência de que a liberdade sem freios
da qual supostamente desfrutava não existia, pois era limitada pela condição
feminina. A descoberta do corpo de mulher, em Dezessete anos, é vivenciada como
uma armadilha, trata-se de um corpo que restringe as liberdades. O aborto
permanece um tema tabu, mas Colombe Schneck contribui para diminuir o silêncio
e a “solidão que envolve as mulheres que abortam”. É preciso falar sobre isso,
é preciso ler
Dezessete anos. (Laura Campos) Com tradução de Isadora
Pontes e Laura Campos, o livro é publicado pela Relicário Edições.
Você pode comprar o livro aqui.
Giorgio Agamben em tratativas do visto e ouvido.
Fragmentos, textos brevíssimos de
timbre poético no limar de desaparecer. Neste livro, de tom melancólico e
final, Agamben refaz a própria vida entrelaçando-a aos ensinamentos aprendidos
dos amigos, livros, lugares e escritores. O passo é leve, a atmosfera frágil, a
luz tem o lampejo da iluminação. Como um tomar de notas para um testamento
impossível, como escrever o próprio nome depois de o ter esquecido:
Coisas que vi, ouvi, aprendi… parece a tentativa de recordar esse
nome, soletrá-lo em voz baixa, como se faz quando se aprende uma língua. Por
isso, as palavras de Agamben ressoam últimas, ou penúltimas, assim como é a
verdade; em busca da inocência da infância, do primeiro escrito que tinha em si
tudo o que o adulto procurou em vão explicar, Agamben toma notas daquilo que
resta dos mestres, e deles absorve a sabedoria manifestando-a) como um odor:
amargo, meditativo, com frequência sereno, livre. Nenhum outro livro de Agamben
se parece com este, nenhum tem o tom alto e cristalino de quem lutou até a última
gota de sangue com a linguagem, e voltou para testemunhar. Com tradução de
Julia Scamparini o livro sai pela editora Âyiné.
Você pode comprar o livro aqui.
REEDIÇÕES
A HarperCollins publica edição com
tradução revista de Noites azuis
, de Joan Didion.
Em 2005, dois meses após a
publicação de
O ano do pensamento mágico, Joan Didion perdeu a filha,
Quintana. Cinco anos mais tarde, a data que marcava o que deveria ser o
aniversário de sete anos de casamento de Quintana desperta memórias vívidas
sobre a criação dela, as perdas de pessoas queridas e o doloroso processo de
envelhecimento, que preenchem as páginas deste livro de memórias. Em
Noites
azuis, best-seller do New York Times e um dos relatos mais brutais e
honestos de Didion, ela expõe uma tentativa em compreender seus medos mais
profundos, seus ajustes inadequados frente ao envelhecimento e a busca por dar
nome àquilo que evitamos ver e às consequências que nos recusamos a enfrentar.
Intensa, poética e poderosa, esta obra tece um relato sobre a maternidade, a
memória e o luto em uma narrativa ao mesmo tempo pessoal e coletiva. A tradução
é de Ana Carolina Mesquita.
Você pode comprar o livro aqui.
Reedição de antologia de um dos
maiores poetas norte-americanos do século XX, traduzida e organizada pelo poeta
e ensaísta José Paulo Paes.
Sem abandonar a profissão de
pediatra e nem sua cidade natal, a pequena Rutherford, nos Estados Unidos,
William Carlos Williams tornou-se um dos grandes nomes da poesia em língua
inglesa. Opondo-se a uma linguagem hermética e rebuscada, o autor do épico
Paterson coloca no centro de sua obra personagens, cenas e objetos do cotidiano
— uma senhora pobre mascando ameixas, “como que enchendo o ar”, o vaso de
flores “de todo obscuro/ garrido em sua capa de musgo”, a folha de papel
“arrastada aos trancos/ e barrancos/ pelo vento”. Nesta reedição da antologia
organizada e traduzida por José Paulo Paes na década de 1980, o leitor encontra
uma seleção cuidadosa dessa produção. Dispostos em ordem cronológica, os poemas
reunidos permitem observar a transformação do estilo de Williams, marcado por
descrições que podem ser lidas a um só tempo como instantâneos da realidade e
como retratos impressionistas que se abrem para experiências metafísicas. O
livro é publicado pela Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
RAPIDINHAS
Invasão nórdica 1.
A editora Aboio está com chamada aberta para apoio à publicação da Coleção Norte-Sul. Organizada e traduzida por Guilherme da Silva Braga, autor dentre outros trabalhos da tradução de Karl Ove Knausgård,
o primeiro título a sair é
Noveletas, de
Sigbjørn Obstfelder. Invasão nórdica 2. Outros três títulos completam a primeira fase da coleção: Mogens, de Jens Peter Jacobsen; Historietas, de Hjalmar
Söderberg; e Contos de Natal e Neve, de Zacharias Topelius. Para mais detalhes sobre os livros e como adquiri-los, fica o convite para uma passagem no site da editora.
Mudança de curso. Dos latino-americanos, a editora Pinard passa aos europeus. O próximo título disponibilizado para financiamento coletivo é Bruges-la-morte, de Georges Rodenbach. Considerada a obra-prima da literatura pré-modernista na Europa e um dos mais importantes romances na literatura da Bélgica, a nova tradução recoloca o livro em circulação entre os leitores brasileiros.
DICAS DE LEITURA
Na aquisição de qualquer um dos
livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a
manter o Letras.
1.
Os prêmios, de Julio
Cortázar (Trad. Elaine Ramos, Companhia das Letras, 384 p.) O primeiro romance
do escritor argentino é uma combinação magnética de alegoria surrealista,
reality
show avant la lettre, aventura metafísica e sátira político-social do seu país
nos anos 1960.
Você pode comprar o livro aqui.
2.
Também eu danço, de Hannah
Arendt (Trad. Daniel Arelli, Relicário Edições, 228 p.) A pensadora-chave da filosofia
política do século XX fez passagem pela literatura. Esta antologia reúne 71
poemas daquilo que escreveu durante ao longo da vida.
Você pode comprar o livro aqui.
3.
Doze dias, de Tiago Feijó (Penalux, 188 p.) O telefonema de um pai
para o seu filho quinze anos depois que não se veem é apenas o primeiro gesto para a
reabertura de um acaso que colocará essas duas personagens outra vez em convívio.
Você pode comprar o livro aqui.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
O primeiro número da revista
7faces
publicado no primeiro semestre de 2010 trazia homenagem à obra poética de Zila
Mamede. É possível acessar o periódico
aqui.
No arquivo do
Letras
disponível no YouTube é possível
ver uma rara entrevista com Zila Mamede
veiculada no programa
Memória viva, da TV Universitária em 1982.
Neste 20 de maio, celebramos o aniversário de Maria Teresa Horta, nome singular da literatura portuguesa do século XX. No blog, o leitor encontra alguns textos dedicados ao perfil e à sua obra.
BAÚ DE LETRAS
Por falar sobre a chegada de um
novo título do turco Orhan Pamuk, aproveitamos para recordar
uma resenha que publicamos em 2018 sobre
Uma sensação estranha, o até agora último livro
do escritor publicado entre nós.
Neste texto de 2016, “Amo como
mulher e te amo porque és”, comenta-se sobre a paixão epistolar entre Virginia
Woolf e Vita Sackville-West.
Em 2008, com o título de “Itinerários
da poesia de Zila Mamede” este blog reproduziu um texto que apresentava livro a
livro a obra poética da poeta. São seis textos disponíveis
a partir daqui.
DUAS PALAVRINHAS
Vivo me perguntando que relações
invisíveis são essas que determinam nossas vidas, e que fio as une.
— W. G.
Sebald, em Campo santo.
...
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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas.
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