Boletim Letras 360º #522

DO EDITOR
 
1. Uma semana intensa para os leitores do Letras. Realizamos mais um sorteio entre os apoiadores do blog. Os dois livros, aliás, já estão a caminho dos ganhadores. E apresentamos os quatro colunistas que acrescentam ainda mais o nosso projeto.
 
2. Não esquecemos de lembrá-los sobre as possibilidades de apoio ao Letras — para pagarmos as despesas de domínio e hospedagem de 2023 a 2024, sua ajuda é importante. Para participar do grupo de apoiadores ou descobrir outras formas de colaborar, basta ir aqui.
 
3. Uma dessas formas de apoio é a aquisição de qualquer um dos livros apresentados pelos links ofertados neste Boletim ou mesmo qualquer produto adquirido online usando este link.  
 
4. Um fim de semana valioso para todos nós!

Patrick Modiano. Foto: Francesca Mantovan


 
LANÇAMENTOS
 
Um novo livro de Patrick Modiano, Prêmio Nobel de Literatura de 2014.
 
Um homem, uma mulher e a cidade de Paris. Em Um circo passa, Patrick Modiano conta uma história de mistério, com tonalidades de romance policial — e de amadurecimento. O protagonista e narrador é Jean, um jovem de 18 anos que não estuda nem trabalha e vive em um apartamento às margens do Sena. Seus pais mudaram-se para o exterior, provavelmente para sempre, a fim de escapar de “problemas”. Paira o fantasma da ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Jean conhece Gisèle, pouco mais velha e mais experiente do que ele, quando ambos saem de depoimentos à polícia que ocorrem em circunstâncias nebulosas até para eles. Modiano, prêmio Nobel de Literatura de 2014 e um dos escritores franceses mais importantes da atualidade, dá início então a uma trama em que se forma uma pequena rede de desconhecidos. Os personagens vivem um drama típico das obras do autor, a impossibilidade de apreender o outro, assim como a realidade em sua inteireza. Os capítulos seguem sem assombro nem pressa, num texto preciso captado pela tradução do escritor Bernardo Ajzenberg, também autor do posfácio da edição. Jean e Gisèle são contatados por uma dupla de homens suspeitos que lhe dão um carro para atuarem como mensageiros, sem explicações. Acompanhado por um cachorro, o casal se entrega à misteriosa missão enquanto sonha com a possibilidade de morar em Roma, onde Jean, aspirante a escritor, tem a promessa de trabalhar numa livraria. Tão importantes quanto esses personagens é o cenário de luzes e sombras de Paris, suas ruas e avenidas, jardins e monumentos, apartamentos, cafés, casas noturnas. Nos interstícios se desenvolvem os temas da dúvida, da memória e do esquecimento. Não por acaso, o anúncio do prêmio Nobel se referiu a Modiano como “Proust de nosso tempo”. Em seu discurso de aceitação, o escritor rememorou as caminhadas solitárias pela cidade que fazia quando criança. “Eu me tornei um prisioneiro da minha memória de Paris”, diria ele numa entrevista. Modiano retoma frequentemente o período antecedente a seu nascimento, em 1945. Seu pai era judeu mas teve ligações com o colaboracionismo durante a Ocupação. Como observa Ajzenberg no posfácio de Um circo passa, o escritor pertence à “juventude esmagada que viveu entre os horrores da Segunda Guerra e as conquistas comportamentais e políticas que chegariam a partir do final da década de 1960”. Além de escritor, Modiano atuou bissextamente como roteirista. Seu mais importante trabalho no cinema foi o argumento de Lacombe Lucien (1974), dirigido por Louis Malle, sobre um jovem camponês que encara a cooptação pelos nazistas como um modo de subir na vida. Um circo passa, publicado na França em 1992 e traduzido pela primeira vez no Brasil, é um dos destaques de uma carreira de mais de quarenta livros publicados em média a cada dois anos, sempre em construções lacunares que contribuem para o fascínio das tramas. Não é incomum que os enredos lembrem a fabulação e a ambientação dos livros de Georges Simenon, embora sem o desenlace-padrão dos romances policiais. O livro é publicado pela editora Carambaia. Você pode comprar o livro aqui.
 
O Instituto Moreira Salles publica catálogo resultado da exposição sobre Carolina Maria de Jesus.
 
Em 352 páginas, o catálogo organizado por Hélio Menezes e Raquel Barreto documenta a exposição Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros aberta ao público no IMS Paulista entre setembro de 2021 e abril de 2022. Na publicação, os curadores da mostra e também organizadores do catálogo compartilham os materiais que reuniram em dois anos de pesquisa sobre a escritora — cadernos originais, fragmentos de textos, livros publicados, traduções, discos, objetos pessoais e fotografias autorais. O catálogo traz também imagens das obras dos 68 artistas que participaram da mostra, além de textos de Conceição Evaristo, Fernanda Miranda, Gabriela Leandro Pereira, Hélio Menezes, Mário Augusto Medeiros da Silva, Raquel Alves, Raquel Barreto e Renata Bittencourt produzidos especialmente para publicação. 
 
Vem a lume um dos últimos trabalhos de tradução do poeta Cláudio Willer.
 
Imersão no universo do desejo, que se sobrepõe à realidade, construção de símbolos que ganham vida própria e a busca inconsciente por mitos subjacentes. Esses são alguns dos temas de Gradiva de Wilhelm Jensen, livro de impacto e narrativa singular, que inspirou nomes como Sigmund Freud, Carl G. Jung e André Breton a reelaborarem suas pesquisas no campo da psicanálise, simbolismo, arte e pensamento revolucionário. Nesta obra, escrita há 120 anos, o inconsciente assume papel central na narrativa, onde a efusão do sonho na realidade se apresenta com toda plenitude. Cláudio Willer, que traduziu e também apresenta a edição agora publica pela 100/Cabeças, destaca que “o sonho não-sonhado” de Jensen “entra na categoria das narrativas oníricas pela qualidade poética das descrições de recantos mediterrâneos”. 
 
A Editora Unesp apresenta três novos títulos na sua coleção de clássicos da literatura.
 
1. Nova edição e tradução de Os trabalhadores do mar, de Victor Hugo. Sozinho em um singelo barco, Gilliatt se lança ao mar, determinado a encontrar o navio naufragado (e obter a mão da donzela prometida), e sendo obrigado a se bater com toda sorte de dificuldades que o destino parece caprichosamente interpor entre ele e sua amada. Humano em uma missão com ares mitológicos, Gilliatt se inscreve entre os grandes personagens do mestre francês. A tradução é de Jorge Coli. Você pode comprar o livro aqui.
 
2. Duas novelas de E.T.A. Hoffmann. O vaso de ouro e Princesa Brambilla são duas novelas que compõem que têm ao menos um ponto em comum: em ambas, um pequeno incidente dá ensejo a um estilhaçamento da ordem cotidiana, e os limites entre o real e o irreal são borrados. Vêm à tona então a musicalidade, o fantástico, o onírico, com pitadas de grotesco e de humor, que tornam estes textos luminosos exemplos da criatividade de E.T.A. Hoffmann. A tradução é de Mario Luiz Frungillo. Você pode comprar o livro aqui.
 
3. A obra, de Émile Zola. Na Paris do final do século XIX, acompanhamos uma confraria de jovens idealistas em busca de uma renovação do meio artístico. O protagonista, Claude, é um pintor em busca obsessiva pelo modelo ideal. Ele encarna a determinação daqueles intelectuais combativos, e sua história nos permite testemunhar dramas e desacordos da época que permanecem como pontos sensíveis atualmente. Publicado em 1886, A obra fez com que os amigos pintores — Paul Cézanne, Claude Monet, Edgar Degas e Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) se sentissem ofendidos com Émile Zola, rompendo seus laços com o romancista. A tradução de Jorge Coli é publicada pela Editora Unesp. Você pode comprar o livro aqui.
 
Livro recolhe a poesia de Hannah Arendt.
 
Quem imaginaria que um dos maiores nomes da filosofia política do século XX nos legaria também poemas? Originalmente não destinados à publicação, temos nesta antologia 71 poemas escritos ao longo da vida de Hannah Arendt. Tendo por base a edição alemã estabelecida apenas em 2015 — uma publicação póstuma e recente, como se vê —, os poemas reunidos aqui atuam também como sinalizadores da biografia da filósofa, marcando suas alegrias, amores, amizades, perdas e reminiscências. Segundo Patricia Lavelle, em seu texto de orelha: “Escritos entre 1924 e 1961, com uma longa interrupção entre 1933 e 1942, o lugar destes poemas líricos é a vida interior de Hannah, seus amores e amizades. Mas embora não fosse uma ‘profissional’, para usar a expressão irônica da poeta Ana Cristina César, a jovem precoce de Königsberg, que aos quatorze anos já lia Kant, Kierkegaard e os românticos alemães, também não era poeticamente ingênua. A escrita poética prolonga a correspondência de Hannah Arendt, em endereçamentos a interlocutores que também foram intelectuais importantes. Um primeiro ciclo de poemas, que vai de 1924 à 1927, está relacionado à paixão de juventude que ela viveu com Martin Heidegger, então um carismático professor casado, mas ainda não comprometido com o nazismo. Mais tarde, compartilhou o gosto pela poesia com seu colega de estudos Gunter Anders, com quem se casou. No exílio, dedicou versos ao grande amor de sua vida, o também filósofo Henrich Blütcher, seu segundo marido. Entre seus poemas, encontramos também homenagens a amigos como Walter Benjamin, que Arendt dizia pensar poeticamente, o escritor Hermann Broch ou ainda o sionista Blumenfeld, líder do movimento de resistência ao nazismo no qual ela atuou. Versos surgem ainda no seu ‘diário de pensamento’, em releituras de Goethe ou Platão, entre outras referências.” Também eu danço – Poemas sai em edição bilíngue pela Relicário Edições com tradução de Daniel Arelli, autor também do prefácio, e posfácio de Irmela von der Lühe.
 
O novo título de Eliane Marques.
 
O que resta depois da morte de alguém? E se esse alguém for uma mulher negra? Forjando-se no terreno avermelhado pelo sangue das vacas, na fronteira entre Brasil e Uruguai, onde num armário de louças se confundem tiranos e subalternizados, negros e brancos, esta história começa com a morte de tia Eluma, empregada doméstica na cidade com nome de Ana. Quem responde por essa morte? Quem pagará o velório dessa mulher que se cria no batuque e morre na igreja universal do reino de deus? O que a narradora herda da tia e o que abandona? Tendo a vida (e a morte) de tia Eluma como ponto de partida, a narradora puxa o fio que se estende à sua primeira ancestral conhecida da linha materna, passando por outras parentes suas que, para chegarem até aqui, limparam os pés nas pedras dos arroios lavando a roupa suja dos brancos. Entre os pontos altos deste Louças de família está a própria linguagem, que amalgama português, espanhol, iorubá e uma dicção literária surpreendente. O livro sai pelo selo Contemporânea, da Editora Autêntica. Você pode comprar o livro aqui.
 
Escrito a quatro mãos, este livro nasceu do encontro entre dois grandes nomes da música e da literatura, respectivamente: Jocy de Oliveira e Adriana Lisboa.
 
“Realejo dos mundos” é um romance inédito de Adriana Lisboa, escrito em homenagem à peça homônima multimídia de Jocy de Oliveira, de 1987. Por sua vez, ao se deparar com tamanho elogio à sua obra, Jocy de Oliveira compôs “Realejo de vida e morte”, um roteiro cinemático e teatral baseado neste novo romance de Adriana Lisboa. É como um círculo que se fecha e se alimenta: em seu romance, Adriana Lisboa narra, em linguagem poética e com personagens insólitos, a influência da música e das composições de Jocy na sua formação. Jocy cria seu roteiro em uma livre adaptação do romance de Adriana. As vozes de ambas narram, comentam, se confundem. Além do romance e do roteiro (este em português e inglês), o livro conta com prefácio da jornalista Joselia Aguiar, fotografias coloridas da encenação da peça no Sesc Pompeia em 2022, partituras e anotações. No enredo de Realejo dos mundos, temos a história de Flor e Muri, isolados em uma casa herdada da mãe de Flor, e que agora serve como abrigo para esses dois músicos que vivem no exílio de um espaço que nada tem a oferecer. Os dois são confrontados com suas lembranças, desejos e fantasmas de um passado que se manifesta o tempo inteiro. A escassez de recursos por ora se apresenta como uma metáfora para uma vida oca que é esvaziada de seu sentido completo. Em determinado momento, os dois encontram um piano abandonado e relembram peças compostas por Jocy de Oliveira em sua juventude. Já a adaptação de Jocy, em Realejo de vida e morte, a compositora insere a figura do Coro e da Orquestra que acompanha a narrativa dos dois personagens, compondo um panorama fantasmagórico que não reduz a solidão que os rodeia, mas promove um eco a esse sentimento. O livro é publicado pela Relicário Edições. Você pode comprar o livro aqui.

Antologia definitiva de um dos escritores e ativistas queer mais criativos e radicais do século XX.

Símbolo da resistência à ditadura militar e da dissidência sexual no Chile, Pedro Lemebel usou a vida e a escrita para confrontar e afrontar o poder instituído — a tirania de Augusto Pinochet, o beletrismo, os bons costumes, o capitalismo —, tornando-se uma voz fundamental da contracultura latino-americana a partir dos anos 1980. Reivindicando a transgressão como forma de potência, seus escritos conseguiram tornar visíveis as desigualdades e a marginalização de pobres, mulheres e homossexuais durante o regime militar e a incipiente democracia chilena. É na margem, na favela, na esquina da noite escura que está a verdadeira subversão. Organizada pelo crítico espanhol Ignacio Echevarría, Poco hombre reúne as melhores crônicas da produção de Lemebel ao longo de mais de duas décadas e é a porta de entrada perfeita para se conhecer um artista genial e único. O livro sai pela Zahar com tradução de Mariana Sanchez. Você pode comprar o livro aqui. 

REEDIÇÕES
 
A nova edição de um dos trabalhos mais populares de Osman Lins agora no selo Tusquets.
 
Original de 1964, Lisbela e o prisioneiro — texto dramático que inspirou o filme de Guel Arraes em 2003 — é uma comédia com referências nordestinas. A fidelidade de Osman Lins à busca de uma expressão própria na ficção, decorrente de uma recusa à cômoda retomada do já conquistado e de uma fé inabalável no poder criador da palavra, foi reconhecida e admirada pela crítica brasileira e estrangeira. Lisbela e o Prisioneiro foi a primeira obra de Osman Lins a ser encenada com retumbante sucesso, e com certeza é a que até hoje teve mais alcance de público. Se muito da fama de uma peça deve ser creditada ao trabalho de direção, ao desempenho dos atores, à cenografia, ao figurino, à iluminação e ao som, outro tanto pelo menos também deve ser atribuído ao brilhantismo do texto do dramaturgo. Você pode comprar o livro aqui.
 
Mais um título na reedição da obra de José Lins do Rego.
 
Quando concluiu o Ciclo da cana-de-açúcar, com o livro que é considerado sua obra-prima (Fogo morto), José Lins do Rego tinha um mundo inteiro de possibilidades para abordar nas suas narrativas. Se afastando um pouco dos engenhos e da vida complexa e ambígua dos personagens que permearam essas narrativas, ele apontou sua caneta para uma paisagem mais bucólica e melancólica, características que batem com a personalidade de Lourenço de Melo, o personagem central de Pureza, o primeiro romance do autor depois que encerrou o seu Ciclo mais famoso. Pureza é o nome do vilarejo onde Lourenço, também conhecido como Lola, vai morar. Lola é um homem tomado pela paranoia e pelo medo: ainda pequeno perdeu a mãe para a tuberculose, e logo em seguida a irmã, que sempre foi franzina. Jovem, perde o pai, quem muito o protegeu do mundo, deixando-o com pouco acesso à vida real e seus problemas. Decidido que seu destino é a morte, assim como todos ao seu redor, ele se isola no interior para esperar pelo seu destino em paz, vivendo um dia de cada vez e se isolando dos perigos externos. Quando finalmente se estabelece em Pureza, Lola conhece a família do Seu Antônio, chefe da ferrovia que estava sendo construída na região. Desejando amor e contato físico mais do que tudo, ele estabelece relacionamentos com as filhas, Margarida e Maria Paula. O livro explora o sexo, e as dificuldades de Lourenço em conseguir se abrir, no espectro físico e emocional. Com uma personalidade tímida e introspectiva, ele não consegue se livrar da sombra da doença que acometeu a mãe e a irmã, sendo que seu romance com as irmãs é um grande catalisador para sua jornada de autodescoberta, que vem acompanhada com uma espécie de redenção por meio do amor. Considerado um ponto de virada na literatura de José Lins do Rego, Pureza é um livro imersivo e com uma visão sentimental da existência, ainda que esse viés seja sempre pautado pela forma melancólica que Lola leva em sua vida. Complexa no que se propõe, característica que permeia todas as obras de Zé Lins, o romance foi adaptado para o cinema em 1940 e foi dirigido por Eduardo Chianca e estrelado por Procópio Ferreira e Sarah Nobre, disponível no Youtube. O livro é agora reeditado pela editora Global. Você pode comprar o livro aqui.
 
RAPIDINHAS
 
Quantos desassossegos são necessários? A Tinta-da-China Brasil reedita o Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, organizado por Jerónimo Pizarro. O crítico e especialista na obra do poeta português já publicara uma edição desde livro recentemente pela editora Todavia.
 
Quantos desassossegos são necessários? Mas, a edição de agora se descreve como a mais completa já publicada, porque inclui trechos descobertos nas pesquisas mais recentes no arquivo do poeta, que se estabelecem com rigor e clareza ao serem dispostos em ordem cronológica, e mantém a grafia original usada por Pessoa.

DICAS DE LEITURA
 
Na aquisição de qualquer um dos livros pelos links ofertados neste boletim, você tem desconto e ainda ajuda a manter o Letras.
 
1. Ioga, de Emmanuel Carrère (Trad. Mariana Delfini, Alfaguara Brasil, 272 p.) Descrito como um autorretrato desconcertante, bem-humorado e honesto de um homem que luta para viver em harmonia com o mundo e consigo mesmo, este livro do escritor francês explora os limites do romanesco ao entrecruzar duas formas ficcionais, o romance e a autobiografia. Você pode comprar o livro aqui
 
2. O paraíso das damas, de Émile Zola (Trad. Joana Canêdo, Estação Liberdade, 504 p.) Um dos nomes mais significativos da literatura francesa o autor deste romance oferece a décima terceira peça do grande painel composto por vinte volumes chamado por ele de Os Rougons, saga que expõe as múltiplas contradições de uma cidade em efervescência. Aqui acompanhamos a pobre órfã Denise que precisa enfrentar as circunstâncias de uma terrível Paris do meados do século XIX. Você pode comprar o livro aqui

3. Meu coração, de Else Lasker-Schüler (Trad. Murilo Jardelino e Ebal Bolacio, Rua do Sabão, 164 p.) Considerado um dos livros mais importantes para a literatura alemã do século XX, este romance narra a morte de um casamento a partir de uma série de cartas entre a autora e marido, Herwarth Walden. Você pode comprar o livro aqui
 
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
 
Boris Vian ficou reconhecido por obras como A espuma dos dias. Mas ele é ainda uma das figuras proeminentes do jazz em francês. Neste vídeo, uma amostra. Vian nasceu a 10 de março de 1920.

BAÚ DE LETRAS
 
Tão logo recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, a obra de Patrick Modiano ganhou novo fôlego entre os leitores brasileiros. Uma das novidades de então foi a chegada da Trilogia da Ocupação. Um a um os romances foram comentados no Letras: Remissão da pena e; Flores da ruína por Pedro Fernandes; e Primavera de cão, por Gilberto Tavares.

DUAS PALAVRINHAS

Todo artista busca algo que o diferencia dos demais. E, percebendo logo que nada o distingue dos outros, vive inventando novos truques e artimanhas para fazer com que sua normalidade se apresente como algo especial.

— Em A violoncelista, Michael Krüger


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