DO EDITOR
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4. Tenham um rico fim de semana e
boas leituras!
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Virginia Woolf. Foto: Gisèle Freund |
LANÇAMENTOS
Três novos lançamentos reafirmam a presença marcante da obra de Virginia
Woolf entre os leitores brasileiros.
1. A reedição dos Contos completos, agora revista e anotada. Numa
carta de 1908, Virginia Woolf dizia querer “reformular o romance e capturar as
multidões de coisas hoje fugidias” e “dar forma a uma infinidade de formas
estranhas”. De fato, nas décadas seguintes ela ajudaria a promover, ao lado de
escritores como James Joyce, Marcel Proust e William Faulkner, uma verdadeira
revolução no romance moderno, em obras célebres como Mrs. Dalloway, Ao
farol e As ondas. Foi, porém, nos contos que ela aperfeiçoou as
técnicas narrativas que empregaria em seus romances. Organizado por Susan Dick,
estudiosa da obra woolfiana, Contos completos reúne toda produção da
autora no gênero e esquetes, num total de 46 histórias, desde “Phyllis e
Rosamond”, de 1906, até “O lugar da aguada”, escrito semanas antes de sua
morte, em 1941. Com sua prosa lírica, súbitas mudanças de perspectiva e
mergulhos profundos no mundo interior das personagens, Virginia traz para seus
contos toda a sutileza e complexidade que a ciência, a filosofia e a
psicanálise começavam a desvendar a respeito da natureza subjetiva e relativa
da realidade. Além de ter estado na vanguarda artística de seu tempo, a autora
foi também pioneira na causa feminista. Narrando histórias em sua maioria sobre
mulheres, usou a escrita para colocar em questão o papel secundário destas na
literatura e na sociedade e para desafiar, com coragem e ironia, os privilégios
masculinos. Este e outros aspectos de sua prosa são analisados no prefácio
inédito do poeta Leonardo Fróes, escrito especialmente para esta nova edição —
revista e anotada — de sua já consagrada tradução. O livro sai pela Editora 34.
Você pode comprar o livro aqui.
2. Uma antologia com ensaios nos
quais Virginia Woolf aborda, em escopo e profundidade, a temática da natureza
da poesia e da prosa literária e, sobretudo, a relação entre as duas. “Poesia é
poesia e prosa é prosa” — é o refrão que Virginia atribui, no ensaio “Uma prosa
apaixonada”, aos que se comprazem em traçar os limites dos diferentes gêneros
literários. Mas, excetuando-se certas características convencionais, a
distinção entre a prosa literária e a poesia se estreita consideravelmente. Há
poesias nada poéticas, assim como há prosas deliciosamente, apaixonadamente,
prazerosamente poéticas. No fundo, sorrateira e insinuante, o que Virginia quer
demonstrar é que sua própria prosa, seja a de ficção, seja a ensaística, é uma
prosa poética, uma prosa musical, uma prosa… apaixonada. E a pergunta que ela
tenta responder, ao longo desses ensaios, é: o que faz com que uma prosa
literária possa ser assim classificada? Complementam a antologia
Uma prosa
apaixonada dois posfácios, escritos por Roxanne Covelo e Emily Kopley,
estudiosas da obra woolfiana. O livro sai pela editora Autêntica com tradução
de Tomaz Tadeu.
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3. A nova tradução de um dos
principais romances de Virginia Woolf. Os Ramsay parecem uma típica família
inglesa do começo do século XX, às vésperas da Primeira Guerra Mundial. No
entanto, através das lentes impressionistas de Virginia Woolf, temos acesso ao
fluxo de consciência de diferentes personagens, mostrando os ressentimentos e
disputas que se agitam entre os membros da família. Neste clássico do
modernismo europeu, os principais temas da autora, como a passagem do tempo, a
solidão, o lugar da mulher e a função da arte, são explorados com a sutileza
ímpar pela qual Virginia Woolf se tornou conhecida. Através de uma escrita que
não tem medo de mergulhar no inconsciente dos personagens, Woolf investiga a
própria infância e exorciza fantasmas familiares. Com tradução de Paulo
Henriques Britto,
Passeio ao farol sai pelo selo Penguin/ Companhia das
Letras.
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A chegada ao Brasil da obra de
Ivy Compton-Burnett.
“Lendo pela primeira vez um livro
de Ivy Compton-Burnett, tive a desagradável sensação de ter caído em uma
armadilha... Fui atrás de todos os seus romances... De repente entendi que os
amava com fúria, que me davam alegria e consolo, que eu podia bebê-los como se
fossem água de uma fonte... neles reinava uma clareza alucinante, nua e
inexorável; e nessa inexorável clareza, seres impenetráveis sentavam-se
pregados em seus atrozes interrogatórios, trocando palavras que pareciam
picadas de serpente.” (Natalia Ginzburg)
Párocos e mestres sai pelas Edições
Jabuticaba com tradução e prefácio de Vilma Arêas e Marcelo F. Lotufo.
O novo livro da poeta Fernanda Fatureto.
Em Exílio: Paisagens, Fernanda Fatureto percorre o binômio limite
x deslimite, escapando do binarismo e fazendo com que o infinito possa
vir morar no coração do finito. E é isso também o que nos faz pensar seu
título, ao evocar uma paisagem em fuga, que, no entanto e por isso mesmo,
configura uma espécie de paisagem particular do livro. Essa paisagem do livro
não raro traz algo do sonho e seu insondável, coadunando com aquilo que se
poderia chamar de uma paisagem de escrita feminina — tão difícil de definir mas
também de refutar, justamente por seu comportamento, digamos, em fuga. Isto é,
em sobreposições, contrapontos e obliterações dos seus limites. (Maraísa
Labanca) Exílio: Paisagens é o terceiro livro de Fernanda Fatureto,
autora também de Ensaios para a queda (Penalux) e Intimidade
inconfessável (Patuá). Com posfácio de Maraísa Labanca, o livro é publicado
pela mineira Cas'a edições.
Nova edição e tradução de um livro que se tornou um clássico da
literatura infanto-juvenil.
Para os meninos da rua Paulo, os dias em Budapeste seguem uma rotina
rigorosa. Depois da aula, à tarde, eles se reúnem no grund, um terreno
junto a uma serraria, onde brincam, jogam bola e criam as próprias regras. Ali,
as lideranças são bastante definidas e cada um ocupa sua posição com orgulho.
Lá também se funda a Associação do Betume, uma organização com direito a
presidente, tesoureiro e ao grande livro. Esse dia a dia, no entanto, é radicalmente
transformado quando outro grupo, dos fortes camisas vermelhas, decide ocupar
aquele território protegido. Os meninos da rua Paulo atravessou o século
XX encantando gerações em todo o mundo. Escrito pelo dramaturgo, escritor e
jornalista húngaro Ferenc Molnár, a história desses bravos e leais meninos
conquistou leitores que se viram em situações parecidas ― mesmo que em lugares
muito distantes da Hungria, como o Brasil ― ou que já se sentiram como o líder
Boka, o pequeno Nemecsek ou os rivais Barabás e Kolnay. Um romance que
representa, de forma magnífica, a passagem da infância para a juventude, com
algumas passagens comoventes e outras deliciosamente alegres. A edição
publicada pela editora Nova Fronteira conta com tradução direta do húngaro de
Edith Elek e ilustrações de Rubem Filho. O prefácio é da historiadora Elisa
Defelipe e o texto de orelha é da cineasta Sandra Kogut. Você pode comprar o livro aqui.
O amadurecimento de uma menina
ocupada em observar o que acontece e não acontece ao seu redor.
A mulher do padre é um romance
formado por memórias reais e inventadas. Carol Rodrigues conduz o leitor pelos
momentos de desbravamento e introspecção que acompanham o amadurecimento de
Lina, uma menina ocupada em observar o que acontece e o que não acontece ao seu
redor. Um prato cheio de nostalgia para quem cresceu na década de 1990, com
referências inescapáveis e memórias (tão deliciosas quanto constrangedoras) que
podem ser compartilhadas entre muitos de nós. O livro é publicado pela editora
Todavia.
Você pode comprar o livro aqui.
A chegada ao Brasil da obra de
Lisa Ginzburg.
O delicado e belo romance
Cara
paz, de Lisa Ginzburg, magistralmente traduzido por Francesca Cricelli,
retrata a intensidade dos laços afetivos que unem as irmãs Nina e Maddalena,
duas crianças italianas crescidas num contexto familiar de deriva emocional.
Após terem sido abandonadas pela mãe, Gloria, figura livre, fascinante e à
frente do seu tempo numa Itália regida por valores conservadores, o pai das
meninas, Seba, incapaz de dar conta do abandono da esposa e da criação das
filhas, contrata uma jovem mulher francesa, Mylène, como cuidadora afetiva e
educacional delas. Com a entrada em cena de mais uma mulher, a narrativa se
concentra na perspectiva de resiliência e fortaleza das protagonistas dos
acontecimentos desta história. O livro sai pela Editora Nós.
Você pode comprar o livro aqui.
Mais um título no recente projeto de tradução de Paulo Bezerra com a
obra de um dos nomes seminais dos estudos da linguagem.
Considerado um ensaio seminal na carreira de Mikhail Bakhtin, “O autor e
a personagem na atividade estética” foi redigido na primeira metade dos anos
1920 e integra seus escritos ditos “filosóficos”, ao lado de “Por uma filosofia
do ato” (1919-1921) e “O problema do conteúdo, do material e da forma na
criação artística verbal” (1924). No presente volume Bakhtin procura definir a
relação “arquitetonicamente estável e dinamicamente viva” entre autor e herói
na obra literária, e elabora vários conceitos que serão fundamentais em seus
escritos posteriores sobre a linguagem, o discurso e o romance. A tradução de
Paulo Bezerra, publicada pela primeira vez na coletânea Estética da criação
verbal, foi aqui inteiramente revista, além de acrescida de um posfácio do
tradutor e de um texto inédito de Bakhtin em português: uma “Introdução” ao
livro, com cerca de 30 páginas, descoberta pelos organizadores das Obras
reunidas do autor na Rússia. O autor e a personagem na atividade
estética é publicado pela Editora 34. Você pode comprar o livro aqui.
Ovídio e as saudades do lar.
Nas
Tristezas, uma das
obras sobreviventes de Ovídio dentre as escritas no exílio, o poeta expressa as
saudades que sente do lar. O autor dialoga à distância com as pessoas caras a
ele e que ficaram em Roma, incluindo sua esposa, Fábia, e o imperador, Augusto,
ao qual o poeta apela inúmeras vezes ao longo da obra, louvando-o em muitos
momentos e censurando-o por ter sido mal interpretado por ele. A tradução deste
poema ao português, adicionada de muitas notas explicativas (desde fatos
históricos até recursos poéticos e retóricos) é um grande avanço para os
estudos ovidianos no nosso país, assim como uma oportunidade para o leitor
brasileiro se aproximar da obra de um dos principais poetas romanos. Com
tradução de Pedro Schmidt, o livro sai pela editora Mnēma.
Em seu mais novo romance, André de Leones instiga o leitor a visitar e a
vivenciar o “nosso velho (centro-)oeste” brasileiro, pouco visto e explorado,
dos anos 80.
Quando crescer em um meio bárbaro e selvagem é inevitável, tornar-se
violento acaba sendo necessário: para sobreviver, para resistir, para superar
e, principalmente, para vingar. Vento de queimada conta a história de Isabel,
uma mulher forte e implacável, que, desde criança, foi exposta a uma realidade
em que a violência parecia ser a única saída para os problemas existentes. Seu
pai, um ex-policial pistoleiro ― ou um pistoleiro ex-policial, já que não há
como saber o que veio primeiro ―, trabalha para figuras poderosas e influentes
no estado de Goiás. A relação dos dois, assim como suas práticas e seus
hábitos, não é estruturada de maneira convencional ― neste vínculo, não se sabe
quem é responsável por quem, quem deve ser exemplo para quem. O pai, por ser
quem é e por fazer o que faz, de tempos em tempos, expõe a filha a incidentes
que não lhe dizem respeito, inserindo-a num trágico ambiente de ganância e
violência. A vontade de fazer “justiça” com as próprias mãos passa, então, de
pai para filha, não de maneira natural, mas forçada, após um desses episódios
cruciais e indesejados acontecer na vida de Isabel; um evento que teve o poder
de fazê-la deixar a carreira promissora na área em que se formou, História,
para se tornar comerciante ― “uma vendedora de lápis, apontador e borracha”,
como a protagonista se descreve ― de dia, aos olhos de todos, e uma assassina à
noite, quando ninguém de seu círculo social está vendo. Autor de romances
excepcionais, como Eufrates e Hoje está um dia morto (vencedor do
Prêmio Sesc de Literatura), André de Leones traz em Vento de queimada um
retrato de um país composto por beleza, mas também por horror. Descrito por
Luisa Geisler, que assina o texto de orelha, como um “Tarantino tropical”, o
livro é um convite, um chamamento, que vale a pena ouvir e atender. O livro é
publicado pela editora Record. Você pode comprar o livro aqui.
O novo livro de Matheus Arcaro.
Há mais de 150 anos uma bailarina da Ópera de Paris posava para um
quadro cujo destino seria, desde então, causar furor, tanto nos salões nos
quais seria exposto, como nas páginas de Facebook, onde é censurado até hoje. O
quadro, A origem do mundo, de Gustave Courbet. A bailarina, Constance
Quéniaux. O motivo de tanta exaltação, a representação do torso, ventre e vulva
da menina Quéniaux, como a chamará Alexandre Dumas Filho numa carta, embora a
modelo já passasse dos trinta anos. Apesar de desde os gregos, pelo menos, a
anatomia masculina seja representada em traços realistas, a mulher, seu corpo,
sua existência ainda causam espanto, revolta, “sensação”. Tomando de empréstimo
esse mote, Matheus Arcaro, apresenta essa nova A origem do mundo,
reunião de dezessete contos que gravitam em torno do feminino, desde sua
experiência e percepção próprias da vida até as violências cotidianas que sofre
por ser essa pedra de escândalo desde Eva. Dezessete contos com nomes de
mulher, em que a divindade ganha vulva e útero, e, por que não?, uma vida
comezinha. Mas, para além disso e do acidental da existência de cada uma das
personagens, essas histórias retratam também suas insubmissões e insurgências.
(Micheliny Verunschk) O livro é publicado pela editora Patuá.
Novo romance de Paulina Chiziane.
“Quem escapa da fome não escapa da
guerra; quem escapa da guerra é ameaçado pela fome. Os jovens arrumam a trouxa
e partem. Os velhos, as mulheres e as crianças ficam.” Uma história de dois povos em fogo
cruzado — impotentes e perdidos, sem saber quem os defende e quem os ataca —,
Ventos do Apocalipse nos leva a questionar quanto de ficção há no realismo
das descrições brutais de um legado colonial. Neste livro, Paulina Chiziane
narra as 21 noites de pesadelo e de tormentos do êxodo dos sobreviventes de uma
guerra sangrenta, vistos agora sob a ótica de uma nova e inadiável liberdade. “Publicado pela primeira vez em
1999, pouco depois do fim da guerra civil, este romance de Paulina Chiziane
narra o dentro da gente. Quem, de que lugar ou tempo, nunca sentiu o vento
assobiar mais forte pelas veias adentro, como vertigem? Ou o vento soprar
fresco enchendo o peito de esperança? Mesmo em tempos de paz vivemos
apocalipses íntimos, assim como durante as guerras sopram bons ventos.” (Bianca
Santana, no texto de orelha desta edição).
Você pode comprar o livro aqui.
RAPIDINHAS
Ainda Virginia Woolf. A editora
Morro Branco prepara uma edição que reúne a correspondência entre a autora de
Mrs.
Dalloway e Vita Sackville-West. As duas se conheceram em 1922 e se corresponderam
ao longo de mais de duas décadas.
DICAS DE LEITURA
Na aquisição de qualquer um dos
livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a
manter o Letras.
1.
O tartufo,
Don Juan
e
O doente imaginário, de Molière (Trad. Jorge Coli, Editora Unesp, 242 p.)
Essas são três peças essenciais da prolífica obra do dramaturgo francês. Em
cada uma delas, um exame de algumas das nossas idiossincrasias, tais como o
virtuosismo e o moralismo, ou nossas obsessões.
Você pode comprar o livro aqui.
2.
O cupom falso, de Liev Tolstói (Trad. Priscila
Marques, Editora 34, 96 p.) Dividido em duas partes a novela acompanha um jovem
estudante entre a queda e redenção, numa de torrente de acontecimentos, depois
de se envolver com o falseamento de uma espécie de nota promissória com valor
financeiro na sociedade russa da época.
Você pode comprar o livro aqui.
3.
O livro dos mortos, de Lourenço Mutarelli (Companhia das Letras, 528 p.)
O escritor regressa, pelo estilo, ao romance que o consagrou, para continuar
sua investigação pelos limites da narrativa e seu papel na nossa própria
construção.
Você pode comprar o livro aqui.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
No dia 5 de maio de 2023
celebramos o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Um excelente motivo para
recordar este vídeo com José Saramago em que o escritor trata de lembrar que existe
línguas em português. O material é o excerto de um documentário de Victor Lopes
intitulado
Língua: vidas em português.
Ainda sobre datas comemorativas. No
Dia da Literatura Brasileira, celebrado no 1º de maio, abrimos uma enquete no
Twitter perguntando aos leitores que acompanham o
Letras nesta rede
social qual o seu livro predileto escrito por um brasileiro. Da mais uma
centena de obras citadas, está em alta a presença daqueles títulos essenciais
como
Grande sertão: veredas (Guimarães Rosa),
Dom Casmurro ou
Memórias
póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis),
Vidas secas ou
São
Bernardo (Graciliano Ramos),
A hora da estrela ou
A paixão
segundo G. H. (Clarice Lispector) ou
Crônica da casa assassinada
(Lúcio Cardoso). Entre os contemporâneos,
Pornopopeia (Reinaldo Moraes),
Dois irmãos (Milton Hatoum),
Antes do baile verde (Lygia Fagundes
Telles),
Um defeito de cor (Ana Maria Gonçalves). Bom,
a lista completa está aqui.
BAÚ DE LETRAS
Com a entrega do Prêmio Camões a
Chico Buarque, abriu-se a temporada das premiações represadas. Nesta semana, o
galardão foi entregue à romancista moçambicana Paulina Chiziane, galardoada em
2021. Um ano antes, o vencedor foi o Vítor Manuel de Aguiar e Silva, que morreu em 2022 sem receber sua diplomação. No blog, é possível
ler um breve perfil sobre Chiziane.
O livro
Ensaios para a queda,
de Fernanda Fatureto, autora da casa que publica agora sua nova incursão pela
poesia, foi lido e comentado
aqui mesmo no
Letras neste texto de Pedro
Fernandes publicado em dezembro de 2017.
DUAS PALAVRINHAS
É na língua portuguesa que eu
expresso os meus sentimentos e me afirmo diante do mundo. Mas eu gostaria que a
língua fosse de todos. A língua portuguesa, para ser definitivamente nossa, precisa
de um tratamento, de uma limpeza, de uma descolonização.
— Paulina Chiziane, discurso de
recepção do Prêmio Camões
...
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