Boletim Letras 360º #528

 
 
DO EDITOR
 
1. Olá, leitores, desde há um mês, seguindo o curso do itinerário interminável da nossa colonização virtual, estamos com um grupo no Telegram. É neste espaço que agora chegam, em primeira mão, as novidades sobre as novas entradas no blog.
 
2. Mais que seguir o curso da manada, a estratégia de chegarmos ao Telegram é a de estender nossa proximidade e, claro, manter em alguma medida o convívio que se torna sempre mais impraticável nas redes sociais. Já repetimos muito o convite nos demais lugares online, mas refazemos neste espaço. Se quiser estar conosco, basta entrar aqui.
 
3. Num futuro não muito longe, queremos preparar sorteios exclusivos com alguns livros maravilhosos para os leitores neste espaço ou expandir as vantagens do nosso clube de apoios. E, falando nisso, saiba todas as formas de ajudar o Letras com as despesas de hospedagem e domínio online neste endereço. 

4. Uma delas é a aquisição de livros pelos links ofertados neste Boletim. Você pode garantir um bom desconto nas suas compras, ganhar frete grátis e ainda ajudar o blog sem pagar nada mais por isso. Para o frete grátis você precisa ser cliente do Amazon Prime. Para assinar ou comprar qualquer outro produto que não os apresentados nesta publicação, vá por aqui.

5. Esperamos que este fim de semana prolongado esteja rendendo algum descanso e boas leituras. Até a próxima!

Sylvia Plath.  Arquivo Lilly Library


 
LANÇAMENTOS
 
Edição bilíngue dos dois livros de poesia organizados por Sylvia Plath e uma generosa seleção de mais poemas produzidos entre 1954 e 1963.
 
Esta é a primeira vez que um livro no Brasil reúne a mais completa seleção da poesia de Sylvia Plath. Além de O colosso (1960), livro até então inédito na íntegra no país, compõem o volume Ariel (1965, publicado postumamente) e uma cuidadosa seleção de mais de quarenta poemas esparsos que mostram a impressionante força da obra da autora. Em versos vertiginosos, meditativos e por vezes repletos de referências literárias, botânicas e mitológicas, Plath se estabeleceu como uma das vozes mais admiradas da literatura do século XX. Sua poesia continua a apaixonar e a instigar legiões de leitores e leitoras e se mantém como referência incontornável para as novas gerações de poetas. Com tradução de Marília Garcia, Poesia reunida sai em edição bilíngue pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui

Ainda Sylvia Plath. Um mergulho vertiginoso no último ano de vida de uma mente genial e atormentada.

Depois de uma pesquisa meticulosa em torno da biografia e da obra de um dos nomes mais cultuados da literatura do século XX, Elin Cullhed reconstitui de maneira ficcional, em primeira pessoa, os últimos meses de Sylvia Plath, que morreu tragicamente, aos trinta anos. Em uma prosa luminosa e arrebatadora, a escritora sueca esmiúça as angústias de uma artista que, no fim da vida, experimentou uma espécie de catarse produtiva. A derrocada do casamento com o poeta Ted Hughes e os intensos conflitos psicológicos culminaram na composição de poemas emblemáticos da carreira de Sylvia Plath, que integrariam seu livro mais conhecido, “Ariel”, publicado postumamente em 1965. Euforia explora as contradições que precederam o desfecho de uma trajetória brilhante e atribulada. Com surpreendente liberdade de imaginação, Cullhed se dedica a investigar a ambiguidade da solidão, os prazeres do sexo, o sofrimento provocado pela traição, as privações da maternidade e a devoção incondicional ao ofício da escrita. Com tradução de Kristin Lie Garrubo, o livro é publicado pela editora Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui

O primeiro livro da nova casa editorial brasileira.
 
A publicação do romance A menina que não fui, em 1903, não passou incólume às reações mais apaixonadas, oscilando entre o escândalo suscitado pela temática homossexual e o louvor apaixonado da crítica, que elegeu Han Ryner o “príncipe dos contadores”. Escritor prolífico, Ryner é conhecido por seus ensaios e romances, marcados pela defesa das liberdades individuais, inclusive do “poliamor”, e por sua atuação no movimento anarquista. A história do livro agora publicado no Brasil, se passa em grande parte no Sul da França, no internato Saint Louis de Gonzague, onde o próprio Ryner viveu durante dois anos de sua vida, e onde as descrições geográficas se sintonizam e destoam da psique de François. Trata-se de um texto intimista, em grande parte escrito em forma de diário, no qual François de Taulane, em desespero, se dispõe a escrever suas memórias, desde as angústias da orfandade e o ambiente hostil do internato católico até as tentativas fracassadas de se envolver com mulheres para fugir do assédio e das “amizades particulares”. O lirismo delicado na construção psicológica é permeado por descrições comoventes, consideradas explícitas para a época. Foi exatamente essa força do texto estimulou a estreante editora Ercolano a trazê-lo ao público brasileiro, a partir do louvável trabalho de resgate e pesquisa de Marie-France David-de Palacio e Patrick Cardon, da editora francesa Gay Kitsch Camp. O livro tem prefácio do João Silvério Trevisan e tradução de Régis Mikail. Você pode comprar o livro aqui
 
Considerado o primeiro romance russo de temática gay, ganha nova edição no Brasil.
 
Franco e afirmativo, Asas tornou-se um dos textos-chave da história da literatura queer ao apresentar uma narrativa que fala de forma aberta e naturalizada sobre o amor entre homens, algo inédito até então nos romances russos. A obra de Mikhail Kuzmin (1872-1936), com tradução de Francisco de Araújo, foi publicada em 1906 e obteve notoriedade imediata — se por um lado os críticos conservadores rejeitavam sua ousadia, grande parte do público passou a admirar o escritor.  O poeta russo Ivan Sokolov observa no posfácio à edição que “se perdoarmos o anacronismo da terminologia, não será difícil concordar com aqueles estudiosos que consideram Asas o primeiro romance de coming-out do mundo. Não é, decerto, o coming-out [...] como o conhecemos hoje, que se descreve no romance; mas a franqueza de Kuzmin sem dúvida fez dele um pioneiro”. Diferente de outros grandes autores que abordaram o tema — como Oscar Wilde, André Gide e o brasileiro Adolfo Caminha, até de forma bem mais explícita, em Bom crioulo —, Kuzmin está na vanguarda por trazer pela primeira vez uma história de amor gay com final feliz.  Com ares de romance de formação, o enredo tem como protagonista o jovem Ivan Smúrov, ou Vánia, que sai do interior para estudar em São Petersburgo, onde vai morar com a família de um tutor e estabelece uma relação especial com Natália, filha do anfitrião. As cenas se desenvolvem no ambiente da classe alta culta, em que se destaca Stroop, sujeito refinado e muito desenvolto, que não esconde a natureza de sua relação com outros homens e se tornará uma espécie de mentor, ao tempo temido e admirado pelo rapaz. Num meio propício a maledicências, Vánia tenta se afastar do amigo, sem sucesso, enquanto dá início a um novo aprendizado de arte, história e sentimentos. “Livre dos preconceitos da vida tradicional você pode se converter no perfeito homem moderno, se quiser”, lhe diz Stroop. A narrativa veloz de Asas, feita de cenas curtas e sem subterfúgios, abriga diversos personagens que constroem uma polifonia de ideias e pontos de vista sobre temas como a beleza, a moral e a sensibilidade. Kuzmin era também compositor, e a música, sobretudo a de Richard Wagner, ocupa lugar privilegiado nos diálogos do romance. A Antiguidade Clássica é outra presença importante, com destaque especial para o belo Antínoo, amante do imperador romano Augusto. De resto a filosofia neoplatônica ecoa por todo o livro, de tal forma que a homossexualidade é vista como uma possível determinação divina. “É difícil ir contra o que está posto”, diz uma personagem. “Talvez até seja pecado.” O livro sai pela editora Carambaia. Você pode comprar o livro aqui.
 
Ir ao passado para abrir o armário alheio.
 
Uma investigação sobre o segredo que moldou a vida de um homem, um romance especulativo, uma biografia fotográfica e, ao mesmo tempo, um relato autobiográfico que suscita, sem necessariamente responder, importantes questões: é possível conhecer alguém? É possível escrever uma vida? É possível narrar o outro sem narrar a si mesmo? “Quando eu tinha vinte anos, minha mãe avisou que meu tio-avô viria morar com a gente. Ele era, como se dizia na época, ‘esquisitão’: um tipo calado, um solteirão convicto, alguém que morou a vida inteira de favor no quartinho de fundos da irmã mais nova. Além disso, ele tinha uma paralisia nas pernas, possivelmente causada pela sífilis, e empurrava com os pés um balde de urina. Isso fazia com que ele se fechasse no seu próprio mundo. Ao mesmo tempo, várias histórias circulavam à boca miúda sobre o seu passado: como ele foi um homem bonito, boêmio, um pé de valsa, como teve um ‘convívio respeitoso’ com os malandros da Lapa. O tio Ricardo morou lá em casa por cinco anos, tempo suficiente para que gostássemos um do outro, mesmo sem trocar quase nenhuma palavra. No seu enterro, éramos apenas cinco ou seis pessoas. Vinte e tantos anos depois, encontrei uma caixa de sapatos no armário que tinha sido da minha avó. Nessa caixa, estavam as fotos do meu tio e os seus documentos. Revirando tudo, comecei a imaginar a vida que ele pode ter vivido e consegui enxergar aquilo que era o seu segredo.” O livro de Felipe Charbel, Saia da frente do meu sol é publicado pelo selo Autêntica Contemporânea. Você pode comprar o livro aqui.
 
Uma antologia organizada e traduzida por Affonso Romano de Sant’Anna reúne duas dezenas de poemas de Pablo Neruda.
 
“Neruda é poeta de contar e cantar. Sua vida é o manancial de onde bebe sua matéria-prima poética”. Esta frase, que abre o prefácio do livro, sintetiza a produção de Pablo Neruda e, em boa medida, já nos apresenta a proposta de 20 poemas de vida e um sino quebrado. Esta seleção de poemas, apresentada em uma bela edição bilíngue, conta com singular trabalho de tradução para o português do escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna. O livro nos transporta para um mapa lírico biográfico de Pablo Neruda. Já no prefácio temos acesso a uma breve biografia do poeta, construída de forma a destacar paralelos que mostram como a vida deste chileno ganhador do Nobel de Literatura está representada em cada poema que encontramos nesta magnífica leitura. Através da linguagem magistralmente inventiva de Neruda, temos acesso a experiências e momentos marcantes de sua vida, da infância à maturidade, passando pela perda da mãe biológica na infância; os primeiros romances, inclusive, com uma jovem viúva; os períodos em que morou na Europa; o contato com as tragédias da guerra; e, claro, seu engajamento político. Constantemente associados ao Surrealismo, os versos de Neruda apresentam características singulares, transitando entre o belo e o grotesco, ora cobertos pelo niilismo, ora se aproximando mais da crítica sociopolítica, para abarcar temas como a guerra civil espanhola, os problemas sociais, a exploração dos homens, entre outros temas. Seus poemas não lineares, caracterizados pela repetição de conectivos aditivos — que amarra a leitura dos versos até o fim —, são um dos exemplos de sua marca própria que o consolidou no panteão como um dos mais importantes poetas de língua espanhola. E o lançou diretamente no coração de gerações de leitores. Publicação da editora Global. Você pode comprar o livro aqui.
 
O novo romance de Micheliny Verunschk depois de O som do rugido da onça.
 
Um crime choca os moradores de uma pequena cidade no interior do Brasil: uma mulher é queimada viva, em um ritual motivado por razões religiosas, a fim de purificar a vítima e endireitá-la para o “caminho do bem”. A violência parece ter se tornado parte da paisagem: desde que uma comunidade evangélica se instalou na região, episódios do tipo se tornaram cada vez mais comuns. Cabe então ao leitor juntar fragmentos, seguir as pistas e acompanhar os rastros de uma mulher que tenta organizar a narrativa desse trágico acontecimento — enquanto ela mesma tenta lidar com seus próprios traumas e a ausência de um grande amigo. Em Caminhando com os mortos, a premiada escritora Micheliny Verunschk constrói um romance inovador e assustadoramente atual, que demonstra como o ódio às mulheres e às minorias atravessa os séculos, sobretudo quando se vale do fanatismo religioso. Você pode comprar o livro aqui.
 
Outra face de João Anzanello Carrascoza: o ensaísta.
 
João Anzanello Carrascoza, ficcionista e estudioso da publicidade, já demonstrou em suas obras como o texto publicitário mimetiza recursos linguísticos e procedimentos usuais da literatura na formação de seu cânone. Em A lírica do consumo, ele subverte este ponto de partida, ao investigar aspectos do consumo mobilizados na comunicação publicitária por meio de obras literárias de autores nacionais e estrangeiros. O livro reúne onze ensaios de alta voltagem analítica e absoluta originalidade, além do texto integral de sua “Suíte Acadêmica”, artigo científico que causou polêmica no campo pela escrita em prosa poética. O livro é publicado pela Ateliê Editorial. Você pode comprar o livro aqui.
 
A publicação de uma peça teatral da escritora Prêmio Nobel de Literatura Elfriede Jelinek.
 
O que aconteceu após Nora deixar a Casa de Bonecas ou Pilares das Sociedades, peça escrita em 1979 pela romancista, ensaísta e dramaturga austríaca Elfriede Jelinek, começa exatamente no ponto em que termina Casa de Bonecas, escrita pelo norueguês Henrik Ibsen cem anos antes. Protagonista de ambas as peças, Nora aparece em Ibsen como uma figura feminina aparentemente bem enquadrada na sociedade patriarcal e que, no entanto, se liberta pouco a pouco de sua condição submissa, deixando a casa onde morava e abandonando marido e filhos. Já a peça de Jelinek tem início no momento em que Nora inicia sua trajetória como mulher emancipada, mas nem por isso livre das estruturas de dominação que a assujeitam, seja em virtude de sua condição de operária de fábrica, seja em seu novo casamento com o Cônsul Weygang — empresário avarento e calculista que a autora foi buscar entre os personagens de outra peça de Ibsen, Pilares da Sociedade —, seja ainda pelas pressões econômicas que a desafiam continuamente em sua busca pela realização pessoal. O argumento desta obra, concebida como um drama secundário, nasce de um interesse que sempre moveu a atividade criadora de Elfriede Jelinek: resgatar figuras femininas, reais ou literárias, como forma de tematizar questões sociais profundas e complexas. Com tradução e nota tradutória de Angélica Neri, Gisele Eberspächer, Luiz Abdala Jr. e Ruth Bohunovsky e prefácio Ruth Bohunovsky, o livro é publicado pela editora Temporal. Você pode comprar o livro aqui.
 
Do autor de Equador, uma provocação sagaz sobre como nos relacionamos uns com os outros e como nossas sociedades, que parecem tão civilizadas e altruístas, podem ser tomadas pela barbárie e pela luta animalesca pela sobrevivência.
 
Pablo tem 93 anos e uma vida imensa. Lutou na Guerra Civil Espanhola, fugiu da morte na França, sobreviveu a um campo de extermínio nazista na Áustria e depois viveu 75 anos tão feliz quanto possível — até que uma pandemia de proporções imagináveis se alastrou pelo mundo e ele se viu abandonado em um lar de idosos na Espanha. É nesse mesmo local que trabalha Inez, uma médica espanhola que deixa seu marido e sua casa para trás para enfrentar a nova realidade que confronta não apenas sua profissão, mas tudo o que está à sua volta. Ao conhecer Paolo, um médico intensivista italiano que está na linha de frente do combate à covid-19, ela pouco a pouco toma dimensão de que essa nova doença é sinônimo de solidão e vai virar a vida de todos eles de cabeça para baixo. É um vírus desconhecido, que convoca cada indivíduo a enfrentar dilemas éticos a que se julgavam imunes. Último olhar, de Miguel Sousa Tavares é uma história sem tréguas nem contemplações, um convite para o leitor refletir sobre um passado próximo e vislumbrar as possibilidades de um futuro novo, em reconstrução. O romance é publicado pela Companhia das Letras. Você pode comprar o livro aqui.
 
Valter Hugo Mãe: quando o papel de cuidar se inverte na relação de amor de um filho por uma mãe.
 
Com seu inconfundível estilo literário, o renomado escritor português Valter Hugo Mãe fala sobre o delicado momento em que os filhos se tornam pais de seus pais. O autor narra detalhes da sua rotina e demonstra todo o amor e gratidão que sente pela mãe, refletindo sobre a fragilidade e a simplicidade da vida. A minha mãe é a minha filha conta com as belas ilustrações da artista plástica Evelina Oliveira. O livro é publicado pela editora Biblioteca Azul. Você pode comprar o livro aqui.
 
REEDIÇÕES
 
Nova edição de A mulher que amou demais, de Nelson Rodrigues.
 
Em 1949, no jornal carioca O Diário da Noite, nascia Myrna, pseudônimo que Nelson Rodrigues criou para assinar colunas diárias em que respondia a cartas de leitores e leitoras com conselhos amorosos e de relacionamento. A coluna foi um sucesso, e no mesmo ano a escritora se atrevia a uma nova empreitada: o romance-folhetim A mulher que amou demais, uma envolvente história de suspense com todos os elementos que tanto agradavam aos leitores de então e que Nelson trabalhava como ninguém: conflito familiar, desnudamento humano, conflito amoroso, mistério e paixão avassaladora. Narrada com uma linguagem oral e dinâmica, a história, passada em apenas um dia ― o dia anterior ao casamento de Lucia e Paulo ― prende o leitor até a última linha. A reedição agora publicada pela HarperCollins Brasil conta com prefácios da jornalista e escritora Bruna Maia e do crítico literário e professor Luis Augusto Fischer. Você pode comprar o livro aqui.

DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
Livros sobre livros, qual leitor não os ama, nãos os quer, não os lê? Um dia antes do Dia Mundial do Livro, regressamos a este tópico para recomendar outros três títulos fixados no mesmo interesse. Quer conhecer outras recomendações? Visite a seção Baú de Letras no fim deste Boletim.
 
1. Como organizar uma biblioteca, de Roberto Calasso (Trad. Patricia Peterle, Companhia das Letras, 144 p.) Dos livros que se leem numa sentada. Como autoexplica o título, neste trabalho o exímio ensaísta florentino discorre sobre a complexa tarefa de organizar uma biblioteca, das raízes desse tipo de livro — isto é, dos livros sobre livros — com Mme. de Sablé e La Rochefoucauld às algumas das próprias circunstâncias que tomaram o autor na formação de seu acervo particular. Você pode comprar o livro aqui
 
2. A memória vegetal, de Umberto Eco (Trad. Joana Angélica de Melo, Record, 272 p.) Outro italiano e este também um apaixonado pelo livro com vários trabalhos que demonstram isso, seja as investigações por listas das mais variadas, seja mesmo tratando disso em seus romances, como O nome da rosa. Neste conjunto de ensaios, Eco registra nossa aproximação ao invento mais sofisticado de sempre e as transformações mentais depois disso. Você pode comprar o livro aqui

3. Uma vida entre livros, de José Mindlin (Edusp, 232 p.) Aquele que foi um dos maiores bibliófilos no Brasil, confessa-se. Escrito a pedido do amigo Antonio Candido, este livro passa em revista o amor de Mindlin pelos livros e a história da formação de sua biblioteca hoje integrada ao complexo de bibliotecas da Usp. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
No dia do nascimento de Hilda Hilst copiamos para a nossa galeria de vídeos no Facebook, uma conhecida entrevista com a escritora, poeta e dramaturga brasileira realizada em 1990 para a TV Cultura por ocasião da apresentação de O caderno rosa de Lori Lamby. Hilda Hilst nasceu a 21 de abril de 1930 em Jaú, interior de São Paulo.  
 
Que tal um passeio com Vladimir Nabokov?
Ainda nos passos dos aniversários, neste dia, em 1899, nasceu em São Petersburgo o mais estadunidense dos russos.   
 
BAÚ DE LETRAS
 
Na edição 372 do Boletim Letras 360.º — outra vez por ocasião da data de 23 de abril — a seção Dicas de leitura trouxe como recomendação outros três livros sobre livros. Saiba quais, por aqui. Mais tarde, na edição 424, também — veja aqui.  

Em dezembro de 2021 editamos um texto enviado por Leonardo Prudêncio sobre O caderno rosa de Lori Lamby. No texto o autor examina, entre outros aspectos, o diálogo entre o material verbal e o visual. Publicado por Massao Ohno Editor, a primeira edição do livro contou com ilustrações de Millôr Fernandes. 

DUAS PALAVRINHAS
 
Poesia é basicamente intuição. A poesia não vem daqui, você recebe a poesia — ela vem de alguma coisa que você não conhece.
 
— Hilda Hilst, entrevista para os Cadernos de Literatura Brasileira

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* Todas as informações sobre lançamentos de livros aqui divulgadas são as oferecidas pelas editoras na abertura das pré-vendas e o conteúdo, portanto, de responsabilidade das referidas casas.
 


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